História Brilho Lunar (Lutteo, Simbar e Gastina) - Jantar

´´Isso realmente pode sentir isso
Você veio até mim e tudo mudou
E agora, finalmente, eu sei o que é amar
Meu destino é assim, ao seu lado voar

Seu olhar estremece minha alma
Você é para mim

Um amor verdadeiro que toca o coração
Se a fazer é para sempre
Sem tempos, nem razão, é a minha inspiração
Porque o destino foi mais forte...´´

                                                              Por Matteo...

Gastón tinha saído atrás da Nina, mas dez minutos depois voltou com uma cara nada boa, bravo ou irritado, não sei o que lhe aconteceu, eu o perguntei, mas ele disse que não falasse nada e que jogássemos algum vídeo game se não ele iria embora. Estranhei sua ação, mas eu deixei quieto porque não quero perder mais tempo com meu amigo

Umas meia hora depois minha mãe nos chamou para jantar, a empregada colocava a mesa quando a campainha tocou, como ela estava já estava ocupada, me pediram para que eu mesmo abrisse e o fiz, abri a porta e acabei tendo uma grande surpresa.. Luna estava parada na frente da minha casa, a minha frente, não sabia o que ela fazia ali, e realmente nem sabia se seria seguro pela história do meu pai com a família dela

Mas tenho de confessar que foi bom vê-la bem a minha frente, Nina e Gaston me disseram mais cedo que ela estava sem sorrir, sem suas roupas todas coloridas e alegres e tals, porém ela estava ali e me pareceu a mesma Luna que eu conheci no primeiro dia, só que estava séria

Perguntei o que ela fazia ali, porque de verdade eu achei que o meu plano pra que ela se esquecesse de mim e não sofresse estivesse dando certo, entretanto acho que me equivoquei.. Ela não me deixou terminar falar o que eu tinha de falar, só me calou! Pelo jeito ela me conhece melhor do que eu achei

Tentei resistir ao beijo, mas minha tentativa foi em vão, pois três segundos depois eu já estava a beijando feito um louco, por algum tempo me esqueci que eu estava na minha casa, que meus pais estavam por perto e que eu iria embora, do meu plano de fazê-la se esquecer de mim

Ela só me puxou mais pra perto, me pegando pela gola da minha camisa, se pôs nas pontas dos pés e selou nossos lábios, no começo era só um beijo apaixonado, mas quando eu vi, já tinha a puxado pela cintura e a aproximado ainda mais de mim, a trouxe pra dentro da minha casa e nós ainda nos beijávamos

Era como se necessitássemos disso, como se precisássemos um do outro pra viver, e realmente eu acredito que preciso dela na minha vida só acho que antes não queria encarar isso antes pelo simples medo de magoa-la, eu a prendi na parede, ainda tinha mais ar para um beijo que ficava cada vez mais intenso e que por sorte ela estava sem batom, ia tudo bem, eu me sentia nas nuvens por poder beija-la novamente e a mesma mostrava que sentia o mesmo, porém claro que alguém tinha que nos atrapalhar

-Huuun, khuuunnn..- soltei Luna da parede e me pus a sua frente, meu pai tinha visto ela ali, e, mesmo que a ´´dívida´´ dos Benson já tenha sido paga, ainda tenho medo que ele faça algo com ela- que feio em Matteo, se pegando com a namoradinha na frente de todos- ele me olhava  sarcasticamente, olhei ao redor e Gaston nos olhava de boca aberta, enquanto minha mãe sorria, sei lá porque. Olhei pra Luna e lá estava ela, ainda atras de mim se encolhendo e com as bochechas todas vermelhas de vergonha, fico me perguntando o que tanto eles viram

-Eita Luna, eu que te achava tão santinha..- Gaston falou rindo, mas ainda pude ver que ele ainda tinha um tom sério

-Para Gaston!- eu respondo vendo Luna ficar ainda mais vermelha- e a gente não tava fazendo nada de mal! Você que vê as coisas além do que são!

-Você é a Luna, certo*- minha mãe pergunta pra ela e a mesma assente- não fique com vergonha querida, Matteo que tem que ficar com vergonha de nunca ter trazido sua namorada pra jantar conosco- minha mãe fala sorrindo pra ela 

-Na verdade, não s- não deixei ela continuar a frase, sei que Luna ia dizer que não somos namorados, mas o beijo que ela me deu me fez acreditar que pode sim existir sentimento a distância, pelo que vi ela não se esqueceu de mim e muito menos eu, na verdade, ficamos ainda mais dependentes um do outro

-Na verdade, é que eu sou assim mesmo, onde já se viu não trazer a minha namorada pra jantar com a minha família*!- digo com tom dramático, olho pra Luna e a mesma sorri e me abraça, os outros nos olhavam sem entender muito bem, menos Gaston, ele sabia, mas estava sério de mais e não entendo ainda o por quê- Então quer jantar conosco*- pergunto sorrindo pra ela

-É claro que quero! Ah, mas espera, eu deixei o meu motorista e a Nina lá no carro e eles devem estar me esperando

-Chame eles aqui, o motorista pode jantar com os empregados e a Nina sempre é bem vinda também- minha mãe falou, mas nesse momento podemos escutar o Tino gritar lá de fora

-CATOOOOOO!

