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História Broken - Surprise.


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Hello, hello! Como estão? Espero que estejam bem. Peço perdão pela imensa demora, mas cá estou eu com mais um capítulo. Espero que gostem. MWAH!

*Capítulo ainda não revisado, perdoem-me se houver erros*

Capítulo 11 - Surprise.


Fanfic / Fanfiction Broken - Surprise.

V A L E N T I N A

Os dias estavam se passando tortuosamente lentos. Eu já havia me acostumado com a minha rotina extremamente entediante, mas não poderia dizer que estava vivendo feliz com isso. Em mais de três semanas que estou na casa de Luke, poucas foram ás vezes que trocamos mais que cinco palavras ou não terminamos em um momento de discussão por ele continuar escondendo de mim o paradeiro do meu pai.

O gênio de Luke é algo que jamais irei entender. Um dia, estamos juntos no sofá da sala, ele me leva para o quarto e deixa-me em sua cama, coberta e acomodada da melhor maneira possível. Na manhã seguinte, ele foge de mim como se eu tivesse alguma doença contagiosa ou algo do tipo. Ele cumpria os seus deveres, deixando-me na Universidade e ficando dentro da sala de aula, me vigiando para não armar um novo plano de fuga. Era como se ele fosse a pessoa mais próxima a mim e ao mesmo tempo a mais distante.

Ele continuava seguindo a sua linha de treinamentos comigo. Todos os dias, após as minhas aulas, ele me levava para o mesmo lugar. Estava sendo cansativo tentar, de alguma maneira, aprender a me defender. Ele disse que eu teria que aprender a usar uma arma de fogo, mas eu deixei claro que jamais tocaria em uma arma, tão pouco mataria alguém. E como sempre, sua revolta pela minha maneira de discordar de seus métodos era descontada nos sacos de pancadas pendurado em sua varanda.

Eu sabia que ele não se sentia feliz por ter que cuidar de mim, pois, segundo ele, eu não passo de uma garota mimada. Não o culpo por ter tais pensamentos sobre mim. Afinal, a minha rebeldia não é vista como o desejo de me libertar, mas sim de querer a atenção de todos para mim. Essas foram as palavras proferidas pelo meu pai e por sua adorável noiva.

Mas, o que mais estava me intrigando em Luke eram as suas saídas noturnas. Eu não queria imaginar o que ele fazia durante a noite para voltar após as quatro da manhã para casa, mas após vê-lo limpando cortes em seu rosto e punhos, comecei a deduzir que não eram apenas saídas com namoradas, se tratava de algo além disso. Ele aparentava um cansaço ainda maior do que o normal e as bolsas de olheiras abaixo de seus olhos estavam mais escuras e profundas, denunciando sua completa exaustão. Eu queria confrontá-lo. Eu queria saber o que ele fazia. A minha curiosidade estava me corroendo, mas eu não saberia absoltamente nada se perguntasse.

— Valentina? - ouço a voz de Luke do lado de fora do corredor em frente a porta de seu quarto.

Fecho o meu caderno de desenhos e o deixo em um canto da cama. Levanto-me e ando até porta. Giro a maçaneta e me deparo com o loiro vestido em suas roupas de costume. Ele se afasta da porta e coloca as mãos dentro dos bolsos de sua calça jeans.

— Não quer jantar? - ele pergunta e eu nego com a cabeça. — Eu pedi pizza.

— Estou sem fome.

— Tudo bem. - ele limpa sua garganta e mordisca seu lábio inferior. — Você tem uma ligação.

— É Jake? Eu acabei de falar para ele que irei encontrá-lo em sua casa. - digo e Luke solta o seu lábio vagarosamente.

— Não. É alguém que deseja urgentemente ouvir sua voz. - ele diz e um sorriso aparece em meu rosto.

— É o meu pai? - pergunto esperançosa.

Ele me estende o seu celular.

— Descubra você mesma.

Com isso, apanho o aparelho de sua mão e passo correndo por ele e me sento no sofá da sala. Cruzo minhas pernas e solto um longo suspiro.

— Pai?

— Olá, querida. - sua voz ecoa como música em meus ouvidos.

