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História Bring Back To Life - Prologue


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


OI BRASIL

Então, essa é a segunda fic que eu posto aqui no Spirit e eu espero que vocês gostem jakdjaskjd
Não esqueçam de comentar e favoritar se gostarem!
e eu não sei mais o que falar
MEU TWITTER: @bizzlerdallas
beijos e tchau

Capítulo 1 - Prologue


Alguns anos atrás 

O som no ultimo volume fazia meus ouvidos doerem, o grito da torcida me deixavam mais nervoso, mas eu sabia que era isso que eu gostava de fazer. Poderia ser policial, poderia ser qualquer outra coisa do bem, mas eu sempre acabava voltando para esse lugar. Eu gostava dessa sensação. Da velocidade, dos carros, dos gritos, do dinheiro, da vitória e ninguém poderia me tirar isso. Por enquanto, eu precisaria continuar com o trabalho de me infiltrar na gangue do rei desse lugar, do maior campeão desse racha, mas eles eram mais legais do que eu imaginei que seriam, quando descobrirem o verdadeiro motivo de eu estar aqui, Jason ia querer me matar e ninguém o impediria de fazer isso. 

- Prontos? - ouvi Jason gritar do carro ao lado do meu e Ryan, Chris, Chaz e eu rimos enquanto olhávamos pra ele.

- Eu nasci pronto.

Uma gostosa quase sem roupa se posicionou na nossa frente, no meio dos carro e levantou a bandeira. Segurei firme no volante e já fui me preparando para pisar fundo. Ela abaixou a bandeira, então Jason, Chris, Chaz, Ryan e eu saímos em disparada apenas sentindo aquela sensação que não se compara com nada na vida. Cruzei a linha de chegada em primeiro lugar e Jason sempre ficava impressionado por um "pirralho" correr melhor que ele, e isso só fazia eu me sentir mal por estar mentindo para eles.

- As coisas ficam difíceis assim, Bieber. - Chaz disse rindo e nós batemos as mãos. 

Antes que eu respondesse, ouvi meu celular tocar e era o meu chefe da polícia. Saí de perto deles, e atendi o celular esperando acabar com isso logo de uma vez. 

- Fala, chefe. 

- Conseguiu gravar alguma coisa, Bieber? - ele perguntou.

- Sim. Sobre o próximo roubo, estou com a gravação aqui. - respondi. - Eles são muito fodas, chefe. Não vão conseguir pegá-los. 

- Amanhã você me entrega. - disse. 

- Amanhã eu não posso. - claro que eu tinha as gravações, mas não ia entregar a ele. Não ia entregar meus amigos. 

- Você só pode estar de brincadeira comigo. - ouvi a voz do Chaz carregada de raiva e eu me virei pro lado dele na mesma hora. Chaz, Ryan, Chris e Jason me encaravam sérios, mas o que me deixava mais assustado era a expressão do Jason. 

- Eu vou matar você. - Jason disse cerrando os punhos. 

- Você ia participar amanhã, seu filho da puta. - Ryan disse. 

- Ainda vou participar. - respondi. 

- Ao lado da polícia. - Chris disse com raiva. 

- Eu não ia entregar vocês. - falei. - Eu ia deixar a polícia. 

- Cara, sai daqui. Antes que acabem com você. - Chaz disse vendo o Jason. Jason estava com raiva, eu sabia que estava, mas eu também podia ver decepção em seus olhos. 

- Vou estar ao lado de vocês amanhã. - falei simples e fui andando em direção ao meu carro. Amanhã, eles teriam que passar pela polícia para roubarem o que queriam roubar. 

- Se você aparecer amanhã, se considere morto. - Jason disse antes de eu sair cantando pneu dali. 

