História Bring Back To Life - I still love you

- É que eu estava lembrando de uma coisa, mas deve ser outra pessoa. Não pode ser você, seria muito coincidência. - Megan já teve tantos namorados. 

- Não fica pilhada, ok? Não é porque ela voltou que as coisas vão mudar. - assenti.

Ouvi um trovão e eu me aproximei de Justin involuntariamente. Eu ainda tinha um pouco de medo de trovão, mas tenho meus motivos.

Flashback on: 

A chuva caía forte lá fora, e os trovões estavam me deixando assustada. Eu podia ter quase treze anos, mas eu ainda tinha medo de dormir sozinha quando tinha trovão e eu sempre chorava quando isso acontecia, pois minha mãe ficava ao meu lado até eu dormir nesses dias. Eu sentia uma falta dela que não cabia no meu peito, não conseguia nem dormir às vezes. Levantei da cama, amarrando meu cabelo em um coque e enquanto eu descia as escadas meu cabelo se soltou. Tentei ligar a luz da cozinha, mas a energia havia acabado. Decidi subir novamente, mas assim que me virei pro lado oposto da bancada trombei com alguém que eu não conseguia ver o rosto. 

A luz dos raios invadiu a cozinha e eu pude o rosto do garoto. Ele estava sem camisa, era loiro e os olhos cor de mel, ele era lindo. Congelada, eu prendi a respiração e de repente a luz da cozinha acendeu. Olhei em volta tentando ver quem ligou, mas ela havia ligado sozinha. A energia voltou. 

- Quem é você? - perguntei com um pouco de grosseria e com os braços cruzados. Ele era bem magro, parecia ser até mais novo do que a minha irmã, e o cabelo era meio grande, tinha uma franja, não parecia ser o tipo da Megan. 

- Quem é você? - ele deu ênfase em você. 

- Eu sou a dona dessa casa, seu folgado. - falei sabendo que ele era algum peguete da minha irmã. - Já está se sentindo tão em casa a ponto de descer e abrir a geladeira? - perguntei implicante vendo ele com um copo de água. Esse deve ser o tal de Derek. 

- Quer que eu devolva? - disse sarcástico. 

- Apenas volte pro quarto da minha irmã antes que meu pai acorde. - falei balançando a cabeça. 

- Ei, você estava chorando? - ele perguntou colocando a mão no meu braço. Olhei pro meu braço e ele tirou a mão rapidamente. 

- Não. - deu um estouro lá fora da trovoada e eu dei um pulo indo um pouco pra frente involuntariamente. 

Ele me olhou e soltou uma risadinha. 

- Você tem medo de trovão? Por isso estava chorando? - legal, ele nem me conhecia e já ficava me zoando. - Uma garota de quinze anos com medo de trovão? 

- Não tenho quinze e não é por isso que eu estava chorando. - falei. 

- Quantos anos você tem? - perguntou. 

- Não é da sua conta. - falei e passei reto por ele, mas ele segurou o meu braço. 

- Se não é por causa disso, por que você estava chorando? - perguntou.

- Sua namorada não te contou que a nossa mãe está em uma clínica psiquiátrica? - falei. 

Ele ficou me olhando sem saber o que dizer e eu continuei andando.

- Você tem nome? - ele perguntou e eu andei um pouco mais devagar. 

- Sim. - falei e continuei andando.

Eu me revirava naquela cama sem saber como pegar no sono e como parar de pensar naquele cara. Meu Deus, eu tenho apenas treze anos, ele deve ter a idade da minha irmã, ele namora a minha irmã! Não deveria mencionar o que eu senti, porque eu seria chamada de trouxa por pensar que um cara com dezessete anos daria moral pra mim, além de que ele saía com a Megan.  

Alguém bateu na porta me dando um leve susto e eu levantei enrolada no cobertor, por causa do frio, indo até lá. 

