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História Secret Moments - Tales of Scisaac's Secret Chronicles - Eu me sinto seguro com você


Escrita por: XManoelVieira

Notas do Autor


Sinopse: Após sofrer maus-tratos do pai, Isaac Lahey vai para o único lugar onde se sente seguro, a casa de seu melhor amigo, Scott McCall

Capítulo 1 - Eu me sinto seguro com você


A tempestade caia forte, era a noite mais fria do ano em Beacon Hills. Nenhuma pessoa estava fora da sua casa, pois, além da chuva, o fato de ser madrugada contribuía para que as ruas da cidade estivessem vazias. Ignorando tudo isso, um Isaac Lahey de quinze anos andava rápido pelas ruas residenciais, tremendo muito, devido ao frio. No seu rosto, um hematoma roxo cobria seu olho esquerdo e pendurada em suas costas, estava uma mochila preta, encharcada.

Um raio caiu uns cinquenta metros à frente do garoto, que parou de andar imediatamente, assustado. Ele começou a tremer mais forte, e para tentar se aquecer, esfregou suas mãos uma na outra e soltou uma lufada de ar quente nelas, o que não deu muito certo, pois, logo estava tremendo mais que antes. Isaac voltou a andar, desviando da parte um pouco queimada pelo raio, quando passou por ela, e logo chegou ao seu destino.

Em uma cama bem quentinha, de baixo de dois cobertores bem grossos, Scott McCall dormia tranquilamente. Ele sorria, pois, estava tendo um sonho bom. Um dia ensolarado, a grama verde, uma toalha xadrez e uma cesta de piquenique, com cinco pessoas sentadas em volta dela. Ele, seus dois melhores amigos: Isaac e Stiles, sua mãe, Melissa, e o xerife Noah Stilinski, pai de Stiles. Todos pareciam felizes. De repente, o garoto começou a ouvir um estranho som distante e ao olhar ao redor, procurando de onde vinha, percebeu que aquele piquenique não passava de um sonho.

Scott abriu os olhos e constatou que estava em sua cama, mas o som que ouvia não parou. O garoto notou que o barulho vinha da janela, batidas constantes. Ele se levantou e foi ver quem era e ao se deparar com seu amigo, Isaac, em cima do beiral do lado de fora da janela, a abriu imediatamente, o que fez com que algumas gotas de chuva entrassem no quarto, molhando o chão.

— Isaac, o que está fazendo aqui à essa hora? — Scott perguntou, preocupado ao ver que o amigo tremendo bastante.

— Eu não podia ficar lá, não podia. — Isaac respondeu, com dificuldade. Sua voz estava trêmula e seus dentes batiam uns nos outros.

Além do frio que estava sentindo, o loiro não conseguiu conter-se e deixou as lágrimas caírem. Ele passou pela janela e a fechou em seguida, enquanto Scott foi acender a luz do quarto. Quando o moreno voltou para perto do amigo, viu que o chão ao redor dele estava todo molhado. Scott também pôde ouvir o som dos dentes de Isaac batendo e ficou mais preocupado do que já estava.

— Você tá congelando. É melhor vestir uma roupa quente. — Scott tirou a mochila das costas de Isaac, no entanto, quando abriu o zíper viu que todas as roupas que o outro tinha colocado estavam tão molhadas quanto ele. Ao olhar de novo para o amigo, o moreno viu o hematoma no olho esquerdo dele e compreendeu o que o loiro queria dizer com “não podia ficar lá”. — O seu pai fez isso com você? — Ele perguntou, apreensivo.

Scott pensou no do dia que conheceu Isaac, sete anos antes. O loiro estava com um hematoma parecido. Naquela época, o jovem McCall não entendia o que acontecia, mas agora sim. Já tinha semanas que o moreno desconfiava que o pai de Isaac batia nele e sempre que tentava abordar o assunto, o outro dava respostas ríspidas e acabava fugindo da conversa. Essa noite não seria diferente. Isaac baixou a cabeça, tentando, sem sucesso, esconder seu olho inchado.

— Desculpa molhar o chão. — Isaac falou, quase inaudivelmente.

