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História Broken - Lírio


Escrita por: LadyWritter

Notas do Autor


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
MAIS DE UM MÊS SEM POSTAR MAS EU POSSO EXPLICAR OKN
Chegou a época do resultado do Enem e eu comecei a ficar meio nervosa,,,,,meio ansiosa,,,e eu...NÃO PASSEI
ai fiquei mal pra caramba
fiquei nas trevas, dormia o dia inteiro, chorava nos cantos...
ATÉ QUE VEIO A RECLASSIFICAÇÃO E EU....passei
UHUUUUUUUUUUUUL
Pra quem quiser saber, estarei cursando Veterinária a partir do mês q vem
Então, vai ficar mais chato pra postar, mas vou tentar sério
É que eu perco a inspiração mto facil
BJS

Capítulo 9 - Lírio


Fanfic / Fanfiction Broken - Lírio

"Cada um de nós é uma lua e tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém."

(Gasai Yuno - Mirai Nikki)

 

Um mês. Já fazia algo próximo a isso em que as coisas andavam mal em Paris. E isso era visível até mesmo para os turistas que naturalmente não deveriam ter conhecimento sobre como era a cidade em sua mais perfeita ordem. Tudo havia mudado. E obviamente, aquele era o reflexo da falta de Ladybug.

Chat Noir conseguia controlar o caos até certo ponto. Havia desenvolvido uma habilidade de absorver akumas e guardar a energia negativa dentro de si, sendo quase como uma bomba-relógio. Era uma vítima em potencial para Hawk Moth, e como se já não bastasse, era mal visto pelos parienses, simplesmente por pura ignorância.

Não era culpa dele que não podia reerguer os prédios derrubados, nem voltar ao normal os carros amassados. Não era culpa dele também estar cada vez mais impaciente, arrogante e cruel em suas patrulhas. Não era algo que pudesse controlar como bem quisesse. Falando de formar sucinta, simplesmente não era seu departamento, ou melhor dizendo, miraculous.

Tão mal quanto Paris, que estava agora aos pedaços diante da mídia mundial, e Chat Noir, que era visto como um herói incompetente e sombrio, Adrien Agreste não estava muito longe disso. Como Plagg avisara, absorver akumas era perigoso, pois escurecia o que ele tinha de melhor, quase como se fosse um transtorno de personalidade dos mais cruéis. E além desse fato, ser chamado diariamente de coisas ruins enquanto salvava Paris como podia devia ser extremamente desagradável.

Por mais irônico que possa parecer, a visita diária que o loiro fazia à Marinette parecia fazê-lo esquecer de tudo que o incomodava. Gostava de segurar a mão da garota, contar-lhe besteiras e até conversava com sua kwami, Tikki, sobre coisas que Marinette gostava. Em nenhum momento, lembrava-se dos maus casos do dia, mesmo que soubesse que aquela jovem deitada fosse a solução deles. Por mais que soubesse que Marinette estivesse atrelada a todos os seus problemas.

E naquele dia, não foi diferente. A limusine da mansão Agreste deixou o loiro na frente do hospital com o aviso de buscá-lo algumas horas mais tarde. De forma bem feliz, o garoto aceitou e tratou logo de ir para junto da amada, tendo a sorte de não interromper nenhum momento íntimo da família naquela vez.

[...]

 

Tomou o lugar de sempre, ficando junto da garota deitada e começou a falar coisas banais enquanto Plagg conversava algo particular com Tikki.

- Hoje a professora passou outro trabalho em duplas, mas não se preocupe. Eu não vou fazer dupla com ninguém a não ser com você, então a nota vai ser dada para nós dois, ok? - Abriu um sorriso como se ela tivesse respondido algo. - Ah, mas não vai ser de graça. Vai ter que fazer algo pra mim quando acordar. Talvez um dos seus croissants?

E assim, um bom tempo passou. O garoto gargalhava sozinho. Ria tanto que a barriga chegava a doer. Estava louco. Louco para que tudo fosse só um pesadelo ruim. E Marinette só estivesse dormindo.

[...]

