História Bring Back To Life - Because I love you

Uma semana depois

Ryan, Chaz, Chris, Justin, Jason e Dylan estavam todos em casa novamente e eles estavam parecendo nervosos e preocupados, mas estavam esperando alguém chegar. Enquanto eles entravam no escritório, eu resolvi me intrometer. 

- O que aconteceu? - perguntei. 

- Nada que tenha a ver com vocês. - foi a única coisa que Justin disse antes de entrar no escritório sendo seguido pelos garotos. 

Justin Bieber P.O.V 

- Eu estava em dúvida antes, mas o mesmo cara que matou o Johnson foi o cara que tentou entrar na casa do Ryan. E que tentou pegar todos nós juntos no galpão. - Chaz disse antes de fecharmos a porta do escritório. 

Vi os olhos da Hayley perdidos olhando pra mim, mas tive que fechar na cara dela. 

- Tem alguém caçando você, Justin. E é indiretamente. - Chris disse. - Porque todas as coisas que aconteceram iam te prejudicar e... 

- Justin, me deixa saber o que está acontecendo. - Hayley entrou na sala. Caralho, ela não entende que não tem nada a ver com ela? 

- Entra. - falei ríspido. Ela e a Lizzie entraram na sala e sentaram uma do lado da outra no sofá. 

- Ou a chave. - Dylan disse. 

Hayley Mitchell P.O.V 

- A chave? - Justin e Chaz perguntaram ao mesmo tempo. 

- O mapa do prédio estava com o Ryan, por isso eu tenho certeza que não é coisa do Martin ou do Nathan. - disse. - É coisa de amador. Eles mataram o Johnson, que era dos nossos e deixaram o corpo lá. - que horror! 

- Amador tentando passar a perna na gente? São tudo otário mesmo. - Justin disse. 

- Ainda continuo achando que tem alguém querendo a cabeça do Justin. - Jason disse. Senti meu corpo estremecer e pesar. 

- Você acha que se quisessem matar o Justin, já não teriam matado? - Ryan disse. 

- Nós estamos falando em hipóteses. - Chaz disse. - Ninguém sabe da existência do galpão, ninguém sabe que é lá que planejamos os roubos. 

- E se antes de matarem esse tal de Johnson não o torturaram? Ele sabia da localização do galpão, certo? - abri a boca. Todos me olharam. 

- Sabia. - Ryan respondeu. 

- Antes de terem dado o fim nele, devem ter feito milhares de perguntas e na hora do sufoco ele deve ter falado onde vocês planejam os roubos. - falei. - Mas com medo de manter ele vivo e ele abrir a boca, deram o fim nele. 

- Caralho, Hayley, eu poderia te dar um beijo agora. - Ryan disse. 

- Tá ficando louco? O filho da puta, mais respeito... - Justin começou a dizer, mas parou na mesma hora que lembrou que Jason estava lá. Ainda bem que ele não disse tão alto. 

- Ou tem algum traíra no meio de nós. - Chaz disse pra aliviar o Justin e todos ficaram quietos. 

- Nunca teve nada disso entre nós. - Jason disse. - Exceto pelo Justin. - disse rindo e Justin revirou os olhos. 

- Chris, você está quieto demais, o que está pegando? - Ryan perguntou. 

- Se é o mapa que eles querem, vamos ser mais rápidos. - Chris falou pela primeira vez desde que entramos aqui. - Vamos fazer o roubo hoje. 

- É, hoje! - Justin disse. - Se realmente existir um traíra, ou se o Johnson entregou nosso esquema não vai dar tempo deles estragarem. 

- Vocês só podem estar ficando louco. - Ryan disse nervoso. 

- Isso é uma missão suicida, Drew! - Chaz disse. - Você não fez nenhum treinamento, não viu como é o prédio como nós vimos. - falou. - Você não pode arriscar a sua vida assim não, cara. Eu não precisei de treinamento porque vou passar as informações, mas e você? Você que entra no prédio, mano. 

- Você já conseguiu invadir o sistema de segurança, certo? - Justin perguntou.

- Sim, mas... 

- Mas nada. - disse. - Ryan, Jason e Chris tem o treinamento e eles vão entrar comigo. Isso já basta. 

- Cara, você não tem treinamento nenhum! Você ta ligado que pode morrer, né? - Jason disse. Quando ouvi isso senti minha cabeça doer, meu corpo pesar e eu já senti meus olhos arderem. Ele não podia fazer isso, ele não podia fazer isso! 

- Justin, não faz isso. - levantei do sofá indo até ele. - Por favor, não faz isso. 