Hayley Mitchell P.O.V

É mais do que comum nos tempos atuais as pessoas sempre terem um sorriso falso estampado no rosto, quando na verdade, o seu interior está gritando por socorro e você não sabe quais medidas tomar para melhorar a situação. É algo tão comum que eu sou a prova viva disso. Você acorda, coloca um sorriso no rosto que não é seu e saí andando por aí pra tentar convencer as pessoas de que está tudo bem. À noite chega e você afunda a cabeça no travesseiro, seu interior grita novamente e você não sabe mais como manter aquela máscara de felicidade que sabe usar muito bem. Já pensei tantas vezes em tomar medidas drásticas pra tentar resolver isso logo de uma vez, mas vai que eu estrague a minha vida quando ela está prestes a começar? Na verdade, eu não precisei tomar medidas drásticas porque, infelizmente, a vida já fez isso por mim.

Eu nunca tirei notas ruins, pelo contrário, sempre fui uma das melhores da turma porque meu pai exigia isso. Na verdade, eu gosto de ser dedicada e uma das melhores, mas meu pai sempre exigiu tanto de mim que ás vezes cansava. Ele era rigoroso diante com suas regras, se ele descobrisse que eu desrespeitei uma de suas regras, por mais insignificante que seja, ele precisa me punir de alguma forma. Ele não me deixava ir em festas, e se eu tivesse alguma prova preciso ficar dias antes estudando sem parar, porque se eu tirar alguma nota baixa já era. Ele sempre quis mandar na minha vida, sempre quer decidir as coisas da minha vida por mim e eu sempre deixava, mas sabia que eu nunca faria faculdade de medicina.

Eu morava com meus pais e com meus irmãos desde sempre, mas de repente tudo foi se esvaindo. Não gosto de falar disso, mas alguns dias depois de eu completar treze anos, a minha irmã mais velha, Megan, simplesmente sumiu no mundo. Parece que ela cansou de viver com a gente e simplesmente resolveu fugir! Odeio falar dessa forma, odeio! 

- Está pronta? - Lizzie perguntou vindo até mim e eu pressionei os lábios tentando conter as lágrimas. 

Eu me sinto tão perdida agora, meus pais eram meu porto seguro, minha vida, o meu tudo e de repente eu me vi sem as únicas pessoa que realmente me amavam. Eu e meu pai nunca fomos tão próximos, ele sempre fazia questão de brigar comigo e ele e a mamãe sempre brigavam por minha causa, mas eu nunca desejei que ele morresse. Porque eu o amava! E eu nunca vou desejar isso pra ninguém que eu me importo. Acho que ninguém desejaria. Meu irmão, Jason e minha irmã, Megan, haviam sumido no mundo, mas Jason tinha os seus motivos. Se ele não aparecer no funeral, eu vou ficar ainda mais destruída do que já estou.

- Oh, Hayley. - uma garota veio até mim assim que cheguei no funeral. - Você está bem? - perguntou me abraçando e eu apenas fechei os olhos sentindo uma lágrima escorrer. 

Flashback on: 

3 dias atrás  

Eu me encontrava sentada em minha cama, estudando para a prova que eu teria semana que vem, então ouvi a campainha sendo tocada. Claro que não seria eu que ia atender, porque a minha casa é exageradamente enorme e é sempre cercada por seguranças. O trabalho do meu pai, advogado e empresário, o fez ter alguns inimigos, então ele precisava de toda proteção, embora eu ainda ache um pouco de exagero. 

- Senhorita Hayley. - ouvi baterem na porta. 

- Oi? - respondi. 

- Tem um policial querendo conversar com você. - o segurança disse. 

- Ok. - dei de ombros. Sabia que meus pais não estavam em casa porque depois de muita insistência minha, eles tinham ido buscar uma coisa que eu queria na cidade vizinha. - Boa noite, policial. Algum problema?

- Eu não sei muito bem como começar a dizer. - falou. - Os seus pais sofreram um acidente. - disse. - Enquanto iam para a cidade vizinha. - meu coração se contraiu. - O carro capotou enquanto estava em uma ponte e... 