— Eu sinto tanto sua falta, pai. Porque não me ligou antes?

 Estou passando por momentos difíceis, filha. Após minha aparição em público, acharam melhor eu me manter as escondidas para que evitar que o pior aconteça comigo, com você e com todos ao meu redor.

— Até quando ficará fugindo? O quanto mais terei que ficar dentro dessa aflição por não poder vê-lo?

— Eu não sei, meu amor. - ele suspira. — Acredite, eu queria estar com você.

— Mas não está. E isso está me matando. - digo alterada, controlando a vontade exasperada de chorar.

— Filha, tente me entender...

— Tentar entendê-lo? - solto uma risada sem humor. — Como ousa me pedir algo do tipo? Eu sei que não está sendo fácil para você, mas quanto a mim? Eu não vejo o meu pai há dias. Eu não tenho noticias dele há dias. Eu sequer sei o que está acontecendo com ele. Eu odeio toda essa merda.

 Valentina, não é justo você dizer isso...

— Não é justo? - indago um pouco alto demais. — O que não é justo é você me fazer passar por essa situação.

— Perdoa-me por isso. Eu desejo tanto quanto você poder voltar para casa e vê-la distraída em seu quarto desenhando o dia inteiro.

Fecho os olhos e aperto-os com força.

— Eu quero ao menos ver você, pai. - choramingo baixinho.

— Eu contatarei Luke dentro de alguns dias, marcando um lugar seguro para que eu tenha um tempo com você sem que outras pessoas saibam. - eu consigo sorrir com isso.

— Está falando sério?

— Sim, filha. Eu irei vê-la e tentar lhe explicar um pouco do que está acontecendo. Mas, enquanto isso, terá que me prometer continuar obedecendo o que Luke lhe disser.

— Ele é um pé no saco, pai. - digo com pura frustração e ele solta uma risada abafada do outro lado da linha.

— Ele é um bom rapaz. De todos os seguranças que já tivemos, ele parece ser o único a não ter problemas para lidar com você. - até porque eu que tenho problemas para lidar com ele.

— Você realmente acha que ele é um bom segurança? Quero dizer, você sabe que ele já foi preso, certo?

 As pessoas mudam, querida. Não o julgue pelo seu passado.

— O que ele fez, pai? Eu tenho o direito de saber o passado da pessoa que sempre está ao meu lado.

 Eu tenho que desligar agora. - ele diz, como se fugisse do assunto. Isso não era uma surpresa para mim. — Tenho uma reunião com o departamento policial sobre as investigações.

— Irá demorar para que eu te encontre?

— Eu espero que não. Mas, comporte-se, filha. Eu te amo muito.

— Eu amo você. - sussurro.

Após alguns segundos, ouço o barulho anunciando o fim da ligação.

Encosto minha cabeça no sofá e fecho meus olhos. Eu realmente odiava toda essa situação. Eu queria estar por dentro do que estava acontecendo com o meu pai, e queria ajudá-lo. Luke sabia de tudo, mas ele não me contaria nada.

— Está tudo bem? - sua voz faz com que eu abra os olhos e procure por sua presença.

— Tudo está do jeito de sempre.

— É tudo para a sua segurança, Valentina.

— É claro que sim. - digo em tom de deboche e me levanto.

— Eu terei que sair. Não sei que horas volto.

— Para onde vai?

— Resolver algumas coisas.

— Pode me deixar na casa de Jake?

— Isso não é algo que eu possa fazer, Valentina.

— Você está saindo todos os dias e me deixando sozinha dentro dessa casa. - digo o óbvio, gesticulado com as mãos.

— Eu não confio no seu amigo.

— Você não confia em ninguém! - devolvo.

Ele estreita os olhos para mim e aperta o seu maxilar.

— Aqui há seguranças te vigiando, lá não terá como eu saber que você está dentro de casa e não bancando a garota rebelde.

— Já são mais de nove horas da noite! - grito e ponto para o relógio em sua parede. — Eu só quero dormir com ele. Não me sinto bem ficando dentro desse lugar sem alguém comigo.

— Sentir medo não se parece com você.

— Se importar comigo também não se parece nada com você. - digo, vendo uma sombra assumir seu rosto.

