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História Broken Dreams - Leito de morte.


Escrita por: PinkNeonFantasy

Notas do Autor


Tradução: "Minha igreja não oferece regras absolutas
Ela só me diz, 'Louve entre quatro paredes'" - Take Me To Church, Hozier
Música: Deathbeds - Bring Me The Horizon
Boooooa leitura <333

Capítulo 42 - Leito de morte.


Fanfic / Fanfiction Broken Dreams - Leito de morte.

Broken Dreams

PinkNeonFantasy

Capítulo 42 - Deathbeds

Aquele pequeno beijo que você roubou, ele segurou meu coração e alma.

E como um cervo nos faróis, eu cumpri o meu destino

Não tente lutar contra a tempestade, você vai cair ao mar

Marés vão me trazer de volta para você

 

Seu corpo todo estava dolorido, sua cabeça latejava e seus olhos estavam pesados. Passar pelos portais sempre exigiam muito de si, mas naquela sessão, parecia ter sido dez vezes pior. Estava cansada, e se esforçava para não sentar nos degraus de uma das dezenas de escadas daquele castelo e dormir. Suas pernas estavam pesadas e tudo que queria fazer era deitar em sua cama.

Atravessou os corredores e subiu escadas no modo automático, sem olhar para os lados ou prestar atenção ao seu redor. Chegou ao dormitório sem saber como chegou lá sem ter sofrido algum acidente no caminho, o dia havia sido tão cheio e tão estranho, tão cansativo.

- Lilian! - Deixou a mochila cair no chão, assim que fechou a porta e ergueu o olhar para Hayley. A atmosfera dentro do quarto não era aconchegante como ela queria que estivesse, e as duas meninas ali dentro pareciam tensas, preocupadas, nervosas. - Onde esteve?

- Ahn... Me atrasei para a detenção e acabei tendo que ficar mais do que o de costume. - Deixou uma lufada de ar escapar entre seus lábios e passou as mãos pelos cabelos. - Algum problema por aqui?

- Nós precisamos que você mantenha a calma - Aline pediu, levantando-se lentamente da cama em que estava sentada. 

- Certo, agora estou ficando nervosa - lentamente o sono foi se dissipando, dando espaço para a sensação ruim que precedia uma situação ainda pior. - O que aconteceu?

- Bem... - Hay mordeu o lábio inferior, estalando os dedos. - Gerard passou mal hoje mais cedo e teve que ir para a ala hospitalar...

Gerard, passou mal, ala hospitalar.

Foi o suficiente para que o sono, cansaço e dores no corpo desaparecessem, dando espaço para a adrenalina e desespero. Se viu atravessando o salão comunal da grifinória e em seguida o corredor, mas tudo parecia muito borrado a sua volta, e não havia nenhum pensamento rondando sua cabeça, tudo estava em branco, borrado, rápido, ela não tinha tempo.

Também não estava ouvindo suas amigas lhe chamando, nem dizendo para que ela mante-se a calma, que o estado de Gerard não parecia tão grave. Ela definitivamente não estava ouvindo quando pulou vários degraus da escada apenas para chegar mais rápido ao andar da ala hospitalar.

- Hey, Potter... - Na porta da enfermaria estavam Taylor e Jared, bloqueando a passagem da porta, fazendo-a ser obrigada a parar.

- Como ele está? - Sua voz estava trêmula, e a última vez que se preocupou tanto com Gerard foi quando o enterraram. Porque Gerard estava constantemente correndo riscos de morte, e quando não era ele, era ela; a morte parecia gostar de brincar com os dois, ou talvez estivesse apenas indecisa sobre levá-los ou não.

- Agora ele está bem - Taylor começou, antes que Jared pudesse pensar em abrir a boca. - Fique calma, Potter, ele não vai morrer.

- Então não é grave? - Podia sentir o alívio começando a tomar conta de seu peito, cedo demais.