Todos me olhavam sem dizer nada, sabia que Jason não ia entender, mas foda-se! Justin me encarava com um olhar sem vida. 

- Justin, não faz isso comigo, por favor. - continuei suplicando, mas sussurrei claro. 

- Eu sei muito bem o que pode acontecer comigo, mas eu estou pouco me fodendo. Vamos fazer essa porra logo antes que vá tudo por água a baixo. 

- Então, se não vai fazer por mim, faça pelos seus amigos. - continuava sussurrando. 

- Não tem tempo pra pensar nisso, Hayley. Para de drama. - disse me olhando. - Vamos planejar logo essa merda. 

- Por mim tudo bem. - Dylan disse. 

- Por mim também. - Chaz disse.

- Não! Chaz! - dei um tapa no braço do Chaz. - Você não pode aceitar isso! 

- Eu estou dentro. - Chris disse. 

Todos concordaram, mas ainda faltava o do Jason. Olhei no fundo dos olhos, suplicando apenas pelo olhar para ele não concordar com isso, mas ele me deu aquele olhar com piedade e eu parei de olhar pra ele sabendo que ele ia concordar com tudo aquilo. 

- Eu topo. - disse por fim. 

- Não faz isso, Justin. - falei balançando a cabeça. 

- Jason! - ouvi Lizzie o chamar lá fora pra deixar Justin e eu mais mais sozinhos. 

- Hayley. - ele me chamou, mas não olhei pra ele. - Hayley, olha pra mim. - ele colocou suas mãos no meu rosto e levantou o mesmo, me fazendo olhar nos olhos dele. - Já fiz coisas piores, e nunca aconteceu nada. - disse. - Não vai acontecer, eu prometo. 

- Só que dessa vez é perigoso e você sabe disso.

- Eu vivo no perigo desde que entrei nisso. - disse e limpou minhas lágrimas com o dorso da mão.

- Eu vou subir. - falei com um soluço e ele me deu um beijo na testa. 

Sai do escritório e os garotos estavam em silêncio, olhando para o chão. Eu sabia que eles também estavam com medo de perder o Justin. Subi as escadas, e a Lizzie veio atrás de mim, mas o que eu queria agora era o Justin do meu lado. Eu sabia que ele sabia se cuidar sozinho, que ele já fez coisas piores, mas ele tinha se preparado para as outras coisas! Agora ele nem ao menos sabia da planta do prédio! Eu não tinha entendido muito bem as coisas no começo, mas eu consegui ligar os pontos com as informações que eles davam as vezes. 

- Você entendeu alguma coisa do que eles disseram lá? 

- Ou eles vão roubar um empresário rico, ou o Martin . - falei. - Acho que é mais provável que seja o Martin. 

- Mas o que eles querem roubar exatamente? - perguntou.

- Drogas importadas da Europa e do Japão. - respondi. - Vi eles falando sobre isso na semana passada. 

- Que chique. - disse revirando os olhos. 

- Vão vender por um preço três vezes maior para países como Austrália, Brasil, França. - expliquei. - Ele não pode fazer isso. 

- Amiga, ele vai sair dessa. - disse. - Vaso ruim não quebra, você sabe disso. 

- Deus te ouça, Lizzie. - suspirei. - Deus te ouça.

- Jason não desconfiou de nada. - ela disse. - Mas ele disse "Nossa, eles ficaram bem amigos, não é?". Ele sabe que você a mesma coisa se fosse com ele, ou com os outros meninos. 

- Ainda bem.

(...)

- Ainda está emburrada? - Justin entrou no quarto e veio até mim. Lizzie já tinha ido embora e eu ia para o galpão com o Chaz. 

- Não estou emburrada. Simplesmente não quero que você faça isso. - falei.

- Eu vou ficar bem, ok? - disse me olhando. - Eu prometo. - ele me beijou. - Vamos para o galpão daqui a pouco. 

- Justin, não faz isso! - falei já começando a chorar. 

- Apenas se arrume. - falou e saiu do quarto. 

Os meninos, menos o Chaz, estavam com uma roupa preta e iam colocar uma máscara que deixava apenas seus olhos a mostra. Eu não acredito que estava apaixonada por um bandido e que não mudaria isso nem se eu pudesse. Esse galpão era incrível! Atrás de uma estante, ele apertou uns botões e abriu uma sala secreta. Fiquei boquiaberta por longos segundos, cheio de tecnologia. 

E não era uma sala secreta comum. Eu nunca tinha visto uma sala tão cheia de tecnologia assim. Tinha dezenas de computadores, e um monte de botões estranhos. 