— Não tem problema. — Scott falou, com pesar em sua voz. Ele odiava ver o amigo daquele jeito. E se o loiro não estava fugindo do assunto rudemente, é porque estava quebrado demais pra isso. O moreno largou a mochila de Isaac no chão e pegou a mão dele. — Vem. Você vai tomar um banho quente e eu vou separar uma roupa pra você vestir. — Ele disse, puxando o outro para fora do quarto, levando-o ao banheiro.

Após deixar Isaac no banheiro, Scott voltou ao quarto para pegar uma toalha e deu-a para o loiro, quando retornou. Em seguida, foi até a cozinha, pegou um esfregão, voltou ao andar de cima, passou o esfregão por todo o corredor e depois no seu quarto, onde Isaac tinha molhado. O garoto foi até o closet, do lado direito do quarto, pegou uma calça moletom e uma camisa preta de mangas compridas e as colocou em cima da cama. Depois, pegou o esfregão outra vez e o levou de volta pra cozinha.

Enquanto isso no banheiro, Isaac deixou a água quente fluir pelo seu corpo, relaxando-o. Ele pensava no “incidente” de mais cedo. Seu pai tinha ido buscá-lo no colégio e o encontrou conversando com Matt Daehler. Quando chegaram em casa, o Lahey mais jovem foi questionado do porquê de estar conversando com Matt e quando respondeu que eram amigos, seu pai ficou furioso. “Eu disse pra você se afastar daquele garoto!” foi o que o homem dissera, alto, quase perdendo o controle. E quando Isaac perguntou “por quê?”, veio a pancada, um doloroso soco no seu olho.

Depois disso, Harold levou o filho para o porão, onde o trancou em um velho freezer e o deixou lá por horas, até a hora de Isaac ir para a cama. E quando o garoto deitou no colchão de seu quarto, chorou abraçado ao travesseiro. Um tempo depois, Isaac tomou uma decisão. Ele esperou seu pai dormir e então, fugiu de casa, para onde se sentia mais seguro. Após dez minutos em baixo do chuveiro, Isaac o desligou, pegou a toalha pendurada no box, se enxugou e seguiu para o quarto de Scott, com a toalha enrolada.

Scott voltou ao andar de cima com uma caneca de chocolate quente. Quando entrou no quarto, viu Isaac, de costas para ele, terminando de vestir a calça. McCall ficou espantado ao olhar para as costas do outro e perceber que o hematoma no rosto dele não era o único e a coisa era bem mais séria do que pensava. Diversas marcas roxas estavam espalhadas pelas costas de Isaac. Scott se aproximou da escrivaninha, à esquerda do quarto, e colocou a caneca em cima, ao lado de uma calça jeans, jogada acima do seu notebook.

— Isaac, isso não pode ficar assim. Eu vou chamar a minha mãe. — Scott disse, voltando para perto do outro, abalado. Lahey se virou assustado, a tempo de ver o amigo dando as costas e andar apressado para a porta.

Scott já estava prestes a sair do quarto, quando Isaac se colocou entre ele e a porta e a fechou rapidamente, mas sem fazer barulho. Quando ele voltou a se virar pra o outro, ficou sendo observado por McCall, que passou seus olhos pelo abdômen e peitoral do loiro. O tórax de Isaac estava numa situação semelhante que as costas dele, cheio de marcas roxas.

— Scott, espera. — Isaac clamou. — Não fala nada pra sua mãe, ela vai contar pra o xerife e ele vai prender o meu pai.

— Isaac, eu não posso deixar que ele continue batendo em você. — Scott falou, com seriedade. — Que ele continue te machucando.

— Scott, por favor. — Isaac falou cabisbaixo. — É o meu pai, ele sabe o que é melhor pra mim. Ele só faz isso pra o meu próprio bem.

— Isso não é pra o seu bem, Isaac. — Scott apontou para as lesões no corpo do outro. — Isso só te faz mal.

— Por favor, Scott. — Lahey não conseguiu dizer mais nada e olhou triste para o chão.

Ele já tinha perdido a sua mãe e seu irmão e por mais terrível que seu pai fosse, não queria perdê-lo também. Scott depositou sua mão gentilmente em uma das marcas no peito esquerdo do loiro e alisou a região delicadamente, sentindo o coração do outro bater mais forte. Seu próprio coração também acelerou.

— Isso dói? — O moreno perguntou, com suavidade.

