História Bring Back To Life - She is my daughter

- Justin! - Hayley veio correndo na minha direção, pulou no meu colo e me abraçou. 

Ela abraçou os outros caras e para a nossa sorte, conseguimos voltar sem nenhum problema mesmo com aquelas malas cheia da grana. 

- O que aconteceu? - ela perguntou preocupada, mas ninguém respondeu. - Justin? - ela me olhou esperando que eu respondesse. 

- Depois nós falamos sobre isso. - falei. - Vamos pra casa. 

- Tchau Lizzie. - Hayley e Lizzie se abraçaram e Chaz entrou na casa da Lizzie com ela. 

Hayley e eu fomos no mesmo carro e Jason, Chris e Ryan foram em outro. 

- O que está acontecendo, Justin? - Hayley perguntou me olhando.

Hayley Mitchell P.O.V

Eu não estava entendendo o que estava acontecendo, mas parecia ser alguma coisa séria. 

- Depois nós explicamos pra você. - ele disse. - Descobrimos algumas coisas.

Não falei nada, até porque ele não ia me contar agora, mas quando chegamos em casa, sabia que eles teriam que me contar tudo o que estava acontecendo. 

- Senta ai. - Jason disse e eu sentei, enquanto os cinco me encaravam com os braços cruzados e de pé. 

- O seu pai era tranqueira. - Ryan começou assim. 

- Como assim? Fala na minha língua, Ryan. - falei. 

- Ele era mafioso. - meus olhos se arregalaram e eu levei as mãos à boca. - Ele não era perigoso, mas era um dos mais poderosos e ricos. 

- O-o que? Você... você está falando sério? - perguntei levantando do sofá. 

- Sim, Hayley. E eles estão atrás de você, porque acham que seu pai te deu a chave. - Chris disse. 

- A chave de que?!

- Ainda não sabemos se é literalmente uma chave, porque não sabemos se é um cofre ou um lugar "secreto", mas nesse lugar, tem um bilhão de dólares. 

Levei minhas mãos à boca novamente. 

- Mas... - comecei a dizer, mas não sabia o que dizer. Meu pai também era envolvido com isso? Por que isso não me surpreendia tanto? - Mas eu não tenho a chave. 

- Sabemos que não. Mas eles não vão acreditar nisso. - Jason disse. 

- Não acredito nisso. - falei nervosa. - Droga, eu estou com dor de cabeça desde que acordei. 

- Quer ir comprar remédio? - Justin perguntou vindo até mim. Ele queria ficar comigo sozinho que eu sei.

- Aham. - respondi.

Ele foi comigo até a farmácia, mas antes que eu saísse do carro, ele me puxou pelo braço me fazendo cair sentada no banco. Ele me puxou pra ele, e eu caí em seu colo automaticamente, mas me ajeitei, ficando de frente pra ele.

- Eu vou comprar. Espera quando chegamos em casa. - falei rindo enquanto saia de seu colo. 

Tínhamos acabado de sair da farmácia e estávamos parados no sinal vermelho. Tudo ficou em silêncio e eu pude ouvir um choro alto de uma criança vindo da rua mesmo com o barulho da chuva. Arregalei os olhos quando vi um bebê conforto perto de uma caçamba de lixo e senti meu coração doer quando vi aquela criança chorando. Nós já estávamos perto da casa do Justin! Como alguém deixou uma criança lá e depois fugiu?

- Justin, para o carro! - gritei e ele me olhou assustado.

- Já estamos parados. 

Abri a porta e só ouvi o Justin dizer "você é louca?". Me agachei perto do bebê conforto e vi uma menininha linda chorando muito. Senti meus olhos arderem quando ela abriu os olhinhos azuis hipnotizantes. Segurei o bebê conforto e sai correndo pra dentro de carro. 

- O que caralhos você está fazendo, Hayley?! - Justin disse. 

- Shh, shh. - tentei acalmar a menininha, mas o choro dela estava muito alto. Eu não me molhei muito e nem ela devido a proteção do bebê conforto. 

