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História Broken - Descoberta


Escrita por: LadyWritter

Notas do Autor


FIQUEI INSPIRADA GRAÇA ÀS NOITES DE INSÔNIA E TROUXE UM CAPÍTULO FRESQUINHO PRA VOCÊS ☆

Vou avisando que pra mim, esse até agora é o capítulo mais triste de todos. Então, não me culpem :^((

Boa leitura~♡

Capítulo 7 - Descoberta


Fanfic / Fanfiction Broken - Descoberta

"Invejar a felicidade alheia é loucura: não nos saberíamos servir dela. A felicidade não se quer de confecção, mas sob medida."

(André Gide)

 

A palavra "akuma" retumbava em sua cabeça sem parar, quase tomando as rédeas de suas ações. Obviamente, não era a primeira vez que lidava com situações como aquela, no entanto sua distração quase fez tudo ir por água abaixo.

Com um movimento rápido, pegou a bolsa de alça e a jogou por cima do ombro. 

Precisava se transformar. Precisava pensar bem rápido onde podia fazer aquilo sem ser pego. E pelo visto, os banheiros não eram uma opção.

 A ponto de sair da sala, seguindo aquele fluxo de alunos desesperados, sentiu algo segurando sua mão e travou rapidamente o corpo. 

 - Adrien, nós temos que salvar a Alya! Ela pode estar em sérios problemas! - Nino quase mandou, cheio de convicção.

 - Não podemos nos meter nisso. Não somos heróis. Nem sabemos o que está acontecendo. É melhor que a gente fuja d--!

O loiro sentiu o rosto arder. Sabia que havia recebido um soco. Um bem forte, por sinal. Não refutou.

 - É da Alya de quem nós estamos falando! Ela não tinha nada a ver com os problemas da Chloe e da Sabrina e mesmo assim, foi ajudar! 

 - Mas nós só vamos piorar as coisas se tentarmos fazer algo! Melhor causarmos menos problemas pro Chat Noir e pra Ladyb--

  - Você acha mesmo que se a Marinette estivesse aqui, ela não faria algo pela melhor amiga dela?

Pela primeira vez, Adrien foi silenciado. Tocar num assunto tão frágil em um momento tão crítico não o fez racionar direito. Nem responder a altura.

Sua mente ficou cinza. Enevoada. Confusa. O que Marinette faria se estivesse na mesma situação que ele? Ela iria mesmo cometer uma loucura daquelas?

 - Olha, Nino.. Independente do que ela faria, a gente não deve arriscar. Seria muito ruim se...

Foi quando percebeu que seu melhor amigo já tinha ido embora há muito tempo. E se ele não se transformasse logo, seria tarde demais para qualquer coisa.

 

[...]

 

Assim que colocou os pés na enfermaria, Plagg voou para fora daquela bolsa abafada e com cheiro de Camembert.

  - Plagg, temos que nos transformar rápido!

  - Adrien, não faça isso. Você não pode. 

O loiro soltou uma espécie de risada nervosa, não entendendo a situação. Às vezes, seu kwami soltava algumas piadas para conseguir mais queijo, no entanto ele parecia ter um semblante sério daquela vez.

  - Plagg, eu arranjo seu queijo fedido depois. - Estreitou o olhar.

  - Estou falando sério. Não vire o Chat Noir hoje. Precisamos visitar o Guardião primeiro.

  - Guardião? Mas por quê? E onde fica isso? Plagg, espero que não seja mais uma brincadeira de mau-gosto sua!

  - Não posso te contar o motivo, garoto. Você ficaria arrasado. E essa é a última coisa que eu quero ver. - Plagg pareceu ficar um pouco apreensivo.

O loiro estava quase a concordar com a ideia de seu kwami quando ouviu o seu melhor amigo aos berros. Lembrou então o motivo de querer se transformar tão urgentemente.

  - Esse Guardião vai ter que esperar.

  - Adrien, não! Você não pode...!

  - Plagg, mostrar as garras!

Chat Noir mal podia esperar pela maldita revelação que viria logo a seguir.

 

[...]