— Certo. - ele desvia o olhar e passa uma de suas mãos por seu cabelo. — Mas se você fugir... Eu juro que a tranco dentro desse apartamento para sequer ver a luz do sol.

— Você não faria isso.

— Não me teste, Ariel. - ele diz e estala o seu pescoço, como se estivesse entediado. — Agora pegue suas coisas. Saímos em dez minutos.

Eu corro para o meu quarto. Digito em meu celular uma rápida e curta mensagem para Jake, o avisando para deixar seu carro pronto do lado de fora da garagem de sua casa. Apanho uma mochila e coloco algumas peças de roupas dentro dela e saio correndo do quarto.

Luke me esperava na porta da sala, encostado no batente enquanto falava no celular. Ao me ver, ele encerra a ligação e guarda o celular dentro de um dos bolsos da sua jaqueta. Abandonamos o apartamento e o prédio.

Entramos em seu carro e ele segue o seu caminho em silêncio. Não precisei dizer o endereço de Jake, pois, de alguma maneira, ele sabia exatamente onde ficava. Levamos pouco mais de quinze minutos para chegarmos. Discretamente, olho pela janela e vejo carro extravagante de Jake do lado de fora da garagem de sua casa.

Saímos do carro e Luke me escoltou até a porta, como se temesse que eu fosse correr como uma louca pelas ruas para longe de sua visão. Toco a campainha da casa de Jake e o loiro logo surge na porta, trajando uma roupa casual.

— Olá, ruiva. - ele me cumprimenta com um beijo no rosto e encara Luke, quando se afasta. —  Olá, gostosão... Quero dizer, Luke! - ele sorri e brinca com a mecha de cabelo sobre sua testa.

Luke olha-o com desdém e apenas assente com a cabeça. Passo para dentro da casa de Jake e fico ao seu lado.

— Estou entregue, segura e sem chances de fugir. Pode seguir seu caminho. - digo e ele estreita os malditos olhos bonitos.

— Pode ficar se quiser. - Jake cantarola.

— Venho pegá-la pela manhã. - diz e olha com reprovação para Jake que estava flertando sem o menor pudor.

— Sim, senhor. - bato continência para ele que revira os olhos e nos dá as costas.

 Entro rapidamente e puxo Jake antes de fechar a porta. Corro até a janela mais próxima e espio pela fresta aberta da cortina. Abro minha mochila rapidamente e retiro um casaco grande. Vejo Luke entrar em seu carro e o colocar novamente na pista.

— Vamos! - dito para Jake que me olha perdido e o puxo pela porta. — Rápido, Jackson!

— O que estamos fazendo? - ele pergunta confuso. — E não me chama de Jackson, mocinha!

Abro a porta do carro com pressa e entro. Jake faz o mesmo e começa a ajeitar os fios do seu cabelo no retrovisor. Olho-o incrédula.

— Jake! Siga o carro de Luke. - ele sobressalta e murmura palavras indecifráveis enquanto gira a chave na ignição do carro e o acelera para alcançar o carro de Luke que já estava dobrando a esquina de sua casa.

— Eu estava achando bom demais para ser verdade esse seu comportamento tranquilo nos últimos dias. - Jake replica, ainda acelerando o carro.

— Eu estou farta de tudo isso. Luke sai de casa todos os dias pela noite e chega quase com o dia amanhecendo. Ele nunca me diz o que foi fazer, porque devo seguir suas malditas regras?

— Porque ele é pago para te manter segura?! - ele me olha de canto.

— Eu não pedi para que o meu pai o colocasse como meu segurança. - resmungo.

— Você está preocupada com ele. - ele afirma.

— O que? - olho-o como se ele tivesse perdido completamente a sua noção e bom senso. — Porque eu me preocuparia com Luke? Ele está me impedindo de viver.

— Da mesma forma que ele se preocupa com você. Após os beijos e o momento no sofá digno de um filme de amor impossível, vocês estão agindo como dois adolescentes que não sabem o que fazer com os sentimentos.

Solto uma risada nervosa e observo o carro de Luke acelerar ao furar o sinal vermelho. Jake faz o mesmo.