- Como você sabia que esse era o meu quarto? - sussurrei vendo o garoto parado na minha frente, agora com uma camisa. - E se você batesse na porta do meu pai? Você é louco?! - eu sussurrava meio que gritando. 

- Bom, está escrito "Se pensar em bater, nem perca tempo, de meia volta porque não estou disposta". - disse e eu soltei uma risada enquanto balançava a cabeça. Eu tinha esquecido dessa placa.

- O que você quer? - perguntei ainda rindo um pouco. 

- Você me ajuda a ir embora? - perguntou. 

- Por que não acorda a Megan? 

- Porque eu não quero que ela me veja indo embora. 

- Você transou com ela e agora quer ir embora como se nada tivesse acontecido?! - falei. - Você não presta. 

- Não é isso. - disse. 

- O meu pai vem ver se estamos dormindo todos os dias de manhã. - falei. - Então, eu te ajudo a ir só pra minha irmã não se ferrar depois. 

- Ok, pra sua irmã. - disse sarcástico. 

- Entra. - puxei ele pelo pulso e fechei a porta. Ele já estava com todas as suas coisas na mão. Na verdade, ele já estava com a camiseta e com os tênis. - A sacada da direto pra rua. - falei. - Vai fundo. - abri a porta da sacada. 

- Você me empresta uma mochila ou algo assim? - perguntou mostrando duas peças de roupas na mão.

- Pera ai. - falei. 

Coloquei a cadeira perto do cobertor e subi em cima para pegar uma mochila que estava no armário de cima. 

- Se você continuar olhando pra minha bunda, eu vou quebrar essa cadeira em cima de você. - falei ainda tentando pegar a mochila. Percebi que ele ficou de costas e quando eu ia descer, escorreguei da cadeira.

É, eu ia cair com tudo no chão, mas ele me segurou no colo impedindo de fazer um barulhão que ia acordar todo mundo, e nós acabamos caindo na cama. Me senti uma criança e eu realmente era uma criança perto dele. Ele me encarava intensamente, da mesma forma que eu o olhava. Fiquei nervosa quando senti a respiração quente dele contra o meu rosto. Eu estava prendendo a respiração. 

- Então - firmei os pés no chão. - Obrigada e aqui está. - entreguei a mochila pra ele. 

Ele colocou as coisas dentro da mochila e eu abri a porta da sacada, e um trovão iluminou tudo na mesma hora me assustando novamente. 

- Por que tem medo de trovão? - ele perguntou ficando ao meu lado. 

- E você se importa? - perguntei cruzando os braços, mas me arrependi de ter sido grossa quando ele só estava sendo legal. - Meu primo... - comecei a dizer. - Que era tipo um irmão pra mim, sempre me dizia que se o trovão fosse muito alto era porque ele estava chegando perto de te pegar. - falei. - Eu não acreditava, mas um dia, deu um trovão bem alto seguido por um barulho estranho e ele foi lá ver o que era. - eu disse. - Então, ele morreu atingido por um raio. 

- Sério?! - disse. Assenti. - Eu sinto muito. - falou. - E também pela sua mãe estar em uma clínica. 

- Obrigada. - sorri sem mostrar os dentes e ele foi até a sacada se preparando para sair. - Boa sorte. - falei enquanto ele ia para o lado de fora da cerca. 

- Ai caralho. - ele quase caiu.

- Cuidado! - falei segurando a mão dele como se isso fosse impedir ele de cair. Ele levantou o olhar, e eu olhei pra baixo, pra ele, também. - Eu não quero que tenha um cadáver no dia seguinte no meu quintal. 

- Você ainda não vai me dizer o seu nome? 

- Você sabe o nome da irmã, isso é o suficiente. - pisquei e tirei minha mão da mão dele. 

Ele firmou os pés na calçada do outro lado da rua, já tinha conseguido sair. Ele sorriu de lá do outro lado com as mãos no bolso, e eu sorri de volta enquanto balançava a cabeça. Fechei a porta da sacada e deitei novamente na cama, me enrolando no cobertor com os pensamentos longe. 

