História Bring Back To Life - Danger

Lizzie e eu estávamos no shopping com seguranças de braços cruzados atrás de nós. E quando eu digo seguranças, eu digo Justin e Chaz. Ao invés de eles andarem do nosso lado, de mãos dadas como um casal, andavam atrás da gente pra se certificar de que estávamos bem. Não sabia se isso era fofo ou possessivo porque sério, a gente não podia sair de perto deles.. 

- Eu quero ir no banheiro. - Lizzie disse. - Posso ir? - ela provocou. 

- Eu também quero ir. - Chaz disse e ambos entraram no banheiro, mas cada um no banheiro de seu sexo. 

Me aproximei de Justin sorrindo e ele passou o braço em volta do meu ombro, e eu encostei em seu peitoral com os olhos fechados, sentindo seu cheiro incrível. Ele estava com uma roupa que o valorizava muito os seus músculos e deixava todas as suas tatuagens do braço a mostra, o que não é muito difícil. Mesmo se ele usar uma manda 3/4 mostraria suas tatuagens. 

- Por que vocês querem ficar o tempo todo de olhos em nós? - perguntei olhando pra cima, pro rosto dele e ele me olhou. 

- Porque não suportaríamos se qualquer coisa acontecesse com vocês. - disse e eu lhe dei um selinho, que ele logo transformou em um beijo. 

Paramos de nos beijar e permaneci encostada no seu peitoral, mas senti ele sendo levemente empurrado pra frente e se virou pra trás já ficando bravo. 

- Foi mal, cara. - ouvi uma voz que me fez congelar. - H-Hayley? - Liam disse me olhando com os olhos arregalados e depois olhou para o Justin. 

Eu estava hipnotizada, travei olhando pro Liam depois de tudo o que aconteceu entre a gente. Eu não o via desde que terminamos porque ele tinha ido embora daqui de Atlanta, mas parece que veio fazer uma visita. 

- Liam... - murmurei tentado não demonstrar que estava nervosa. - O que está fazendo aqui?

- Vim passar as férias aqui. - disse. Ele olhou pra Justin novamente, surpreso por eu namorar um cara todo tatuado. - Não era você que não gostava de caras tatuados? - ele brincou. 

- As pessoas mudam. - falei sorrindo sínica. Sentia uma raiva imensa sempre que pensava nele, eu lembrava daquele dia. 

Eu estava com vontade de matá-lo novamente. 

- E como mudam. - ele disse. Justin o encarava como se fosse matá-lo. - Essa é minha prima, Elena. - ele apresentou a garota morena ao seu lado. 

- Oi. - sorri simpática pra ela. - Ah, que modos... - falei me repreendendo. - Justin, esse é o Liam. Liam, esse é meu namorado, Justin. - apresentei os dois e Liam estendeu a mão pra Justin, mas Justin permaneceu com sua cara de mal e não apertou a mão do Liam. 

Fiquei com vontade de rir, mas ainda sentia turbilhões de sensações e sentimentos dentro de mim. Eu pensei que ia desmaiar. 

(...)

Eu estava mais do que perturbada com a volta do Liam, e tentei esconder isso do Justin. Mas quando mais ele me perguntava o que estava acontecendo, mais eu sentia que estava prestes a explodir. Eu me lembrava do que dia que descobri tudo, lembrava do que senti, daquele sentimento horrível tomando conta de mim. Eu estava sentada na cama do Justin, enquanto ele me perguntava o que estava acontecendo. 

- Eu não sou o que você acha que eu sou, Justin. - falei baixo. - Eu sou impulsiva, eu sou louca. - levantei da cama e ele me olhou. - Eu já quis matar alguém! E eu quase fiz isso!

- Não consigo contar no dedo quantas pessoas já matei. - disse. 

- Justin, você não está entendendo! - falei nervosa. - Eu quase atropelei o Liam de propósito, por raiva! Na hora que eu estava quase batendo nele, freei e comecei a chorar igual uma maluca!

- Ele magoou você. Isso é normal. - disse.

- Meu Deus, você não está entendendo! Eu quis matar uma pessoa, Justin! Eu fico com medo de mim mesma quando lembro do que senti naquele momento. Daquele sentimento horrível tomando conta de mim completamente, estava me dominando. Eu estava louca. - desabafei, mas ao mesmo tempo eu gritava. - Eu quis matá-lo. Realmente quis. 

