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História Bro (em pausa) - Tirana


Escrita por: HeJuice

Notas do Autor


Eu sei, podem nos xingar, nós deixamos. Gente, realmente sentimentos muito pela demora, e chegar aqui falando essa mesma ladainha, mas infelizmente, é verdade. Temos escola, outras Fanfics, participamos de blogs etc, e tudo isso toma nosso tempo. Enfim, boa leitura, e espero que não desistam da fic <3

Capítulo 7 - Tirana


 Pov Justin

Eu ainda estava ali, sentado naquela poltrona que, agora era super desconfortável, encarando Ruby dormindo naquela cama de hospital.

Confesso que até agora eu não estou conseguindo acreditar que serei pai, e o pior, pai do filho do meu mano. Isso é muito louco! 

 O médico a meia hora atrás passou aqui para avisar que assim que ela acordasse e ele visse que está tudo nos conformes poderíamos ir para casa. Ouvi um resmungo, e logo olhei para a cama. Ruby estava querendo acordar. Levantei de onde estava e caminhei até a beira da cama. Aos poucos ela abriu os olhos até que sentou e começou a olhar tudo a sua volta.

— Pensei que tivesse morrido. — Brinquei.
   Ela me olhou.

  — Antes fosse. — respondeu e olhou para frente.

Tá, confesso que não esperava essa resposta, mas eu respirei fundo e tentei compreender o lado dela. Porra, as palavras da Julie foram fortes.

 — O médico veio aqui e falou que está tudo bem com o bebê. — Falei tentando puxar assunto.

Ela nada respondeu, somente olhou para sua barriga e a alisou. Era estranho vê-la fazer isso. Sempre imaginei Julie grávida, mas não a Ruby.

   — Eu estou ferrada, não estou? — Olhou para mim.

  — Por que diz isso? — franzi o cenho. Ela riu fraco.

— Olha só para mim. Olha como está minha vida. — Me encarou. — Eu não tenho mais nada, Justin. Tudo foi por água abaixo. — Jogou as mãos para o ar 
 

— Ei, não fica assim. Eu estou aqui, porra. Eu vou cuidar de você e desse bebê. — Acariciei sua barriga.

 — Eu ainda continuo ferrada. — Falou. — Justin, venhamos e convenhamos, você não vai largar sua vida para se dedicar a esse filho. Você não vai largar sua vida de putaria por causa desse filho. — Me encarou. — Você não vai se abster de nada por esse filho. Ao contrário de mim, que já perdi tudo, sem querer, por causa dessa criança que nem era para está aqui. 

Abri a boca para rebater, mas logo fechei. Estava sem palavras para aquele momento. O silêncio reinou no ambiente.

— Essa criança é fruto de uma noite a base de drogas e bebidas alcoólicas. Não estávamos lúcidos quando o fizemos. Porra, não foi assim que eu imaginava ter um filho. — Falou.

 — Não venha me falar que estava totalmente fora de si, porque assim estará mentindo. Tanto eu quanto você, lembramos muito bem da maior parte da transa que tivemos. — Rebati. — E não adianta se queixar, porque essa criança não estava em meus planos, mas mesmo assim, não estou julgando-a, pelo contrário, eu estou disposto a assumir meus deveres de pai.

Ela se calou. Respirei fundo e vi o médico passar pelo e logo entrar no quarto. Ele sorriu gentilmente ao perceber que Ruby já estava acordada, e conversando. Caminhou até nós.

 — Vejo que já está bem melhor, depois do susto que levou. — Sorriu olhando alguma coisa na prancheta, que está a em suas mãos.

— Eu já posso ir embora, doutor? — Ruby perguntou sem ânimo.

 — Sim! — respondeu e sorriu. — Só vou recomendar que comece a fazer o pré natal,  evite fortes emoções. — Arrancou uma folha da prancheta. — Aqui está.— Me entregou uma folha. — Essas são algumas das vitaminas que ela precisa tomar, só por precaução. 

 — Valeu. — Dobrei a folha e coloquei no bolso da calça.

 — Agora você pode se trocar, e ir embora como quiser. — O médico falou para Ruby. — Quando sair é só passar na recepção para dar baixa na fixa de internação. — Falou para mim 

— Ok! 

Ele deu uma última olhada para Ruby e saiu do quarto.

— Sua roupa está aqui. Vista e vamos embora para casa, você precisa descançar de verdade. — Falei.

   Ela assentiu e levantou dificultosamente da cama. Lhe entreguei a roupa, e ela pegou.

 — Pode me dar licença? Aqui não tem banheiro e eu tenho que trocar se roupa. — Pediu

 — Para de fogo, Ruby. — Bufei. — Já vi tudo que tem aí, e eu sou seu mano. 

 — E agora pai do meu filho. — Resmungou e virou de costas. 