Flashback off

- Por que tem medo de trovão? - Justin perguntou soltando uma risadinha. - Você nunca me contou. - disse. 

- O meu primo, sempre me dizia que se o trovão fosse muito alto era porque ele estava chegando perto de te pegar. - falei. - Eu não acreditava, mas ele morreu atingido por um raio. E tipo, ele era como se fosse meu irmão. 

Justin arregalou os olhos e levantou da cama rapidamente me deixando confusa. O que aconteceu? 

Justin Bieber P.O.V 

- É você! 

Flashback on:

- Para com isso, Derek. Eu estou falando sério. - ela sussurrava com aquele sorriso que me deixava totalmente perdido. Queria tanto que ela me chamasse pelo meu nome verdadeiro. - Sai daqui.

- Qual é, Allison. - falei. - Para de ser orgulhosa. Você está com medo, é seu aniversário, por que eu não posso ficar com você? 

- Porque você é o namorado da minha irmã, merda! 

- Eu já te falei que nós terminamos.

- Então, como diabos você entrou aqui? 

- Pra que existe janelas? - ela sorriu enquanto revirava os olhos. 

- Mas você vai dormir no chão. - disse. 

- Qual é, Allison.

- É tão estranho outra pessoa me chamar de Allison ao invés da minha melhor amiga. - disse. 

- Por que? Você tem outro nome? - perguntei. 

- Isso não vem ao caso. - disse. - Agora deita ai. - apontou pro colchão no chão.

- Nem fodendo que vou dormir no chão enquanto você tem uma cama enorme de casal. - falei. 

- Derek, cala a boca, e deita ai. - disse. 

- Não mesmo. - deitei na cama de casal e a puxei junto comigo, fazendo ela cair em cima de mim. 

- Derek! - ela me repreendeu, mas não se moveu. - Olha, ok, mas me prometa que não vai mais aparecer aqui depois. 

- Eu não posso prometer algo que não vou cumprir, Allison. - falei. 

- Eu estou falando sério. - disse. - Eu deixo você ficar aqui se prometer não aparecer mais aqui. Eu não vou furar o olho da minha irmã. 

- Ok, eu prometo. - falei. - Agora vem aqui. - a puxei pra perto de mim e a envolvi em meus braços. 

Deu um trovão forte e ela se aproximou ainda mais, mas foi sem intenção porque ela logo se afastou novamente. Sua respiração batendo no meu peito e calor do seu corpo perto do meu estava me deixando de pau duro. Mas eu não podia fazer nada, ela tem apenas treze anos. 

- Obrigada. - ela disse baixo. 

- Pelo que? - perguntei no mesmo tom que ela. 

- Por estar aqui. - disse. - Acho que você foi o único, tirando a minha melhor amiga - ela e essa amiga que ela tanto ama. - Que realmente se importou. 

- Não sei o que as pessoas que não se importam tem na cabeça. - falei e ela dei um beijo delicado em meu rosto. 

Flashback off,

Hayley Mitchell P.O.V 

- Era você! - ele disse me olhando com os olhos arregalados. Meus olhos estavam aguados. - Você é a Allison. - eu estava loira naquela época. Foi a minha época rebelde, e eu até passei a odiar meus olhos azuis porque me davam um ar meio angelical e eu odiava aquilo. 

Minha mãe teve que ir para uma clínica, meu pai vivia trabalhando e não ligava a mínima pra mim, Megan também era outra que não se importava muito comigo e o Jason tinha acabado de ir embora, ou seja, me revoltei por motivos aceitáveis. 

- E você era o namorado da Megan. - levei uma das mãos à boca. - Meu Deus! - ele estava muito diferente naquela época. Cabelo TOTALMENTE diferente e eu sou a pessoa mais esquecida da face da terra. Não lembro do que aconteceu há duas semanas, imagina há anos? 

