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História Broken - Living with the danger.


Escrita por: poetyeeun

Notas do Autor


Espero que gostem <3

Capítulo 4 - Living with the danger.


Fanfic / Fanfiction Broken - Living with the danger.

Passei o resto dos meus dias ouvindo gritos e broncas do meu pai. Ele ficou realmente exaltado quando me viu chegando, praticamente arrastada porta adentro por Luke, que não se preocupou com mais nada além de abrir a sua boca para ele e me entregar. Mas, ele não disse ao meu pai que entrei em seu carro e me escondi como uma criminosa. 

Eu não acredito que ele ter omitido parte da verdade seja por se importar com a punição que eu receberia do meu pai, mas em todo caso, ele não saber disso me fez apenas ter dias comuns de discursos longos sobre como seguir regras e as consequências causadas quando elas são quebradas. E claro, o meu pai não poderia deixar fora o fato do meu sequestro repentino e jogar em minha cara, como de costume, que minha imprudência quase levou a nossa família a ruína. 

Hoje é manhã de segunda feira e eu tenho faculdade. O que é bom, pois eu terei um pouco de descanso para a minha mente. Desenhar e pintar é o que realmente me faz bem. Eu perco as horas enquanto traço as folhas de papel ou as telas brancas e sem vida. Ao menos a minha paixão, o meu pai nunca conseguiu tirar de mim. 

— Bom dia. - digo ao entrar na sala de jantar e ver meu pai e Margaret sentados um do lado do outro, mas cada um concentrado em algo além deles mesmos. 

— Bom dia. - a loira murmura sem me olhar. 

— Bom dia, filha. - meu pai diz com a voz rouca. Ele continua chateado comigo, mas ele nunca deixa de demonstrar o seu afeto por mim. 

— Estou de saída. - digo e ele fecha o seu jornal e fixa seus olhos por cima dos óculos de grau em mim. 

— Não vai comer? - pergunto e beberica o seu café.

— Como alguma coisa na lanchonete da universidade. - digo e pego uma maça junto a outras frutas. — Até mais tarde. - grito e giro os meus calcanhares.

Saio de casa e ajeito a minha bolsa em meu ombro. Abro o pequeno bolso lateral e pego a chave do meu carro que foi recuperado há pouco tempo, e sem nem um dano. Destravo o alarme, mas quando meus olhos seguem uma linha direta para o capô do carro, vejo Luke escorado e com os braços cruzados. 

— O que faz aqui? - pergunto ríspida. 

— Não é óbvio? - ergo as sobrancelhas. — Eu vou te levar a universidade. E não será nesse carro. 

— O que? Eu não vou a lugar algum com você. - cruzo os braços. 

— Se eu me lembro bem, da última vez que me disse não, eu precisei agir de maneira... como foi que você disse mesmo? - ele franze o cenho como se pensasse. 

— Indevida? - ele sorri de canto e ergue uma de suas sobrancelhas, que tem um piercing prata atravessado por ela. 

— Exatamente. - ele estala os dedos. — É uma palavra difícil, mas soa bem. 

— Você é tão idiota. - murmuro baixo, mas ele ouve já que assente com a cabeça e se afasta do carro. 

— Eu sei. Mas é esse idiota que irá te levar a universidade, para você não aprontar mais nenhuma rebeldia, garota mimada. - ele diz com um sorriso sacana nos lábios, e eu preciso me controlar para não estapeá-lo até ele pedir demissão e me deixar em paz. 

— Eu não vou com você. Eu vou em meu carro. - digo e ameaço contornar o seu corpo e ir para o meu carro, mas ele segura o meu braço. 

— Não torne as coisas mais difíceis do que elas são, Valentina. 

Sinto-me estúpida, mas uma estranha sensação consome o meu estômago e me causa reações estranhas quando ouço o meu nome sendo pronunciado por ele. Soa tão... Bem?

— Eu não tenho medo de você. - digo e ele ri e manei a cabeça. 

— E esse é o seu erro. - ele diz e eu estremeço com o timbre de sua voz. 

Seus olhos claros estão frios, assim como aparentemente a sua pele e por curiosidade eu queria tocá-lo e saber se ele é completamente frio, como aparenta ser. Mas me controlo. Eu só queria socar o seu rosto. 

— Venha comigo e não me faça te jogar em meus ombros novamente. - ele diz e se afasta, indo em direção a um dos carros dos seguranças. 

