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História Bring Back To Life - All about her


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


szszszsz

Capítulo 86 - All about her


Justin Bieber P.O.V

Me encontrava sentado na poltrona da sala, com o celular perto do ouvido, ouvindo a caixa postal da Hayley. Era o único jeito de ouvir a sua voz e aquelas dezesseis palavras que eram bem mais do que suficiente pra mim: "Oi, aqui é a Hayley! Se não te atendi é porque estou ocupada, mas vou retornar!" e a linha ficava muda. Um silêncio infinito que, nos meus pensamentos, eram preenchidas por aquelas míseras dezesseis palavras. E hoje fez cinco meses. Cinco meses. Cinco meses que eu não consigo nem ao menos acordar sem lembrar dela. Foi mais fácil com a Megan. Quer dizer, quando ela "supostamente" morreu. Eu fiquei mal nas primeiras duas semanas, mas depois lembrei que Justin Bieber nunca ficaria depressivo por causa disso, ele iria em boates e tentar esquecer a dor. Mas o problema é que eu não sou mais Justin Bieber sem a Hayley. E nem quero. Pensei em ir tentar esquecer? Pensei. Mas não queria. Só vou tentar preencher os vazios com momentos passageiros, o que vai resultar em um vazio bem maior no final das contas. Podia parecer bem enquanto estava tentando curtir, mas quando estou sozinho, longe do mundo, eu só consigo pensar nela. E que nunca mais vou conseguir amar outra pessoa.

"Três meses aqui... Justin do céu, você não faz ideia do que eu descobri!!!! Eu descobri tudo!!!! Descobri porque o Nathan é assim, descobri porque ele quer tanto se vingar de mim, descobri a verdade sobre tudo! Ele realmente era o melhor amigo do meu pai, e era mais que isso! E eu sabia que tinha acontecido alguma confusão entre eles, só não sabia qual era. Mas, ontem, eu ouvi uma conversa do Nathan com um desses trogloditas que ficam me vigiando e hoje o Ethan me contou várias coisas, eu ainda estou em choque! O Nathan é irmão do meu pai!!!!!!!!!!!! Sim, você leu certo, ele é IRMÃO do meu pai! Ele é meu tio! Eu estou inconformada, você não faz ideia do quanto! Tenho nojo de ter o mesmo sangue que ele, mas é que eu poderia escrever um livro sobre isso, sério! Tá bom, eu não vou ficar fazendo piadinhas com isso, é um pecado.... mas retomando! O Nathan e o meu pai eram apaixonadas pela mesma mulher,  A MINHA MÃE! E parece que o Nathan ficou realmente arrasado quando eles morreram, mas eu só soube disso. Ethan me contou apenas o que ouviu: eu e meu irmão tínhamos a história mais clichê, fomos apaixonados pela mesma mulher. E ele disse o nome da minha mãe! Justin, eu estou em choque! Ele ficou furioso comigo por ter "mentido" sobre a chave do cofre, porque ele achava que merecia ter ao menos o dinheiro, já que não teve a mulher. Eu queria tanto saber o que aconteceu entre os três, se a minha mãe chegou a se envolver com o Nathan, mas.... só isso que sei por enquanto! Te amo, te amo!" 

- Então, o Nathan é tio da Hayley?! Puta que pariu. - falei sozinho. 

O "diário" da Hayley era o que me fazia companhia e eu estava gostando muito dela ter dedicado tudo a mim, para eu ler um dia. Me sentia próximo dela, e enquanto eu lia, eu podia ouvir a voz dela na minha cabeça e não a minha. Imaginava o seu entusiasmo enquanto escrevia, e como soaria a sua voz e era tudo assim na minha cabeça. Ouvia a voz dela enquanto lia e isso fazia eu me sentir bem. 

- O que você tanto lê aí, Justin? - era o Ryan. Tinha acabado de chegar em casa. 

- A Hayley escreveu algumas coisas enquanto estava presa lá. - respondi. - Ela estava grávida, e ela descobriu que Nathan era seu tio. De sangue. 

- Como assim?! - ele disse surpreso e estendeu a mão para eu entregar o caderno pra ele. 

Fiquei encarando a televisão desligada enquanto ele lia as duas últimas coisas que ela escreveu e ele me encarou boquiaberto. 

- Será que ela descobriu mais? Lê o próximo!