- É Gerard de quem estamos falando, ele não morre e quando morre volta do mundo dos mortos. - Taylor balançou a cabeça, com um sorriso torto. - Parece que você vai ter um enfarto, vá vê-lo de uma vez, sim?  - Saiu da frente da porta, liberando a passagem. 

Girou a maçaneta e entrou na enfermaria. Gerard estava sentado na cama, enquanto Madame AnyDeep e professor Ian conversavam ao lado de sua cama. Parecia bem, e até sorriu quando ela se aproximou, parecendo totalmente saudável, mas ela não acreditava que ele realmente estava.

- O que aconteceu? - Foi a primeira coisa que perguntou, quando parou ao lado da cama, passando os dedos pela testa fria do namorado, afastando os cabelos que ali caiam.

- Nada. Eu estou perfeitamente bem. - Gerard mentiu, sorrindo calmamente, como se estivesse em uma situação agradável.

- Se estivesse perfeitamente bem não teria vindo parar aqui - contestou, lançando um olhar de reprovação ao sonserino. - Qual é o problema com ele?

- Os amigos do garoto nos informaram que ele vem sentindo muitas tonturas, enjoos, dores de cabeça - a enfermeira contou, e lentamente Lilian virou-se para Gerard, lançando-lhe um olhar furioso. - Chegou aqui muito ensanguentado e com fortes dores abdominais, além de aparente fraqueza.

- Não comentou nada comigo sobre isso - reprovou, lembrando da promessa feita por ele, dizendo que iria lhe contar tudo caso algo parecesse errado com sua saúde. - Não contou nada! 

- Não parecia importante.

- Você prometeu. Desde quando vem sentindo tudo isso? - Ela estava furiosa. E Gerard não conseguia saber se ela estava mais furiosa do que preocupada, ou vice-versa, mas sabia que só não havia levado um tapa porque estava na enfermaria com um professor e uma enfermeira ao seu lado. Deveria ter escutado os conselhos de Dorian, admitiu isso mais cedo do que imaginava que faria.

- Há alguns dias... Talvez isso tenha começado um pouco antes do feriado de natal... - Balançou os ombros, como se não fosse tão preocupante e passou a mão pelos cabelos. - Não é nada grave com que precise se preocupar, ok? Me sinto perfeitamente bem agora, isso vem, me deixa mal por alguns minutos e então some. Me sinto saudável agora.

- Isso é algo com que você deve se preocupar sim, senhor Way. Não é normal e devemos nos preocupar sim, com sua saúde. Estes sintomas não são normais. Aconselho que o garoto seja levado ao St.Mungus. Lá, os curandeiros podem nos dar um diagnóstico completo e bem definido.

- Não vou ao St.Mungus, de jeito nenhum! - Gerard riu, com escárnio. - O que isso pode ser, uma doença trouxa? Se for, não há motivo para esse desespero todo, sendo que posso ser completamente curado.

- Para que você seja completamente curado, precisa ir ao hospital. Concordo com Madame AnyDeep.

- Não vou! Não preciso de diagnóstico nenhum!

- Você sabe que precisa, não haja como se fosse um completo idiota! - Lilian rosnou, cruzando os braços. - Me escondeu todos esses problemas de saúde como se não fosse nada, e eu só fiquei sabendo porque te obrigaram a vir para a ala hospitalar. Uma doença trouxa ou bruxa, está acabando com você aos poucos e você não me conta nada, que espécie de casal nós somos? Você vai até o St.Mungus, e se eu quiser, vai até o St.John também! Não é uma opção, Gerard Way.

Gerard se manteve em silêncio, queria respondê-la da forma mais sarcástica e irritante que podia, mas nada aparecia em sua mente, nenhuma resposta espertinha para dar à ela, talvez porque soubesse que ela estava completamente certa, mas odiava sempre que isso acontecia, eram raros os momentos que não tinha uma boa resposta, mas acontecia, quando queria Lilian conseguia calar sua boca como ninguém e ele odiava isso.