- Ryan. - o chamei e ele veio até mim. - Cuida dele pra mim, por favor. Não deixa nada acontecer com ele. 

- Você sabe que ele vai ficar bem. Vaso ruim não quebra. - disse dando um beijo na minha testa. Ele ainda não estava com aquela máscara. 

Toda hora que eu olhava para o Justin, ele desviava o olhar. Ele estava no outro lado da sala, e o Chaz estava passando um fio por dentro da blusa dele. Certamente, era a escuta. 

- As instruções são o seguinte. - Ryan começou a dizer. - Eu, Justin, Chris e Jason vamos entrar no prédio, Chaz vai ficar aqui com a Hayley e vai mandar instruções pela escuta para o Justin sobre o prédio. Ele vai estar com o rastreador e você fala pra onde ele precisa ir. - disse. - Nós quatro já sabemos a senha, então assim que sairmos com a mercadoria, Rob e Dylan vão estar nos esperando no caminhão na rua de trás do prédio. 

- Mais uma coisa. - Chris disse. - Se der dez horas e algum de nós não tiver voltado... não tem como ficar esperando por tanto tempo. Assim que entrarmos no prédio vamos ter meia hora para executar tudo, se dermos bandeira, a polícia vai chegar a tempo de nos pegar. - fiquei com medo. Eles não deixariam o Justin pra trás, né? 

- Os carros de fuga estarão três ruas depois e, bom, cada um sabe o seu. É para todos voltarem para o galpão, ok? - todos assentiram. 

- Boa sorte. - eles fizeram um cumprimento todos juntos que me fez sorrir. Eles devem fazer isso antes de todos os roubos. 

- Hayley, aqui. - Justin me entregou um arma e eu arregalei os olhos. - Se o Chaz não der conta, mete bala em tudo o que você achar ameaçador. 

- Posso começar com você? - falei brava por ele botar essa arma na minha mão. Coloquei a mesma em cima da mesa. 

- Se liga, Drew. Eu posso muito bem cuidar da sua mulher. - Chaz disse não tão alto, claro. Justin tirou o capuz e veio até mim. Jason estava bem longe de nós, nem olhando pra gente.

- Pode contar no relógio que daqui duas horas eu volto pra você. - Justin disse em um tom que só eu pude ouvir. Ele sorriu, me dando um selinho demorado e eu agarrei o pescoço dele. 

- Volta logo. - dei um beijo nele. 

Ele colocou o capuz novamente e me abraçou novamente. 

- Volta pra mim, ok? - falei olhando em seus olhos e ele assentiu. - Boa sorte, meninos. - falei pra todos, abraçando um por um. 

- Obrigado. - responderam. Ryan, Chris e Jason vieram me dar um beijo na testa, que são os mais chegados e saíram. 

Os garotos saíram do galpão, me deixando sozinha com o Chaz e com o meu coração na mão. 

Justin Bieber P.O.V 

Entramos pelos fundos de um hotel que era ao lado do prédio. Não fomos notados, pois foi muito fácil usar o elevador de serviços que não era muito frequentado. Ficamos esperando o Chaz dar o sinal de que ele tinha desligado os sensores que iam disparar os alarmes, e que tinha conseguindo invadir o sistema de segurança, para desativar as milhares de câmeras no prédio do Nathan. O Nathan tem muitas empresas aqui em Atlanta, mas como todo "empresário" tem a sua sede, onde confia suas encomendas, sua grana, e todos os documentos importantes. Ryan, Chris, Jason e eu nos comunicaríamos por uma escuta ligados um a um. 

- Entramos. - Ryan avisou o Chaz, então ele começou a dar as instruções. 

- Ainda no penúltimo andar tem uma porta branca que dá acesso à sala principal do Nathan. - Chaz disse. Fomos até a porta. - Digitem o código para a porta abrir. - Jason digitou o código e a porta abriu. - Nesse corredor tem quatro seguranças, mas deixa que o Chris e o Jason cuidam deles. Justin e Ryan vão até a sala principal. - assentimos. Chris e Jason deram conta dos seguranças e Ryan e eu fomos em direção ao cofre. 

Seguimos até as escadas, e subimos rapidamente com as armas preparadas em nossas mãos. Vimos a porta da sala principal que tinha dois seguranças na frente. Ryan e eu fomos em silêncio para mais perto, então eu dei um coronhada na cabeça de um dos seguranças e Ryan deu uma cotovelada na cabeça dele. Ambos caíram desmaiados.

