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História Bring Me To Life (Hiatus) - Shatter me


Escrita por: DinhaLyne

Notas do Autor


Olá seres maravilhosos que não me abandonaram \0/
Demorei mais que o normal pq tinha feito um fodendo capítulo, mas o PC do meu irmão decidiu destruir minha vida... sério, perdi TUDO!!! Os nomes dos capítulos, as frases que eu separei, os pedaços que eu tinha escrito e o meu precioso capítulo de hoje TT
Prometo fazer o meu melhor para recompensa-los!
Boa leitura, amorecos <3
Shatter me = Despedace-me

Capítulo 15 - Shatter me


Abriu os olhos lentamente, não reconhecendo o local em que estava.

A cama era macia e os lençóis brancos, assim como o teto e as paredes do quarto pequeno. Um barulho estranho e ritmado era tu só que podia ser escutado ali.

"Bip... bip... bip..."

Estava tão cansada, que não pôde assemelhar a ordem e os acontecimentos passados, apenas queria saber o porquê de uma agulha estar enterrada na veia de sua mão enquanto outra injetava-lhe um líquido incolor na região do antebraço. E qual era a finalidade daquela máscara de oxigênio e do tubo em sua boca?

Aquilo junto da posição de seu corpo deixavam-na deveras desconfortável. Porém ela duvidava que conseguiria mover algo além de seus olhos para se livrar da angústia.

Seu corpo estava pesado e dormente, assim como seu cérebro demorava para raciocinar.

Observou. Era tudo o que lhe restava.

Duas portas. Uma aberta revelando o banheiro impecavelmente limpo e a outra fechada. Seria a saída? De um dos lados da cama havia um criado-mudo com um vaso decorado com flores azuis resistentes ao frio sobre ele e em frente uma cadeira simples. Do outro lado, perto das janelas amplas, um sofá bege. E era apenas isso. Ela e um quarto de hospital.

Já estivera em tantos hospitais que conhecia a arquitetura e a paleta de cores do Belvoir como conhecia seu reflexo no espelho.

A porta de saída se abriu, revelando uma mulher que aparentava trinta anos de idade em seu uniforme de enfermeira.

Ela trazia em mãos uma prancheta e uma maleta, um semblante tranquilo que desapareceu ao constatar que a paciente havia acordado. Ela pareceu empalidecer e tremer antes de sumir pelo corredor em passos rápidos.

E Kaliza ficou ali, sentindo seus olhos pensarem e, mesmo com o desconforto e a curiosidade de seu paradeiro, acabou cedendo novamente à escuridão.

[...]

"Cabe a cada um de nós o próprio resgate"

Quando acordou pela segunda vez, já se sentia menos exausta e mais confortável, sem aqueles equipamentos em sua face.

Suspirou fundo, acomodando-se do jeito que pôde na cama, percebendo enfim a presença ao seu lado na cadeira simples.

-Como se sente? - Ele perguntou com a voz embargada de sono.

-Eu não sei como responder isso... - Ela desviou o olhar para o cateter em sua mão. -Já estive melhor. E você?

-Estou bem. - Ele sorriu carinhoso enquanto apertava o botão ao lado da cama para chamar uma enfermeira.

Parando para analisar, ele parecia não dormir à dias. Mas ao menos estava vivo. E ali, com ela.

-Do que você se lembra? - Ele perguntou enquanto acariciava a mão livre dela.

-Não sei... está tudo confuso e minha cabeça lateja quando tento lembrar.

Spencer ofereceu um copo de água para ela, que prontamente aceitou. A garganta seca deixava sua voz ainda mais rouca.

Observaram-se por curtos minutos antes dela demonstrar com o olhar que queria saber o que tinha acontecido.

-Respire fundo e feche os olhos, tente recordar com calma. - Sugeriu.

E ele já tivera tantos casos assim... porém nunca nutrira um sentimento tão forte pela vítima.

Ela, por sua vez, seguiu as instruções de seu amado. Respirou fundo e pôs-se a pensar, logo sendo preenchida por flashs daquela noite em especial, fazendo seu coração bater aceleradamente e o som da máquina ao lado ficar mais frequente.

-Minhas mãos... Eu não consigo mexer minhas mãos. Estou amarrada. Você está lá, lutando com ela. Eu não posso fazer nada.

-Shh... estou aqui, mantenha a calma.- Sussurrou reconfortante, sabendo que seu estado delicado não permitia grandes alterações no humor.

-Sinto cheiro de sangue e sujeira, gosto de sangue. Minhas mãos doem, estou batendo em alguém. Escuto madeira quebrando. Estou rastejando no chão. Minha perna dói, muito. Tem... tem uma arma na minha mão, vermelgo por toda a parte e vultos escuros, o som de um disparo e...

Nesse momento as pálpebras abriram, revelando os lindos olhos verdes -recém descobertos por Spencer- transbordando lágrimas em um choro desesperado.

-Éris! Minha irmã... está ela está?! Eu não podia deixá-la naquele lugar! Não posso tê-la matado!

Vendo seu desespero, Reid a abraçou, contendo a vontade dela de sair daquela cama e toda a confusão que se formava em seu ser.

-Kaliza. - Chamou, mas ela continuava soluçando e se debatendo enquanto súplicas saíam por seus lábios. - Kaliza! Mantenha a calma, está tudo bem! Eu estou aqui...

E toda a resistência parecia lentamente ir embora enquanto uma enfermeira observava a cena sem saber o que fazer. Apenas a tristeza e a culpa podiam ser escutadas em forma de pranto naquele quarto de hospital.

-Quando você receber alta, poderemos conversar melhor. Até lá, mantenha a calma, por nós dois. Pode fazer isso?

A resposta foi um movimento positivo com a cabeça, e ele soube que não poderia continuar ali por muito tempo.

Ela precisava de repouso. Precisava descansar.

Ansiava por uma pausa daquela insanidade que parecia ter dominado sua vida por inteiro.


Notas Finais


A frase do capítulo é retirada do livro "garota, interrompida" e o nome do hospital é meramente fictício.
Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar suas opiniões e críticas nos comentários (preciso saber o que vcs acham)
<3


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