- O diretor poderia liberá-lo para sair de Hogwarts e ir até o St.Mungus, não?

- Claro - Ian assentiu. - Vou explicar a situação toda para ele e tenho certeza que Gerard poderá ir ao hospital, em vista que a situação parece ser bem preocupante. - Encarou Gerard. - Melhoras, Gerard, volto para vê-lo mais tarde.

E assim que Ian saiu da enfermaria, a curandeira também se afastou, voltando sua atenção para um garoto do outro lado da enfermaria, com o pé inchado.

- Ele caiu no treino de Quadribol ontem a noite - Gerard comentou, ao seguir o olhar de Lilian. Sabia que ela estava com raiva e a última coisa que queria era que ela permanecesse em silêncio, encarando-o com aquele olhar homicida. 

- Quadribol é minha última prioridade no momento.

- Eu sei que está furiosa, mas não é motivo para esse escândalo, tá? São só algumas tonturas e sangue, já passei por momentos piores...

- Exatamente! Você já passou por coisas horríveis, e se morrer agora não tenho como trazer você de volta, precisamos ter cuidado, Gerard, com sua saúde inclusive! Pedi para que me contar caso passasse mal, e você não contou!

- Não contei porque sabia que iria fazer um escândalo!

- Ah, você está doente e eu estou errada por me preocupar? Depois de te ver correr risco de morte tantas vezes? Você não vai virar o jogo à seu favor dessa vez, Gerard!

- Okay, eu sei que errei, tudo bem, eu prometi que iria te contar e não contei, mas juro que só não queria te preocupar ainda mais. - Respirou fundo, passando a mão pelo rosto. - Você já já teve preocupações para uma vida toda e ainda tem, não precisava de mais uma, e eu me sinto bem, é algo que some da mesma forma que vem, de repente. Não acho que vou morrer por isso.

- Não minta. - Pediu, arrastando as palavras lentamente. - Eu sei que você sabe que isso pode ser muito grave. Sua teimosia não vai me fazer mudar de ideia, e você vai ao hospital, vai fazer o que for para ficar totalmente bem de novo, okay? 

- Eu não sou seu filho para você apontar o dedo na minha cara e dizer o que eu devo ou não fazer! - Rosnou, apertando as cobertas entre seus dedos. - Você não pode me obrigar a ir ao hospital ou fazer a droga de um exame! 

- Eu não vou ficar me desesperando por aí, sem dormir ou comer porque não sei o que está acontecendo contigo, não vou ficar parada sabendo que algo pode estar matando você, okay? Chega! Eu não aguento mais essa merda, ver você entre a vida e a morte, tá? Cheguei ao limite. Você não é meu filho mas é meu noivo e eu me importo com você!

- Se eu estiver morrendo, então que eu morra! - Ele grunhiu, fazendo-a arregalar os olhos. Gerard passou a mão pelo rosto e então pelos cabelos, respirando fundo. - Mesmo se eu estivesse no meu leito de morte, Lilian... Eu não vou embora, eu não vou sair daqui. - Reforçou. - Porque aquele pequeno beijo, ele segurou meu coração e alma. Se eu tiver que morrer será porque eu cumpri o meu destino. Não se desespere, eu sei que está cansada! Eu também estou. Não tente lutar contra a tempestade, você vai cair ao mar. Mas eu sempre volto pra você, você sabe disso! Quantas e quantas vidas nós tivemos, nós vivemos e morremos e nos reencontramos logo depois? Marés vão me trazer de volta para você.

- Só que eu não quero que você vá! - Ela fraquejou. - É egoísta, mas eu não quero te deixar ir. - Engoliu a seco. O sentimento era esmagador em seu peito e ela mal conseguia respirar, mas não conseguia chorar. Era sufocante. - O amor nos transforma em egoístas.

