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História Broken Doll - Ato V - Bons garotos não fumam


Escrita por: TiaYuki

Notas do Autor


CONSIDERANDO QUE O NÚMERO DE VEZES QUE EU POSTEI FIC ESSE ANO, EU DIRIA QUE EU ATUALIZEI ESTA FIC DE UMA FORMA MONSTRA /brilha

Eu não tenho muito o que dizer sobre esse capítulo, apenas que eu sofri pakas, como sempre. E que eu vou agilizar as coisas e provavelmente o próximo vai ser o penúltimo ou talvez o último dessa etapa porque a autora que voz fala esta necessitada de sangue.

Boa leitura. ♥

Capítulo 6 - Ato V - Bons garotos não fumam


–Natsu-nii, não acha que esta perto demais? – o garotinho de fios castanhos perguntava com um tom de voz inocente.

–Por que acha isso? Não posso mais ficar perto de você? – o mais velho perguntara em um sussurro baixo, um sorriso malicioso se desenhando em seu rosto, deixando um breve selar nos lábios do mais novo, fazendo com que os orbes da mesma cor de seus fios se arregalassem em surpresa.

–Por que fez isso? – perguntou enquanto puxava o ar com mais força pelos lábios, não demorando muito para que afastasse o mais velho com certa brutalidade, recuando o corpo para trás a fim de deixar claro que queria manter distância, uma vez que Natsu fez menção de que novamente iria se aproximar de si. – Não faça mais isso, por favor. É errado.

–Quem disse para você que é errado?

–Todo mundo. Está escrito no rosto das pessoas.

–Eu não acho errado. – Natsu falou, abrindo um sorriso de canto, a malícia em, sua voz passava despercebida pelo menor. – Nem o Hiro, você sabia?

–Mesmo? – o moreninho perguntou enquanto fixava o olhar ao de Natsu, que apenas afirmou com um aceno de cabeça.

–Vê? Não é errado. – o mais velho falou em um sussurro, a canhota repousava sobre a coxa do menor enquanto Natsu novamente voltava a aproximar o rosto do garoto mais novo que si, as mãos do mesmo iam para seus ombros, apertando-os levemente na tentativa de novamente afastar o mais velho enquanto virava o rosto para o lado de forma brusca.

–Pare, por favor. Eu não quero. – omais novo falara baixo, quase que em um sussurro, fazendo com que o sorriso de Natsu apenas se alargasse.

“Você não tem que querer.”

“Você apenas deve fazer o que quisermos.”

“Por favor, pare.”

 

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O braço esquerdo de Hiro fazia com que o garoto de fios castanhos claro ficasse parado da forma que queria enquanto que o esquerdo fazia com que o rosto alheio olhasse na direção que bem queria.

No caso, para a cama logo a frente de ambos, onde Natsu segurava com força os fios negros de Daichi, fazendo com que o moreninho encarasse de volta os orbes castanhos do rapaz a poucos metros de si.

Os olhos do moreninho ardiam devido às novas lágrimas que molhavam sua pele pálida, um filete de sangue escorria por seus lábios devido à força que o mesmo era apertado pelos próprios dentes do garoto, a fim de conter em vão os gemidos de dor que as estocadas violentas de Natsu lhe causavam, assim como o aperto em seus fios.

As mãos apertavam com força não somente o lençol, mas parte do colchão também. Sentia-se mais do que envergonhado naquele momento, não por ter um, mas dois espectadores de seu sofrimento.

Nunca desejou tanto estar morto como agora.

O olhar do dono das íris castanhas sustentava um olhar de nojo, parecia realmente perturbado com aquilo, ver que ele cerrava os punhos tanto quanto si fazia com que sua vontade de morrer e sumir daquele mundo apenas aumentasse.

Deixou um soluço alto ecoar ao sentir-se preenchido com o prazer nojento do homem mais velho que si, e assim que Natsu finalmente soltou seus cabelos, finalmente afundando o rosto contra o colchão, tentando inutilmente amenizar o nojo que sentia de si mesmo.

–Eu tenho nojo de vocês... – os olhos de Daichi arregalaram-se ao perceber que as palavras de seu espectador não eram direcionadas para si, da mesma forma que somente agora parara para pensar que não sabia quem ele era.

Tudo que pode ouvir como resposta para as palavras do outro foi a risada de Hiro. Recusava-se definitivamente a olhar para o rosto daquele garoto, seja lá quem ele fosse.

Logo era possível ouvir passos pesados e apressados indo em direção à porta do cômodo, assim como o som da mesma sendo aberta e fechada.

