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História Bring Back To Life - Love story


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Consegui escrever hojeeee! A prova dessa semana foi adiada para sempre que vem, amém!!

Capítulo 89 - Love story


Hayley Mitchell P.O.V

Era estranho estar em casa depois de quase dez meses longe daqui. Eu tinha ficado tanto tempo longe, era como se essa nem fosse mais a minha casa. Ou melhor, era como se eu nem tivesse mais casa. Demoraria um tempo para eu me recuperar totalmente de tudo que aconteceu. Foi tudo muito rápido, um conjunto de sentimentos e acontecimentos que eu não sei lidar muito bem. Eu estava grávida, poxa. Eu teria um filho com o Justin, e por causa de um capricho do Nathan, eu perdi e enquanto eu sofria sozinha, me recuperando do sofrimento de quando fiquei presa, a minha família sofria aqui pensando que eu estava morta. Imagino como deve ter sido difícil pra todos eles, verem eu morrer sem poder fazer nada a respeito. Me lembro do olhar do Justin, do último olhar que ele lançou pra mim antes de eu fechar os olhos... me atormentou por meses e ainda estava me atormentando. Eu pude ver o medo nos olhos dele. Não só medo, eu pude perceber o quanto ele estava perdido. O quanto ele se sentiria perdido se tudo isso fosse real. 

E eu percebi que ele ainda estava um pouco atormentado também. Ele dormiu grudado comigo, me abraçando para se certificar de que eu não sairia dali e de que ninguém mais poderia me tirar dele. No meio da noite, acordei percebendo que a respiração dele estava meio pesada, parecia que estava sonhando. Ou pior, tendo um pesadelo. Ele chamou meu nome, estava tremendo e eu o acordei. 

- Justin... Justin, eu estou aqui. Acorda. - segurei seu rosto, tentando acordá-lo e ele abriu os olhos, assustado. 

- Graças a Deus, Hayley. - ele sentou e me abraçou, suspirando pesado logo em seguida. 

- Eu estou aqui, amor. Eu estou aqui... - sussurrei enquanto o abraçava também. - Sempre estarei aqui. - acariciei seu cabelo. - Shh... dorme, vai. Eu estou aqui, não vou sair, eu prometo. 

Deitamos novamente e eu encostei a cabeça em seu peito, enquanto ele fazia carinho meu cabelo, eu entrelacei nossos dedos. Não queria que ele ficasse com trauma, não queria que ele ficasse o tempo todo com medo de que o seu pesadelo se tornasse real, mas enquanto Nathan estiver vivo, vamos estar correndo esse risco. 

A primeira coisa que fiz quando acordei no dia seguinte, foi colocar uma legging e um top, amarrar o cabelo e ir na academia que tinha aqui. Eu estava me sentindo uma bola, e uma bola enferrujada. Queria voltar a treinar, entrar em forma e tentar esquecer um pouco o inferno que foram os últimos meses. Poderia dizer e mostrar que não, mas eu ainda estava muito machucada. Não fisicamente e sim emocionalmente. Foi muito pesado, foram muitas emoções. Eu vi a Jenna sendo assassinada, o meu bebê morreu, descobri que Nathan era meu pai e que a minha vida inteira foi uma mentira. Aliás, eu pensava que minha mãe era uma pessoa totalmente diferente do que ela realmente era, ou talvez eu não conheça o meu pai de coração... 

Eu estava tão focada socando o saco de pancadas que nem percebi quando Cameron entrou aqui. 

- Desestressando? - ele perguntou vindo até mim, mas não parei de bater no saco de bancada. 

- Sim. - respondi finalmente parando e tirei as meia luvas pretas, deixando em cima da mesa. - Preciso entrar em forma de novo.
Cameron percebeu que não era apenas isso e ele se aproximou, me olhando com a cabeça meio inclinada para o lado. 

- Você está bem, Hayley? 