***

Em menos de meia hora, já havíamos saído do hospital, dado baixa na internação, e estávamos quase chegando em casa. Quando o relógio marcou exatamente duas horas da tarde, eu estava estacionando em frente à minha casa. 

Descemos do carro, eu quis ajuda-la, mas o orgulho dela foi maior, e me ignorou com sucesso. Resolvemos não passar na casa da Julie, faríamos isso juntos, e depois. 

Caminhamos até a porta de casa em silêncio.
Eu entrei, e dei de cara com os garotos esparramados no sofá da sala. Quando a viram entrar, logo levantaram.

 — Ué, Rose! — Ryan exclamou. — Pensei que iria para casa com a Julie.

 — Eu também. — Chris falou.

— Longa história! — Falei.

Ela caminhou até o sofá mais próximo é se jogou no mesmo.

 — To louco pra saber. — Chaz chegou para perto dela. — Conta pra gente, Rose.

   Ela o olhou com desgosto, e logo olhou para mim, com aquele olhar de “Conta eu ou conta Você? “, nada falei.

— Estou grávida! — Falou secamente. — Por isso estou aqui.

— WOW! — Eles exclamaram

— Essa criança é da Julie? — Chaz, como sempre, fez uma pergunta idiota.

— Claro que não, seu imbecil. — Ryan nos poupou de responder essa pergunta absurdamente ridícula. — Mulheres não produzem espermatozóides, isso é exclusividade dos homens. 

 — Sei lá. — O olhou. — Vai que o dedo dela é magico e jorra sêmen. — Deu de ombros. — Ou, vai que, ela nasceu homem e fez cirurgia para mudar de sexo. Sempre achei ela meio estranha. 

 — Não viaja, Chaz. — Chris falou. — A pergunta agora é outra. Quem é o pai dessa criança, Ruby? 

 — Eu! — Nã esperei que ela respondesse, e logo dei a resposta.

   Eles me olharam surpresos.

— Ah, mentira! — Chaz falou rindo. — Justin, você é meu herói. — Riu alto. — Além de conseguir arrastar a Ruby para cama, e foder com ela loucamente, completou o pacote engravidando-a? — Riu. — Você é foda!

Ruby logo me olhou com uma cara de quem diz. “ Eu não acredito que você contou para eles.” E eu correspondi com um olhar de “Desculpa”.

— Que louco, mano. — Ryan falou ainda meio aéreo. — E como a Julie reagiu? 

— Foi punk! — Falei. — Ela insultou a Ruby de todas as formas possíveis, e de quebra, quis bater nela. — Falei.

— Mas você não deixou, né? — Chaz perguntou.

— Claro que não. Ta maluco? — Respondi. — Acha que eu vou deixar aquela vadia bater na mãe do meu filho? 

 — É engraçado ouvir o Justin dizer “Meu filho”. — Chris riu fraco.

— O que você quer que eu fale? — O encarei. — Ele é meu filho, porra. 

 — Eu vou subir! — Ruby se pronunciou. 

 — Perai, eu vou junto com você.— Falei. 

— Eu estou grávida, Bieber. Não em estado terminal. — Falou quando estava subindo as escadas. 

Ignorei o comentário agressivo, e a segui rapidamente. Quando ela estava andando pelo corredor, indo para o lado oposto ao meu quarto, a fiz parar, dizendo:

— Infelizmente, desfazemos o seu quarto. — Falei. 

— Droga! — Falou. 

— Dorme no meu quarto. — Falei. 

   Ela olhou para mim, cruzou os braços e riu. 

— Você só pode está brincando, né? — Falou com ironia.

— Não! — Falei como se fosse óbvio. — Você não vai querer dormir com os garotos, né?

Ela balançou a cabeça, e deu de ombros. Pensei que ela iria descer para o primeiro andar novamente. Mas não, ela passou por mim pisando firme, e entrou em meu quarto. A segui. 

Para minha surpresa, ela retirou sua jaqueta, ficando apenas de regata, e sua calça jeans, dando-me visão de sua calcinha box, que mais parecia um short bem curto, e o mesmo apertava sua bunda, a marcando. Mordi o lábio, pensando que, seria difícil dormir com ela ao meu lado. 

— Vai ficar aí, igual um poste? — Perguntou com ironia, tirando-me de meus pensamentos maliciosos. 

— Não seria má ideia ficar admirando a visão. — Ela revirou os olhos. — Lembra quando eu te disse que sempre quis foder uma grávida? — Desta vez, ao invés de rolar os olhos, jogou-me um travesseiro. 

— Você é tão imbecil! — Afundou a cabeça no travesseiro. — Por que lógico você, tinha que ser o pai do meu filho? — Sua voz saiu em um resmungo, e abafada. Confesso que fiquei um pouco mal com aquilo. E, parece que ela percebeu, pelo meu silêncio. — Desculpe, eu não quis dizer isso. 

— Óbvio que não quis, eu vou ser um pai irado. — Me jogo ao seu lado na cama. 