Fico algum tempo observando o seu corpo ficar cada vez mais distante e fico um tanto quanto embasbacada por perder um pouco do meu ar com o seu andar perturbador. Ele não usa terno e gravata como todos os seguranças, suas roupas são todas pretas, mas são comuns e caem perfeitamente bem nele. Sua jaqueta preta parece ser sua entrada vip para o clube dos garotos ruins da Califórnia. 

— Valentina, eu não quero despentear o seu cabelo, mas se você não vier agora mesmo... - ele grita e abre a porta do carro, do lado do motorista. 

Bufo alto e em passos largos, alcanço o carro em que ele já estava dentro. Abro a porta e sento-me no banco, coloco a minha bolsa em minhas pernas e cruzo os braços, logo abaixo dos meus seios. Ouço uma risada baixa de Luke, mas quando viro para encará-lo, não há mais rastros de um sorriso sequer. Sua face voltou a ser a fria e indecifrável de antes. 

— Coloque o cinto. - diz e liga o carro. 

— Você não está de cinto. - indago nervosa. 

Você precisa de segurança. Não eu. - ele dá ênfase no ''você'', como se eu fosse uma criança.

Faço o que ele diz e imagino a sua satisfação. 

— Onde estão os outros seguranças? - pergunto quando passamos pelo portão e não somos seguidos por mais ninguém. 

— Eu estou com a responsabilidade de cuidar de você na universidade. - ele diz naturalmente e muda a marcha do carro, acelerando um pouco. 

— Nossa. Fico lisonjeada com isso. - murmuro ironicamente e ouço-o rir mais uma vez, e dessa vez, consigo olhá-lo a tempo de ver o sorriso se desfazendo, tão depressa quanto se formou. 

Ele aperta o volante com suas mãos firmes a calejadas e seguimos o trajeto até a universidade em silêncio. Tateio os botões do rádio, mas Luke afasta a minha mão e desliga no mesmo instante. 

— O que foi? - pergunto irritada. — Não gosta de música?

— Não. - diz simplesmente e para em um sinal que acabara de fechar. 

— Do que você gosta então? - pergunto e ele me olha de canto e umedece seus lábios. 

— Você não gostaria de saber sobre os meus gostos. - ele diz e eu sinto vontade de insistir, mas o seu rosto estava começando a ficar vermelho e as veias de seu pescoço pareciam saltar. 

Fico mais algum tempo em silêncio e me sentindo desconfortável por não saber o que fazer e não ter nada para me distrair. Se irei precisar enfrentar esse tipo de situação todas as manhãs, irei me lembrar de trazer comigo os meus fones de ouvido. 

— Como me encontrou naquela festa? - pergunto e olho-o. 

— Não foi difícil. - diz e eu franzo o cenho. Ele aponta para o meu cabelo. — Digamos que a cor do seu cabelo não passa despercebido pelos lugares. 

— Eu fui cuidadosa. 

— Não, não foi. Me avisaram sobre você pegando um táxi, e não foi difícil te encontrar. Eu só não sabia que estava dentro do meu carro. - ele aperta ainda mais o volante, deixando os nós de seus dedos brancos. — Não preciso lhe avisar novamente para não tocar mais nele, não é?

— Acho que eu já entendi. - balbucio. — Então você me seguiu?

Ele fica algum tempo em silêncio e estaciona o carro em uma das localidades livres da universidade. Suspiro ao perceber que vários alunos estavam perambulando pela entrada.

— Esse é o meu trabalho. - diz e abre a porta do carro. Faço o mesmo e retiro o cinto de segurança, saltando para fora em seguida. 

Em passos largos, atravesso a rua e piso na calçada que me levava para a entrada da universidade. Percebo os olhares todos pairados em mim, sinto-me constrangida no mesmo instante. Muitas pessoas me olham assim, todos os dias, mas nunca tive uma plateia para acompanhar cada um dos meus passos. Degrau por degrau. Principalmente os olhares femininos. 

Quando piso no último degrau, vejo os sorrisinhos das garotas para algo atrás de mim. Olho para a direção em que olhavam e vejo Luke me seguindo, como se fosse a minha própria sombra. Passo pela porta da universidade e ele tenta fazer o mesmo, mas é barrado pelo detector de metais. 

