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História Bring Back To Life - Kidnapped


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


OII BRASIL

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Capítulo 2 - Kidnapped


- Nós só estamos conversamos, cara. - o loirinho respondeu. Quem era esse cara? Eu queria muito ver seu rosto, mas a escuridão era imensa.

Apertei os olhos pra tentar enxergar de onde vinha aquela voz e admito que eu estava curiosa para ver o seu rosto, mas eu só conseguia ver a sua sombra.

- Talvez eu possa me inteirar da conversa. - ele deu um passo pra frente e sacou a arma. 

- Cai fora, moleque. Desde quando se intromete nos assuntos dos outros? - o moreno disse e colocou a mão na minha bunda.

- Olha, chega! Se você tocar em mim mais uma vez, eu vou enfiar meu salto no seu olho! - gritei tentando me soltar e ouvi a gargalhada do loiro. - E olha que eu sou capaz de fazer isso. - fiquei cara a cara com ele, encarando seus olhos como um desafio. 

- Saiba que você toda bravinha assim está me excitando ainda mais. - disse.

- Vai se ferrar! - dei uma cotovelada na barriga dele e tentei sair correndo, mas o outro me segurou pelo cabelo. 

- Eu só vou falar mais uma vez, deixem a garota ir. - ouvi o garoto da voz rouca dizer.

- Cai fora. Não tenho medo de uma criança brincando com uma arma. 

O garoto sacou a arma novamente, fazendo um barulho e se aproximou mais ainda, apontando na nossa direção. No mesmo instante, os dois puxaram as armas de seus cintos me deixando estática. 

- Se você der mais um passo a garota morre. - o moreno disse e eu gelei. 

O garoto se aproximou mais e eu pude ter a visão completa de seu rosto. O cabelo castanho claro, chegando a ser loiro com um topete perfeitamente alinhado, lábios rosados, maxilar travado e com uma regata que mostrava seus bíceps, o braço esquerdo fechado em tatuagem e o direito apenas até o antebraço. Quem era esse cara? E por que eu tinha a sensação de que o conhecia muito bem? E esses arrepios? Quem era ele?

Vi a expressão dos homens mudarem completamente quando viram quem era, ambos abaixaram as armas. Eu estava confusa, eles estavam em maioria e os dois tinham armas, por que simplesmente não atiraram no garoto? Ele estava em minoria e eles eram dois armados. Foi aí que saquei que ele deveria ter uma grande moral e reputação na cidade para os homens o olharem completamente assustados.

- Vou ter que repetir? - o garoto disse e se aproximou mais um pouco.

Senti as mãos deles se afrouxarem na minha cintura, mas eles não tinham me soltado completamente. Aproveitei que estava fácil de escapar e dei uma cotovelada no loirinho e um tapa na cara do moreno por eles terem tocado no meu corpo, então sai correndo até onde o garoto estava ficando atrás dele.

- Tudo bem? - ele olhou pra mim e meus olhos se arregalaram. 

Ótimo, eu sai das mãos de estupradores para ficar nas mãos de um ladrão de bancos e corredor de racha. Eu conhecia Justin Bieber, sabia que ele era tipo o rei daqui de Atlanta. Mas eu não o conhecia só por esse modo... eu realemnte o conhecia, eu já havia falado com ele, como eu teria reconhecido sua voz? E o que ele estava fazendo aqui? Ele tinha ido embora de Atlanta!

- S-sim. - gaguejei.

Justin sacou a arma e se aproximou dos caras girando o revólver nos dedos com a maior facilidade. Eu desviei o olhar, e de repente ouvi três disparos. 

Olhei pra frente e o loiro estava caído no chão com a cabeça perfurada. Arregalei os olhos e levei as mãos à boca, esse cara era louco! Esses homens só eram dois imbecis e iam morrer com três tiros na cabeça!

- Aí, meu Deus! - gritei levando as mãos à boca novamente quando ele deu mais três tiros no moreno. - Você é louco?! 

- Por salvar você? Sim, eu sou. - disse ríspido. - Entra no carro.

- Eu não vou entrar no mesmo carro que você! - retruquei cruzando os braços. Eu sei que eu estava desafiando o perigo, brincando com a morte, mas eu nunca ficava quieta quando não concordava com algo.

- Você sabe quem eu sou? - ele perguntou convencido.

- Sim. E não é porque você é Justin Bieber que eu vou ter medo de você! - retruquei.

- Acho melhor você controlar sua boca, antes que eu precise tomar medidas drásticas.