- Nós começamos a ter desentendimentos por sua causa. - disse. - Meu, eu não acredito. É você. - ele me olhou.

Eu sorri em meio às lágrimas e fui até ele o abraçando calorosamente com vontade de chorar tanto. Eu não estava acreditando nisso! Como eu não consegui lembrar dele?! Como?! Será que é por isso que eu sentia tudo isso pelo Justin? Será que era por isso que eu nunca desisti dele? 

- Por que vocês mentiram sobre seu nome? - perguntei. 

- Eu não sei. Ela me obrigou a mentir. - disse. - É você, porra, eu não acredito nisso. - ele disse colocando as mãos no meu rosto e me deu três selinhos seguidos. 

Não estava acreditando nisso.

- Por que você estava loira? E com os olhos castanhos? Mas que porra, Hayley? - soltei uma risadinha. 

- É que eu estava na minha fase rebelde. Queria mudar, e eu odiava os olhos azuis. - falei. 

- Olha pra mim. - disse. Olhei pra ele. - Ela ter voltado não vai mudar nada entre a gente. Nada. Vamos fingir que nada aconteceu. 

- Você vai conseguir fazer isso? - perguntei olhando pra ele. 

- Sim. Você vai? - assenti.

- Olha, mas me promete uma coisa. - falei. - Ambos sabemos que ela vai ficar por aqui. E se os seus sentimentos por ela aparecerem novamente, me diz ok? 

- Isso não vai acontecer. - disse. 

- Mas se acontecer, me conta, ok? - ele assentiu. 

- Eu prometo que não vai acontecer. - disse. 

- Não faça isso... - falei. - Não prometa algo assim. 

- Não precisa ficar preocupada com isso, Hayley. - disse. - Lembra quando você me perguntou como seria se ela aparecesse? - assenti. - Eu realmente não abriria mão de você por causa dela.

- Eu amo você. - murmurei enquanto o abraçava. Minha voz soou meio rouca e falha. 

- Eu te amo mais. - ele sussurrou de volta no meu ouvido.

(...)

Dia seguinte 

- Deus, eu estão feliz por você estar aqui. - falei enquanto abraçava Lizzie com toda a força do universo. Ela voltou para Atlanta assim que contei a ela tudo o que tinha acontecido ontem. 

- Não acredito que Justin é o Derek. - ela disse enquanto também me apertava. - Não acredito que a sua Megan, também é a Megan dele. Também não acredito que Katie não é filha dele. - disse e a gente se afastou. 

- Eu estou tão confusa. - falei fazendo uma careta e a abracei novamente. - Vai morar lá com a gente, Lizzie. Por favor. 

- Justin disse o que sobre isso? - perguntou enquanto entrelaçava seu braço direito no meu braço esquerdo. 

- Sobre qual das partes? - perguntei. - Bom, sobre a Megan ter voltado, ele disse que não abriria mão de ficar comigo por causa dela. - Lizzie sorriu. - Disse que sente raiva dela apenas por ela ter mentido sobre Katie. A raiva dela dela ter forjado a morte foi momentânea. - falei. 

- O pior de tudo é a Katie não ser filha dele, não é? - disse. Assenti. 

Chegamos no colégio, já que resolvi fazer a prova hoje, então eu tive uma ideia. 

- Lizzie, por que você não faz comigo? - perguntei. 

- Querida, você é o gênio. Eu não. - Lizzie disse.

- Mas você é muito inteligente. Por que você não tenta?! - perguntei animada. - O que custa você tentar?

- Eu nem estudei pra isso. - disse. 

- Mas você estava estudando para passar no colégio técnico aqui em Atlanta, Lizzie. É a mesma coisa. - falei. 

- Ok, Hayley, ok! - disse e eu dei um gritinho animado enquanto entrávamos no colégio. 

Mary permitiu que a Lizzie fizesse por suas notas serem boas, então ela fez pergunta que já tive muita dúvida: 

- Se caso vocês conseguirem, vão fazer faculdade de que? - ela perguntou. 