- Eu já matei mais do que uma pessoa, Hayley. - disse se aproximando. - Não se sinta culpada por isso. - ele disse colocando a mão no meu rosto. - E você é impulsiva?

- Sim! - falei e o tom de choro quebrou em um suspiro. 

- Então, somos mais parecidos do que eu achei. - ele disse. - Olha pra mim. - o olhei. Ainda estava chorando. - Você não se sinta culpada por isso, ok? - ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. 

Assenti enquanto pressionava os lábios. 

- Eu estava cega. - falei. - Eu podia sentir aquele sentimento horrível dentro de mim, e não podia fazer nada pra me livrar dele. 

- Sabe por que você não o fez e ficou chorando? 

Balancei a cabeça. 

- Porque você é uma pessoa boa. - disse. - Já que você não fez o que estava sentindo vontade de fazer, você arrumou outra forma de liberar o sentimento ruim. - falou. - Você é uma pessoa tão boa que sempre chora quando está com raiva, porque não aguenta um sentimento tão ruim dentro de você. 

- Todo mundo chora de raiva.

- Nem todo mundo. - ele balançou a cabeça. 

Me aproximei dele e o abracei carinhosamente sentindo meu corpo relaxar completamente. 

- Eu estou enjoada! - falei me sentindo meio tonta. - Aquele nojento. - Justin riu pelo modo que falei.

- Ele ficou bem impressionado por eu ser tatuado. - disse. 

- É, eu não gostava de caras tatuados. 

- Ela pirava em caras certos e bem arrumados, só que agora é apaixonada por um largado, tatuado que é todo errado. - ouvi a voz da Lizzie e Justin e eu olhamos pra ela. Isso era totalmente certo. - Olha até rimou.

Fui andando na direção nela, a abraçando apertado. Justin e eu fomos embora depois que vi o Liam, e o Justin falou pra Lizzie vir aqui porque eu não estava muito bem. 

- Como assim ele voltou? - ela perguntou. 

- Não sei, ele apenas voltou. - falei. - Droga, que raiva. 

- Hayley, você não sente mais nada por ele não, né? - Justin perguntou enciumado.

- Você não ouviu o que a Lizzie acabou de dizer, Justin? - perguntei. 

- É...

(...)

Eu estava sozinha em casa, mas ia ser por poucos segundos. O Justin foi no galpão buscar o celular dele porque ele tinha esquecido lá. Eu desci as escadas e ouvi alguém batendo na porta. Bom, deve ser alguém confiável para os seguranças deixarem ele entrar. Abri a porta e vi um homem enorme, que eu não conhecia. Sem brincadeira, ele deve ter literalmente o dobro da minha altura e tinha braços enormes, e tatuado. Nossa, os bíceps dele eram realmente enormes! 

- Oi? Posso ajudar? - perguntei. 

- Hayley Mitchell. - ele disse sorrindo. - É um prazer te conhecer pessoalmente. - ele estendeu a mão e eu a segurei por educação. 

- Os meninos não estão aqui. - falei. 

- Eu sei disso. - disse. - Por isso estou aqui. - ele ficou sério e senti meu corpo inteiro gelar. 

Ficamos um bom tempo sem dizer nada e eu tentei fechar a porta em um ato inesperado, mas ele colocou a mão na porta e conseguiu me vencer enquanto eu estava usando os pés e as mãos, e ele apenas uma das mãos. 

- Não grite, apenas venha comigo.

- Os seguranças não vão deixar você me levar! 

Ele me puxou pelo braço, e me segurou com força apontando a arma pra minha barriga. Ele foi me arrastando a força até a parte da frente da casa e os seguranças já se prepararam para atirar nele. 

- Se vocês moverem um músculo, eu atiro na garota. Na garota do Bieber. - ele disse dando ênfase na garota do Bieber. - Digam a ele quem fez isso. - disse.

Ele foi me puxando violentamente até um carro e eu entrei no mesmo porque ele me jogou com tudo. Aquele homem era muito forte, muito grande, ele nem estava usando força para me puxar e conseguiu me empurrar pro carro apenas com um dedo. 

- V-você é o Martin? - perguntei.

- Então já ouviu falar sobre mim? - ele disse. Caralho. 

Ele me levou até uma velha escola que tinha aqui na cidade, e foi me arrastando até o ginásio que era coberto e ainda usavam. Estava vazio e escuro, então ele ligou as luzes e eu pude ver mais dois homens ali que me deixavam com um medo do caramba. Não entendi porque ele veio até esse lugar. 