 

  - Que lembranças patéticas. Preciso de algo melhor do que isso pra me sentir feliz. - Ela riu. Riu alto. Riu com gosto.

Seus passos ecoaram pelos corredores, quase como numa sentença de morte. Enquanto um sorriso sinistro se formava em seu rosto. Sentia-se mais poderosa. Quase imbatível.

Nino foi sua terceira vítima. E a akumatizada não reclamou da entrada "heróica" dele. Chegou a apreciar. Da mesma forma, que um aranha observa sua presa antes de se deliciar com ela.

Ainda podia sentir os arrepios percorrendo o corpo. Podia lembrar dos gritos de desespero dele, implorando para que ela o largasse. Lembrava-se melhor ainda da alegria suculenta que havia roubado dele.

 

Sim, essa era sua habilidade.

Roubar dos outros o que não ela tinha.

Literalmente sugar momentos felizes para saciar a própria sede.

E essa sede só fazia tudo piorar em sua cabeça. Só a fazia querer se sentir mais poderosa

 

As lembranças felizes de Nino deleitavam-se em sua mente como a mais doce sobremesa. Via sua família, amigos, e por algum motivo, uma menina de óculos. Seu estômago formigava, querendo mais. Mais. Mais.

Sua boca já parecia sem controle. Soltava ar frio, deixando todo o ambiente que passava dessa forma. Parecia querer sugar algo mais caloroso. Como um chocolate quente. Ou a memória de alguém mais interessante.

Seus dentes afiados se alinharam num sorriso ainda mais perturbador quando diante dela, mostrou-se presente um gato bem conhecido.

  - Chat... Noir... - As palavras ficaram emperradas no meio de sua fome silenciosa. - Qual deve ser seu gosto?

  - ...Me desculpe, senhorita, mas você não faz bem o meu tipo. - Abriu um sorriso galanteador, já pegando o bastão. 

A loira não reagiu às palavras dele como imaginou que faria e isso incomodou o herói, mas não tanto quanto o atraso de uma certa pessoa.

  - Não vai fazer nada? Achei que queria me prrrovar. - Manteve a posição ainda alerta.

  - Quero suas lembranças. - Esticou o braço na direção dele, quase como se pudesse alcançá-lo apenas com o pensamento. - Suas lembranças mais felizes. E saborosas.

  - Uma dama não deveria comer esse tipo de coisa, não acha?

  - Não sou uma dama. Sou a Dementadora. - E com isso, sem sequer avisar, a akumatizada literalmente voou na direção dele.

 

[...]

 

Plagg estava paralisado. 

Sempre que transformado, perdia o controle sobre o próprio corpo, apesar de manter a consciência e ainda entender as situações em que Adrien se metia.

No entanto, em momentos críticos como aquele, o kwami era autorizado a se comunicar com seu portador, ou até a se sobrepôr às decisões dele.

"Adrien." 

Sua voz ecoou solitária naquele compartimento vazio. Não estava pronto para ter aquela conversa. E nem queria que fosse dessa forma.

Queria olhar em seus orbes verdes. E aconchegar-se junto ao amigo.

" Me desculpe. "

 

[...]

 

  - Plagg? É você? 

Aquilo tudo era muito estranho. Sua Lady ainda não havia chegado. E seu kwami, repentinamente, aparecera como uma voz em sua cabeça.

Tentava não pensar nessas coisas enquanto procurava uma fuga estratégica. Por algum motivo, aquela akumatizada lhe dava fortes arrepios. E era mais monstruosa do que o normal com que lidava.

Há poucos minutos, sentiu sua habilidade tão de perto que os calafrios ainda percorriam o couro preto. 

A loira o havia agarrado, com uma força que ele considerou sobrenatural. Abriu bem a boca, mostrando os feios dentes. E estranhamente pareceu sugar sua energia enquanto ele lutava loucamente.

Na hora, não havia entendido direito. Não entendeu o que ela queria com suas memórias. Mas no momento em que se viu de frente àquela boca, tudo fez total sentido.

Ela, de fato, queria as memórias boas dele. E de uma forma doentia, o fazia quase vomitá-las para que saciasse sua ânsia.