- Administração. - eu e Lizzie respondemos ao mesmo tempo. Lizzie me olhou surpresa. 

- O que?! Por que?! Pensei que você queria música. - ela disse. 

- Se eu pudesse ser famosa, escolheria musica. - falei só pra pra ouvir. - Mas namoro um cara que não pode ser reconhecido e meu irmão também não pode ser reconhecido. - continuei falando baixo. - Então, eu vou com você. - segurei a mão dela e ela me abraçou toda animada. 

- Então, estão preparadas? - Mary perguntou. 

- Acho que sim. - falei. 

Mary entregou a prova e nós ficamos em salas diferentes, supervisionada por um professor. Tínhamos quatro horas para fazer a prova de cem questões de todas as matérias. 

(...)

- Na primeira semana de aula, teremos o resultado. - Mary disse. - E se tudo der certo, com a melhor faculdade de administração que conseguirmos. - falou. 

- Obrigada, Mary! - falei sorrindo. - E como você tem ligações com as melhores universidades? - perguntei.

- Meus pais tinham, e acabamos virando amigos de muita gente importante. - disse. 

- Ah sim... - falei. - Tchau, Mary.

- Obrigada mesmo! - Lizzie disse. 

Fomos até a casa da Lizzie e pegamos o carro dela, então fomos para a casa de Justin. Eu acho que fui bem na prova e a Lizzie achou o mesmo, eles querem que a gente saiba a coisas mais básicas de cada matéria. Bom, não sei a coisa básica pra mim é o mesmo do que básico pra vocês. 

Quando entramos na sala de estar da casa de Justin, senti meu estômago se revirar com a cena que eu estava vendo. Justin estava sentado no chão, brincando com a Katie e a Megan estava sentada ao lado da Katie vendo os dois brincando, e a Katie entregou um brinquedo pra ela e Justin olhou pra ela sorrindo. 

Nossa, que progresso! Pensei isso com tanta ironia. 

- Ei, você está bem? - Lizzie disse baixo.

- Sim. - falei alto, chamando a atenção dos três. Juro que não foi minha intenção falar alto. 

- Como foi? - Justin perguntou levantando e veio até mim me dando um selinho. Não aguento toda essa falsidade. 

- Uhum. - respondi dando de ombros e sai de perto dele. - Oi, Katie. - dei um beijo na bochecha dela, que sorriu pra mim. - Megan. - a cumprimentei com um aceno de cabeça. 

- Caramba. É mesmo a Megan. - Lizzie disse incrédula. 

- Oi, Lizzie. - Megan disse. - Quanto tempo. 

- Pois é... - Lizzie disse. 

- Bom, acho que atrapalhamos o momento, nós vamos subir. - falei puxando Lizzie junto comigo.

- Hayley - ouvi Justin me chamar, mas eu já tinha fechado a porta do meu quarto (que ainda estava com algumas coisas minhas).

- Nem adianta me perguntar porque eu fiquei brava. - falei pra Lizzie. 

- Não ia perguntar. - disse. - Eu sei porque você ficou brava. 

- Sabe? - ela assentiu. - Por que fiquei brava? - nem eu sabia. 

- Ele disse que estava bravo com ela, que não sentia mais nada por ela, mas só foi você sair que ele deixa ela entrar na casa dele. E vi que você reparou o jeito que ele olhava pra ela. 

- É... exatamente por isso. - falei. - Deus, como eu odeio tudo isso. - me joguei na cama batendo o rosto no colchão. 

- Hayley? Eu vi... - Kelsey entrou no quarto e parou de falar quando viu a Lizzie. - Lizzieee! - elas se abraçaram, mas eu permaneci do mesmo jeito. 

- Você sabe por que ela está aqui? - Lizzie perguntou. 

- Sim... - Kelsey fechou a porta e sentou na cama. - Ela pediu perdão e Justin disse que a perdoaria com uma condição. 

