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História Broken - Desejo


Escrita por: LadyWritter

Notas do Autor


Já vou me desculpar previamente pela demora nos próximos capítulos~
Estou com uns problemas pessoais e também tenho que escrever mais capítulos. Estou finalizando o 6 ainda. Bem.. É isso.. Espero que gostem~
Me desculpem novamente :^((

QUASE ESQUECI DE AGRADECER PELOS 100 COMENTS
VCS SÃO LINDOS
EU Q N SOU

Capítulo 5 - Desejo


Fanfic / Fanfiction Broken - Desejo

Marinette sempre gostou muito de estrelas.

Quando tinha cinco anos, subiu pela clarabóia de seu quarto e viu com seus pais a única estrela cadente que até então sua vida havia permitido.

Seus olhos nunca tinham avistado uma coisa tão bonita. E diante de tanta inocência, imaginava que agora era uma menina especial apenas por tê-la visto. 

Seus pais sempre disseram que o céu concedia desejos aos humanos e depois de ler tantos contos de fadas, ela realmente tinha fé nisso. Pensou então no  deveria pedir. Talvez um unicórnio rosa ou quem sabe uma boneca que tinha visto numa revista um dia desses.

Lembrou-se, por fim, do que sempre perguntava ao pai quando ele lia sua história preferida: Cinderela.

"Papai, esse príncipe existe mesmo?"

Tom sempre soltava aquela calorosa risada e acariciava a cabeleira azulada da filha com carinho.

"É claro que existe, filha. Eu não sou o príncipe da sua mãe?"

"É mesmo, papai? Então, eu também tenho um?"

"É claro, querida. E ele está te procurando por aí."

"Assim como o príncipe da Cinderela?"

"Assim como o príncipe da Cinderela."

E enquanto aquele ponto brilhoso caía, a pequena Marinette se perguntava se seu príncipe era tão bonito quanto o das histórias. Pediu então, naquela noite, que ele a encontrasse logo.

[...]

 - Por que isto teve de acontecer, Plagg? - O loiro escondia o rosto contra um travesseiro enquanto ouvia as retrucadas de seu kwami.

Faziam algumas horas que havia retornado para casa depois daquele incidente todo e mesmo assim, não conseguia sentir-se nem um pouco mais relaxado. A ideia de que não veria Marinette no dia seguinte, na semana seguinte nem no mês seguinte era algo perturbador.

Plagg estava tão preocupado quanto ele, principalmente pelo fato de saber certos fatos sobre a azulada que o loiro desconhecia. No entanto, o kwami não podia, em hipótese alguma, deixar seu portador ficar tão abalado daquela forma.

 - Adrien, não foi sua culpa.

 - É claro que foi! Eu não sou o aclamado herói de Paris?! - O adolescente explodiu de forma repentina, sentando-se em sua cama. Camadas de mágoa, ódio e ressentimento pareciam tomar conta de si. - Eu sei que não sou como a Ladybug, mas ainda sim...

Plagg não queria que o assunto chegasse em Ladybug, mas sabia que seria inútil tentar fugir daquilo. Adrien amava aquela heroína. Sentia-se menor que ela. Queria estar ao nível dela.

Por tais motivos, nunca contaria que Ladybug agora estava em coma.

 - Pare com isso. Você é parceiro dela. Não é melhor nem pior. É tão necessário para a luta contra os akumas quanto ela. - Suspirou levemente. 

 - Tenho certeza que Ladybug teria salvado Marinette. - Falou por fim o que estava em sua mente e um silêncio se estabeleceu entre os dois.

Ladybug não teria como fazer isso.

Nunca teria como fazer isso.

Isso era uma verdade tão dura. Tão triste. Plagg queria chorar, mas se perguntava se kwamis teriam tais habilidades.

 - Adrien... - Tentou confortar o outro, até que foi interrompido pelo mesmo. 

 - Plagg, mostrar as garras!