— Isso não faz sentido algum. - digo e olho a rua pouco movimentada pela janela ao meu lado. — Ele me odeia. Tudo o que aconteceu foi momentâneo. Nenhum de nós dois desejava aquilo.

— Se pensar dessa maneira faz com que se sinta melhor, tudo bem. Mas, a realidade está bem na sua frente, ruiva. - ele diz e bufa ao ter que furar mais um sinal. — Se eu for multado por quebrar tantas regras de trânsito, saiba que mandarei todas elas para você.

Encosto minha cabeça na janela e começo a pensar no que Jake havia dito sobre o que estava acontecendo entre eu e Luke.

Não teria chances disso ter nexo, certo? Posso ver claramente em seu rosto sua empatia por mim. Ele apenas atura o seu trabalho, por, talvez, precisar do dinheiro para algo. Eu não sei se posso dizer que ele se importa com o meu bem estar ou apenas cumpre as regras como um segurança, mas eu não posso negar que não me senti estranha o vê-lo limpando o sangue de seu rosto no seu banheiro. Eu queria ter corrido até ele e o ajudado, mas sabia que ele recuaria e me jogaria para longe.

Eu queria saber mais sobre Luke. Sua escuridão não me assusta como a maioria das pessoas que o temem. Minha curiosidade parece ser muito maior do que tudo isso.

— Que lugar é esse? - Jake pergunta após alguns minutos na estrada, seguindo Luke e dobrando em todas as esquinas que ele virava com o seu carro.

Ergo minha cabeça e observo a estranha movimentação em uma rua deserta, rodeada aos arredores por árvores, contendo apenas uma espécie de armazém abandonado um pouco mais a frente. A rua estava cheia de carros estacionados e um barulho alto saia de dentro do lugar.

— Eu não faço ideia. - respondo-lhe, engolindo em seco e observando Luke sair de seu carro após estacioná-lo em um local vago. — Vamos descer.

— Valentina, isso não me parece uma boa ideia. - Jake diz e para o seu carro um pouco distante do de Luke. — Nenhuma de suas ideias me parecem boas.

Começo a vestir o meu agasalho e faço um laço com o cindo do próprio em minha cintura.

— Eu só preciso saber o que ele faz aqui, Jake. - digo e não encontro mais Luke. Ele havia seguido até o armazém e desapareceu no meio das pessoas e dos carros. — Temos que entrar naquele lugar.

— Conviver com o gostosão perigoso está te deixando louca, certo? Não sabemos o que tem lá dentro. - Jake profere as palavras que deviam me fazer desistir dessa ideia. Mas isso não acontece.

Abro a porta do carro e saio do veiculo. Ouço a porta de Jake se abrindo e em seguida se fechando. Ele fica ao meu lado e encaramos, ao mesmo tempo, o outro lado da rua, avistando o armazém.

— Eu não acredito que estou fazendo isso. - ele murmura e segura a minha mão.

— Eu te amo por isso. - digo e aperto um pouco sua mão que estava suando.

— Acho bom se lembrar disso no dia do meu aniversário. Não aceito nada menos que um combo exclusivo de joias caras, homens bonitos e muita bebida.

Andamos juntos até o armazém. Várias pessoas gritavam e andavam pelo lado de fora. Um pouco mais a frente, havia uma extensa fila, onde algumas pessoas eram bloqueadas por dois grandes homens. Olho para Jake e o puxo até essa fila, contendo pouco mais de quinze pessoas em nossa frente.

A cada pessoa que tinha sua passagem liberada, a minha respiração parecia se perder. Jake olhava para todos os lados e se pegava distraído ao avistar alguns homens encorpados e cheios de tatuagens que chamavam atenção de muitas pessoas ao fazerem soar os roncos dos motores de seus carros potentes.

Quando chegou a nossa vez, Jake apertou minha mão com tanta força que fez meus dedos doerem. Um dos grandes homens nos olharam de cima abaixo, como se reprovasse cada fibra de nossos corpos.

— Onde está o convite? - um deles pergunta.

— Convite? - questiono com plena confusão.

Os homens se entre olham e olha para nós novamente.

— Sem convite. Sem passagem. - um deles diz com a voz rouca e imponente. — Próximo!