— Não muito. — Isaac falou, negando com a cabeça. Sua voz estava falha e ele ainda olhava para o chão, sem coragem de olhar para o outro, devido ao toque e a aproximação.

Scott abraçou Isaac, que apoiou a cabeça em seu ombro. O loiro voltou a chorar molhando a camisa do seu amigo. McCall odiava ver o outro tão vulnerável daquela forma, ele se questionava como um pai podia fazer isso com o próprio filho. O seu pai também não era um exemplo, mas Rafael McCall nunca encostou um dedo nele.

— Tá tudo bem, Isaac. — Scott acariciou os cabelos molhados do amigo. — Eu não vou deixar ele te ferir.

Enquanto os dois garotos ainda estavam abraçados, uma repentina vontade de beijar Isaac tomou conta de Scott. Na época ele não entendeu muito bem aquele sentimento, pensou se tratar apenas de um instinto protetor. Então, deixou essa vontade de lado e continuou a consolar o amigo. Após algum tempo, McCall deixou o outro terminar de se vestir e lhe entregou a caneca com chocolate quente. Lahey se sentou na cama e tomou todo o líquido o mais rápido que pôde, sem queimar a língua. Quando ele terminou, Scott pegou a caneca e levou de volta para a escrivaninha. Depois, foi apagar a luz.

— Eu posso dormir no chão. — Isaac falou, enquanto Scott voltava a se aproximar da cama.

— Que bobagem. A cama é grande, dá pra nós dois. — Scott falou.

— Tem certeza? — Isaac perguntou, ainda duvidoso sobre aquilo.

— Claro. Eu não vou te deixar dormir no chão, Isaac. — Scott falou, com convicção. — Além do mais, não é como se nunca tivéssemos dividido a cama.

— Só que éramos crianças. — Isaac falou. — Não quero que fique estranho.

— Por que ficaria estranho? — Isaac não respondeu e Scott não queria mesmo uma resposta. — Agora deita. — O moreno falou, empurrando o amigo devagar, para que deitasse na cama e em seguida o cobriu com os dois cobertores. Por fim, ele também se deitou e foi para debaixo das cobertas.

McCall estava deitado de costas, mas com a cabeça virada para Lahey, que estava deitado de lado, de costas para ele. Scott ficou alguns minutos apenas observando o outro, mas não demorou muito para que ambos pegassem no sono. Em algum momento da noite, Isaac se virou para Scott e apoiou inconscientemente sua cabeça no peito do amigo, e permaneceu assim até a manhã seguinte.

Scott foi o primeiro a acordar. Como na noite anterior, ele passou algum tempo observando Isaac, que ressonava sobre seu peito. Para quem visse de fora poderia dizer que parecia um ato gay, porém, eles estavam naquela posição na maior inocência e o moreno não se incomodou com aquilo. Pra falar a verdade, ele até gostou de estar daquela forma com o amigo, mesmo que jamais fosse admitir aquilo em voz alta. Poucos minutos depois, o loiro também acordou e ao se dar conta de onde sua cabeça estava apoiada, se afastou bruscamente, sentando-se na cama.

— Desculpa. — Isaac pediu, esfregando os olhos, corado, sem ter coragem de olhar para o amigo.

— Tudo bem. — Scott falou, sentando-se também. — Tá se sentindo melhor?

— Tô sim. — Isaac respondeu, tentando sorrir, porém, sua tentativa não deu muito certo e o outro percebeu.

— Vamos tomar café, vai te fazer bem. — Scott tirou as cobertas de cima dele e de Isaac, levantou da cama, a arrodeou, indo para o lado do amigo, e estendeu a mão para ele, que a pegou um pouco hesitante e ficou de pé.

Eles saíram do quarto, ainda de mãos dadas, de maneira inocente, pois, McCall tentava passar força para o amigo e Lahey não conseguia soltar sua mão, embora mais uma vez aquilo pudesse parecer estranho para olhos maldosos. Eles seguiram pelo corredor em direção à escada e enquanto desciam, Isaac lembrou de algo importante.

— Scott, o que vamos dizer pra sua mãe?

— Deixa isso comigo. — Scott respondeu, quando chegaram ao andar de baixo. Eles ainda estavam de mãos dadas quando se aproximaram da cozinha.

