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História Bring Back To Life - Uncover


Escrita por: loudestecho

Capítulo 90 - Uncover


Não consegui parar de pensar no Nathan desde que li aquele trecho do diário da minha mãe. Não consegui ler mais nada, mas fiquei matutando aquilo na minha cabeça a noite inteira, sem parar. Eu queria me convencer do que a minha mãe dizia ali, mas... ele fez tantas coisas ruins comigo, mesmo sabendo que eu era filha da mulher que ele amava. No mínimo, pensei que ele se importaria em cuidar de mim, ou sei lá, ao menos não tentar me matar! E acredito que ele só queira aquela fortuna pra ele por puro capricho, não porque ele merece. Tudo bem que ele sofreu, viu seu próprio pai matando sua mãe, mas eu também perdi os meus pais e não me tornei má com o mundo por causa disso. Aliás, a culpa não é do mundo, a culpa é do pai dele, e ele deve culpar todo mundo pelo que aconteceu. Meu pai (Will) nunca falava de seus pais, mas eu já tive uma conversa com ele sobre isso e sobre o seu irmão mais novo, que ele nunca falava sobre ele, mas que sabíamos que ele tinha. O meu pai disse que tinha pena do irmão mais novo, disse que ele presenciou tudo e eu também senti pena, por isso não acho que seja verdade que meu pai tenha culpado Nathan. Talvez Nathan disse a minha mãe que Will o culpava, só para a minha mãe sentir pena e nos abandonar. Ou talvez ele mesmo sinta que a culpa é dele. 

- Eu não acredito que Nathan seja a vítima da história agora! - Ryan opinou depois que contei sobre o que descobri. - Ele pode ter sofrido sim, mas ele devia ter carinho por você ao menos, não? Filha da mulher que ele amava. 

- Eu pensei a mesma coisa. - falei. - Ele nem precisava ter carinho por mim, mas pelo menos me deixar em paz, não tentar me matar. 

- Mas Hayley, você conhecia a mamãe melhor do que eu, você a conhecia. Sabia que ela tinha o coração bom. - Jason disse. - Você acha que ela amaria alguém que fez mal pra ela? 

- Mas essa é a questão - Lizzie disse. - Ele não era mal com a tia Rachel. - ela disse. - Olha, vou ler o que ela disse: 'Ele faz eu me sentir bem, faz eu me sentir importante. A pessoa mais importante do mundo pra ele, como se tudo que ele fizesse girassem em torno de mim, enquanto eu nem ao menos vejo o Will.' - Lizzie deu uma pausa para ver se estavam prestando atenção, e ao ver que sim, ela continuou: - 'Hoje enquanto eu estava aconselhando a Hayley sobre uma desilusão amorosa, ela me disse algo que fez eu acordar: 'Mas mamãe, quem ama não cuida? O Aiden nunca cuidou de mim, ele nunca nem fazia questão de dizer que gostava de mim, enquanto o Ryder todos os dias me dizia que eu era a princesa do seu reino, e que ele lutaria contra todos os dragões para me proteger. Por que você quer que eu fique com o Aiden?''. 

- Quem caralhos é Aiden e Ryder? - Justin perguntou e eu revirei os olhos.

- Onze anos, amor. Onze anos. - falei e o pessoal começou a rir, mas logo Lizzie continuou. 

- 'A minha filha, aos onze anos, me fez perceber que eu podia viver anos com Will, mas nunca teria certeza de que ele me protegeria, enquanto Nathan... eu o conheço, conheço seu coração e sei de tudo que ele faria para não me machucar, ou não me ver machucada. Infelizmente, não mandamos no coração.' - ela finalizou. - Viu, ele era bom com ela. 

- Nós também perdemos pessoas, também sofremos e nem por isso viramos pessoas que anseiam por fazer outra pessoa sofrer. - falei. - Não concordo.

- Mas ele tinha quinze anos, Hayley...

- Eu também! - interrompi Jason. - Eu também tinha quinze anos. E me vi sem pais, sem a minha irmã e se você não tivesse aparecido, eu iria pro orfanato!

- Ele viu o pai dele matando a mãe, Hayley. Isso torna a situação pior. 