Respirei fundo, fechando os olhos e percebi que estava prestes a cair no choro.

- Não, eu... eu estou assustada, estou quebrada. - falei baixo, balançando a cabeça e realmente caindo no choro. 

Cameron me abraçou e disse: 

- Você é a pessoa mais forte que eu conheço, Hayley. Você é apenas uma menina de dezessete anos e isso é muita coisa pra você aguentar. 

- Eu não queria precisar aguentar nada disso. Eu não quero essa vida. - falei chorando. - Eu ainda sou apenas uma criança, pelo menos é o como eu me sinto! E eu queria me preocupar apenas com que roupa iria usar amanhã para ir ao colégio, não ficar preocupada com a incerteza de que algum de vocês vão voltar pra casa, Cameron... 

- Você sabe o que isso significa, não sabe? 

- Sim. - suspirei e enxuguei as lágrimas. - Teremos que matar Nathan. Só depois viveremos em paz. Mas e até lá, Cameron? - limpei o rosto novamente. - Quantas pessoas perderemos até lá? Ou enquanto estivermos lá? Hein? Me diz! 

- Hayley, eu sinto muito... 

- Eu sei que você sente. Eu também sinto. - falei. - Sinto muito. Sinto por tudo ter sido por minha culpa. Até a morte do Rob, Cameron. Foi pra me atingir. E ele conseguiu. Ele matou Jenna na minha frente, eu vi a mulher que cuidou de mim a minha vida toda com uma poça de sangue em volta da cabeça! 

- Hayley, olha pra mim, você não vai perder mais ninguém. - ele disse tentando me acalmar. - Eu prometo, vou fazer de tudo pra...

- Como você pode ter tanta certeza? 

- Porque, como eu já disse, você é só uma menina de dezessete anos e existe um limite de tudo que uma pessoa pode aguentar. E eu garanto, você não vai chegar no seu limite. 

- Você promete? Que vai cuidar de você mesmo? E de todos eles? 

- E de você, sim. Eu prometo. 

Suspirei enquanto balançava a cabeça, e o abracei novamente. 

- Você vai ficar bem. Não vai se sentir assim pra sempre.

- Não vou? - sussurrei. 

- Não vai. - ele me deu um beijo na testa. - Volte a treinar. Vou avisar Vince que você quer pegar firme. 

- Vince! Como ele está? 

- Ficou arrasado quando descobriu que você "morreu", assim como todos... - ele disse. - Pra falar a verdade, acho que ele ainda nem sabe. 

- Não sabe? Liga pra ele. - falei. - Fala pra ele vir pra cá agora! 

- Beleza. - ele beijou minha testa novamente e se retirou. 

Coloquei a meia luva novamente e voltei a socar o saco de pancadas, tentando tirar toda a tensão interna que eu estava sentindo e também tentando parar de pensar em coisas que me façam querer chorar. Logo depois subi na esteira, e fiquei esperando Vince chegar. 

E exatas duas horas depois, ele chegou. 

- Hayley?! - ele não sabia que eu estava viva. 

- Vince! - sai correndo na direção dele e o abracei. - Eu estou toda suada, mas você não liga, né? 

- Como isso é possível?! - ele perguntou enquanto tirava meus pés do chão. 

Contei toda a história a ele, que ficava a todo momento tocando no meu cabelo ou no meu rosto, o que me fazia perceber como eu podia ser importante não só para a minha família e sim para ele também. 

- Ah, não! Se você chorar, eu vou chutar seu bumbum. Vamos lá! - estendi a mão e ele riu enquanto fazíamos nosso toque. Inventamos um toque no tempo que eu estava treinando, de tanto que passávamos tempo juntos. 

- Eu senti sua falta, Hayley. - ele disse me abraçando novamente.

- Eu também senti sua falta... 

- Agora, vamos lá. - ele disse respirando fundo. - Preparada? 

- Sim! - assenti feliz e ele disse para eu fazer três séries de vinte abdominais. Aí, não... odeio abdominal. 