- Se ela deixasse ele ver a Katie. - adivinhei e ela assentiu.

- Sim, mas a Megan disse que o pai da Katie queria conhecê-la e que ele é rico, poderoso. Poderia acabar com ela senão fizesse o que ele queria. 

- Então, a Katie vai viver com um homem daquele jeito?

- Sim, mas a Megan disse que ele é um cara legal. Disse que vai cuidar muito bem da Katie. 

- Justin disse o que com isso? - perguntei. 

- Ele não tem direito de dizer nada. Katie não é nada dele. - Kel disse. - Mas ele disse que quando Katie estiver com Megan, era para ela levá-la até ele. 

- E quando Katie vai? 

- Amanhã. - Kel disse. - Hayley... - ela disse e eu a olhei. - Eles se abraçaram... - falou. Ai merda. - Não se beijaram. Mas se abraçaram. 

- Ai merda. - Lizzie leu meus pensamentos. 

- E eles riram... - Kelsey disse. - Parece que ele a perdoou mesmo. Talvez ela tenha contado mais alguma coisa. 

- Obrigada por me contar, Kel. - ela me abraçou. 

Nós três deitamos na minha cama e ficamos assistindo Supernatural, já que estava passando na televisão. Normalmente, eu assistia no netflix, mas já que estava passando, aproveitamos para assistir. 

- Tem alguém batendo na porta. - Lizzie disse. 

- Pode entrar! - falei. 

- Oi! - Katie disse entrando com seu inseparável ursinho de pelúcia. - Posso deitar com vocês? 

- Claro! Vem aqui. - falei e ela deitou entre Kelsey e eu. 

- Por que você saiu brava de lá? - Katie perguntou. 

- Não estava brava. - falei. - Apenas meio... - não sabia o que dizer. - Vocês pareciam tão felizes brincando juntos. - falei. 

- Mas você é mais legal que a tia Kendall, Haylz. E o papai ama você. - ai que dor no meu coração ouvir isso. Ele não é pai dela e tia Kendall é mamãe Megan. 

- E o Justin e a "tia Kendall" estão sozinhos lá embaixo? - Lizzie perguntou. 

- A tia Kendall mandou eu subir. Queria conversar com o papai. - disse. Franzi o cenho. - Você vai deixar? - Kelsey e Lizzie começaram a rir pelo jeito que Katie disse. 

- Eu deveria deixar? - perguntei. 

- Não mesmo! - as três disseram ao mesmo tempo e eu ri enquanto balançava a cabeça. 

- Ok. Vou descer. - falei. - Já volto. 

Sai do quarto e desci as escadas lentamente. Eles estavam conversando, tinha uma distância respeitável entre eles, mas ainda estavam perto. Passei por eles, fingindo não ver e fui até a cozinha pegando um copo de água. 

- Que ótimo que você desceu, Hayley. Eu quero falar com você. - Megan disse. - A sós. - ela olhou pra Justin. 

Justin subiu as escadas e certamente foi pro quarto dele, então eu fui até a Megan com o copo de água na mão. 

- Eu pedi perdão ao Justin e ele aceitou se ele pudesse ver a Katie quando eu visse. - disse. 

- É, eu sei. - falei.

- Eu realmente estou arrependida por tudo, Hayley. E devo perdão a você também. - disse. - Você sabe que eu estava perdida na vida e demorou para eu me encontrar. - falou. - E a primeira coisa que fiz quando me encontrei, foi ir até a nossa casa, mas... estava vazia. 

- É. Chegou tarde demais. - falei tomando um gole de água, depois deixei o copo em cima da mesinha de centro. 

- Me perdoa, Hayley. Por tudo. - disse. - Eu me sinto horrível todos os dias por saber que não fui ao velório dos nossos pais, me sinto horrível por saber que deixei você na mão. - falou. 