- Você vai ter pena dele agora? - comecei a ficar irritada. - Ele bateu em mim, Jason! Ele me bateu diversas vezes! Disse que ia queimar o meu corpo inteiro, mandou pessoas me espancarem! Se não fosse por Ethan e Jacob, eu estaria morta de verdade! MORTA, Jason! Por causa dele! - surtei e Jason abaixou a cabeça. 

Guardei rancor do Nathan. Percebi isso agora. Eu não conseguia sentir pena alguma dele, principalmente depois de lembrar de tudo que ele fez comigo enquanto eu estava lá. Não foram só agressões físicas, e sim emocional também. Era como se ele tivesse pego meu coração, esmagado, pisado, feito qualquer coisa que quisesse, e depois colocou de novo no lado esquerdo do peito. Foi um inferno. Ele ia no meu quarto todos os dias, dizia coisas, fazia coisas e depois saía feliz. 

- Nós vamos dar um fim nele sim. - Chris disse depois do infinito silêncio. - Ninguém aqui, muito menos a Hayley, terá paz enquanto ele ainda ter chance de machucar algum de nós. Não só machucar, e sim acabar. Matar. 

- Ótimo. - respondi sentando no sofá. 

- Você não sente remorso? Ele é o seu pai, Hayley. - Jason era o único que ficou mexido com a história. 

- Ele não é meu pai! - gritei. - Meu pai é o Will! Quem cuidou de mim, quem me ensinou o certo do errado, quem cuidou dos meus machucados foi o Will e não o Nathan! 

- Contraditório, não? Porque você reclamava bastante do papai quando ele obrigava você a fazer algo que não queria. 

- Pais são pais, Jason. Não ficamos felizes com eles 100% do tempo. Pelo contrário, sentimos muita raiva, principalmente quando querem controlar nossa vida, mas esse é o ponto. Sentimos assim com os pais. Faz parte do relacionamento de pai e filho. - falei. - Você quer viver com risco, Jason? Quer viver com o risco de não acordar amanhã porque ele mandou te explodir? Quer viver com o riso de ficar sem alguém que está nessa sala? Sem a Caitlin? Qual foi o motivo mesmo que você a mandou pra longe? Pra protegê-la, ok. Mas de quem? 

Ele ficou quieto, percebendo que eu estava certa. 

- Não vamos mais falar nisso. - Chaz disse. - Vocês não tem curiosidade nenhuma de saber como essa belezinha pode nos deixar bilionários? - ele pegou o meu colar na mão. 

- Com certeza. - Ryan disse pegando o colar da mão de Chaz. - Aliás, onde fica tudo isso? 

- Pode ter alguma coisa no diário da minha mãe, mas terá um tempo até eu encontrar. - falei. - Mas eu tenho certeza que não é aqui nos Estados Unidos. 

- Será? 

- Ele não colocaria aqui sabendo que Nathan poderia roubá-lo. - Jason respondeu Chaz. 

- Eu também acho que não. - falei. Peguei o colar e coloquei no pescoço novamente, me sentia incompleta sem ele. 

- Ele não seria idiota. - Jason disse. 

- Mas talvez...

Fui interrompida pelo barulho ensurdecedor das janelas se quebrando pelos tiros. Todo mundo se jogou no chão e Cameron e Justin ficaram me protegendo com seus corpos. Cameron e Justin tiveram que se afastar para pegar suas armas, então senti meu braço sendo puxado com força, me fazendo levantar e assim, todos também levantaram. 

- Deixem as armas no chão. - o que me segurava disse e apontou a arma na minha cabeça. 

Os outros cinco homens, vestidos de preto e com máscaras ficaram procurando por algo nas mesas, na cozinha e por toda a nossa pesquisa sobre o colar. Percebi que os meninos estavam arquitetando um jeito de me tirar dali, mas eu já estava tão acostumada com arma apontada pra minha cabeça, que nem estava me preocupando em sair dali agora. 

- O que vocês estão tentando achar? - perguntei. 

- Cala a boca! - o que estava me segurando disse dando um tranco no meu braço e encostou o cano da arma em minha cabeça.

- No pescoço dela! - o outro disse e automaticamente, todos olharam para o meu pescoço. 