Puxou o ar com certa força, soltando-o lentamente e se apoiou na cama. A dor de cabeça havia voltado, o cansaço reapareceu, e sabia que ele sempre esteve lá, mas a adrenalina e preocupação haviam acobertado-o, mas agora tudo estava em silêncio entre ela e Gerard, e ela podia sentir toda sobrecarga do dia todo, somando com os últimos acontecimentos.

Estava tão cansada, de tudo. Emocional, física e psicologicamente. Estava destruída, estava nervosa, cansada, queria chorar mas era como se já houvesse gastado todas as suas lágrimas, porque nenhuma saia de seus olhos, sentia culpa, muitas vezes nojo de si mesma, tristeza.

- Desculpe por destruir a sua vida, ela deveria ser perfeita.

Balançou a cabeça, levando a mão até sua nuca e apertando o local lentamente. - Ela nunca seria perfeita com ou sem você, Gerard. - Ergueu o olhar e esticou o braço para acariciar a bochecha dele. - A diferença é que eu tenho um noivo muito bonito e esforçado.

- E louco.

Ela sorriu, pela primeira vez na conversa. - E louco.

 

- Então, você conseguiu descobrir alguma coisa sobre sua alma gêmea? - Frank nunca parava quieto, Mikey já havia reparado nisso há algum tempo. Era incrível o modo como Frank sempre tinha disposição para ficar andando de um lado para o outro, e mesmo sentado na biblioteca, ele tinha que estar agitando seus dedinhos tamborilando na mesa. Ou, como no momento, Frank estava sentado em frente ao único piano presente em Hogwarts, aquele que ficava escondido na sala de música. Frank estava constantemente agitado e Mikey ficava cansado  apenas olhando para o amigo.

- Não. - Resmungou, um pouco amargo. - Na verdade já estou preparado para não encontrá-la e acabar morrendo aos dezessete.

- Que horror, Michael, você só tem quatorze anos, não pense assim! -  Frank tocou as teclas do piano, lentamente. As velas ao lado do piano apenas deixavam o local com uma aparência sombria - As memórias podem até não estarem ajudando muito, mas quando você se transformar tudo vai levá-lo até a pessoa certa.

- É... - O desanimo do sonserino era evidente, e Frank suspirou, tocando uma nota triste de uma música qualquer. - Mas às vezes é muito complicado, tudo isso. - Mikey rabiscava coisas aleatórias no pergaminho muito velho, em uma mesa ao lado. - Eu não sei se acredito muito nisso de amor eterno, verdadeiro.

- Como não? - Frank se surpreendeu, levantando uma sobrancelha, vendo Mikey dar de ombros. - Seu irmão e Lilian são a maior prova de que as pessoas podem amar numa intensidade inexplicável, é só olhar para eles, não tem como duvidar que existe amor quando se tem aqueles dois por perto. Eles praticamente exalam paixão, e às vezes fico um pouco invejoso, admito.

- Eu sei, só... - Mikey respirou fundo, deixando a pena de lado e encolhendo os ombros. - Só que tudo isso parece muito utópico. Você encontrar alguém que é perfeito para você e então vocês fariam tudo um pelo outro, morreriam um pelo outro, matariam um pelo outro, e vocês se encaixam perfeitamente e se protegem e... Merlin, isso é tudo tão, tão... Como se saísse de livros de romance barato. É tão surreal que não parece realmente que existe.

- Como você se sente quando está com aquela terceiranista, a Kristin?

- Ela... Kristin é incrível, e ela é uma ótima amiga, e eu quero proteger ela, porque ela merece. Kristin é uma garota maravilhosa. - Mikey suspirou. - Gosto dela, mas...

