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História Bring Back To Life - You again?


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


OII BRASIL
Comentem, favoritem, etc!

Boa leitura!

Capítulo 12 - You again?


Eu estava decidida a ter certeza de que Jason não se envolvia com coisas erradas. Era bem cedo e eu precisava aproveitar esse momento. Coloquei meus chinelos e desci as escadas lentamente, indo em direção ao escritório do Jason. Era estranho mesmo ele nunca me dizer sobre seu trabalho, sendo que ele continua conseguindo pagar as despesas dessa mansão. Ele pode ganhar uma boa grana no racha, mas não o suficiente para manter isso aqui. Abri as gavetas com cuidado pra não fazer barulho e tentei achar por coisas que eu não sabia exatamente o que eram.

Claro que eu não encontrei nada porque Jason não se envolve com essas coisas e mesmo se ele se envolvesse, ele teria cuidado para eu não descobrir. Sabe que se eu desconfiasse, iria tentar achar, e que eu não iria tirar essa ideia da cabeça. 

Voltei para o meu quarto e já estava na hora de me arrumar mesmo. 

- Bom dia, Jenna! - falei dando um beijo estalado na bochecha dela.

- Bom dia. - ela disse rindo. - Acordou de bom humor, é? - perguntou.

- Eu quero dormir. - reclamei. 

- Quando você voltar do colégio, você dorme a tarde toda. - disse e eu ri pelo modo que ela disse. 

Terminei de tomar café, peguei as chaves do carro e fui para o colégio. 

Entrei na sala e vi Lizzie conversando com a Kylie. 

- Bom dia, gatas. - falei dando um beijo no rosto da Lizzie e depois da Kylie. 

- Bom dia. - elas disseram em uníssono. 

- Então, sobre o que estavam falando? - perguntei.

- Sobre garotos. - Kylie disse. - Lizzie disse que você está se envolvendo com um garoto problema, que bad amiga. - fuzilei a Lizzie e ela caiu na gargalhada. 

- Longe de mim! - falei. - Não estou me envolvendo com ninguém. - eu disse. - Mas e você, gata? - perguntei. 

- Eu estou solteira. - disse rindo. 

- Gente, eu vou tomar água. Já volto. 

Fui em direção ao banheiro porque estava me sentindo um pouco mau, mas acabou que não era nada. Tomei água, e quando eu estava voltando para a sala quase desmaiei no meio daquele corredor. 

Meus olhos se encontraram com o de Justin e ambos ficamos imóveis, sem esboçar nenhuma reação. O que ele estava fazendo aqui? Pra me perseguir não era, porque ele não fazia ideia de que eu estudava aqui. As garotas estavam babando no Justin, suspiraram todas encantadas e ele estava com aquela sua pose de bad boy e claro que seu típico sorriso sacana. 

Não hesitei em ir até ele e Zach, que conversavam. 

- Zach, você me dá um minuto? - perguntei puxando o braço do Justin. - O que caralhos você está fazendo aqui? - perguntei sussurrando para o Justin. 

- Relaxa. Não vou estudar aqui ou trabalhar aqui. - ironizou. - Vim falar com Zach. Um parceiro meu. 

- Ele também é envolvido com aquilo? - perguntei. 

- Não. - disse. - Era da época que eu não era envolvido com isso. 

- Teve uma época assim? - provoquei.

- Acho melhor você sair daqui porque eu estou me segurando pra não te agarrar na frente de todo mundo. - me arrepiei, merda. 

- Faça isso. - provoquei novamente com um sorriso malicioso. 

- Não me provoca, Hayley. - ele disse em um tom de aviso e eu ri enquanto balançava a cabeça. 

- Não sabia que vocês se conheciam. - Zach disse se intrometendo.

- É, pois é. - não sabia o que dizer. 

- Bieber, sabia que é errado ficar com garotas mais novas? - Zach provocou. 

- Digo isso pra você que da em cima da minha melhor amiga. - joguei na cara mesmo e sai de lá toda orgulhosa. Achei ele um babaca. E sim, Zach já deu em cima da Lizzie. 

Voltei pra sala e falei pra Lizzie que Justin estava aqui, mas esperei a Kylie sair de perto senão ela ia fazer perguntas que não deveriam ser respondidas.

(...)