- O que você está tentando dizer? Fala logo! - minha voz falhou, eu sabia o que eu ia ouvir. 

- Eles não resistiram. - disse e eu realmente senti meu mundo parar. 

No segundo que ouvi essas palavras, meu coração parou. Eu não conseguia me mover, não conseguia pensar, parecia que meu mundo realmente havia desmoronado. Tudo que eu pude pensar, foi em um momento que passamos juntos há alguns anos atrás, que foi o momento mais feliz da minha vida ao lado deles. Mas de repente, eu me dei conta de que eles estavam naquela lugar por minha causa, a culpa era minha. Se eu não tivesse insistido, eles nunca teriam nem saído de casa, mas foram, eles foram porque queriam me ver feliz. 

Meus olhos marejaram no mesmo instante e ver a pena no rosto daquele policial me fez desabafar. Comecei a chorar tanto e o policial, que era amigo da familia, me abraçou, mas eu tentei me soltar de seus braços. Soltava grunhidos do choro misturados "O que aconteceu? Você devia ter me dito antes", mas não ia adiantar de nada.

- Eu sinto muito. - ele repetia diversas vezes e eu me dei por vencida, deixando ele me abraçar, mas eu não queria isso. 

Comecei a me sentir tonta, parecia que o chão estava desmoronando. 

- Hayley? - ouvi a voz do policial, mas soou abafado. - Chamem uma ambulância. - ouvi essas palavras antes de tudo ficar escuro. 

Flashback off

Eu estava me sentindo completamente perdida naquele lugar, ninguém da minha família apareceu, eu só tinha a Lizzie ali. Eu só tinha a Lizzie na minha vida inteira e a Jenna, que eu acho que nem sabe sobre o acidente já que estava de férias. 

Lizzie era minha melhor amiga desde que me conheço por gente. Meus pais se foram, mas eu ainda tenho ela como o meu porto seguro, como o meu tudo. Eu não sei o que eu faria da minha vida se ela fosse embora, ai sim eu ficaria mais perdida e sem rumo. Ela me conhece melhor do que eu me conheço, sabe exatamente tudo sobre mim, assim como eu sei exatamente tudo sobre ela. Nós sempre fazemos tudo juntas, já nos metemos em tantos problemas que eu agradeço profundamente por meus pais não terem descoberto. Nós devemos ser as adolescentes mais problemáticas de Atlanta e eu adorava isso. Ela era minha irmã e foda-se o DNA.

- Alli. - Lizzie chamou minha atenção. Ela me chamava de Alli porque meu nome, na verdade, é Allison Hayley, e apenas a Lizzie me chama de Allison. 

- Hm? - murmurei. A ficha ainda não tinha caído pra mim, essa era a verdade. Era tão doloroso ver aqueles dois caixões, ver as pessoas que eu mais amo no mundo sendo enterradas. 

- Você quer mesmo ficar? - perguntou. 

- A ficha não caiu. Não são eles ali. - falei.

Longos segundos de silêncio. 

- Hayley? - ouvi uma voz extremamente grave atrás de mim e eu sabia muito bem de quem era. 

- Jason. - suspirei sentindo o choro na minha garganta e corri na direção dele, pulando em seu colo. 

Quando ele me apertou, foi o ponto pra mim porque eu literalmente desabei em lágrimas. Ele veio, ele veio! Eu sabia que ele não ia me abandonar, eu sabia! Ele nunca fez isso, porque mesmo longe ele sempre dava um jeito de ficar perto de mim. O abracei tão forte, desejando ficar naquele lugar para o resto da minha vida, para que ele me protegesse do mundo. Jason estava diferente, ele estava muito, muito malhado, os cabelos loiros em um perfeito corte e seus olhos estavam mais azuis do que nunca, devido ao seu aperto ao me ver chorando. Jason não chora, nunca chorou, mas sabia que era a mesma dor de vê-los ali. 