- Não, eu estou lendo devagar. - falei. - Quando acabar, o vazio vai voltar. - suspirei. 

Ryan me olhou com pena e colocou a mão no meu ombro. 

- Cara, você não pode ficar preso á ela pra sempre. Eu sei que dói. Dói todos os dias, mas você já se fechou uma vez. Vai fazer isso de novo? 

- Eu nem ao menos amava a Megan, Ryan. 

- Mas pensava que sim. 

- Mas agora eu sei que não. Consigo a perceber a diferença. - respondi. - Vou fazer as coisas no meu tempo. 

- Já tem um progresso. Você não fica só no seu quarto e já come aqui embaixo. - ele disse e eu até pensei em sorrir já que era uma piada, mas eu não consegui. - Fica bem, cara. Você está atrasando a sua vida. 

- Eu quero atrasar a minha vida. 

- Mas você vai ficar assim por quanto tempo? Anos? A sua vida toda? Sei que vai ser impossível esquecer ou parar de amar a Hayley, mas... pelo menos deveria voltar a sua rotina de antes, vai se sentir melhor. 

- Na minha rotina de antes, a primeira coisa que eu fazia, era olhar pra ela. - respondi. - Ah, Ryan, eu não sei quanto tempo vai durar, mas eu ainda não quero voltar ao normal. Na verdade, nem sei se vou querer um dia. 

- Está falando dos roubos? 

- Sim. Ela não queria que a gente fizesse isso, e acho que ela não iria gostar. - falei. 

- Você, sendo você, está pensando em desistir dessa vida? - ele perguntou surpreso e sentou no sofá. 

- Por ela, cara. Você não faria o mesmo? 

- Claro que eu faria. Falei pra você ouvi-lá diversas vezes, mas você colocou na cabeça que ela estava louca de pedir isso. - balancei a cabeça e me arrependi novamente por isso. 

- Mano, vou indo nessa. Vou buscar a Kelsey na rua. 

- Falô. - batemos as mãos e ele saiu. 

Respirei fundo, pensando que, se eu tivesse feito o que ela queria, talvez ela estivesse aqui comigo agora. Mas só voltei a ler que ela escreveu. 

"Eu não sei que dia é hoje, e eu não estou conseguindo falar. Eles descobriram que eu estava tentando conseguir ao quarto da Lizzie, e judiaram de mim de novo. Eu fiquei tanto medo que ele não só me batessem, Justin. Que eles fizessem outras coisas, mas graças a Deus foi 'apenas' isso. Eu tentei lutar contra eles e consegui derrubar um, mas o outro apertou a minha garganta, apertou demais, eu desmaiei e quando acordei, estava com pontadas pelo resto do corpo e minha voz mal saia. Foi horrível, a pior sensação que já senti na vida. Eu tenho uma outra coisa pra te contar, mas eu tenho medo de escrever isso e se tornar real... ah, Justin, você não faz ideia do que eu descobri... tem possibilidades do Nathan ser o meu pai. Ele teve um envolvimento amoroso com a minha mãe e ao que tudo indica, eles se amaram, ela o amou, ela amou um monstro, mas algo aconteceu com ele e ela acabou se aproximando novamente do meu pai que eu nem sei se realmente é meu pai. Eu estou morrendo de medo de seja verdade, Justin. E se for verdade? E se ele for meu pai biológico? Pra falar a verdade, eu acho que nem a minha mãe sabia quem era o pai, mas já que ela estava com o meu pai (Will), ela quis que fosse dele, então deixou assim. Nathan ficou arrasado. A minha mãe partiu o coração do homem que parte pessoas. Eu nem sei o que pensar.... parece que teve tantos altos e baixos."

Eu estava boquiaberto. Era impossível. Nathan não podia ser o pai da Hayley, simplesmente não podia. Se ele fosse pai da Hayley, ele não teria coragem de ter feito isso com ela. Ou teria? Ele nem ao menos se importou de eu ter matado a Kylie, que... meu Deus, é supostamente irmã da Hayley. Quer dizer, era. Porque as duas estão mortas. E o Nathan nem ao menos se importa com isso. 

- Justin? - dessa vez era o Jason. Puta que pariu, ele vai ficar arrasado se souber disso. 

- Lê isso aqui, cara. - falei entregando pra ele e apontando para o texto certo. - Não surta, ela não tinha certeza. 