- Olha, obrigada por ter me salvado, mas eu vou a pé. - falei. - Tchau. - cantarolei, mas ele segurou meu braço violentamente e me prensou no carro.

- Olha, garota, eu estou sem paciência pra aturar frescura de patricinha, então entra no carro antes que eu faça com você o que fiz com aqueles caras. - disse puto da vida e olhando nos meus olhos. Seus olhos eram vazios, mas não posso negar que senti uma coisa estranha com essa aproximação. 

Revirei os olhos dando um tranco no meu braço e sentei no banco passageiro, fechando a porta logo em seguida. Ele entrou no carro e ligou pra alguém.

- Aconteceu um imprevisto. - ele dizia. - Rua Breaklee, perto da minha boate. - falou. - Valeu.

- Aquela boate é sua?! - perguntei e ele me olhou como se estivesse dizendo apenas com o olhar: "o que te faz pensar que pode falar comigo?" - Por que você me salvou? - nenhuma resposta. - Por que você voltou?  

- Não curto por quês, fica na sua. - retrucou olhando pra frente.

- E eu quero saber por que você me ajudou. - falei. - Você estava me seguindo ou algo do tipo? Ninguém vai naquela rua.

- Eu já falei, mas vou repetir só mais uma vez: cala a porra da boca. 

- O que custa você responder? - perguntei cruzando os braços e sentei em cima das minhas pernas depois que tirei o salto. Pra que ser tão ignorante? - Você não pode falar com pessoas que não são da sua laia? - ele freou o carro com tudo, fazendo eu quase bater a cabeça e eu senti meu corpo ficar rígido. 

- Se você abrir a boca mais uma vez, eu abro a porta do carro e te jogo pra fora com a velocidade de 200 km. - disse com aquele típica ignorância. Ele era corredor de racha, um dos campeões junto com Jason, e ele dirigia tão rápido, fiquei aliviada quando paramos.

Será que Jason o conhecia? Será que ele era um dos inimigos que Jason tanto falava?

Fiquei encarando-o com os olhos estreitados, fiquei puta da vida com ele por ele dizer isso. Por que ele me salvou se era pra ter me tratado assim?

- Você entendeu? - não respondi. - Eu estou falando com você! - ele gritou e eu me assustei com o tom de voz dele.

Assenti assustada e ele ligou o carro.

- Eu só preciso fazer mais uma pergunta. - falei. - Pra onde você está me levando? - perguntei. Pra que ser tão grosso? O que eu fiz?

Ele abriu a boca pra dizer algo, mas seu celular começou a tocar freneticamente.

- Fala, Michael! - ele disse sem paciência. - O que? Agora? - disse aumentando o tom de voz. - Ok, chego ai em dez minutos. - disse. Justin trabalhava sozinho, tinha seus capangas, mas não "sócios". 

- Está tudo bem? - perguntei e ele me olhou com aquele olhar de "quem você pensa que é pra falar comigo?"

- Você tem certeza de que sabe quem eu sou? 

- Pode apostar que sim! - falei. 

- Tenho um compromisso agora, depois te deixo em casa. - disse e eu arregalei os olhos.

- Eu não quero ir pra nenhum de seus compromissos. Me deixa em casa agora, por favor! - falei.

Ele simplesmente me ignorou e voltou a dirigir. Cansada das provocações, me afundei no banco com as pernas dobradas e com o pé em cima do banco. Eu esqueci completamente que estava de vestido, mas me lembrei assim que vi o olhar do Justin sobre as minhas coxas.

- Você vai bater o carro. - falei grossa e ele voltou a olhar pro meu rosto. Fiquei normal no banco, então ele voltou a olhar pra frente. Nós chegamos em um galpão que parecia ser abandonado e velho. Pensei que o Justin ia deixar eu ir com ele, mas o que ele disse antes de sair foi:

- Fique no carro! 

- Por que?!

- Apenas fica. - disse.

- Au au. - imitei um cachorrinho.

- Não brinca comigo. - disse me olhando e depois bateu à porta do carro.

Fiquei na posição que eu queria agora já que não precisava me preocupar com quem estava olhando, mas meu celular começou a tocar. O Justin é muito burro mesmo! Me deixou aqui com o meu celular! 

- Oi Lizzie! - falei. 

- Onde você está?! - ela gritou. - Te procurei por todos os lugares dessa boate, cadê você?! 

Quando eu abri a boca pra responder, Justin entrou no carro novamente com um olhar de "te peguei, você acha que eu sou burro?"

- Não desliga, coloca no viva voz. - ele moveu os lábios sem omitir nenhum som. Coloquei no viva voz. 