 

- Tikki, eu realmente estou começando a ficar preocupado. Adrien não está mais dentro do meu controle. Está tratando todos mal e como Chat Noir tem sido pior ainda. Agora está conversando com Marinette quase como se ela estivesse acordada! Eu nem sei mais... - A porta do cômodo de repente se abre. - Ah...!

Os kwamis sumiram o mais rápido possível enquanto a nova pessoa fazia presente no espaço. A expressão calma e serena mudou totalmente. Ele havia voltado para sua besta habitual.

Como se a situação não pudesse piorar, os rivais finalmente se reconheceram. Adrien viu que o invasor de seu paraíso não era ninguém menos que Nathanael Kurtzbeg, um dos mais maiores admiradores da mestiça. Seus olhos, então, se esverdearam ainda mais com ira. E ele cerrou os punhos tentando se controlar. Não podia causar confusão ali dentro, se não seria afastado da única pessoa que o fazia bem.

-...Ah...O-Oi..A-Adrien.. - O ruivo gaguejou algumas palavras, ao ver o loiro em seu habitual mau-humor. Não esperava encontrá-lo ali naquele momento.

- O que você tá fazendo aqui? - Nem respondeu. Foi seco.

- Eu vim.... Entregar isso pra ela. – Estendeu um livro de desenhos junto com algumas flores. Adrien as reconheceu como um tipo de lírio.

Tinha certeza que já tinha visto aquelas pétalas alaranjadas em algum lugar.

 

[...]

 

- Mamãe, a senhora me chamou?

O garotinho entrou correndo nos aposentos da mais velha enquanto se agarrava o seu bicho de pelúcia preferido. Adorava quando ela o chamava para conversar, pois normalmente significava que iria lhe ensinar algo novo. Nunca iria esquecer do dia em que sua mãe o havia chamado para mostrar aquilo que tinha demorado meses para costurar. Tinha sido um gatinho verde com olhos de botão. Ele se apaixonou instantaneamente.

- Adrien, venha aqui. – Deu três tapinhas na cama.

O loiro correu e se jogou encima da mãe junto com o gato de pelúcia. Assim que se sentou no colo da mais velha, percebeu que ela estava folheando um livro antes de aparecer no quarto. As imagens coloridas gritaram por atenção e seus olhos atenderam ao pedido de forma quase feroz.

- Você gosta de flores, querido?

Adrien apenas acenou com a cabeça enquanto tateava cada imagem como se pudesse sentir a textura das flores. Estava admirado. Talvez até sugerisse que o pai fizesse roupas com aquelas cores.

- Qual sua flor preferida, mamãe? 
            - Essa daqui. – Apontou para uma radiante margarida. – Ela significa felicidade para as pessoas que a compram. Quando eu tinha sua idade, morava numa casa com um jardim cheio de margaridas como essas.
             - E a do papai?
            - Hm... Acho que seu pai diria essa. – Folheou algumas páginas e uma bela flor branca apareceu. Era uma Camélia Branca. – É bem a cara dele.. – Riu baixinho. – É conhecida como a flor da beleza perfeita.

Os dois então passaram um bom tempo em silêncio. Apenas admirando o livro que a mãe havia achado nas próprias coisas. De vez em quando, a mulher parecia sentir alguma nostalgia vindas das flores em sua frente. Talvez pelo fato de ter passado boa parte da infância de forma bem humilde. 

Os olhos de Adrien pareceram lampejar por uma das flores. Como em uma conexão especial.

- Seu pai me trouxe essas no nosso primeiro encontro. – Apontou para uma flor alaranjada. – Quando você compra elas pra alguém, significa que você ama muito o jeito dessa pessoa. – Acariciou a cabeleira loira do garoto.
              - Então, se você der essas flores pra uma pessoa, ela se casa com você?

A mulher soltou altas gargalhadas enquanto beijava as bochechas de seu garoto. A forma como questionava coisas como aquela de forma tão inocente era uma das coisas que mais amava em crianças. Criança viam amor de forma tão diferente. E ainda sim, linda.

- Vai depender do tamanho do seu amor, meu menino.

 

[...]