Lembrava ainda da extrema dor de cabeça que sentiu. Um clarão apagando tudo de bom que vinha em mente. O corpo quase perdendo a força.

Se seu bastão não estivesse em mão, não saberia como teria escapado.

A situação ao menos foi útil para que percebesse um medalhão no pescoço daquele monstro. Sabia que o akuma estava lá. E ele teria que arrumar um jeito de destruí-lo.

"Adrien! Fale comigo! Está me ignorando há séculos!"

  - Desculpe, estava distraído. Aquela coisa me dá arrepios.

"Escute. Você não pode lutar com ela. Não pode. Volte agora pra casa. Vou pensar em algo."

  - Do que está falando? Ladybug vai aparecer em qualquer momento. Só precisamos conseguir algum tempo pra ela. 

"Não! Ela não vai aparecer, Adrien! Você está sozinho e em perigo!"

  - Ela só está atrasada, Plagg. Acontece com todo mundo. 

"Confie em mim, garoto. Por favor."

  - Não posso, Plagg. Tudo que está falando é uma loucura. E além disso, não é de uma garota qualquer que estamos falando. É da Ladybug, sabe? - Um ar inspirador tomou conta de sua fala. - Ela nunca-

"EU SEI QUEM É A LADYBUG!"

Quando a voz gritou em sua cabeça, Chat tentou segurar o fôlego enquanto equilibrava-se na ponta de um telhado. Suas pernas bambeavam. E o coração acelerava cada vez mais.

  - V-Você... Sabe..?

"Não queria que soubesse desse jeito, mas talvez você nunca mais veja a Ladybug, Adrien. A atual portadora do miraculous de joaninha... Está muito doente."

  - D-Doente? N-Não.. Não.. Isso... Isso é mentira..! - Lágrimas já caíam dos olhos do rapaz e ele não fez questão de contê-las.

Ele... Nunca mais iria ver o amor de sua vida? Nunca mais lutari9am juntos? Nunca se declararia para ela? Nunca se casaria com a garota que usava aquela máscara?

Sentiu o corpo cedendo. Os joelhos indo de encontro ao chão. O choro era desesperado. Necessitado. Sem controle. Já nem ligando mais para a existência da akumatizada e sua habilidade de causar uma impotência instantânea.

"Adrien... Por favor... Eu sei que é difícil.. Mas saia daí. Está em risco."

  - ...Quem é ela?

"Não posso dizer. Vocês prometeram manter--"

  - QUEM É ELA? - Chat gritou, bufando. Parecia um tornado de emoções. Mágoa. Ódio. Preocupação.

"...Por favor, garoto..  Não me faça fazer isso... É demais para você aguentar por um dia."

  - Eu a conheço, não é? - Seus lábios secos se abriram num sorriso pequeno. E frágil.

A voz do kwami não respondeu a sua pergunta dessa vez. Era verdade. Uma verdade difícil de lidar.

  - Eu preciso saber, Plagg. Não me proteja disso. Por favor. - O loiro cerrou os punhos com força e respirou fundo. - Quem é?

"...É aquela sua amiga... A Marinette."

Chat teve o mundo destruído tão rápido que nem soube reagir com a identidade da pessoa que amava tanto. Era ela. Esse tempo todo. Como foi tonto em não perceber.                                                       

De repente, as lembranças que foram tiradas dele mais cedo não eram mais tão importantes.

Sabia que todas elas estariam deitadas numa cama de hospital.

E talvez seriam sugadas dele para sempre.


Notas Finais


Choraram? Eu fiquei com muita vontade de chorar depois de digitar isso :^×
Enfim, comentem, favor ☆
E Feliz Natal!
Não sei se vou postar de novo até lá(?)


Obs: O Chat perdeu algumas memórias boas por causa da akumatizada ☆
A habilidade da Chloe é sugar energia positiva e memórias de civis, deixando-os extremamente sem força~
Eu editei o cap pra ver se ficava melhor pra entender isso :^))
Se não tiver ficado, vou ver o que posso mudar


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