— O que está fazendo? - pergunto quando ele bufa irritado com o detector. 

Com tantos piercings em sua pele, eu não estranho o detector ter apitado para ele. Um dos seguranças da universidade vem em nossa direção e eu sinto o meu rosto queimar, todos murmuram baixo sobre o acontecimento e eu me sinto como um animal de espécie rara em exibição no zoológico. 

— Abra os braços, senhor. - o segurança diz para Luke que abre os braços, sem deixar a sua marra de lado. 

Aperto as alças da minha bolsa quando o detector apita em seu rosto, mas o segurança percebe que é pelas pequenas coisas de metal espalhadas em seu rosto. Mas quando cai em sua cintura apita com intensidade, Luke revira os olhos e tira de lá um isqueiro prateado, uma arma e um canivete. Todos abrem as bocas, espantados, e eu só desejo cavar um buraco fundo e me esconder. 

O segurança fica ainda mais sério e leva o detector portátil para as partes mais baixas de Luke e quando apita, algumas pessoas riem e algumas garotas parecem chocadas, assim como eu. Luke abre um sorriso satisfeito e eu engulo em seco. Ele tem algo metálico... Lá em baixo?

— Quer conferir se é alguma outra arma? - Luke diz em tom zombeteiro. — Pode realmente ser uma arma bem destrutiva, mas não acho que seja como essas. 

O segurança parece engasgar-se com sua saliva, mas não deixa seu porte durão cair. Ele guarda o detector em sua cintura e segura o braço de Luke, o arrastando para o lado, em direção as escadas do gabinete da reitoria da universidade. 

Os olhares continuam em mim, e eu apenas deixo o meu cabelo cair em meu rosto e sigo em passo apressados para a minha sala de aula, evitando ao máximo qualquer contato visual com os fofoqueiros de plantão. 

Entro em minha sala e me sento no meu lugar de sempre, nem muito na frente e nem muito no fundo, apenas no canto de uma das paredes. Logo a senhorita Parker entra na sala de aula com o seu sorriso cativante de todas as manhãs e da inicio a sua aula, nos explicando sobre as teorias artísticas dos séculos passados e deixando claro alguns fatos da atualidade. Anoto tudo o que acho importante, e as sala estava em silêncio, até que uma estranha movimentação e comentários começam a soar e agitar o lugar. 

Olho para trás, tentando entender o que estava acontecendo, e vejo quem eu menos gostaria. Luke estava sentado em uma das cadeiras do fundo da sala, com as pernas esticadas e com os braços cruzados atrás de sua cabeça. Sinto o meu sangue ferver com sua audácia. 

Seus olhos se encontram com os meus, e sutilmente, para ele, acena em minha direção e joga uma piscadela para um grupo de garotas que estavam prestes a ficarem nuas ali mesmo se ele as pedisse. 

Aperto o meu lápis em minha mão e viro-me para frete, praguejo aquele loiro insuportavelmente bonito e arrogante, e atraio alguns olhares ainda mais curiosos que o ocorrido desagradável de mais cedo. 

As próximas aulas passam depressa e eu não tenho a última aula, pois o professor Dallas estava com uma licença. Saio apressada da sala, para despistar Luke e encontrar Jake e Madison. Entro na lanchonete e procuro-os por todo o lugar, até encontrar o cabelo escuro de Madison. 

— Ei. - ela diz ao me ver. — Pedi o seu café e suas rosquinhas. - diz e eu sorrio de canto. 

— Obrigada. - sento-me e olho ao redor, não avistando a minha sombra por nenhum lugar. 

— Quem é o pedaço de mal caminho ilegal que chegou com você? - Jake diz depressa, fazendo com que eu e Madison sobressaltássemos das cadeiras. 

— De onde você veio? - Madison pergunta com uma das mãos em seu peito. 

— Como você sabe disso? 

— Não mude de assunto. Eu faço as perguntas aqui. - ele diz e se senta ao meu lado. — Eu sei que ele é gostoso e que a senhorita Parker não conseguiu dar aula essa manhã, pois as garotas estavam incendiando aquela sala. 

Reviro os olhos e afundo-me na cadeira. Jake sempre sabe de tudo e eu me pergunto como, pois sua sala de aula é na parte B da universidade e sempre que há algo novo, ele sabe, antes de qualquer outra pessoa. Questiono-me se ele escolheu fazer jornalismo justamente por isso, e se for, tenho certeza que levará muito jeito com essa profissão.