 

Quando viu, já tinha praticamente esmagado o ramalhete de lírios com as mãos. Não podia deixar algo tão importante passar diante de seus olhos. Não podia simplesmente deixar que Marinette recebesse aquelas flores de nenhuma outra pessoa a não ser ele mesmo. Algum dia, ainda encontraria sua mãe e diria que o encanto dos lírios laranjas havia funcionado novamente.

Nathanael não iria atrapalhar isso.

- As flores...! – O ruivo ainda tentou recuperar o pouco que havia sobrado das monstruosas mãos do Agreste, mas foi recebido de forma brusca, sendo afastado com um soco.

O próprio loiro se assustou com a sua atitude. Não tendia a ser tão agressivo assim do nada. Mas quando viu, havia deixado o rival com o rosto vermelho. Além de ter derrubado o caderno de desenho das mãos dele. Estava se preparando para ajudar. Queria se desculpar. Mas então... Ele os viu.

Ele viu cada desenho que Nathanael havia feito de Marinette.

Os traços praticamente perfeitos do ruivo esboçavam a garota que mais amava em lados que nem ele conhecia. Em lados que ele nunca havia observado. Em uns, ela aparecia caindo. Em outros, aparecia suja de bolo. Em outros, costurava algo, mas aparentemente não muito bom. No entanto, o seu sorriso era mais radiante pelo qual ele tinha se apaixonado.

- Eu não sei.... – O ruivo aparentemente bufava, tentando retomar algum controle dentro de si. - Eu não sei quem você pensa que é, mas você não a merece!
             - Como é? – O loiro alterou-se ainda mais.

Como Chat Noir não mereceria alguém como Ladybug? Ele sempre faria qualquer coisa por ela. Então, ele sempre a mereceria, certo? Essas dúvidas continuavam a martelar em sua cabeça enquanto os punhos se cerravam ainda mais.

- A Mari merece alguém que a conheça de verdade! Alguém que realmente se importe em aceitá-la como é. Alguém.... Que a faça sorrir. Que adore seu jeitinho desastrado e sensível. E que a faça se sentir única também. Ela merece mais do que um riquinho egocêntrico que a trata como um prêmio.

Aquelas palavras acertaram o Agreste de forma mais dura do que esperava. Não conseguia revidar. Não daquela vez. Não contra tantas verdades de uma vez. Não contra uma Marinette que não conhecia. Não contra um Nathanael que a conhecia melhor que ele.

O ruivo finalmente se levantou. Não recolheu seus desenhos. Parecia não estar disposto a levá-los consigo. As várias Marinettes ficaram a observar aquela tensão. O garoto nada disse. Apenas se dirigiu a saída, como se estivesse satisfeito por ter dito aquelas coisas.

- Nathanael... – Chamou o outro. – Os desenhos.
            - Fique com eles. Talvez possa aprender um pouco sobre Marinette.

E com um estalo, a porta se fechou. Adrien se abaixou para recolher os desenhos enquanto continuava a observar aquela menina que não conhecia, mas parecia maravilhosa. Seu coração se estilhaçava ao perceber o que aquilo significava.

Doía. Doía tanto. Doía demais. Ver aquele sorriso desenhado e nunca o ter visto antes doía. As lágrimas desceram e ele não as segurou. Não as segurou porque a verdade doía demais. E aquela verdade era uma facada no seu coração, frágil do jeito que estava.

Adrien soluçou quando percebeu que pessoa horrível era. Soluçou quando percebeu que Nathanael tinha razão. E soluçou ainda mais quando percebeu que era apaixonado por uma idealização, por Ladybug, não por Marinette.

 

 Talvez merecesse ser odiado por Paris.

Talvez merecesse não ter amor vindo do pai.

Talvez merecesse viver encarcerado em sua mansão.

Talvez merecesse nunca mais ter uma chance de conhecer Marinette.

...

Vai depender do seu amor, meu menino.

Será que isso é realmente o suficiente?

 

 


Notas Finais


Comenta se vcs querem tacar pedra em mim
Se quiser me matar queimada, favorita
Querendo saber do meu sumiço, só ler as notas iniciais


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