E longos minutos de silêncio.

- Isso é impossível. Nossos pais estavam juntos antes dela, lembra? Teve eu e a Megan, isso é impossível. - ele disse. 

- Será? 

- Mas qual será a diferença? A Hayley nem está mais aqui e o Nathan pouco se importa. - Jason disse me entregando o caderno novamente. 

- Você não vai querer investigar? A Hayley tem algumas coisas da mãe no armário dela... tem cadernos, fotos, roupas. Dá uma olhada lá, vai que tem algo que diga a verdade. - falei. 

- Posso ir lá pegar? - assenti e ele subiu rapidamente. 

Porra, estava foda ficar aguentando a ausência dela. Eu mal conseguia! Poderia ter um segundo que eu esqueço a realidade, mas basta um estalar de dedos que eu já me lembro de tudo novamente. 

 

- Olha. - ela me disse apontando para o horizonte. - Você não consegue ver? - ela me perguntou em um tom maravilhado. Ela me trouxe aqui, disse que era um lugar que ela adorava.

- O que? - perguntei. 

- A linha do paraíso. - ela disse apontando. - Bem ali. - ela fez uma linha imaginária com a mão.

- Não consigo ver nada. - falei.

- Minha mãe dizia que quem conseguia ver a linha, era feliz ou estava feliz. - ela disse ainda olhando para o horizonte. - Eu não acreditava, mas um dia, no dia em que meus pais morreram, eu não consegui ver a linha. - ela disse encarando o por do sol. - Não consegui ver por muitos dias. - disse. - Sabe quando eu consegui ver pela primeira vez depois da morte da minha mãe?

- Quando? - perguntei olhando pra ela. Tão linda, com a expressão tão serena... tinha vontade de escondê-la do mundo pra que ninguém roubasse de mim. 

- Depois que eu te conheci. - disse. - Eu não entendi nada. Eu vinha aqui todos os dias, e eu sempre conseguia ver, mas não era para eu conseguir porque você só complicou a minha vida. - ela não me olhava de jeito nenhum.

- Então, você acha que só quem está feliz consegue ver a linha? 

- Sim. E você não está feliz. - ela disse ainda sem me olhar. - A minha mãe também dizia que dava pra ver no céu estrelado.

- E você vê?

- Sim. Mas eu prefiro o pôr do sol. É a coisa mais linda do mundo. - ela disse admirando a vista.

- O que mais sua mãe te disse?

- Que eu vou ver essa mesma linha nos olhos da pessoa que eu amo. - ela respondeu.

Segurei o queixo dela e virei seu rosto delicadamente na minha direção. 

- E você já conseguiu ver a linha nos olhos de alguém? - perguntei.

- No do Liam. - ela disse. Fiquei puto. - Agora eu não vejo nada quando olho nos olhos dele. - disse. - Na verdade, assim que eu soube o que aconteceu, eu fui terminar com ele claro, e eu não conseguia ver nada. Assim que descobri a merda que ele fez, os sentimentos foram embora.

- E você tem medo de nunca mais ver isso nos olhos de outra pessoa? - ela me olhou do jeito mais intenso o possível e sorriu. 

- Eu vejo. - ela disse enquanto colocava uma das mãos em meu rosto e acariciava minha bochecha com o meu polegar. 

Sabia exatamente qual era o pensamento dela. 

- Se alguma coisa acontecer... 

- Ei, ei, você não precisa se preocupar comigo. - a interrompi. 

- Bom, eu não pude dizer nada para o Jenna, nem para minha mãe, nem para o meu pai, nem para a Lorrayne, nem para o Rob... nem pra ninguém! 

- Não sei como você consegue. Você é tão forte, tão... destemida. 

- Eu... eu não sou destemida. - ela sussurrou olhando pra frente pra eu não perceber que ela estava chorando. - Na verdade, eu... eu estou aterrorizada. - ela disse soltando um ar que soou como um choro que ela estava prendendo. 

Eu a abracei e foi ponto. Ela começou a chorar.

- Talvez você não precise ouvir, mas eu preciso saber que eu disse. - ela disse se afastando. - Eu amo você. - ela sorriu. - Estou orgulhosa de você. - ela desviou o olhar. - Eu... eu estou orgulhosa de nós. 