Já estava na hora do intervalo e Lizzie e eu estávamos saindo da sala do professor de História passando na frente do banheiro. Eu não sabia se Justin ainda estava aqui, mas tive certeza quando fui puxada bruscamente pra dentro de um armário de produtos de limpeza e alguém tampou a minha boca. 

- Você ainda está aqui? - perguntei. Estava tudo escuro, eu não conseguia vê-lo, mas sabia que era ele devido ao seu perfume. 

- Talvez eu passe por aqui por alguns dias. - disse. 

- O que você está tramando com o Zach? - perguntei colocando meus braços ao redor de seu pescoço quando senti suas mãos apertarem minha cintura. 

- Chega de falar. - disse e então senti seus lábios tocarem os meus com urgência. 

Eu não sabia o que ele estava fazendo comigo, mas eu estava sabendo aproveitar por enquanto. Beijos são bem melhores do que brigas, pode ter certeza. Ainda brigas quando o outro tem uma arma. Justin colocou as duas mãos na minha coxa, e me puxou pra cima deslizando suas mãos até minha bunda, pra me puxar pra mais perto dele já que ele é bem mais alto que eu. 

- Ei, ei, ei. - interrompi o beijo quando senti sua mão embaixo da minha blusa. - Acho melhor a gente parar por aqui. 

- Tem certeza? - perguntou beijando meu pescoço. Fechei os olhos sentindo aquela onda de prazer, mas mesmo assim murmurei com a voz falha: 

- Sim.

- Ok. - disse. 

- Fica ai. Eu saio primeiro. - falei arrumando meu cabelo no escuro mesmo. 

Quando fui abrir a porta, Justin puxou meu braço fazendo nossos corpos se chorarem e ele me beijou mais uma vez antes de me soltar completamente. Dei um selinho nele antes de sair, então sai disfarçadamente daquele armário que cheirava a produtos de limpeza. 

- Voltei, amiga. - falei sentando perto da Lizzie.

- Meu, você literalmente sumiu! - disse. - Onde estava? - ela olhou pra algo atrás de mim. - Já entendi. - era o Justin. - Nossa, olha o jeito que ele está olhando pra você. - nem estava mais prestando atenção no que ela falava. 

O sinal que indicava o final do intervalo bateu, então nós voltamos para a sala. Durante a aula de álgebra, eu não estava me sentindo muito bem, aquele mau estar havia voltado e eu perdi para o professor me deixar ir ao banheiro. 

Eu estava descendo as escadas para voltar para a sala de aula, mas um jumento jogou um copo de plástico ali e eu tropecei me fazendo levar um tombo. Com certeza torci o tornozelo.

- Você está bem? - ouvi aquela voz rouca entre risadas e isso me deixou com mais raiva. - Você é uma anta mesmo. 

- Vai me ajudar ou vai ficar com essa cara me vendo sofrer? - dramatizei.

- Está pedindo minha ajuda? - perguntou arqueando uma das sobrancelhas.

- Ah, vai se foder Bieber. - levantei sozinha e tentei ir, mas não conseguia firmar meu pé no chão e acabei caindo novamente.

- Vem aqui. - ele me pegou no colo contra a minha vontade e eu fiz de tudo pra descer, mas ele era mais forte claro. 

- Justin, a enfermaria fica no segundo andar e nós estamos no quarto. Você não vai aguentar me carregar até lá. 

- Cala a boca que é melhor. - disse ríspido e eu revirei os olhos. Ele estava me carregando sem dificuldade alguma, eu até fiquei surpresa. 

Ele me levou até a enfermaria e a Sra. Wilson cuidou do meu tornozelo que eu havia torcido mesmo, mas não foi nada grave. E o Bieber voltou para a sala do Zach.

- Obrigada. - agradeci quando ela terminou.

- Vou chamar o garoto que te trouxe para ajudá-la a descer. - disse.

- Não! Não precisa! - falei. - Eu consigo sozinha. Obrigada. - saí da enfermaria.

(...)

As aulas passaram rápido e, para a minha sorte, Bieber já havia ido embora e nem dei de cara com ele no corredor. Eu me despedi da Lizzie e fui para o estacionamento em direção ao meu carro, mas senti que alguém estava me observando. Eu parei de andar e olhei para trás e não vi ninguém, então continuei andando em direção ao carro. 

- Droga. - falei quando as chaves caíram da minha mão.