- Mas acha que não é forte o suficiente? - Frank deixou a cabeça pender para o lado, as notas da música ficavam mais pesadas. - Bem, você tem quatorze anos e ela treze, vocês tem muitos anos ainda pela frente, e na sua idade Gerard e Lilian nem sequer se falavam direito, você está em vantagem. Não desanime assim Mikey, você vai encontrar sua alma gêmea, nem que a gente tenha que viajar o mundo todo no próximo ano, apenas para encontrá-la.

- Obrigado Frankie.

- Se eu, depois de todos aqueles namoros frustrados, ainda acredito em amor, imagina você que é apenas uma criança.

- As pessoas são diferentes umas das outras. - Mikey sorriu levemente, voltando a rabiscar no pergaminho.

- Cale a boca, Mikey. - Frank sorriu e levantou o olhar. Michael parecia muito mais leve, mas o grifinório conseguia perceber que algo estava errado. - Quer conversar sobre alguma outra coisa?

- Uhn? - Mikey parou seus rabiscos e encarou Frank. - Não Frank. - O garoto encolheu os ombros, e o mais velho permaneceu em silêncio, tocando as teclas do piano aleatoriamente. Sabia que não adiantava tentar pressionar Mikey a falar, porque o garoto faria isso por conta própria, não iria demorar muito. - Na verdade... - Mikey pigarreou, minutos depois, e Frank sorriu. - Você tem alguma religião?

Frank ergueu as sobrancelhas. - Uhn, tenho. Por quê?

- Nada, eu só... - O mais novo cruzou as pernas esticadas, voltando o olhar para o pergaminho. - Em uma das memórias eu me vi em uma época... Rígida. Era a Idade Média, se não me engano. E eu só... Foi uma memória bem impactante. Todos eram muito apegados à igreja e todos eles pareciam tão cegos por ela, matavam tantas pessoas por causa da religião, não é?

- Oh sim, isso é verdade.

- Depois de tudo ainda existem tantas pessoas cegas pela religião, isso me da calafrios. - Desabafou.

- A minha religião sou eu. Eu me coloco no meu próprio altar, tenho fé no meu próprio potencial, tenho fé apenas em mim mesmo. O meu corpo é minha igreja, o meu templo, e eu faço o que eu quero com ele. - Frank apontou para uma tatuagem aleatória em seu braço. - Minha igreja não oferece regras absolutas ela só me diz, "louve entre quatro paredes", entende? - Frank encarou Mikey, e o garoto parecia entretido com o que ele falava. - Essa é a única forma de ser totalmente livre, Mikey, sendo sua própria religião. Você não vai se condenar por fazer o que acha certo, ou por amar quem você quiser. Nem vai se olhar de modo acusador porque fez o que você queria no seu próprio corpo. Sua igreja, sua religião, suas regras, seus mandamentos.

- Muitas pessoas te condenariam por isso. - Mikey comentou, mas ele parecia realmente gostar do ponto de vista de Frank. - Eu gosto do modo como você pensa.

 

- Soube que o Way foi parar na ala hospitalar. O que será que aconteceu? - Penny estreitou os olhos, observando os alunos terminando o café da manhã. Christina engoliu o pedaço de cookie de modo forçado, encarando Penny indignada.

- Eu não acredito! Penny por Morgana, deixe a Potter e todos que envolvem ela o mais longe possível de nós, não mexa com eles, você já viu o quão assustadora aquela garota pode ser e eu não quero ter que enfrentá-la de novo!

- Eu não ouvi ela dizendo que não quer artigos sobre ela ou pessoas próximas dela! Ela só falou que não quer que eu mexa nas coisas dela. E eu vou continuar fazendo artigos sobre aquela família sim!

- Não se mete em mais encrenca com aquela garota, ela é assustadora!

- Ela se acha mais do que é - Penny rebateu, encarando a loira com um olhar determinado. - Aquele esquisito do Gerard vive se metendo em brigas, deve ter duelado com alguém melhor do que ele e se dado mal. Mas vou me informar melhor e vou sim escrever outros artigos sobre eles sim! Se acham que eu vou ficar de braços cruzados com medinho, estão enganados!