Sorri sem mostrar os dentes e dei um beijo em sua testa que eu queria que ela entendesse que eu sempre estaria ali por ela, mesmo se ela me pedisse pra ir embora.

- Eu não entendo. - falei encarando o horizonte. - Ethan é mil vezes pior do que você, ou do qualquer outro, por que eu deixei ele me beijar? 

- Porque você sempre vê a bondade nas pessoas, Hayley. - eu disse. - Mesmo que seja uma pessoa como o Nathan, você vai conseguir encontrar algo bom nele. Você sempre encontra.

- Eu sinto muito. - ela disse me olhando. - Eu estou tão arrependida. - disse limpando a lágrima que escorreu. - Eu ajo como se soubesse o que estou fazendo, mas eu não sei. - respirei fundo. - Quando tudo que eu fui estava perdido, eu me esqueci de tudo, mas você não. - ela me olhou. - Quando eu me perdi, você não me perdeu. - e voltou a olhar pra frente. - Você foi o único que não me perdeu. - ela soltou um som do choro que estava prendendo. 

- Eu te amo tanto. - falei com a voz baixa, como se isso doesse e de certa forma, dó. É tanto amor que chega a doer. 

- Eu sinto muito, Justin. - ela disse me olhando. - Por tudo. - balançou a cabeça. 

- Como você mesma disse, você se perdeu, Hayley. Não precisa me pedir desculpas, não precisa nem se sentir arrependida. - falei passando a mão no cabelo dela. - Tá? - procurei seu olhar para enfatizar o que eu estava falando. 

- Eu te amo, te amo tanto que dói! Não quero nunca mais ficar longe de você ou imaginar a minha vida sem você. 

- Não vai precisar....

- Eu te amo. - ela repetiu em um sussurro.

E foi como se eu tivesse despencado de 1.000 metros. Estava sonhando de novo em como seria se ela tivesse saído de lá, de como seria a nossa conversa, de como seria cada detalhe e de que ela me levaria para ver o seu lugar preferido aqui em Atlanta. E o último "eu te amo" ficou me perseguindo... Me dei conta de que estava com os olhos molhados, mas nem liguei. Só levantei do sofá e fui atender a campainha que estava tocando enquanto limpava os olhos.

- Oi, Justin. 

- Lizzie? - perguntei surpreso e ela veio me abraçar. - O que está fazendo aqui? - perguntei depois de nos separarmos do longo abraço. 

- A saudade dela bateu como nunca e eu quero ficar perto de quem também está se sentindo assim. - disse suspirando. - Posso entrar? 

- Qual é, essa ainda é a sua casa. - falei pegando uma de suas malas e subimos as escadas. - Como está lá em Los Angeles? 

- Difícil. - ela suspirou enquanto sentava na cama do quarto de hóspedes e eu sentei ao seu lado. - Consegui me distrair um tempo, arrumei um emprego e tudo mais, mas... eu acabei agindo "igual louca" e fui demitida.

- Você deu a louca de propósito, né? - ela deu um sorriso maroto e eu soltei uma risada. 

- Claro. Estava doida pra vir pra cá. - disse. - Cadê os meninos? 

- Não sei. Mal os vejo por aqui. - falei. - Só hoje que vi o Jason e o Ryan. 

- Fica muito no quarto? - ela me perguntou com um olhar triste. 

- Sim. E você? 

- Sempre. 

Ficamos um tempo em silêncio, mas sabia que estávamos pensando na mesma coisa. Antes que eu dissesse qualquer coisa, meu celular tocou e era um número desconhecido. 

- Atende! - Lizzie disse. 

- Alô? - atendi. 

- Justin Bieber? - eu reconheceria essa voz de qualquer jeito. Coloquei no viva-voz. 

- Jacob... - falei entre dentes. - O que você está pensando em me ligar? Perdeu a noção do perigo, filho da puta? 

- Se você não quer ouvir o que eu tenho a dizer, está tudo bem pra mim. Valeu a tentativ...

- O que você quer? - o interrompi. 

- Quero que você e a Lizzie venham até um lugar. Preciso falar com vocês. E tem que ser pianinho, ninguém pode saber. 

A Lizzie ia começar a xingá-lo, mas eu planejava matá-lo, então respondi: 

- Beleza, manda o endereço por mensagem que nós vamos. 

- Ótimo. 

- Sobre o que é, Jacob? - perguntei.

- É sobre a Hayley. 



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