- Agora tomem cuidado. - Chaz disse. - Isso tem uma blindagem incrível, qualquer erro o alarme dispara. - falou. - Justin, seja delicado para digitar. Qualquer erro o alarme disparada. 

Peguei um dos seguranças pelo colarinho, e enquanto Ryan o segurava, eu digitei a senha com o dedo dele e depois pressionei a sua digital no local que pedia. Comecei a ficar aflito por demorar para reconhecer as digitais. Se ficasse verde, poderíamos comemorar, mas se ficasse vermelho, o alarme já disparar e estaríamos ferrados. Não demorou muito para ouvirmos "acesso ativado". Senti um alívio enorme e em nenhum momento parei de pensar na Hayley. 

A porta da sala se abriu e eu fiquei de cara quando entramos ali. Eu sabia que era foda, mas não tanto assim. Dei mais uma coronhada na cabeça dos dois homens, para nos certificar que eles não acordariam, então Jason e Chris ficaram na porta para vigiar. Fomos até o cofre, que precisava dos mesmos processos para abrir a porta. Fizemos as mesmas coisas e Chris jogou as duas malas para colocarmos as coisas. 

- Os seguranças trocarão de turno daqui dez minutos! - Chaz avisou. 

Colocamos as mercadorias e a grana dentro das malas, então fomos até a porta. 

- Agora é cada um por si. - Chaz disse. - Chris e Jason já foram. - falou. - Vão separados para não chamar atenção. - disse. 

Ryan saiu na frente com uma das malas e o Chris estava com a outra. Eu voltei ate o cofre e vi uma pasta de arquivos com o nome de "confidencial". Minha curiosidade foi tão grande, esse cara tinha uma dívida comigo, adoraria achar uma forma de ferrar com a vida dele como ele já tentou fazer com a minha. 

- Justin? O que você ta fazendo porra? - Ryan disse pela escuta. 

- Preciso fazer uma coisa antes. - falei. Assim que li os papéis abri um sorriso sorrateiro, eu precisava pegar isso. 

- Eu vou voltar ai. - Ryan disse. 

- Não! Eu já to indo. 

- Justin, anda logo porra! Faltam dois minutos! - Chaz disse desesperado. 

Desliguei a escuta e desativei o rastreador. Os garotos iam surtar depois, mas era por uma boa causa. 

- Merda! - falei quando vi um dos seguranças levantando. 

Fechei o cofre rapidamente com os documentos nas minhas mãos e dei um soco no segurança, seguido por um tiro na porta. O alarme foi disparado, e eu sai desesperado atrás de uma saída de emergência. 

Hayley Mitchell P.O.V 

Parecia que meu mundo estava girando devagar, eu não fazia ideia do que estava acontecendo com ele. Só ouvia o que Chaz falava para eles e isso estava me deixando completamente aflita. Já fazem mais de duas hora que eles saíram daquilo e eu não tinha nenhuma notícia dele. Parecia que o chão que eu estava pisando estava afundando e eu não podia fazer nada para mudar isso. Eu sentava, levantava, andava de um lado pro outro, sentava novamente, depois levantava, não estava conseguindo ficar quieta. 

- Droga! - Chaz disse. 

- O que foi? - perguntei desesperada indo até ele. 

- O Justin desligou a escuta e desativou o rastreador. - Chaz disse. - Já são dez horas e ele ainda não chegou no local combinado. 

- Chaz! - falei desesperada.

O celular do Chaz começou a tocar e ele atendeu rapidamente e botou no viva voz.

- Chaz, vem pra cá agora! - Ryan disse. - Traz a Hayley. - disse. 

Juro que por um momento meu coração parou de bater. Chaz saiu em disparada até lá, que não era muito longe do banco. Quando chegamos ainda não tinha nenhum policial, nenhuma confusão. Os meninos tinham tirado as roupas para não chamar atenção, estavam com outra mais simples. 

- O carro ainda está aqui! - Ryan disse. 

Ouvimos dois disparos dentro do prédio e ai sim eu pensei que eu ia morrer ali mesmo. Pessoas correndo, barulho de soco, então um último disparo onde tudo ficou em silêncio.

- Ele foi baleado. - ouvi isso em um tom tão abafado. Senti minhas pernas ficarem bambas, não conseguia sustentar o peso do meu próprio corpo e meu corpo ficou mole. 

- Hayley?! - Ryan me segurou, mas não ouvi mais nada. 

(...)

Acordei algumas horas depois no sofá da sala da casa do Justin. Chris e Ryan estavam na minha frente com uma expressão de preocupação que me fez lembrar na mesma hora o que estava acontecendo. 

- O Justin! Ele está bem? Me diz que ele está bem, pelo amor de Deus! - falei desesperada. 