- Desculpa, é que a Jenna me ligou dizendo que meu irmão estava desconfiando de que eu tinha saído. - falei.

- E aonde você está agora? - ela perguntou desconfiada. Ela me conhecia, amanhã ia me encher de perguntas.

Olhei pro Justin e ele negou com a cabeça.

- E-estou na minha casa. - respondi. 

- Alli, eu te conheço, onde você está? O que aconteceu? - perguntou. Bieber fez um sinal para eu desligar.

- Eu preciso ir, meu irmão está aqui no corredor. Tchau, eu amo você. - falei cantarolando o "eu amo você" para parecer normal. 

- Espera! - desliguei na cara dela, senão ia me encher de perguntas.

- Me da. - ele estendeu a mão e eu entreguei o celular na mão dele.

- Fica no carro, Alli. - senti meu sangue ferver quando ele disse Alli e eu o fuzilei.

- Não me chame de Alli! - rosnei.

- Esse não é o seu nome? 

- Não! Só a Li... - desisti de falar o nome dela. - Só a minha melhor amiga me chama assim. - falei brava.

- Não importa, só fica no carro. - ele saiu do carro e foi andando em direção ao galpão. 

Fiquei tão entediada que fiquei brincando com os botões do rádio. Eu estava com tanta preguiça, com tanta vontade de ir pra minha casa e ficar deitada lá, pensando que o que aconteceu foi apenas um sonho. Quero dizer, um pesadelo. 

- O que diabos é isso? - murmurei sozinha quando ouvi um disparo vir de lá de dentro. Fiquei preocupada. Curiosa na verdade e saí do carro. 

Entrei no galpão tentando não fazer nenhum barulho e me escondi atrás de um enorme pilar. Quem via o lugar por fora, nunca imaginaria que é assim por dentro, é cheio de tecnologia. 

- Por favor! - levei as mãos à boca pra me impedir de gritar quando vi um homem amarrado a uma cadeira com o rosto todo ensanguentando. 

Justin e mais quatro garotos estavam se divertindo vendo aquela cena.

- Pelo amor de Deus, me soltem! - o cara suplicava.

- Vem falar de Deus agora, né seu vacilão? Você pensou em Deus quando estuprou e esquartejou aquela garota? - Justin disse. Senti meu estômago se embrulhar. - Isso que dá por tentar dar uma de esperto, Jake. - ele disse e deu uma coronhada com a arma na cabeça dele. - Qual serão suas últimas palavras? - Justin sacou a arma e apontou na cabeça do tal de Jake.

- Porra Drew, não acredito que você mexeu com os caras do Martin Harris. - um cara moreno disse. 

Martin Harris, Martin Harris, Martin Harris... 

- O Martin vai matar você e todos que você ama. - Jake cuspiu as palavras fazendo todos eles gargalharem com sarcasmo, principalmente o Justin. 

- Essa é a graça da vida, meu amigo. Eu não amo ninguém. - ele apertou o gatilho e senti meu corpo ficar mole quando vi a cabeça do homem sendo perfurada.

Levei as mãos à boca, sentindo meus olhos marejarem de imediato. Eu até acabei me desequilibrando, mas o pior de tudo isso é que eu bati em um monte de baldes fazendo o maior barulhão. 

- Você trouxe a pirralha pra cá?! - o mesmo moreno, que deve ser o tal de Michael disse. 

Eu arregalei os olhos novamente e vi o Justin vindo na minha direção com os olhos queimando de ódio. Agora eu tive certeza que ele ia me matar. Apenas o olhar dele me matou, imagina suas mãos ou a sua arma. 

- Eu mandei você ficar no carro, porra! - Justin disse me fuzilando e segurou o meu braço com tanta força que eu pensei que ia perfurar a minha pele. 

Ele não tinha fama de assassino, porque ele só matava as pessoas que fizeram coisas ruins com os outros. Tipo esse tal de Jake... ele estuprou e esquartejou uma garota e realmente merecia morrer, mas eu tinha medo do que Justin poderia fazer comigo mesmo sabendo que ele não matava pessoas inocentes. 

- Não sou sua cachorrinha. - falei baixo, mas ele me ouviu.

- Você não faz ideia do quanto eu quero meter bala na sua cabeça agora. - ele disse sério.

- Vai! Me mata como fez com aquele homem.

- Você sabe o que aquele homem fez, patricinha? Imagino que não. - disse. -  Michael, Rob. - ele chamou e dois morenos se aproximaram. - A obriguem a falar tudo o que ela sabe e se ela não falar, já sabem. - ambos assentiram e eu saquei que o Justin era realmente o líder dali, eles eram seus capangas. 