E num brilho de luz verde, Adrien Agreste havia agora se transformado num gato negro e amargurado.

[...]

Tikki não estava bem. 

Nem um pouco.

Queria gritar. Gritar até as cordas estourarem. Gritar até ser salva daquele desespero que sentia consumi-la. 

Marinette deveria saber que a kwami era inútil sem ela. Que era a única amiga viva dela. E agora, sentia-se tão só que chegava a doer.

A pequena não entendia. Era só um dia normal, não é? Marinette sempre se atrasava pra escola. Então... Então, por que estavam naquele hospital? Por que a azulada ainda não tinha acordado?

Desde que chegaram ali, Tikki havia se escondido atrás de alguns medicamentos, ficando furtivamente nas sombras.

Estava imóvel.

Os olhos azuis a brilharem naquela solidão repentina.

A paralisia que corria por suas veias parecia se intesificar ao ouvir aquele choro levemente familiar. Quem... Quem era?

 - Por que isso teve de acontecer conosco, Tom? - Com um excesso descomunal de soluços, a bondosa senhora se fez presente.

Algo muito ruim tinha acontecido.

Isso era evidente.

E Tikki simplesmente queria compreender o porquê do coração estar tão pesado.

 - Seja forte, querida... Tenho certeza que tudo isso vai melhorar.

 - Pare de mentir, Tom...! Nós dois sabemos o quanto já estava difícil cuidar da padaria antes, mesmo com nossa pequena. E agora, sem ela..

 - Sabine... Não fale essas coisas. Marinette não gostaria de te ouvir sendo tão negativa. Nós vamos conseguir.

 - ...Você sabe que eu nunca gostei de mentir para nossa filha. Eu nunca... Quis que mentíssemos tanto.

 - Não tivemos escolha. Não podíamos desapontá-la.

 -...T-Tom.

 - Diga, amor.

 - Eu quero poder contar tudo para ela quando acordar. Quero dizer... Ela vai acordar, não é?

 Um receio mostrou-se evidente ao responder a mulher, durando torturantes segundos.

- ...Mas é claro que vai.

[...]

Chat Noir não tinha nenhum motivo aparente para estar pulando de telhado em telhado.

Nenhum akumatizado havia aparecido, muito menos sua parceira Ladybug.  No entanto, ser um herói incluía não ser questionado por civis sobre suas ações e isso era algo que gostava.

Queria viver sem questionamentos o máximo de tempo possível. Por isso, gostava tanto de seu alterego. Era uma parte sua que tinha o direito de liberdade. 

Liberdade na íntegra.

Contudo, naquele momento, o loiro não parecia expressar nenhum contentamento. Nenhuma felicidade por trás da máscara. Nada.

Quase como se o gatuno brincalhão de sempre nem morasse mais naquele corpo.

Ali havia uma pessoa imersa nas próprias decepções. Um herói cansado de si mesmo. Frustado com o fato de nunca ser bom o suficiente.

Era tão louco por sua própria liberdade que se esquecia que com ela vinha o dever de proteger parienses. E quando não esquecia, simplesmente era tão fraco que era ofuscado pela joaninha mais conhecida da cidade.

Era uma vergonha como herói. Não tinha nem como ser fã do próprio alterego. Preferia se esconder junto com os fãs de Ladybug. Assim, teria orgulho de algo.

Mas, dele? Não. Chat Noir não era um motivo de orgulho. Era só uma liberação idiota. Algo bom para si, porém imbecil para todos.

E mesmo assim, Marinette ainda conseguia gostar daquele cara idiota. Conseguia defendê-lo quando só falavam de sua Lady.

Marinette era sua única fã de verdade.

E ele havia a decepcionado.

Chat não segurou sua raiva quando ela veio.

Gritou.

Gritou de novo.

Paris o olhou.

E ele ignorou.

Como sempre foi ignorado.


Notas Finais


Gostaram?
Amaram?
Odiaram?
Comenta pra eu saber *^*
Leio todos e respondo com muito carinho~


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