— Não, Harold, o Isaac não está aqui. — Os dois garotos ouviram a voz irritada de Melissa, e ao entrarem na cozinha, avistaram a mulher de pé, perto do fogão, de costas pra eles, usando um uniforme de enfermeira. Scott soltou a mão de Isaac, no momento em que sua mãe se virou e encarou Isaac surpresa. — Espera, ele tá aqui sim. — A mulher viu o hematoma no olho esquerdo do amigo do seu filho e continuou. — Ele vai passar o final de semana aqui! — Ela disse firme. Assim como o filho, Melissa também desconfiava dos abusos que Isaac sofria nas mãos do pai. — Escuta aqui, Harold, eu acabei de ver como tá o rosto do seu filho. Ele vai passar o final de semana aqui, e se no futuro o Isaac voltar a ter hematomas, eu não vou hesitar em chamar o Noah. Você entendeu? — Melissa ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo continuou. — E não adianta reclamar, já está decidido. Se você aparecer aqui, o Scott foi ordenado a chamar o Noah. — Ela disse por fim, antes de desligar o celular e o guardar no bolso da camisa verde.

— Mãe, o Isaac... — Scott começou a falar, mas a mulher o interrompeu.

— Eu sei. — Melissa disse, com um tom mais calmo. — Por que não sentam? Vou servir o café de vocês.

— Isso aqui não foi nada, senhora McCall. Eu caí da bicicleta. — Isaac falou, sentando-se, tentando parecer casual.

Scott sentou ao lado dele e Melissa foi até o armário, o abriu e pegou três pratos.

— Não minta pra mim, Isaac! — Melissa disse com firmeza, se aproximando da mesa. Ela colocou os pratos em cima dela. Scott distribuiu os pratos e Isaac ficou acuado. — Eu sei muito bem como você conseguiu esse hematoma. E quantas vezes vou ter que te dizer, que é pra me chamar de Melissa?

A enfermeira foi até a geladeira, abriu o freezer e pegou um saco de ervilhas congeladas. Ela voltou a se aproximar da mesa, colocou sua mão livre no queixo de Isaac, obrigando-o a olhar pra cima e por fim, colocou gentilmente o saco de ervilha em cima do olho esquerdo do garoto.

— Obrigado, senhora McCall. — Isaac falou, olhando para a mulher, que o repreendeu com o olhar. — Quer dizer, Melissa. — A enfermeira sorriu gentilmente e afagou seus cachos loiros escuros do garoto.

Melissa serviu os dois garotos e a ela mesma, com waffles e eles comeram. Mesmo com o silêncio, Isaac sentia seu coração aquecido, gostava muito de estar ali. Após alguns minutos, deixou o saco de ervilha de lado, em cima da mesa e começou a comer com os outros dois. Seu olho estava menos inchado e menos roxo. Após Melissa terminar de tomar café, pediu licença, se despediu dos dois e saiu para o trabalho. Quando Scott e Isaac terminaram, o moreno lavou a louça e o loiro enxugou e guardou.

Depois, voltaram para o andar de cima e seguiram para o banheiro para escovar os dentes. Isaac usou uma escova nova, que tinha de reserva ali. Quando terminou, o loiro calçou os sapatos, que tinha deixado no banheiro na noite anterior. E eles passaram a manhã toda jogando algum jogo de corrida no Xbox de Scott. Por Isaac não estar realmente com muita vontade, McCall ganhou todas, mas não se gabou por isso. Eles almoçaram e a tarde fizeram uma maratona de Lost na Netflix. Mas depois de alguns episódios, Scott decidiu que não queria mais ficar em casa e chamou Isaac para o quarto.

— Eu vou trocar de roupa, nós vamos sair. — Scott falou para o amigo, ao entrar no quarto. — Você quer trocar também, ou quer ficar com essa, mesmo?

Scott tirou sua camisa, largou-a no chão, e olhou para o outro garoto, que tentava não encarar o abdômen, levemente sarado do moreno. Ele achou que suas roupas caíram muito bem em Isaac e gostou de ver o amigo vestindo-as.

— Essa tá boa. — Isaac respondeu e quando Scott tirou seu short, o loiro se surpreendeu ao ver que o outro não usava cueca e imediatamente ficou de costas.