Já senti meus olhos arderem. Eu era muito mole pra essas coisas, nunca odiei a Megan. 

- Você me perdoa? - ela perguntou. Seus olhos também estavam aguados. 

- Você é minha irmã, Megan. Claro que eu perdôo você. - falei com a voz baixa e a abracei. - E sei que Jason também perdoará você. 

- Eu já falei com ele. - disse quando a gente se afastou. - Ele disse que ia falar com você. 

- Ele vai perdoar você. - afirmei. 

- E outra coisa... - ela disse. - Eu não voltei para voltar com Justin ou para atrapalhar vocês dois e sim para tentar concertar as coisas. - falou. - Eu não quero mais nada com o Justin, assim como ele também não. - disse. - Eu não o amo mais, assim como ele também não me ama mais. 

- Você não precisa dizer nada sobre isso. - falei. - Claro que mexeu com você e com ele terem se visto depois de tanto tempo, mas... ele disse que está 100% comigo agora e eu acredito nele. 

- Quem diria que você gostaria de um cara como ele, não é? - disse sorrindo e eu assenti. 

- Pois é... - falei. - Bom, você queria falar com ele, né? Vou subir. 

- Ok. - ela me abraçou rapidamente e eu subi as escadas. 

Abri a porta do quarto de Justin e ele veio na minha direção com uma expressão de preocupado. Estava preocupado se eu estava bravo com eles, ou se Megan disse alguma merda pra mim.

- Hayley, eu não sinto nada por ela, assim como ela... 

- Eu sei. - o interrompi. - Ela quer falar com você. - falei. 

- Eu amo você, ok? Você. - ele me deu um selinho e eu assenti. 

Justin Bieber P.O.V

Desci as escadas e Megan estava lá me esperando. Já conversamos, já a perdoei, o que ela quer conversar agora? 

- A minha irmã... - ela começou a dizer. - Você a ama? - disse com voz embargada. Estava chorando, assim como a Hayley. 

- Sim. Eu amo a sua irmã. - falei pra deixar bem claro. 

- Justin, eu não queria dizer isso, mas... - ela olhou pro lado e depois pra mim novamente. - Eu... - ela parou de falar. 

- Você ainda... 

- Sim. - ela me interrompeu. - Sim. Eu ainda amo você sim. - disse. - Mas não vou correr atrás de você e nem atrapalhar seu relacionamento com a Hayley. Eu quero apenas endireitar minha vida. 

- Ótimo. - falei simples. 

- Vou vir buscar a Katie amanhã as onze da manhã. - disse. - E ela vai embora ás quatro. 

- Ok. - falei. - Tchau. - dei as costas pra ela e subi as escadas. Antes vi se ela foi embora mesmo. 

Entrei no quarto que as meninas estava sem bater e Kelsey, Lizzie e Katie estavam dormindo, enquanto Hayley fazia carinho no cabelo de Katie com uma expressão pensativa. Sabia no que ela estava pensando. 

- Hey. - me aproximei. - Tudo bem? - perguntei com a voz baixa.

- Sim. E você? - perguntou no mesmo tom que eu. 

- Sim... - respondi. - O que ela disse pra você? - perguntei. 

- Ela pediu perdão. - disse. - E disse que queria deixar claro que ela não sente mais nada por você, nem você por ela. - ela mentiu pra Hayley. E ainda disse que ainda me ama na minha cara. - E pra você?

- Ela disse que não ia atrapalhar a gente, só queria ajeitar a vida dela. - falei. 

Omiti algumas coisas, mas ela tinha acabado de perdoar a Megan e a Hayley não suporta mentira. Eu não menti, e sim omiti. 

- Acho que devíamos dar essa chance a ela. - disse. - Vou conversar com Jason. - falou. - Talvez ela até possa começar a frequentar a sua casa... - deu de ombros. 

- É... - eu ainda não sabia qual era a da Megan, mas eu precisava ficar de olho.