Mas de repente, fiquei feliz novamente. Esqueci de tudo, e parecia estar no começo novamente. Me senti bem por alguns momentos e isso era raro nos últimos meses... 

(...)

- Fica aqui, tá? Eu volto logo, pode ficar despreocupado. - avisei ao Justin e sai do carro. 

Avistei Ethan sentado na calçada perto da praça, parecia pensativo e ele levantou assim que me viu, se apressando na minha direção e eu fiz o mesmo. Nos abraçamos por longos segundos e percebi que ele não estava nada bem. 

- Ethan... 

- Não, eu primeiro. - ele me interrompeu, limpando uma lágrima perdida no meu rosto. - Não tenho o direito de ficar bravo por você querer voltar pra sua família, e eu não estou. Não mesmo. Eu entendo, estava sendo difícil pra você ficar lá longe de todos que você ama. E eu entendo se você querer se afastar de mim, não vou julgar você, nem o Justin por certamente querer você longe. 

- Ethan, eu não quero me afastar de você. E nem vou. - falei. - Justin não tem nada contra você. Pelo contrário, ele é agradecido por você ter me salvado minha vida várias vezes e eu também sou. Você foi um anjo naqueles dias, Ethan! Nem tem como te agradecer o suficiente. 

- Me agradeça indo embora daqui, Hayley. - disse. - Foge daqui, foge dos Estados Unidos, vai pra bem longe do Nathan antes que ele descubra que você está viva. 

- É o que eu quero. - respondi. - Mas os meninos colocaram na cabeça que só vamos viver em paz se matar o Nathan. 

- É impossível vencer o Nathan, Hayley. 

- Eu tenho medo disso também, mas... eu acho que concordo que eu só vou conseguir viver em paz se me certificar de que ele nunca mais machucará ninguém que eu amo. E isso inclue você, Ethan. Fique longe dele também. 

- Ele está em Miami. Se mudou pra lá. - disse. - Não vai voltar pra cá, mas mesmo assim, Hayley, fala pra eles nem tentarem. Só sumir do mapa, encontrar a fortuna do seu pai e ser feliz. 

- Eu duvido que eles me escutem, mas... tudo bem. - suspirei. - Eu preciso ir, vou ler os diários da minha mãe hoje. 

- Me mantenha informado. 

- Sempre. - sorri e o abracei novamente. - Fique bem, Ethan. Obrigada novamente e me desculpa por ter fugido de lá. 

- Se cuida, viu? - ele beijou minha testa e eu sorri novamente, então dei as costas pra ele. 

Era muito triste saber que ele era sozinho, que não tinha família, nem amigos. Eu tinha vontade de chamá-lo pra viver com a gente, mas ninguém aceitaria. Ele pode ter me ajudado, mas além de Justin saber que ele é apaixonado por mim, Jason não confia nele totalmente.

- Intimidade demais. - Justin disse assim que entrei no carro. 

- Se conteve, bom garoto! - dei um beijo na bochecha dele, que me olhou de rabo de olho com uma expressão brava. 

Comecei a rir, era a coisa mais fofa essa carinha dele. 

- Ele é uma pessoa tão boa. - fiquei séria. - Queria que tivesse o que merece. Uma família, uma pessoa que o ame... 

- Ele vai ter um dia. - Justin disse. - Posso não ir com a cara dele, mas se ele fez de tudo pra te salvar, merece mesmo. Mas não você. 

- Claro. - revirei os olhos. 

(...)

Assim que chegamos em casa, eu fui pegar as coisas da minha mãe no armário. Tinha dois diários cheios, e peguei aleatoriamente um dois. Nem sabia se eu começava a ler desde o começo ou se ia para uma página aleatória. 