- O que você vai fazer comigo? O que você quer de mim? - perguntei enquanto ele me puxava pelo braço.

O homem pegou o celular e discou o número de alguém, deixando o mesmo no viva voz. 

- Bieber... - ele disse. 

- O que você quer? - Justin disse ríspido. Ainda não tinha chego em casa, ainda não tinha visto que eu havia sumido. 

- Você está na sua casa? - Martin perguntou com maldade na voz. 

Pareceu que Justin estava correndo.

- Hayley? Hayley? - ele gritou pelo meu nome pra saber se eu estava em casa e ouvi a gargalhada do Martin. 

- Está sentindo falta de algo, Bieber? - ele perguntou sarcástico.

- Deixe-a em paz, juro que nunca vou te pedir nada. Ok? - Justin começou a dizer. - Mas não machuque a Hayley. 

- Se quiser aparecer por aqui. Podemos bater um papo. - ele disse. 

- Não! - gritei. - Justin, não vem pra cá! Não vem! - falei e senti meu rosto arder, me fazendo soltar um grito involuntário. 

- Martin, não a machuque. - Justin disse. 

- Grita, garota. Vai. - Martin disse enquanto segurava meu braço, mas eu não gritei. O outro homem deu uma chicotada na minha perna e mesmo que eu não gritasse, Justin ouviu o barulho do chicote.

- Se tocar nela novamente, você está morto. - essa foi a única coisa que Justin disse antes de desligar o celular. 

- As coisas vão ficar interessantes. - Martin disse me dando náuseas. 

Ele mandou aqueles dois homens irem embora, então ele se aproximou de mim, colocando uma das mãos no meu rosto. 

- Você é muito bonita. - ele disse. - Belos olhos azuis. 

- Vá para o inferno! - rosnei. 

- Que ousadia. - ele balançou a cabeça. Parecia que estava dizendo tudo na brincadeira. 

Longos minutos se passaram e eu me toquei que Martin havia armado pra Justin. Localização errada! Ou não... 

- 3...2...1... - Martin começou a contar de repente e Justin entrou no ginásio com a arma apontada para o Martin.

- Deixe a arma no chão, ou eu vou matá-la. - Martin disse apontando uma arma pra mim. 

Justin deixou a arma no chão e veio andando devagar na nossa direção. 

- Fique lá. - Martin apontou para onde Justin deve ficar. Ele ficou encostado na parede meio longe de nós. 

Ele puxou meu braço, me fazendo levantar e eu fiquei parada no meio do ginásio, sem entender o que ele estava pretendendo fazer. Martin guardou sua arma no cinto e olhou para Justin. 

- O que você quer? - comecei a dizer. - Por fav...

Ele me deu, literalmente, uma bofetada na cara com as costas da mão que me fez girar. Literalmente girar até cair batendo todas as partes possíveis do meu corpo no chão. Justin avançou no Martin e ele me ajudou a levantar depois de ter dado um soco no Martin. Martin deu um soco na cara do Justin, o fazendo encostar na parede novamente e Justin deu um tiro no braço dele, mas percebi que Justin também havia levado um tiro de raspão na perna. 

- Hayley, corre! - ele disse pra mim.

- Não Justin, eu não vou deixar você! - falei. 

- Hayley, corr! Vai! - ele gritou, me deixando assustada e eu sai correndo pela outra porta onde dava acesso aos corredores do antigo colégio. 

Liguei para os meninos pedindo reforço e fiquei olhando tudo da porta. Ambos estavam incapacitados de fazer qualquer coisa. Jason disse que estava aqui perto e isso era ótimo porque em menos de dez minutos, o vi passar pela porta, segurando o Martin pelo colarinho. Justin conseguiu dar outro tiro na perna do Martin, então Martin estava impossibilitado de fazer qualquer coisa. 

Entrei no ginásio novamente, saindo correndo até o Justin e bem na hora que eu estava chegando ele ia cair, mas eu consegui segurá-lo. 

- Hayley, tira o Justin daqui. - Jason disse. 

Fui ajudando Justin a andar até o carro e eu ainda podia sentir meu rosto arder devido aquele tapa que ele havia me dado. Ele tinha uma força sobrenatural!! Eu consegui girar no ar.  

- Seu rosto está vermelho. - Justin disse enquanto eu entrava no carro. - Eu vou matar aquele filho da puta. - ele murmurou.

- Para, Justin. Passou! Os meninos estão lá, os meninos vão matá-lo. - falei. - Vou te levar para o hospital.