- A Megan não apareceu? - ele perguntou. 

- Ela vai aparecer. Eu sei que vai. - eu disse confiante. - Ela nunca faria isso com a gente. Nem com o papai e com a mamãe. - soltei um grunhido do choro. 

E acabou que eu estava completamente errada, ela não apareceu. Ela não apareceu, não mandou mensagem, não ligou, mas ela visualizou a minha mensagem contando o acontecido. O que eu pensava que conhecia a minha irmã mudou completamente. Eu não a conhecia mais, ela mudou, eu sabia que ela não era mais a mesma menininha de antes, mas nós sempre acreditamos que as pessoas mudam, certo? Ela mudou, mas ela mudou pra pior e esqueceu a família.

- Parece que vai ser apenas eu e você naquela casa enorme. - Jason disse. Ele já tem vinte e seis anos, então ele ficaria com a minha guarda. 

O que eu menos queria agora, era continuar vivendo naquela casa. Tudo lá lembraria os meus pais, na verdade, tudo em todo lugar me lembraria eles. 

(...)

1 ano e meio depois

- Se aquele vead... se o seu irmão não deixar você ir hoje eu realmente vou bater nele. - Lizzie disse brava. Nós estávamos no carro dela, indo para o colégio.

- Lizzie, você conhece o meu irmão, é óbvio que ele não vai deixar.

- Porra Alli, você estudou a semana passada inteira e as provas acabaram hoje. Se ele não te deixar ir na festa vai ser muita mancada. - ela dizia. Hoje era sexta e teria uma festa que estávamos esperando faz dias.

- Eu vou tentar, mas tenho certeza que ele não vai deixar. - ele não fazia por mal, mas ele esta com uma cisma de querer me proteger. 

- Bom, mas de qualquer jeito, estarei em frente a sua casa as dez horas. - disse sorrindo sorrateiramente.

Essa é a parte que eu me revelo que não sou a boa garota que meu pai queria que fosse, e que meu irmão acha que eu sou. Ele não permite que eu vá em quase nenhuma festa, mas isso nunca me impediu de sair de casa escondido e ir para as festas com a Lizzie. 

- Esteja na rua do lado! - falei olhando pra ela.

- Você é muito medrosa, Allison. - ela disse rindo. - O que ele poderia fazer se te encontrasse?

- Ele iria dar risada. - falei rindo. 

- Tem razão. - meu pai seria bem capaz de me colocar em um internato ou contratar professores particulares se soubesse que eu saia, mas meu irmão... meu irmão não. - Seja cautelosa! - ela disse.

- Meu bem, eu nasci cautelosa. - falei e ela riu sabendo que isso era mentira. Eu era muito estabanada. 

Nós entramos no colégio e fomos direto para a aula de geografia. Sem dúvidas, não tem aula mais chata do que essa, sério! Até matemática é melhor do que esse professor falando e falando nada com nada. A pior coisa era quando ele inventava de ficar falando da vida dele, isso me dá nos nervos! Um dia falei que ninguém tem nada a ver com a vida dele, que estávamos aqui para ouvir sobre geografia e acabei indo pra diretoria... se meu pai soubesse disso eu estaria de castigo até hoje. 

Eu ainda chorava, meu coração ainda estava quebrado, mas ninguém sabia que a noite eu permanecia chorando e me lamentando. Nunca nem falei pra Lizzie que a culpa era toda minha, porque eu sabia que ela ia dizer que eu estava paranóica, então do que adianta eu dizer alguma coisa? A culpa foi minha, eu sei que foi. Sempre tento me distrair indo em festas e me divertindo, mas as vezes é impossível sair daquele casulo.

Depois da aula de geografia, as horas passaram voando e quando eu percebi já estava entrando no meu carro pra ir pra casa. Lizzie eu andamos sozinhas no colégio, não temos nenhum amigo e estamos super bem com isso. Pra mim, ela é o suficiente e pra ela, eu sou o suficiente. E, bom, isso é apenas uma desculpa. Porque na verdade nós odiamos pessoas. Principalmente as dessa escola. 