"De alguma forma, eu consigo trazer o melhor nele. Por mais contraditório, inesperado e impossível que isso possa aparecer, eu não consigo mais dizer que não tem nada acontecendo dentro de mim. É como se tivesse uma guerra. O meu cérebro diz para eu focar no Will, que ele é o certo pra mim, que cuida dos meus filhos, mas ao mesmo tempo, meu coração grita por outro nome. Eu tento fazer ele ficar quieto, tento o tempo todo, mas agora... cada batida é um suspiro dizendo "Nathan". Ele faz eu me sentir bem, faz eu me sentir importante. A pessoa mais importante do mundo pra ele, como se tudo que ele fizesse girassem em torno de mim, enquanto eu nem ao menos vejo o Will. Hoje enquanto eu estava aconselhando a Hayley sobre uma desilusão amorosa, ela me disse algo que fez eu acordar: 'Mas mamãe, quem ama não cuida? O Aiden nunca cuidou de mim, ele nunca nem fazia questão de dizer que gostava de mim, enquanto o Ryder todos os dias me dizia que eu era a princesa do seu reino, e que ele lutaria contra todos os dragões para me proteger. Por que você quer que eu fique com o Aiden?'. A minha filha, aos onze anos, me fez perceber que eu podia viver anos com Will, mas nunca teria certeza de que ele me protegeria, enquanto Nathan... eu o conheço, conheço seu coração e sei de tudo que ele faria para não me machucar, ou não me ver machucada. Infelizmente, não mandamos no coração. Ás vezes, precisamos deixá-lo gritar e no fundo sabemos muito bem qual nome ele vai gritar."

Ah, eu me lembrava de Aiden e Ryder como se tudo tivesse acontecido ontem. Eu era apaixonada por Aiden, mas ele nunca me tratou bem como eu queria que ele tratasse. E tinha o Ryder... ele me viu chorando um dia, e depois nunca mais nos desgrudamos, viramos melhores amigos, mas o problema era que ele era encrenqueiro. Batia nos meninos da sala dele, discutia com os professores, foi expulso da outra escola, mas ele me tratava melhor do que o certinho, calmo e amado Aiden. Ele podia ser o pior para todo mundo, mas pra mim, ele sempre foi o melhor. Sempre me protegeu, cuidou de mim, limpou as minhas lágrimas e sempre que alguém me dizia para eu parar de andar com ele, ou que o ofendiam, eu ficava com vontade de dar um soco na pessoa. E me dei conta de que era assim com o Justin... ele era o pior para muita gente, mas ele me tratava bem, apenas a mim, e isso faz ele ser melhor do que o resto do mundo. 

Mas a minha mãe amava o Nathan. Ela conhecia o coração dele. E acreditava que ele era bom. Será que eu acreditava também? 

"Ninguém entende que ele só é assim porque assistiu seu pai batendo em sua mãe por três anos seguidos, e depois seu próprio pai enfiando uma faca no coração de sua mãe. Will não estava presente, Will era mais velho e estava na faculdade, mas Nathan? Nathan presenciou tudo e teve que agir como se nada tivesse acontecido, principalmente porque Will dizia que era culpa dele. Se eu pudesse tirar todas essas lembranças e todos os machucados de seu coração, eu tiraria... tiraria sem dúvida alguma, e colocava tudo em mim. E cada vez que eu tento dizer a mim mesma que Will é o cara certo pra mim, Nathan aparece dizendo que me ama enquanto Will nem ao menos olha na minha cara. O que eu vou pensar? Eu quero ser amada, não quero viver de caridade aqui. Se eu pudesse, ia embora e levava os meus filhos juntos, mas eles dependem do pai. Sem ele, eu não teria nada, não teria uma família, um lar e posso soar interesseira, mas eu realmente já amei o Will. Acho que foi ele que nunca me amou...."


Notas Finais


Gente, que absurdoooooo! Nathan tem bom coração ou era bom só com a mãe da Hayley??? Ou era tudo fingimento?? O que vocês acham? COMENTEEEM, bj bj


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