- Ele está bem. - Chris disse. - Ele não foi baleado, mas descobriu algumas coisas.  

- Graças a Deus! - falei. - Mas cadê ele? Por que ele não está aqui? - perguntei. 

- Eles estão no galpão. - Ryan respondeu. - Ninguém matou a Megan. - disse. - Ela se matou. - minha boca se abriu em um perfeito "O". 

- O que?! - quase gritei. - Como assim?

- Ela pediu ajuda do Martin para convencer o Justin de que ela havia sido sequestrada e tudo mais. - Ryan disse. - Justin só se arriscou para tentar encontrar alguma coisa da Megan. - fiquei com um ciúme incontrolável dentro de mim. Mesmo depois de tudo o que aconteceu, no final das contas, ele só pensa nessa Megan! 

- Ele quase morreu por ela? Mesmo ela estando morta? - perguntei inconformada. 

- Sim. - Chris respondeu com a voz baixa.

Os meninos entraram em casa e foram direto para o escritório. Jason deu um beijo na minha testa antes de entrar no escritório. Justin nem ao menos olhou pra mim enquanto passava e isso me deixou puta vida. Eu estava na porra daquele galpão quase morrendo de preocupação enquanto ele só se arriscar pra pegar algo da ex namorada morta que ele ainda ama. Eu mereço isso? Ninguém merece isso. Fiquei tão chateada com ele que nem fui atrás, apenas fiquei chorando sozinha naquela enorme e solitária sala. 

(...)

- Ei. - ouvi a voz do Ryan. - Vai dormir na cama.

- Não estou dormindo. - respondi. - Estava apenas tentando afastar pensamentos. - falei. - Eu não esto aguentando. Eu vou falar com ele.

Levantei do sofá e fui até o escritório. Chaz e Chris saíram propositalmente e fechei a porta. Fiquei o encarando séria com os braços cruzados. 

- Nossa, que bom que você está vivo! Fiquei tão preocupada. - falei com sarcasmo. 

- Sem drama, Hayley, sem drama. - disse. Mas que merda, ele sempre fala que eu faço drama! 

- Não é drama, caralho! - gritei. - Você vai para uma missão suicida, eu quase morro esperando por notícias suas e descubro que você quase morreu por causa da sua ex namorada morta, e quando chega nem se dá ao trabalho de falar comigo! - enquanto eu falava sentia o choro na minha garganta. Não demorou muito para uma lágrima escorrer. - Eu estou cheia disso! 

- Você está cheia disso? 

- Estou! 

Respirei fundo mais uma vez.

- Olha, eu sei que você sente falta dela, sei que ninguém nunca vai preencher o vazio que ela deixou no seu coração, sei que você ainda a ama e eu respeito isso, mas eu queria que você me respeitasse também. - eu disse. - Queria que você mudasse o jeito de me tratar, que me tratasse feito mulher e não como uma puta barata. Não como seu sexo fixo, porque diferente de você, eu tenho sentimentos! 

- Você está cheia? Me poupe, Hayley! Eu é que estou cheio de você pegando no meu pé, exigindo de mim, me obrigando a esquecer uma coisa que não tem como. - foi o ponto. Liberei um ar que eu estava prendendo, e soou em um tom de choro. 

- Eu nunca exigi que você a esquecesse, Bieber! Poxa, eu fiquei com o coração na mão e você nem se deu ao trabalho de vir falar comigo. - falei com raiva e depois chateada. 

Respirei fundo novamente e olhei pra ele. 

- Só me responde uma coisa antes de eu sair. - eu disse olhando pra ele. Vi ele me olhar diferente quando percebeu que eu realmente estava chateada - Por que ela se matou, Justin? Me diz, por que ela te deixou? Desculpa dizer isso na sua cara, mas é a verdade. Ela não te amava o suficiente. 

- Cala a boca, porra! - ele gritou nervoso. - Eu exagerei nas últimas vezes que nos encontramos, eu bati nela. 

- Me diz, Bieber, quantas vezes você levantou a mão pra mim? Quantas vezes você apontou uma arma pra minha cabeça? Ameaçando apertar o gatilho? - falei o encarando. - E eu ainda estou aqui, não estou? 

- Por que ainda está aqui? Ainda dá tempo de você ir embora.

Senti um aperto por ele dizer isso. Eu nunca o deixaria. 

- Porque eu te amo, merda! - gritei. - Por isso eu não vou embora. Por isso eu ainda não te deixei. - falei olhando em seus olhos e dei as costas pra ele, saindo do escritório.