Tirei-a do bebê conforto, e a segurei com cuidado em meus braços. Ela estava muito cheirosa, aquele cheirinho de bebê que eu amava, tinham colocado ela ali há pouco tempo. E o bebê conforto era pequeno pra ela, a garotinha devia ter uns dois anos!

- Essa criança não vai pra minha casa não! - Justin disse.

- Então, me leva pra casa da Lizzie! - falei. - Mas antes passa naquele supermercado, por favor. Se quiser ir, eu pego um táxi pra casa da Lizzie. 

- Apenas vai. - disse quando paramos o carro no estacionamento. 

- Justin, segura ela pra mim, por favor. - falei.

- Eu não sei segurar... - já tinha colocado a menininha no colo dele. Ele não ia fazer nada de ruim com ela.

Sai do carro e entrei correndo no supermercado. Comprei um pacote de fraldas, duas roupinhas que era do tamanho dela, shampoo pra criança e uma pomada pra assadura.

- Obrigada. - agradeci a mulher depois que paguei e sai correndo para o carro. 

Meus olhos se arregalaram quando vi a garotinha dormindo no colo do Justin feito um anjinho. Tomei cuidado pra não bater a porta e o Justin deu a menininha pra mim. 

- Me deixa na casa da Lizzie, por favor. 

- Não. Você vai pra casa. - disse e eu nem questionei. 

Chegamos na casa dele e eu aconcheguei a garotinha nos meus braços, mas logo abriu a boca a chorar. Ainda eram quatro horas e ela deve estar na rua há algum tempo, então resolvi dar um banho nela.

- Eu preciso da sua ajuda, Bieber. - falei pra ele.

- Você sabe dar banho em um bebê? - perguntou.

- É capaz de eu afogar ela. - falei triste e ele soltou uma risada. 

- Para a sua sorte, já cuidei muito dos meus irmãos mais novos. - ele se agachou perto da banheira ligando a mesma.

Fui até o quarto e tirei a roupinha da menininha. Ela tinha os olhos tão azuis e o cabelo tão loirinho, ela deveria ter uns dois anos por aí mesmo. Coloquei ela peladinha no chão e descobri que ela não sabia andar, ou estava assustada demais para sair andando por ai. E não, ela não caiu no chão, porque eu estava segurando. Peguei ela no colo e a levei até a banheira que estava quentinha. 

- Como eu faço isso? - falei nervosa e o Justin estava me olhando. - Ah, você não serve pra nada! - falei pro Justin colocando ela de pé na banheira. 

- Papai. - ela disse olhando pro Justin e bateu as mãos na água. Arregalei os olhos. - Papai! - ela disse novamente e abriu os bracinhos para o Justin. Que merda é essa?

- Justin, o que está acontecendo aqui?! - falei nervosa. 

- Você acha que eu sei?! - ele disse nervoso. 

Terminei de dar banho na menininha e a enrolei na toalha delicadamente. 

- Sr. Bieber, deixaram uma coisa para você. - ouvi a voz de um dos seguranças do Justin ali no andar de cima. 

- O que é isso? - Justin perguntou pegando a carta e uma mala preta que haviam deixado aqui. 

- Não faço ideia. - o segurança respondeu. - Alguém com um capuz jogou isso na frente do portão e saiu correndo. 

- Eu não vou ler. - disse jogando as coisas em cima da cama.

Coloquei a fralda e uma roupa na menininha, e a peguei no colo indo até o Justin.

- O que você acha que vai ter ali? - perguntei.

- Papai! - a garotinha disse novamente e abriu os braços para ir ao colo do Justin. Entreguei ela no colo dele.

- Eu posso ler? - perguntei. 

- Deixa que eu leio. - ele me entregou a menininha novamente e pegou a carta. 

Tentei entender e distinguir as suas feições enquanto lia, mas seu rosto não esboçava nenhum sentimento quando terminou de ler. Ele ficou encarando o pedaço de papel, suas mãos tremiam, e ele ficou sem reação. Se passaram milhares de coisas na minha cabeça sobre o que era, mas eu precisava ler.

- Justin? Está tudo bem? O que está escrito aí? - perguntei nervosa e fui até ele.

- Ela é minha filha.