- Vem cá, gatinha. - o tal de Michael disse e eu o fuzilei.

- Só cuidado pra não levarem patadas demais. - Justin disse lá da porta do galpão. - Luke, Matt venham aqui. - ele disse e os dois foram com ele.

- Sente ai. - Rob disse. Ele parecia ser legal, não um idiota tipo o Justin. - Qual o seu nome? 

- Blair Williams. - pensei tão rápido que ficou convincente.

- E por que te chamam de Alli? - Michael perguntou. 

- E eu vou saber? É um apelido da minha melhor amiga pra mim. - retruquei.

- Hm, eu gosto das afiadas. - Michael disse todo malicioso.

- Pena que as afiadas não gostam de você. - Rob caiu na gargalhada e o Michael ficou sério.

- Da onde você nos conhece? - Rob perguntou quando parou de rir.

- Não conheço vocês, já ouvi falar do babaca do Bieber. - falei.

- Ouviu quem falar?

- Obvio que garotas. - revirei os olhos. - Ele se acha o rei da cocada preta, e é um idiota. Como vocês aturam isso?

- Wow, não deixe ele te ouvir dizendo isso. - Rob disse. - Alguém ainda usa a expressão "rei da cocada preta"?

- Eu uso. - falei séria e o Rob ficou sério na mesma hora, fazendo o Michael soltar uma risadinha.

- Ok, e o que você ouviu? Ou viu? - Rob perguntou.

- Quando cheguei aqui o homem já estava morto. - falei. - Não ouvi nada.

Eles não me transmitiam medo algum e eu agradeço muito por isso.

- Não minta pra mim, Blair. - fiquei com vontade de rir quando ele disse Blair.

- Eu estou falando sério! 

- Olha aqui, eu não estou de brincadeira, então eu acho melhor você falar tudo o que eu sabe antes que eu precise tomar outras atitudes. - Rob disse e ele me deu medo naquele momento, mas só naquele momento.

Contei tudo o que eu tinha ouvido e eu pensei que ele iria falar alguma coisa, mas os dois apenas levantaram sérios e foram falar com o Justin. Eu estava com medo do que ia acontecer comigo. Eu não contei tudo sobre mim, mas eles me fizeram dizer minha idade e o nome dos meus pais. Óbvio que eu menti sobre meus pais, senão eu ia chorar ali mesmo.

- Você sabe demais. - Justin disse se aproximando. 

- Ótimo. Me leva pra casa! - falei.

- Boa sorte ai, patricinha. - Rob disse enquanto Justin puxava o meu braço até o carro. Percebi que ele bufou.

- E pra onde você vai me levar? - perguntei.

- Pra minha casa. - senti um arrepio percorrer por todo meu corpo.

- Isso é sequestro, Bieber! Eu tenho uma vida, ok? Não quero ficar presa na sua casa porque você me levou pra um de seus compromissos.

- Você foi enxerida, então é problema seu! - ele disse ríspido. Recuei. - Não precisa ficar com medo, princesa.

- E quem foi que disse que eu estou com medo? - o desafiei. - E não me chame de princesa. - rosnei.

- Todos têm medo, gatinha.

- Desculpa, gatinho, mas eu não. - falei e ele sorriu de lado me fazendo franzi o cenho. 

Fiquei quieta o tempo todo depois disso e fiquei boquiaberta quando entramos na casa dele. Era enorme - quase na mesma proporção que a minha - e tinha uma decoração incrível! Justin segurou meu braço com força e me arrastou pelas escadas, até um dos quartos de hóspedes.

- Você não pode fazer isso comigo!

- Você entrou no meu caminho, patricinha, terá que pagar um preço por isso. - disse.

- Eu entrei no seu caminho? Você me salvou porque quis! - falei. - Até quando você vai me deixar aqui?

- Até eu decidir o que vou fazer com você. - disse frio e saiu do quarto trancando a porta logo em seguida.

Nem ao menos tentei fazê-lo abrir porque sabia que ele não ia mudar de ideia. Essa noite estava sendo tão longa, tão estressante, tão cansativa, eu só queria que isso não passasse de um pesadelo! Eu queria acordar amanhã cedo na minha cama, no meu quarto, até com o Jason chamando meu nome. Ele não podia me deixar presa aqui, eu tenho uma vida pra viver, não ia ficar presa aqui porque um idiota quer isso. 


Notas Finais




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