O moreninho levantou o olhar, encontrando o olhar de Hiro fixo ao seu. Sentiu vontade de gritar e de afastar-se, mas seu corpo doía demais para tal.

–Você fica tão bonito quando chora. – o mais velho falou em um sussurro calmo. – Fica ainda mais bonito quando grita, sabia?

Um falso carinho carinhoso era depositado em seus fios negros, fazendo os olhos de Daichi se fecharem com força.

–Você é a melhor boneca que poderíamos querer. – Hiro continuou, sorrindo minimamente, a mão que outrora acariciava seu cabelo agora deslizava pela pele de seu pescoço até que o envolveu completamente, privando o mais novo do ar, o que fez Daichi puxar o oxigênio com força pelos lábios entreabertos.

O mais velho fez com que o menor ficasse de joelhos sobre o colchão, ainda que com dificuldade por não conseguir respirar com dificuldade, obrigando-o a lhe encarar.

Após segundos que mais pareceram uma eternidade, o corpo de Daichi foi novamente jogado contra o colchão, e novamente Hiro o encarava, desta vez seu olhar demonstrava escárnio.

–Eu espero que você não se esqueça o que significa “boneca”. Entendeu? – o moreno falou friamente.

E então o moreno mais velho retirou-se do quarto, juntamente com Natsu, fazendo com que Daichi ficasse aliviado. Por ora.

“Vai para o inferno” o garoto pensara assim que desviara seu olhar para a lua tão bonita que podia ver através da enorme janela ao seu lado.

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–Droga Zero, isso dói! – Daichi resmungou de forma dolorida, arrancando um curto suspiro do albino que cuidava dos ferimentos mais recentes em seu corpo.

–Vai doer ainda mais se você não me deixar cuidar disso direito. – Zero respondera de forma calma, fazendo Daichi morder o nó do dedo indicador da destra a fim de conter mais resmungos de dor e poupar seu lábio mais do que maculado.

–Desculpe. – o moreno sussurrara baixinho, fixando o olhar na parede a sua frente.

–Não tem problema, compreendo que dói. – o garoto de fios brancos respondeu em mesmo tom, um pequeno sorriso um tanto triste se formou em seus lábios.

–Hm, Zero...? – Daichi chamara em tom baixo.

–Sim?

–Além de Natsu e Hiro... E você, claro. Existem mais pessoas que moram aqui? – Daichi perguntou. A curiosidade lhe tomando conta ao lembrar-se do rapaz que deveria ser pouco mais velho que si, questionava-se quem era.

–Ah... – Zero murmurou um tanto quanto pensativo, talvez escolhendo as palavras certas que deveria usar. – Bom, acho que seria certo falar de Natsu-sama e Hiro-sama.

–E eu preciso ouvir mais? – Daichi perguntara de forma um tanto irônica. Achava que toda a dor que ambos lhe causavam já lhe pouparia de explicações.

–Somente fique quieto, por favor. – o albino resmungara, suspirando em seguida. – Bem, Hiro-sama é praticamente o chefe nessa casa, ele também pode ser algo pior do que cruel, mas Yuuki-sama fala que ele consegue ser carinhoso, diz que ele foi criado desde pequeno para agir dessa forma, afinal de contas, “ele é o filho mais velho”. Em seguida vem Natsu-sama, o que Hiro tem de cruel, Natsu tem de sádico. Ao que parece ele foi abusado quando mais novo, então ele passou a sentir prazer recriando o próprio sofrimento em outras pessoas. O que ele já fez com você não chega nem perto do que ele quer e pode fazer.

–É difícil imaginar alguém tão... Seguro de si quanto Natsu sendo a vítima desse tipo de situação. – Daichi comentara em tom baixo, ouvindo Zero limpar a garganta antes de continuar. – Mas quem era aquela pessoa que estava aqui?

–Provavelmente Masa-sama. Você já deve ter percebido que não deve se preocupar com ele, que ele não irá lhe machucar. Masa-sama odeia Hiro-sama e Natsu-sama tanto quanto você. Ele desaprova tudo o que eles fazem, e também às vezes pode parecer um tanto perturbado.

–Abuso? – o moreno mais novo perguntou baixo, o olhar se fixando em suas próprias mãos.

–Provavelmente. – Zero respondeu de forma distraída. – E por fim tem o Yuuki-sama. Pode parecer que ele é como uma “primeira dama”, mas na verdade ele é mais um protegido do Hiro-sama.

–Não entendi.

–É claro que não. – Zero riu de forma nasalada. – Antes de conhecer Hiro-sama, Yuuki não tinha absolutamente nada, e Hiro-sama deu praticamente tudo para ele.

–Então ele tem alguém que gosta, mas o trai?