Me abaixei pra pegar a chave e quando fui abrir a porta, alguém a fechou com uma certa brutalidade. Eu já ia começar a xingar o indivíduo, mas vi aqueles braços cobertos de tatuagem que me deixaram imóvel. Fiquei virada de costas para o Bieber, apenas encarando algo na minha frente e admito que estava com medo de me virar para encará-lo. Ele me virou para ele, então me vi em uma situação meio desconfortável: eu estava entre seus dois braços que estavam um pouco acima dos meus ombros e como sou baixinha ele nem precisou esticar muito os braços. 

- Vai dirigir com o tornozelo machucado? - perguntou. A dor já havia passado, não totalmente claro, mas não estava doendo como antes.

- O que você quer? - perguntei sem paciência.

- Você sabe muito bem do que se trata. - disse me encarando com seus olhos vazios e sempre com a frieza na voz. Talvez eu tenha quase contado que ele era um bandido para a Kayla quando a vi dando em cima dele e ele cedendo. Talvez, mas foi pela raiva. 

- Não, não sei. - falei tentando me virar e entrar no carro, mas eu estava encurralada.

- Eu odeio que me desafiem, Alli. - ele deu ênfase em meu apelido e eu o fuzilei. - Odeio que se oponham a mim, e que me subestimem.

- Bom, pra tudo tem uma primeira vez, não é mesmo? - falei indiferente e eu fiquei meio intimidada ao olhar em seus olhos. 

- É, tem razão. - disse. - E no seu caso vai ser primeira e última vez, porque eu não me importaria nem um pouco de fazer o que eu quero desde que te conheci. - disse e eu estremeci.

- Você vai mesmo perder tempo tentando botar medo em uma garota? - fui meio sarcástica. - Olha Bieber, sinceramente, pensei que você era mais ocupado. - falei sem tirar a ironia da voz. - Tanto faz se eu faço isso contigo ou não, garoto. O que vai mudar na tua vida? Mas que porra! 

- Eu sou Justin Bieber e estou pouco me fodendo pra o que você pensa, garota. Eu só quero que você me respeite. - disse e eu fiquei com vontade de gargalhar, mas me contive. - E você me desobedeceu, lembra? Odeio que desrespeitem as minhas ordens.

- Você odeia tudo, Bieber. Já percebeu? - falei. - Você é feito de ódio. - ele hesitou quando eu falei aquilo, mas logo voltou a me encarar. - Você finge odiar todo mundo. Deve ser cansativo.

- Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado. - disse e colocou seus óculos escuros indo em direção ao seu carro e só faltava eu chorar de ódio. Eu o odiava tanto! 

Entrei no carro e sai cantando pneu dali mesmo com a porra do tornozelo machucado, eu não estava ligando pra dor nenhuma. 

Cheguei em casa louca pra tomar um banho e dormir um pouco, mas lembrei o que Jenna havia me pedido ontem. "Hayley, amanhã quando você voltar da escola, organize o porão, pode ter algumas coisas úteis pra você lá".

- Jenna, quer me ajuda a arrumar o porão? - gritei. 

- Eu tenho outras coisas a fazer, menina. - ela gritou de volta e eu bufei. 

A minha casa era a gigante e o porão não era muito diferente disso. Eu desci até o porão e estava tudo desorganizado, a única coisa boa é que Jenna limpava lá às vezes e estava com um cheiro agradável. Tinha uma caixa escrito "Rachel Mitchell" que é o nome da minha mãe e eu fiquei com medo de ver o que tinha nela. Mas espera, hoje é dia 17? 

- Jenna! - gritei lá de baixo. - Hoje é dia 17? 

- Sim. - ela respondeu meio triste e já senti meus olhos arderem. 

Eu me agachei até a caixa que tinha o nome da minha mãe, então comecei a ver o que tinha dentro. Aquilo me doia de uma forma inexplicável, parecia que meu coração estava quebrado em mil pedacinhos até hoje e de certa forma estava mesmo. Pronto, eu iria ficar deprimida o resto do dia, chorando feito louca.

- Eu sinto sua falta, mamãe. - murmurei enquanto pegava um porta retrato que estava ela e uma amiga. - De você também, pai. - falei vendo a foto deles. 