- Para o hospital, Hayley? - ele disse. - Liga para a Julie dos contatos e manda ela ir pra minha casa.

- Ela é médica?

- Sim. 

Liguei para a tal de Julie e assim que ela atendeu, deu uma risadinha safada. 

- A que devo o prazer dessa ligação, Bieber? - ele já fodeu a médica. 

- Não é o Bieber. - falei. - Você poderia vir na casa dele? Ele foi baleado.

- Posso saber quem é? - ela perguntou. 

- Namorada dele. Agora vem logo, porque ele está sangrando muito. 

Finalizei a ligação e dirigi até a casa de Justin, encontrando Lizzie e Chaz sozinhos lá. Chaz não foi com os meninos para não deixar a Lizzie sozinha. Chaz ajudou o Justin a ir até o sofá e logo ouvi os seguranças avisando que a médica havia chego. 

Entrou uma mulher loira, bonita e com um corpão na sala, junto com uma maleta enorme e ela se agachou ao lado do sofá. 

- Você é a namorada? - ela disse pra Lizzie. 

- Não. É ela. - Lizzie disse olhando pra mim e quando ela me olhou, sorri falsa. - Por que seria eu? 

- Sério?! Justin só pegava loiras ou ruivas. Dificilmente uma morena. - ela disse enquanto tirava a calça do Justin, para cuidar de seu ferimento. 

- Sério isso? - perguntei inconformada. 

(...)

Justin estava dormindo com a perna em cima de uma almofada e eu fui dormir no meu quarto já que ele estava com a perna machucada. Aquela tal de Julie veio com um monte de provocações pra cima de mim, mas cara, ele tinha acabado de levar um tiro por minha causa e eu ia ficar me remoendo? Mas nem ferrando! Eu sei do que ele sente por mim, não ia duvidar por causa das coisas que uma mulher que eu nunca vi na vida disse. 

- Hayley? - ouvi a voz rouca de Justin do outro lado da porta e eu levantei da cama. 

- Você levantou da cama, seu louco? - falei enquanto o ajudava a ir para o meu quarto e o coloquei na minha cama. 

- Eu ouvi o que a Julie disse pra você. - ele disse enquanto eu fechava a porta. - Não ligue, apenas esqueça aquilo. 

- É sério que você só pegava mulheres de cabelo claro? - perguntei rindo. 

- Ela só queria te encher o saco. - ele disse. 

- Ainda está doendo?

- Não muito. Foi de raspão. - disse. - Não acredito que Jason não o matou. - Justin disse. 

Martin tinha informações sobre o que queriam comigo, e eles iam tentar arrancar nele. Bom, se ele não tivesse fugido com a ajuda de três homens. Agora ele estava solto novamente, mas pelo menos estava machucado e ia ficar um tempo quieto, ou até voltar para sua cidade. 

- Eu falei pra você não ir pra lá. - murmurei enquanto ele me puxava pra deitar em seu peitoral. Ele me olhou como se eu fosse uma lunática. 

- Você acha mesmo que eu não iria? - ele perguntou com a voz mansa e tirou o cabelo do meu rosto. Levantei de seu colo e fiquei de frente pra ele.

- Eles não vão parar até conseguirem o que querem. - falei.

- Eu vou proteger você. - ele disse, mas sabia que isso não era o suficiente. - Eu sempre vou proteger você.

- Justin, nós sabemos que se os planos deles forem me matar ninguém vai conseguir pará-los. 

- Não diz isso. - ele disse fechando os olhos e eu o olhei confusa. 

- O que? 

- Não fale em morte, Hayley. - ele disse ficando inquieto. - Deus, eu não aguentaria perder você. 

- Você não vai. - falei passando a mão em seu rosto. - Eu prometo. - lhe dei um selinho demorado. 

Eu não sabia de nada. Nem eu sabia o que estava dizendo. Mesmo se eu prometer isso a ele, talvez não adiante de nada porque aqueles homens são poderosos. Eles têm tudo o que querem e se me quiserem morta, ninguém vai impedi-los. 

- E você também vai me prometer que não vai mais sair de perto de mim pra eu não ser sequestrada e você não precisar se machucar! - falei e ele riu de leve, enquanto me dava um beijo no topo da cabeça. 

- Eu prometo. - disse rindo. 

- Bom. - falei dando um selinho nele. - Boa noite. - nos aconchegamos mais embaixo das cobertas. 

- Boa noite.