- Oi, Jenna! - falei quando cheguei em casa e dei um beijo na bochecha da Jenna.

Jenna é a nossa governanta, ela sempre cuidou de mim e de toda a minha família. Ela é como uma mãe pra mim e eu realmente não sei como minha vida seria sem ela.

- O Jason está em casa? - perguntei pegando uma maçã e a mordendo logo em seguida. 

- Não, ele saiu cedo. - disse. 

Fui para o meu quarto e disquei o número do Jason. Ele atendeu alguns segundos depois.

- Hayley? Você está bem? Aconteceu alguma coisa? - não entendia porque toda essa preocupação comigo.

- Eu estou bem, Jason. - falei rindo. - Deus, você é paranoico! - eu ainda ria e ele deu uma risada falsa. - Enfim, eu posso ir a uma festa hoje com a Lizzie?

- Não. - disse. 

- Mas Jason... 

- É perigoso, Hayley. Você sabe que é. - disse.

Deixa eu explicar porque toda essa sua paranoia: Jason é completamente apaixonado por carros, rachas, velocidade e essas coisas. Ele sempre compete, é um dos melhores. E devido ao racha, ele conseguiu muitos inimigos, mas isso não tinha nada a ver comigo. 

- Ok, Jason. - falei e finalizei a ligação. 

Liguei para a Lizzie logo em seguida.

- Ele não deixou. - falei assim que a Lizzie atendeu a minha ligação.

- Não importa, querida, estarei aí as dez horas. - disse. - O Jacob está me enchendo aqui. Tchau, beijos. - Jacob era o irmão dela.

- Beijo.

(...)

Eu acabei pegando no sono, e acordei algumas horas depois com o meu celular tocando. Óbvio que era a Lizzie pra me acordar, ela me conhecia tão bem que sabia que eu ia dormir e me atrasar pra me arrumar para a festa. 

- São oito horas, Alli. - ela cantarolou. - Se arruma logo porque eu não vou ficar te esperando não.

- Ok, Elizabeth, obrigada. 

- Elizabeth é o seu rabo! - ela odiava o seu nome e quer me matar quando a chamo assim. 

- Tchau, Lizzie! - cantarolei e finalizei a ligação. 

Levantei da cama e desci as escadas indo até onde a Jenna estava. Ela era a minha cúmplice quando eu saia, ela sempre se certificava de que Jason não desconfiasse, mas eu tinha que contar tudo a ela. Onde eu ia, com quem, e que eu tinha que estar em casa antes das três da manhã. 

- Eu vou em uma boate hoje. - falei pra ela. - Aquela que fui no mês passado. - eu disse. - A Lizzie vai me buscar e me trazer de volta. 

- Três horas aqui, ok? - disse e eu assenti sorrindo.

Subi para o meu quarto novamente e tomei um banho demorado. O bom de ter suíte era que eu nem precisava sair do meu quarto pra tomar banho, escovar os dentes e essas coisas. O meu quarto é tão enorme que as vezes eu me pergunto pra que tudo isso. Tudo bem que meus pais eram ricos, tem mais de vinte seguranças no portão, mas eu não preciso ter um quarto com um closet e com uma sala de TV. Acho que eu gostava de simplicidade. 

Quando sai do banheiro, coloquei a roupa que eu ia vestir em cima da cama e espalhei as minhas maquiagens em cima da minha penteadeira. 

- Merda. - murmurei quando derrubei as minhas pulseiras no chão.

Peguei as pulseiras e escolhi alguns acessórios dourados para combinarem com o vestido. 

Já eram dez horas e a Lizzie me mandou uma mensagem que já estava aqui em casa. Arrumei o meu cabelo e, sério, o que eu mais gostava em mim era o meu cabelo, estava muito comprido! 