-TINOOOOO!

-É, pelo jeito nossos motoristas já se encontraram, agora eu tenho que ir buscar a Nina que deve ter ficado no carro

-Não precisa, já estou aqui- diz Nina entrando pela porta

-Nina, por acaso você também estava nos espiando*- pergunto a ela erguendo a sobrancelha esquerda

-Mas é claro! Não perderia aquela cena por nada!

-Nina, na próxima você não fica ai fora, vem ver de camarote com a gente!- amo minha mãe! Ela é sempre muito boa e até faz a amiga das minhas amigas, como a Nina- Ok, mas então agora vamos todos jantar!- fomos todos para a sala de jantar e a mesa era grande, fico feliz porque assim cabemos todos nós!

O cardápio dessa noite era lagarto ao molho tinto, comíamos e conversávamos alegremente, porém pude sentir uma tensão entre Nina e Gastón, mas não quero pensar nisso agora, amanhã eu vejo sobre a felicidade dos meus melhores amigos, hoje eu só quero pensar em aproveitar esses momentos com todos que eu amo

-Luna, meu amor, acho que você se sujou um pouco- digo pegando um papel e limpando o canto de sua boca que aliás, ainda estava um pouco inchada pela pressão do beijo, acho que talvez eu tenha exagerado um pouco kk

-Obrigada- nossos olhos se encontraram novamente, como sempre quando fomos namorados no início- sabem como é, eu sou meio desastrada- ela diz e todos rimos

-Mas então Luna, como é ser da família Benson, uma família tão cheia de segredos e que pelo que eu descobri, tem um passado bem interessante- ah claro, uma das lições dos Balsanos: nunca se esqueça de um segredo, é claro que ele não iria deixar essa passar quieta, sei que só quer provocá-la, pois já conseguiu o que queria, mas mesmo assim, não deixarei isso acontecer

-É... Na verdade sou adotada e..-Luna não sabia o que falar

-Mesmo assim, você sabe dos segredos que a sua família adotiva guarda*- ele diz provocando

-PARA! Não sabia que os segredos são para serem guardados quando te pedem ou até mesmo quando TE PAGAM PRA ISSO*!!- digo me exaltando

-Como assim* Do que vocês estão falando*- minha mãe parece confusa, então pelo jeito ela não sabe das armações do ´´poderoso´´ senhor Balsano

-Tenho que ir..- ele diz saindo apressado

-Matteo, você sabe de algo*- ela me pergunta me olhando ainda confusa

-Essa não é a hora pra falar das injustiças que provoca meu pai, mama

-Esta certo, me desculpem crianças, acho que isso deve ter acabado com o nosso jantar

-Não é verdade, nós já acabamos de comer e, além disso, esse foi o melhor jantar que eu poderia ter para guardar em minhas lembranças antes de ir pra Itália- digo sorrindo fraco, pela última parte

-Matteo, esse jantar ainda não acabou! E por favor, não vá lembrar disso agora, quem sabe no futuro podemos voltar pra cá, ou ao menos só você- diz ela me animando- agora, é hora da sobremesa!- ela diz e nossa empregada a traz, era merengue de morango, fico feliz porque vejo a cara de Luna ao ver sua sobremesa favorita a sua frente. Comemos e continuamos conversando, até que Nina tem uma idéia

-Posso perguntar se aquele piano que tem ali na sala funciona mesmo ou esta ali só de enfeite*

-Claro que funciona!

-Ótimo! Matteo, piano já! Toca pra gente cantar!- Nina diz mandona

-Não sei, estou meio enferrujado, faz tempo que não toco piano

-Oi* O Mauricinho não consegue*- Luna diz

-Ha-ha-ha, muito bem, sabe como me convencer Menina Delivery- digo indo em direção ao piano com eles

-Será que alguém pode me explicar de onde vieram esses apelidos*- minha mãe pergunta curiosa

-É uma longa história..- dizemos todos juntos. Me sento ao piano e começo a tocar ´´Alas´´ , eu e Luna começamos a cantar e depois Nina e Gastón nos acompanharam, ao final minha mãe, que assistia, bateu palmas e passamos o resto da noite assim, até que deu a hora de cada um ir para a sua casa

Hoje foi uma das melhores noites de toda a minha vida, esse jantar com certeza vai estar nas minhas melhores lembranças daqui de Buenos Aires! Quando eu for pra Itália, com certeza, nunca vou me esquecer dessas lembranças que construí aqui e muito menos das pessoas que vivem aqui e que eu tanto amo!

Todos esses dias eu senti um vazio no meu coração a toda noite que eu ia dormir e ficava antes pensando no meu dia,  hoje sei que esse vazio era a falta de uma certa Luna que ilumina toda a minha vida desde o dia que eu a conheci, ou o destino nos fez trombar, não sei se é isso, mas eu realmente espero que um dia esse mesmo destino nos faça esbarrar mais uma vez pela vida no futuro!