— É o meu segurança. - digo e ele começa a dizer várias expressões que ouve nas boates gays que frequenta. 

— Você tem um segurança gostou e com menos de trinta anos e não me disse? Garota, eu estou oficialmente de mudança para a sua casa. - ele diz eufórico e eu bufo. Madison ri e começa a digitar em seu celular. 

Vejo as atenções sendo voltadas para algo na porta e não preciso olhar, pois a expressão de Jake va, literalmente, ao chão. 

— Oh. Meu. Deus! - ele começa a pular em sua cadeira. — Aquele é Luke Hemmings? 

— Sim? - indago confusa. 

— Ruiva, você está ferrada. 

Jake me puxa para perto dele e Madison se aproxima, com curiosidade. Essa era a maneira de Jake contar um segredo, nada gentil ou calmo, mas ao menos ele sabia falar baixo. Quando queria.

— Vocês nunca ouviram falar sobre ele? - negamos com a cabeça. — Ouvi boatos que ele foi preso no ano passado. 

— Por quê? - pergunto. Jake nos junta ainda mais perto dele.

— Ele sempre andou com uma turma barra pesada. Ele é um lutador ilegal. Disseram que ele matou um cara. - diz e eu engulo em seco. — Ele já passou por três reformatórios quando era mais novo. E ano passado foi acusado de cometer um assassinato, ficou na cadeia por alguns meses e não sei como conseguiu sair.

Madison se afasta com as mãos em sua boca. Eu estou um pouco atônita com tudo isso. 

— Como sabe sobre isso? - pergunto a Jake que pega uma das minhas rosquinhas e faz careta quando dou um tapa em sua mão. 

— Não é algo surreal, mas vejo que muita gente aqui não o conhece. - ele olha para os lados e abaixa o tom de voz. — E o fato dele transportar armas letais dentro das calças, o torna um perigo para toda a universidade. Tome cuidado com o segurança perigoso e gostoso.

Eu sei que Luke não me parece ser o tipo de garoto certinho, que frequentava a igreja com a família ou restaurantes ao invés de bares, mas um assassino? O meu pai não colocaria alguém com ficha na policia para cuidar de mim. 

Jake joga o seu cabelo loiro para trás e olha na direção de Luke. Acompanho o seu olhar e vejo-o sentar-se sozinho em uma mesa, logo atrás da minha. Ele me olha, mas sua expressão está impassível. Suas sobrancelhas estão em uma linha reta e ele morde o seu lábio inferior, exatamente no lugar onde há um belo piercing escuro. 

Após uma luta interna da minha razão contra a minha curiosidade, desvio o meu olhar do seu e começo a mexer em meu café no meu copo. Madison e Jake começam a conversar sobre o que eu perdi quando fui embora da festa e eu presto atenção somente nos primeiros detalhes, pois a minha mente me leva apenas para as palavras de Jake. 

Terminamos o nosso café e cada um de nós fez o seu caminho. Jake ainda teria uma aula e Madison sai comigo da lanchonete. As pessoas ainda falavam de Luke nos corredores e eu não conseguia ouvir muita coisa, mas os comentários eram do quão perigoso ele era aos de como ele era gostoso e cada uma das garotas pensavam em fazer loucuras para ele e com ele. 

Quando desço os últimos degraus, abraço Madison rapidamente e ela sai cantarolando até o seu carro. Olho para frente e vejo Luke parado, encostado na lataria do carro que viemos, mas agora ele estava com um cigarro no meio de seus lábios, soltando a fumaça com cheiro desagradável, despreocupado e até mesmo distraído. 

— Isso é nojento. - murmuro e aponto para o seu cigarro. 

Ele ri fraco e tira-o dos lábios, jogando-o no chão e pisando em cima. Ele passa a mão por seu cabelo, em uma tentativa falha de ajeitar os fios naturalmente rebeldes e espetados para cima. 

Ele abre a boca para balbuciar algo, mas é interrompido pela presença de Jude. 

— Ei, Val. - ele diz com um sorriso enorme. 