–É basicamente isso. Não tente entende-los, é uma bela perda de tempo.

–Acho que entendi... Obrigado, de qualquer forma. – Daichi sussurrou baixinho, o olhar direcionando para o que poderia ter através da janela.

–No momento isso é tudo que eu posso fazer. – Zero falou enquanto um pequeno sorriso se formava em seu rosto. – Espero que chegue um dia onde eu possa fazer algo maior por sua pessoa.

–O modo como você fala é bonito. – Daichi comentou de forma casual, deitando-se com certa dificuldade na cama espaçosa, e embora houvesse espaço, ele apenas se encolheu o máximo que pode.

–Obrigado, eu acho. – o garoto de fios brancos riu baixinho, logo se retirando do cômodo amplo, mas ao mesmo tempo tão pequeno.

E foi ao fechar os olhos que Daichi percebera o quão cansado estava, não demorando muito para que adormecesse.

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Acordara com gritos extremamente altos, altos demais. Achava que somente ele iria acordar os moradores daquele lugar que poderia muito bem chamar de inferno, mas percebera que estava errado.

Conseguia ouvir uma voz delicada e calma apesar de extremamente alta, mas ainda sim podia claramente reconhecer o timbre autoritário e um tanto assustador que Hiro possuía.

Daichi acabara se assustando ao ouvir a porta ser aberta com brutalidade e fechada da mesma maneira, temeu que pudesse ser Natsu, mas sentiu-se mais do que aliviado ao ver que o corpo encoberto pela sombra e escuridão do cômodo havia se escorado contra a porta, logo deslizando pela mesma e sentando-se no chão.

O moreno podia ouvir a respiração alheia pesada, algumas vezes a mesma falhava e isso acabara deixando o garoto de certa forma preocupado com o desconhecido, permitindo-se se encolher no canto da cama, ao lado da janela, enquanto mantinha seu olhar fixo no outro.

–Hm... Masa-san, não é mesmo? – o chamou de forma insegura, atraindo a atenção do outro.

–Como você sabe meu nome? – o outro perguntara de forma hesitante, logo lhe encarando.

Daichi apenas sorrira.

–Um passarinho me contou. – respondeu baixinho.

–Não me diga. – Masa comentara no mesmo tom, acabando por rir de forma soprada.

Após suspirar de forma pesada, o moreno mais velho levantou-se de onde estava sentado, dirigindo-se para os pés da cama onde o moreno mais novo se encontrava, sentando-se no chão e escorando-se contra o móvel.

Masa retirou um maço de cigarros do bolso da calça que usava, logo sacando um dos cilindros de nicotina e levando-o até os lábios, acendendo-o quase que de imediato.

–Sinto muito. – falou de forma calma, quebrando o silêncio que havia se instalado ali. – Digo, por você ter que passar por esse tipo de coisa. Você parece ser tão novo...

–E para você não foi pior? – Daichi perguntou um tanto quanto despreocupado.

–Tem razão, mas mesmo assim. – Masa suspirou de forma pesada assim que soltara a fumaça de seus pulmões. – Mudando de assunto, você fuma?

–Acho que garotos de dezesseis anos não fumam. – Daichi respondera ainda com certa dificuldade, uma vez que ainda sentia dor tanto para se mover quanto para proferir alguma palavra.

–Bons garotos não fumam com dezesseis. – Masa falou um tanto quanto divertido, negando levemente com a cabeça.

–Isso faz de você um mau garoto? – o mais novo perguntou, se surpreendendo consigo mesmo ao perceber que uma risada baixa escapou rouca de seus lábios, o que levou Masa a rir junto.

–Talvez.

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As noites mal dormidas estavam estampadas nas olheiras já fundas nos orbes do albino. Não conseguia dormir de jeito nenhum, o máximo que poderia chamar de “descanso” eram os poucos minutos que se entregava ao cansaço do corpo.

A preocupação com o desaparecimento repentino de Daichi havia deixado Cazqui como se fosse uma carcaça ambulante.

Seu mundo havia do nada virado de cabeça para baixo e a única coisa que podia imaginar era pelo que o mais novo estaria passando e onde ele estaria.

Logo que deu pouco mais de um dia que não recebia um sinal de vida do moreno, Cazqui perguntara para todos que pudessem saber onde o mais novo estaria, e quando não obteve nenhuma resposta, fora imediatamente a delegacia.

Era como se tivesse se passado anos.

Embora fosse fazer apenas um mês.

“Onde você esta?”


Notas Finais


Primeiramente, catchau.

Segundamente, não fumem crianças, fumem apenas depois dos 18 aninhos e com moderação.

Obrigada por lerem, nos vemos no próximo? owo


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