Abri a porta da sacada do meu quarto, pendurei meus saltos nos dedos e calcei chinelos de borracha. Tinha alguns buracos na parede perfeitos para encaixar os meus pés, então eu sempre fazia isso quando saía por aqui. Tinha alguns galhos de uma árvore que eu podia me apoiar, então era a coisa mais fácil do mundo. E o muro do meu quarto da direto pra rua, então era super fácil ir para rua que intercepta a minha.

- Oi, gata. - entrei no carro da Lizzie.

- E aí.

Tirei os chinelos e coloquei os saltos pretos. Dei mais uma ajeitada no cabelo e na maquiagem, então Lizzie me emprestou o batom roxo escuro maravilhoso dela.

- Eu estou com um sentimento estranho. - comentei com ela mexendo no meu brinco. 

- Sentimento estranho? Ai, Allison, eu tenho medo dessas coisas e você sabe disso. Não fala isso. - falou olhando pra frente. 

Ela tinha medo desse negócio de pressentimento. Uma vez, a mãe dela falou que estava com um sentimento ruim e no mesmo dia elas receberam a notícia de que o pai dela havia sofrido um acidente. Ele não morreu, mas ele ficou hospitalizado por um mês.

- Vou estacionar o carro aqui. - disse. - Lembre! - ela é esquecida. Uma vez esqueceu onde estacionou o carro.

- Ok.

Nós chegamos na boate e já estava completamente lotada como de costume. O namorado da Lizzie, o Will, é amigo dos seguranças, então eles nos deixam entrar sem ver as identidades. Eu gosto do Will, ele é gente boa, faz a Lizzie feliz e nunca mancou com ela, então isso é o suficiente por enquanto. 

- Vamos pegar algo pra beber? - Lizzie perguntou.

- Sim.

Nós fomos até o bar e pegamos dois copos de batida. Fomos em direção a pista de dança e em poucos minutos depois que começamos dançar. Em alguns minutos chamamos atenção de alguns caras que estavam em volta. Nós gostávamos disso, da sensação de ser desejada por esses caras que não podiam tocar num fio de cabelo nosso.

- Vou pegar água! - Lizzie disse.

Nós já estávamos dançando há uma hora e Lizzie e eu só vínhamos pra essas festas pra dançar, era bem raro quando bebíamos mais do que um copo de bebida alcoólica. 

- Ok! - e ela foi. 

Se passou meia hora e a Lizzie ainda não tinha voltado. Comecei a ficar preocupada, então fui procurá-la. Corri os olhos por todos os lugares e vi a Lizzie discutindo com um cara, ela parecia estar bem brava.

Me aproximei dos dois e pela conversa, ouvi que ele tinha tocado no corpo dela! Ela ficou puta da vida e eu também, quem ele achava que era?!

- Quem você pensa que é?! - me aproximei dando um empurrão nele. Eu era mais baixa que a Lizzie, não ameaçava ninguém com palavras, mas com o meu olhar eu sei que sim.

- Ninguém te chamou aqui garota, se liga! - ele disse. Estava perfeitamente sóbrio.

- Pra começo de conversa, alguém TE chamou aqui? - Lizzie disse cruzando os braços.

- Vão tomar no cu, sabem nem curtir. - ele disse bravo e saiu andando. 

Lizzie e eu nos entreolhamos e começamos a rir. 

- O Will chegou. - Lizzie disse olhando pro celular dela. 

- Vamos lá. - falei e nós fomos lá pra frente.

O Will estava com um amigo muito gato que eu nunca tinha visto na minha vida.

- Oi, amor. - Will disse dando um selinho na Lizzie. - Oi Hayley. - acenei sorrindo.

- Então Zack, essa é minha namorada, Lizzie e essa é sua melhor amiga, Hayley. - disse. - Meninas, esse é o Zack.

- Oi, Zack. - Lizzie e eu falamos ao mesmo tempo e sorrimos. 