Ela era tão linda, tinha cabelos loiros e os olhos azuis. Tinha vários porta retratos dela ali, com várias amigas e uma que estava eu, ela e a Megan. Ela estava sempre sorrindo e agora eu nem ao menos vejo esse sorriso que trazia paz ao mundo. Tinha um diário, que deduzi que ela escrevia nele quando era adolescente. Peguei o diario e o guardei comigo, ia ler mais tarde talvez.

- Hayley, você está bem? - acho que Jenna ouviu os murmúrios do choro.

- Sim. - respondi firme.

Mexi na caixa e encontrei um colar que tinha um símbolo que eu desconhecia, mas eu entendi o que ele significava. Era liberdade. Minha mãe sempre o usava, ela adorava essas coisa que tinham significados por trás de um simples objeto. Eu não sabia se era certo pegar aquilo, mas eu... eu só senti que deveria. O guardei em meu bolso e continuei mexendo, até que encontrei um DVD no meio daquelas coisas. 

Eu peguei o meu notebook lá em cima e o levei ate o porão e sentei no chão para ver aquele vídeo. Logo começou a rodar e eu pensei que iria morrer ali mesmo.

- Mãe, eu to com medo. - eu dizia. Devia ter uns quatro, cinco anos.

- Não precisa ter medo, Hayley. A mamãe está aqui e sempre vai te proteger. - senti meus olhos arderem e logo as lágrimas não paravam de cair.

- Eu sei, mamãe. Mas e se eu cair? - eu perguntei. Ela estava tentando me ajudar a andar de bicicleta.

- Você não vai cair, meu amor. - ela passava as mãos pelos meus cabelos. Era tão bom ouvir sua voz.

- Você promete? 

- Sim, eu prometo.

A bicicleta era de rodinha claro, mas eu sempre anta consegui cair com tudo no chão mesmo com as rodinhas. A minha mãe veio correndo até mim e me pegou no colo, enquanto eu chorava. Assim que ela me abraçou, o meu choro cessou. 

- Você me prometeu que eu não ia me machucar, mamãe. - eu dizia chorando. 

- Infelizmente, eu não posso te privar de tudo nesse mundo, mas sempre, sempre que estiver com medo de algo pense que você pode fazer tudo o que quiser. - ela começou a dizer. 

- Eu estou com medo agora.

- Você pode fazer isso, meu amor. Você pode fazer qualquer coisa, só basta querer. - falou. 

- Mas e se eu falhar? 

- Eu sempre vou estar aqui pra te proteger. - ela disse. - Pode não ser fisicamente, mas sempre vou estar com você aqui. - ela apontou pra minha cabeça. - E aqui. - ela apontou pro meu coração e eu pensei que meu mundo ia desabar.

A tela ficou preta e eu desabei, literalmente. As lágrimas não hesitavam em escorrer descontroladamente pelas minhas bochechas e eu fiquei de joelhos, tentando amenizar a dor que eu estava sentindo no coração. Comecei a puxar a parte de trás do meu cabelo, na raiz, acima da minha nuca vendo aqueles fios em minhas mãos. Eu fazia isso quando estava triste, quando eu chorava ou quando estava com raiva. Era um forma de aliviar a dor que eu estava sentindo em mim mesma. 

- Hayley? - ouvi Jenna me chamar, mas eu não estava em condições de responder. - Hayley? Oh meu Deus! - ela disse ao ver o estado deplorável que eu estava. 

Ela me ajudou a ficar de pé novamente e minhas lágrima cessaram um pouco, isso foi um surto. 

- Eu não acredito que eles se foram. - eu dizia como se fosse recente. Era recente, mas não tanto.

- Hayley, vai tomar um banho e depois dorme um pouco. Eu arrumo isso aqui. - ela disse calmamente e eu assenti sem dizer nada. - Não faz isso. - ela disse tirando minha mão do meu cabelo. - Não se machuque. Não é culpa sua. 

Fui para o meu quarto e tomei um banho rápido. Já tinha parado de chorar, mas estava bem deprimida. Coloquei uma camiseta gigante e fiquei deitada na minha cama tentado pensar em coisas boas, mas o que tinha de bom na minha vida nesse momento? Exatamente, nada! 

Meus pensamentos foram interrompidos pelo meu celular tocando e eu atendi sem ver quem era.

- Alô? 

- Eu senti falta da sua voz, Hayley... - merda, merda, merda. Mil vezes merda!

- Ethan - falei com nojo.



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