Jude é o meu ex-namorado. Conhecemos-nos em uma das conferências do meu pai, começamos a trocar mensagens e nos falávamos por ligações. Saímos algumas vezes, e chegamos a namorar, mas ele não era a boa pessoa que eu pensava. Ele me traiu com uma das veteranas da universidade, assim que ele iniciou aqui. Ele me pediu perdão, e eu deixei tudo isso de lado, mas ele não. Tudo o que ele fez nos últimos meses.

— Oi, Jude. - forço um sorriso. 

Ele ignora completamente a presença de Luke e se aproxima de mim, como faz em todas as vezes que me vê. 

— Não te vi na festa de Jax. Procurei pro você em todos os lugares. - diz e eu controlo a minha vontade de revirar os olhos. 

Segundo Jake, o orgulho de Jude está ferido e ele não consegue conter a raiva que sente de mim por eu ter seguido em frente sem derramar uma lágrima sequer por ele. Eu não costumo chorar facilmente. E garotos não entram na minha lista de motivos para me fazer chorar. 

— Eu tive que ir embora mais cedo. - minto. 

Ele sorri e passa a mão por seu cabelo escuro. 

— Nesse final de semana vai ter uma festa da minha fraternidade. Você quer ir comigo? 

Dou um passo para trás e dou uma risada fraca. 

— Jude, eu não acho que isso é uma boa ideia. Eu já lhe expliquei a situação, e...

— Qual é, Val? Pensei que fossemos amigos. - diz e eu realmente sinto vontade de rir. 

— Nós não somos amigos, Jude. Eu deixei aquilo tudo de lado, mas não quero que misture as coisas. 

— Eu gosto de verdade de você. - ele dá dois passos para frente. — Sai comigo. Deixa eu te provar que eu mudei e...

— Jude, não. - empurro o seu peito e ele segura o meu pulso, sem colocar força, mas foi o suficiente para eu ficar com raiva e alguém atrás de nós intervir. 

— Ela disse não. - a voz rouca de Luke assusta a nós dois. 

— E quem é você? - Jude pergunta com desdém. 

— Alguém que você não vai gostar de ter por perto. - Luke diz de maneira assustadora. Ele olha para a mão de Jude contornando o meu pulso e eu arfo quando ele encara o moreno como se estivesse pronto para matá-lo. 

— Não acredito que você me trocou por esse bandido. - Jude diz, parecendo ter reconhecimento de quem estava em sua frente. 

Luke solta uma risada sarcástica e se aproxima ainda mais de nós. Jude solta o meu braço e o loiro me empurra para trás, sem se importar em seu educado. 

— É bom você saber quem eu sou. E é ainda melhor você manter suas mãos longe dela. - Luke se aproxima ainda mais de seu rosto e sussurra. — Estamos entendidos ou eu terei que deixar um lembrete? Talvez um osso quebrado lhe faça recordar? 

O meu coração acelera. Ele ameaçou bater em Jude? Talvez, matá-lo? 

Lembro de tudo o que Jake disse sobre ele e temo o pior. 

— Luke... - chamo-o, mas não recebo a sua atenção. 

Ele e Jude estão se encarando como dois cães raivosos, prontos para atacar um ao outro. 

Luke estala o seu pescoço e Jude recua alguns passos para trás. Ele me olha e faz o seu caminho de volta, se esbarrando com algumas pessoas em seu caminho, e não se preocupa em se desculpar. 

Com a respiração acelerada e com a pulsação a mil, espero Luke se virar e dizer algo, mas ele não faz. Quando finalmente vejo o seu rosto, está mais sombrio que de costume. Ele me encara por longos segundos e logo desvia o olhar. Ele contorna o carro e entra no lado do motorista. 

Eu puxo o ar para meus pulmões e faço o mesmo, me sentando no banco ao seu lado. Ele liga o rádio do carro e coloca em uma música de rock pesado que eu não conseguia entender a letra. Olho para Luke, um pouco assustada, ele nada diz e nada demonstra. 

Luke tem segredos e parecem ser mais obscuros que eu imaginava. Se ele não quer estar trabalhando em minha casa, sendo bom, porque ele está lá? Ele podia não ter me salvado, mas salvou. O que ele esconde por trás de sua casca? 

São perguntas que eu não terei respostas se depender dele. Algo em mim me alerta para ficar longe dele, mas ao mesmo tempo, parte de mim quer desvendar o que ele tem por trás de sua frieza. E eu acho que mais uma vez a minha curiosidade irá ganhar, e talvez, eu perca. 


Notas Finais




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