Um deles arrancou o colar do meu pescoço e enquanto eles saíam, o que me segurava me levou até a porta, então me empurrou pro chão e saiu correndo. Justin e Lizzie vieram me ajudar a levantar, e os meninos se entreolharam pensando na mesma coisa: 

- Ele sabe. 

Ele sabe que eu estou viva. Ele sabe do colar. Ele sabe de tudo. 

- Vamos planejar a morte desse filho da puta. - Jason disse enquanto passava a mão no meu cabelo e me deu um beijo na testa. 

- Ninguém se machucou, né? - perguntei. 

- Você ainda pergunta? Você está bem? - Kelsey perguntou. 

- Sim, ele só me usou pra vocês não pegarem as armas. 

- Pensei que fôssemos te perder de verdade, Allison.  Graças a Deus. - Lizzie disse suspirando e vindo me abraçar de novo. 

- Vamos planejar logo isso antes que ele encontre a fortuna e leve tudo sozinho. - Ryan disse. 

Todos eles vieram me abraçar e novamente, me dei conta de como eles devem ter ficado com medo de que eu realmente morresse. Eu consegui ver no olhar de todos eles enquanto aquele homem me segurava. O olhar de medo, de susto, de mágoa, de qualquer coisa ruim nesse mundo. 

E eu me lembrei de Megan. Ela ainda deve achar que eu estou morta, e fiquei com uma necessidade absurda de conversar com ela. 

- Eu já volto. - avisei Lizzie e ela assentiu. 

Liguei para o antigo número da Megan, rezando para que ela ainda estivesse com esse número, rezando para que ela me atendesse e dissesse que estava voltando pra casa. Eu estava com medo até que Nathan fosse atrás dela, e talvez por esse motivo, é bom que ela esteja longe. 

- Oi, Megan. - caiu na caixa postal. - Sou eu. Hayley. Eu sei que você pensava que eu não estava mais por aqui, mas eu estou. Eu estou bem, Megan, e eu sinto sua falta. Por favor, volta pra casa. Volta pra mim, volta pro Jason, volta pra gente. - um longo momento em silêncio. - Eu... eu te amo, Megan. Por favor, dê notícias. 

Finalizei a chamada e voltei pra onde todos estavam. 

- Nós vamos precisar da ajuda do seu amiguinho, Hayley. - Justin disse. - Ele sabe onde Nathan está, não sabe? 

- Ethan disse que ele estava em Miami. 

- Ele deve ter mandado fazerem isso, mesmo de longe. - Chris disse. - Hayley, ligue para Ethan porque ele vai participar disso aqui. E Cameron, ligue para Vince. Precisamos de muita gente para o que estamos prestes a fazer. 

- O que estamos prestes a fazer? - Lizzie perguntou assustada. 

- Matar o Nathan, ué. - Chaz disse. - Você e Kelsey vão querer participar? 

- Óbvio! - elas disseram em uníssono. - Mas eu não quero segurar arma nenhuma, nem precisar bater ou matar alguém. - Lizzie disse. 

- Precisamos de Vince. - falei sorrindo. Ele ia ter que ajudar Kelsey e Lizzie com alguns golpes básicos. - Vocês vão ficar bem mesmo com o Ethan aqui?

- Ele te salvou. Somos só agradecidos a ele. - Chris disse. 

- Ótimo. Ele é muito sozinho. - falei. 

- Ah, tadinho!

- Justin, para de maldade! - dei um tapa nele, que riu. 

- Não é maldade, é ironia, patricinha. - Justin disse. 

Eles começaram a falar nas inúmeras possibilidades de acabar com Nathan, mas precisávamos primeiro saber onde ele estava e onde íamos pegá-lo, então nada de resolver até Ethan estiver aqui conosco. E admito que estava adorando saber que Ethan seria nosso cúmplice, que nos ajudaria! Quis isso desde que percebi que ele era uma pessoa boa, uma pessoa que merecia ter uma família. Se eu pudesse, arrumava alguém pra ele agora mesmo! Mas as meninas legais que eu conheço são todas comprometidas. Infelizmente... 


Notas Finais


E aí??? Concordam com o pessoal armar um plano pra dar um fim no Nathan? Comenteeeem! szszsz


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