— Justin, como vai ser? Não sabemos absolutamente nada sobre crianças. — Tirou a cabeça do travesseiro, desta vez, me olhando. 

— Isso nem eu sei, mas podemos aprender, certo? Mas não pensa nisso agora, dorme, você tá precisando. — Encarou-me por mais alguns segundos, logo depois fez o que mandei. 

E em um gesto impulsivo, minha mão foi até seu cabelo, e comecei a fazer cafuné na mesma. Quando sua respiração ficou leve, e eu tive certeza que ela dormiu, desferi um beijo em sua cabeça. 

Por um tempo, tentei digerir a situação. Contudo, era quase impossível, eu nunca me imaginei nessa situação, sendo pai e, muito menos, do filho meu mano.

 ***

P.O.V Ruby.

O carro de Justin logo chegou ao nosso destino. Eu repetia para mim mesma que, tudo daria certo, afinal, era uma tarefa simples. Pegar as coisas e ir embora. 

Saímos do carro. Justin me lançou um olhar cúmplice, demonstrando que estava ali, como um suporte. Ele estava diferente nesse tempo, não posso negar. Óbvio que não deixou suas putarias de lado e de pegar meio mundo, mas perguntava a todo momento se eu estava bem, e para mim, pelo menos por hora, bastava. 

Vendo que eu não tinha condições para fazer isso, Justin apertou a campainha. Respirei fundo. Meu coração deu um pulo quando tive visão de Julie na porta. Seu olhar de desgosto ainda estava ali, e pairava sobre mim. 

— O que quer? — Perguntou, seca. 

— Viemos pegar as coisas dela. — Justin respondeu, na mesma rispidez. 

— Agora você tem um porta-voz? — Perguntou, irônica. 

— Sem cena, Julie. Posso pegar minhas coisas logo? — Perguntei. Ela riu nasalando, dando espaço para passarmos. 

— Ele vai te ajudar a pegar suas coisas, ou vocês vão transar na minha casa? Se é que já não fizeram isso. — A olhei chocada com suas palavras. 

— Vai se foder, sua vagabunda. Não viemos aqui pra escutar suas ladainhas de corna, só queremos pegar as coisas dela e deu. — Justin se exaltou. 

— Não se esqueça que você está na minha casa, e eu posso muito bem expulsá-los daqui, além de jogar um ótimo balde de água da minha janela. — Seus olhos transbordavam raiva. 

— Aí eu iria escalar pelos seus chifres e te dar uma bela surra. — Não consegui evitar a risadinha que escapou. Julie abriu e fechou a boca, sem ter o que dizer. 

— Vejo que ele já te arrastou pra laia dele. — Balançou a cabeça em descrença. 

   Ignorei seu comentário, subindo as escadas, logo ouvindo os passos de Justin atrás de mim. 

— Suas coisas então no quarto de hóspedes. — Ela gritou. Senti um aperto no peito, e extremante mal naquela hora.

Rumei até o quarto de hóspedes, coloque as malas que havia trago no chão. Logo jogando minhas roupas nas mesmas, para sair o mais rápido dali. Senti os ombros de Justin esbarrando no meu, e ele começou a me ajudar. 

— Como você conseguiu passar seus dias com aquela puta? — Ele perguntou. Suspirei pesadamente. 

— Qualquer um que fosse traído um dia antes de seu casamento, estaria da mesma forma. — Conclui. 

— Ela continua sendo uma tirana. — Ri. 

   Quando terminamos, descemos com as malas, e quase que Justin não me deixa carregar alguma, ele era completamente exagerado. 

— Justin, vamos. — O apressei, antes que ele começasse outra discussão. 

— Claro. — Sorriu irônico. — Cuidado para não se machucar quando passar na porta, pelos chifres e tals. — Piscou. Ela apenas o mandou um dedo do meio. 

Saímos rapidamente dali, escutando o estrondo que a porta fez quando a mesma a fechou. Carregamos as malas até o carro, logo entrando no mesmo. 

— Você tinha mesmo que provocar? — Perguntei, um pouco exaltada. 

— Eu provoquei? Tem certeza? — Perguntou, irônico. — Eu não vou escutar as provocações daquela mocreia, e não falar nada. 

— Eu não estou em posição pra rebater nada que ela fale. Eu fui a traíra. Eu caguei com tudo. — Esbravejo, colocando o cinto. 

— Quer um Mc’donalds? — Franzo o cenho. 

— Não muda de assunto! — Grito. Esses malditos hormônios do caralho estão me irritando, literalmente. — Quero. — Quase sussurrei, o fazendo rir. 

— Vai ficar uma baleia mesmo! 

— Vai tomar no cu. — Cruzo os braços. 

— Só se for com você, gatinha. — Sorriu, malicioso.

Fiz uma careta. Que tipo de pai eu “escolhi” pro meu filho? 



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