Fui até a Hayley e dei um selinho nela, então sai do quarto. 

(...)

Hayley Mitchell P.O.V

Eu, Lizzie, Kelsey e Katie estávamos no sofá da sala e tínhamos acabado de descer. Acho que Justin estava dormindo, e os meninos sumiram! 

- Justin! - Lizzie disse quando o viu descendo e o abraçou fazendo Justin rir pela animação dela. Óbvio que ele a abraçou de volta. 

- E ai, loirinha, tudo bem? - ele perguntou bagunçando o cabelo dela. 

- Sim. - disse sentando ao meu lado novamente. - E você? Depois de sua ex namorada voltou dos mortos? - Lizzie sempre deliciada. 

- Estou ótimo. - Justin disse em um tom que nos fez rir. 

Ryan, Jason, Chris e Chaz entraram e a Lizzie foi correndo abraçar o primeiro que entrou: Jason. Ela abraçou todos eles, e por último o Chaz. Até rolou uns beijinhos que eu sei. 

- Ai ai. - falei. - Agora só falta Kelsey e Ryan e Jason e Cait. - Jason, Kel e Ryan me olharam na mesma hora, fazendo eu e Justin rirmos. 

- Verdade, mano. E você e a Caitlin? - Justin perguntou. 

- Estão querendo saber demais. - Jason sempre curto e grosso. - Mas vocês? - Jason disse surpreso olhando pra Ryan e Kelsey. 

- Não tem nós! - Kelsey disse na defensiva e sentou ao meu lado toda emburrada. 

- Eu fico com o tio o Jason, Haylz. Pode deixar. - Katie disse e Jason a pegou no colo. 

- Se liga, Katherine! - Justin disse bravo. 

- Você é uma figura, Katie! - Kelsey disse rindo. 

- E o tio Ryan, Katie? Não gostei disso não! - Ryan disse. 

- Tio Ryan tem a tia Kelsey. - Katie disse e eu levantei a mão. Fizemos um Hi-5 depois todos começamos a rir. 

- Jason! - lembrei da Megan. - Quero conversar com você. - falei. - Uma coisa muito importante. - ele me olhou estranho. Levantei do sofá e fiquei na frente dele depois dele deixar Katie no chão. 

Ele parecia tão preocupado. Aproveitei pra fazer uma pegadinha.  

- Eu... - respirei fundo. Eu sabia que ele pensava no que eu ia dizer. - Eu estou grávida. 

- CARALHO! - Ryan gritou.

- Que porra é essa, Hayley?! - Justin disse. Eu, Kelsey e Lizzie caímos na gargalhada. 

- Ai gente, é brincadeira! - falei rindo vendo a cara de Jason, Justin, Chaz, Ryan e Chris.

- Porra, você quase me matou do coração. - Justin disse aliviado. 

- Não queria ter um filho comigo, amor? - brinquei e falei o amor com ironia. 

- O que você ia falar? - Jason perguntou antes que Justin respondesse. 

- A Megan veio aqui ontem. - falei. - E ela pediu perdão. - eu disse. - Disse que está tentando concertar as coisas. - falei. - Sei que você ainda tem raiva dela, mas poxa... devíamos dar uma chance a ela. Uma chance pra ela concertar as coisas. - eu disse. - Você pode perdoá-la, e não falar com ela. Não tem problema. 

- Hayley...

- Por favor. - pedi. 

- Ai é golpe baixo. - Chris disse. - Ninguém consegue dizer não quando a Hayley pede por favor. 

- Isso é verdade! - Chaz disse rindo. 

- Ta bom, Hayley. - Jason disse. 

- Viu! - Chris disse rindo e eu o acompanhei enquanto balançava a cabeça. 

- Obrigada, Jason. - o abracei. - Apenas deixa ela falar. 

Jason deu um beijo na minha testa e saiu de casa. Não sabia se ele ia falar com a Megan agora, mas espero que ele a perdoe e que fique tudo bem.