- O nome dela é Allison e não Hayley. - Lizzie disse revirando os olhos e eu comecei a rir. - Você não vai entrar? - Lizzie perguntou.

- Pode ir, vou depois. - falei e os três entraram. 

Fiquei lá fora sentindo a brisa gelada se chocar contra o meu rosto, mas fui interrompida pelo meu celular tocando. 

- Jenna? - falei preocupada. - O que aconteceu? 

- O Jason está desconfiando que você não está aqui. - ela disse baixo. - Ele já bateu duas vezes na porta do seu quarto, e todos sabem que você tem sono leve. 

- Obrigada por ligar, Jenna! - falei. - Tenta enrolar ele, estou voltando pra casa, beijo! - desliguei.

Entrei na boate novamente e procurei a Lizzie ou Will por toda a parte, mas nada daquele dois! Encontrei o Zack e perguntei por eles, mas ele disse que os dois sumiram. Que saco! 

- Quer saber? Eu vou a pé mesmo! - falei sozinha e fui para a entrada novamente. 

Comecei a andar sozinha pelas ruas escuras e desertas de Atlanta. O único som que eu conseguia ouvir era do impacto do meu salto no chão e esse barulho estava me deixando nervosa. Senti a presença de alguém atrás de mim e me virei pra ver se tinha algum ser vivo, mas não tinha ninguém. Senti um calafrio percorrer pela minha espinha e isso me deixou com mais medo ainda. Segurei meu celular com força e comecei a andar rápido, quase correndo, quando ouvi uma voz que me fez congelar:

- Onde pensa que vai, gatinha? 

- Pra minha casa? - perguntei ironicamente e continuei andando. 

- As difíceis são as melhores. - outro disse segurando a minha cintura.

Eles eram bonitos, tinham um corpo legal e para a minha sorte, eles não me transmitiam de medo algum. Eu sabia se eu teria medo de alguém apenas de olhar nos olhos das pessoas, mas se esses caras me tocarem eu não sei do que sou capaz de fazer.

- Me solta! - falei tentando soltar o meu braço, mas era em vão.

- Se acalma, gatinha, só queremos conversar. - um deles disse colocando a mão da minha cintura e deslizou até a minha bunda.

- Acontece, gatinho, que eu não quero conversar com você. - falei brava e dei um tapão na mão dele que estava na minha bunda. 

- Não me faz perder a paciência. - um deles disse.

- Você não quer perder sua paciência e eu não quero perder meu tempo. O que estamos fazendo aqui? Ambos sabemos que vou tirar sua paciência e ambos sabemos que vocês vão tirar meu tempo. - falei e ambos me olharam surpresos.

- Caralho, você é afiada. 

- Obrigada. - sorri irônica. - Agora me solta.

Eles não iam me estuprar, porque só se eles tentassem fazer isso eu ia enfiar meu salto no olho de cada um. 

Um deles me segurou por trás e começou a beijar meu pescoço. Nossa, eu poderia vomitar agora.

- Eu mandei você me soltar! - dei um pisão no pé do que estava beijando meu pescoço e dei um tapa na cara do que estava na frente.

Tirei os saltos rapidamente e comecei a correr muito rápido, mas senti as mãos deles me segurarem novamente.

- Cansei de brincar.

- Me solta!! - gritei e um deles tampou minha boca. Mordi a mão dele. - Socorro! Me solta! 

- Vocês ouviram a garota! 

Eu havia desistido de gritar, mas ouvi essa voz maravilhosamente rouca dizer algo e não era a voz de nenhum dos caras que estavam me segurando. Por que senti um arrepio percorrer por todo meu corpo quando ouvi isso? E o pior, é que eu já conhecia essa voz...


Notas Finais


Falem comigo lá no Twitter: @bizzlerdallas

Trailer da fanfic: https://www.youtube.com/watch?v=c1-9PquD2Xs


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