— Que isso, Isaac? — Scott indagou sorrindo. Ele foi até o closet, pegou uma cueca slip preta e vestiu, olhando para Isaac, que ainda se mantinha de costas pra ele, com vergonha. — Não tem problema nenhum, você me ver pelado. Somos garotos. — Ele pegou uma camisa vinho de mangas compridas. — Além do mais, nos vemos pelados direto, no vestiário do colégio. — O garoto continuou falando, enquanto vestia a camisa. Em seguida, foi até a escrivaninha, pegou a calça, que estava em cima, a vestiu e foi calçar seus tênis, sentado na cama. Ele se aproximou de Isaac outra vez e disse. — Vamos.

E então, foram para o andar de baixo outra vez e saíram da casa. Scott trancou a porta, guardou a chave no bolso da calça e se aproximou, junto de Isaac, da sua bicicleta, jogada no quintal. McCall levantou a bicicleta, montou nela e disse pra o outro sentar no guidão e quando Lahey sentou, após superar a vergonha por ter visto o amigo pelado, Scott pedalou pela rua da cidade.

— Pra onde estamos indo? — Isaac perguntou alto, depois de alguns minutos.

— Você vai ver. — McCall gritou de volta.

Depois de um tempo, eles entraram na floresta e após alguns metros, chegaram ao planalto. Isaac desceu da bicicleta, com o amigo, que a largou no chão, e foi se sentar perto da beirada. O moreno chamou o outro para se sentar ao seu lado e foi o que Lahey fez. E ficaram observando o pôr do sol por um tempo, em silêncio. Eles viram o céu indo do roxo ao laranja e à medida que o sol ia desaparecendo, as luzes da cidade foram se acendendo aos poucos. Isaac ficou maravilhado com aquela visão, nunca tinha visto a cidade de cima.

— É lindo e calmo aqui. — O loiro falou, quebrando o silêncio, assim que o último raio de sol sumiu no horizonte.

— É. Eu sempre gostei de vir aqui, principalmente quando eu brigava com meu pai. — Scott falou e Isaac se encolheu com a menção da palavra “pai”. McCall olhou para o amigo e indagou: — Isaac, por que você não conta pra ninguém o que seu pai faz?

— Scott, por favor. — Isaac falou, sem desviar os olhos da cidade. — Ele é tudo o que eu tenho agora e se ele for preso, eu não sei o que vai acontecer comigo. Não pode contar pra ninguém. Por favor.

— Não gosto de te ver machucado. — Scott admitiu. — E por ser seu pai que faz isso com você, eu sinto muita raiva dele. Eu queria te proteger.

Isaac olhou para Scott e o moreno colocou seu polegar no hematoma roxo, no olho esquerdo do amigo e alisou com cuidado, toda a área machucada em volta do olho dele. Lahey estremeceu com o toque, fechou os olhos e se esqueceu por um momento da surra que levou no dia anterior. Seus pensamentos foram para o momento que acordou naquela manhã. Estar abraçado ao corpo de McCall trazia uma tremenda sensação de segurança pra ele.

— Você me protege, Scott. Eu me sinto seguro com você. — Isaac confessou.

O coração de Scott acelerou. Outra vez ele sentiu uma vontade muito grande de beijar Isaac e novamente não entendeu aquilo, então, simplesmente ignorou. No entanto, o garoto passou seu braço pelos ombros do amigo, que deitou sua cabeça no ombro do moreno. E eles continuaram observando o crepúsculo em silêncio, sem se importar como mais nada, além daquele momento.


Notas Finais


Se alguém estiver estranhando que essa fanfic foi atualizada depois de quase 4 anos e teve o título completamente alterado, vai aí uma explicação. Eu decidi transformar essa one-shot em um ponto de partida de um novo projeto, que vai expandir as minhas fanfics:
Secret Desires https://www.spiritfanfiction.com/historia/scisaacs-secret-chronicles-volume-1--secret-desires-7522130
e Secret and Lie https://www.spiritfanfiction.com/historia/scisaacs-secret-chronicles-volume-2--secret-and-lie-18947985

Mesmo que as one-shots que serão postadas aqui não sigam uma ordem cronológica, elas estão relacionadas.
É isso, espero que tenham gostado. A capinha foi feita pelo meu amado primo Rhuan Tavares


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