— Não! - grito e me aproximo um pouco mais dos dois que me assustavam pelo tamanho que possuíam, sendo facilmente o dobro da minha altura. — O meu... O meu namorado está lá dentro. Ele me deixou entrar.

— Claro que está. - um deles diz desdenhoso. — Estão atrapalhando a fila. Tenho certeza que as crianças não gostarão de lidar com essas pessoas nervosas por perderem o momento mais esperado do circulo.

— Circulo? - pergunto baixo, mais para mim mesma.

— Cai fora, boneca. - um dos caras atrás de nós grita e muitos concordam.

Jake me arrasta para fora da fila e a mesma segue em frente. Uma garota de cabelos loiros e usando uma roupa extremamente curta, mostra a um dos seguranças a tela do seu celular e quando sua passagem é liberada, ela estoura em sua boca uma bola formada pelo chiclete. As outras pessoas fazem o mesmo, todas mostrando aos seguranças as telas de seus aparelhos e tem as passagens liberadas.

— Diga-me que agora iremos embora. - Jake suplica.

— Não. Nós precisamos entrar. - digo com determinação e olho para o armazém. — Vem comigo!

Arrasto Jake para a lateral do armazém. Olho para todos os pontos, em busca de uma porta ou janela que poderíamos usar para passar, mas não havia nada. Continuo o puxando enquanto tropeço em meus próprios pés, tentando me virar sem iluminação.

— Uma porta! Eu sabia. - digo e continuo puxando sua mão. Ele resmunga quando bate seu pé em algumas pedras, mas me acompanha.

Empurro a grande porta metálica que tinha os dizeres de ''saída de emergência'' um pouco apagadas. Um alto som de música eletrônica se misturava com uma constante gritaria de várias pessoas e alguém narrando algo em um microfone, parecia tomar conta de todo o ambiente interno do armazém.

— Onde estamos? - Jake grita para que eu possa escutá-lo.

— Eu não tenho ideia.

Seguimos por um estreito corredor, ficando cada vez mais próximos do barulho que ouvíamos. Viramos a esquerda e nos deparamos com algo que me fez recuar um pouco para trás.

Havia várias arquibancadas rodeando o local e muitas pessoas sentadas, outras de pé, mas todas gritando. Logo no centro, havia um ringue, exatamente igual ao do local para onde Luke me levava para treinar. Eu não conseguia ver com clareza, porque os rapazes estavam distribuindo socos um no outro, enquanto agiam com agilidade e destreza.

Empurro algumas pessoas que bloqueavam a nossa visão para o lado, até ficarmos frente a frente para o ringue.

Jake olhava boquiaberto para cima do ringue. Eu volto o meu olhar para o ringue, e em questão de segundos, um dos homens é lançado no chão após levar dois socos e uma joelhada em seu abdômen. O homem que narrava tudo no microfone solta um estridente grito e as pessoas vão a loucura.

— Que luta, pessoal! Mas não é surpresa para ninguém, pois ele está de volta ao circulo. - as pessoas gritam em delírio mutuo. Ele puxa o braço do homem que estava inclinado com as mãos nos joelhos e o faz ficar como os lutadores vencedores nas lutas que passavam na televisão. — A vitória dessa noite foi do intocável.

Eu me encolho um pouco com o tumulto que se forma no lugar, enquanto as pessoas gritavam e disparavam palavrões em direção ao ringue. O homem que eu ainda não havia conseguido ver algo que me fizesse reconhecê-lo vira-se de costas e começa a rodar pela lona do ringue, ainda como braço erguido para cima.

Eu engulo em seco ao finalmente perceber coisas que me fariam reconhecê-lo de longe. As tatuagens, as cicatrizes em suas costas e todos os traços daquele homem estavam gravados em minha mente e eu não poderia esquecer nada daquilo. Quando ele vira-se de frente para o exato canto onde eu estava, vejo com clareza o seu rosto e percebo que eu não estava ficando louca. Era mesmo ele.

Nossos olhares se encontram e tudo parece começar a girar mais devagar.

Então era esse o seu segredo. E essa havia sido a minha surpresa. Talvez tivesse sido melhor ter seguido suas regras. 


Notas Finais




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