- Penny, pensa bem, eles não parecem ser o tipo de bruxos que perdoam assim tão fácil e eu não quero ver você machucada, de verdade! Lilian me da medo e o Gerard é dez vezes pior, e olha que eu só o vejo de longe, aqueles dois tem auras pesadas, e as histórias que contam sobre os dois...

- Boatos, Christina. E eu estou cansada dessas histórias. Se fosse verdade que Gerard torturou a prima da Lilian até que ela enlouquecesse e cometesse suicídio, por que nunca foi preso? Boatos! Eu tenho que ter certeza.

- Penny, por favor...

- Ali está o Leto, vou fazer algumas perguntas à ele. Até mais, Chris. - Penny levantou-se, ignorando qualquer tipo de aviso.

 

- Ei, Luna. - Parou no meio do corredor e olhou para trás, inconscientemente sorriu para Andy. - Como você está?

- Bem - ela suspirou, voltando a andar quando ele lhe alcançou. - Por onde andou? Você some de repente.

- Ah, acabei ficando muito ocupado esses dias, sou o capitão de Quadribol e o Monitor-Chefe, e isso tem cobrado muito do meu tempo. Agora um garoto do meu time sofreu um acidente no treino e teremos que substituí-lo o mais depressa possível! - Andy respirou fundo, balançando a cabeça. - Não temos muita sorte para goleiros. Primeiro Gerard deixou o time e o atual quebra as duas pernas e um braço, o que vai fazer ele perder alguns treinos importantes.

- Você parece bem cansado. Tem se alimentado?

- Sim, sim. Posso não ter tempo para qualquer outro tipo de afazer ou lazer, mas se tem algo do qual não abro mão é a comida. - Sorriu, fazendo-a rir de leve e assentir. - Soube que Gerard está na ala hospitalar. Na verdade o vi por lá quando fui visitar o garoto do time, mas não cheguei a falar com ele. - Andy adquiriu um semblante sério, porém calmo. - É algo grave?

- Não sabemos - o olhar de Lilian era pesado no degrau da escada. Ela se encostou na balaustrada, enquanto a escada lentamente se movia. - Ele não quer ir ao St.Mungus, mas faz algumas semanas que não se sente bem, e dessa vez ele acabou vomitando sangue...

- Talvez alguma doença, ou vírus?

- Ele acha que pode ser uma doença trouxa, na verdade está bem confiante que é isso e que pode ser curado de um modo fácil, mas... Eu não estou tão confiante quanto ele. 

- Me pergunto se... - Andy ergueu as sobrancelhas, assim que a escada parou. - Bem, eu não sei o que está acontecendo com ele, na verdade nós dois não costumamos conversar muito mesmo compartilhando o mesmo dormitório.

- O que você iria dizer?

- Me pergunto se isso não pode ser... Um efeito colateral.

- Efeito colateral? - Lilian ergueu as sobrancelhas, parando de andar. Andy contorceu os lábios, parecia pensativo, quase hesitante.

- Bem, não faz muito tempo desde que ele... Que ele deu uma parte da alma dele para você. - Andy abaixou o tom de voz num sussurro, olhando para os lados. - Talvez o corpo dele esteja sentindo falta da parte dele que falta. A parte que está com você.

Lilian passou a mão pelo rosto, e toda sua preocupação apenas triplicou de tamanho com aquela possibilidade. Temia, desde muito antes de Gerard quebrar sua alma apenas para salvá-la, que aquela opção poderia ser válida, e era um dos motivos pelo qual não queria que ele se sacrificasse daquele jeito.

Gerard queria salvá-la, e salvou, mas e agora? Se ele estivesse correndo risco de vida por ter lhe salvado ela nunca se perdoaria.

- Ele pode morrer por isso, não é?

- Não sei - Andy coçou a nuca. - Você é como uma horcrux dele, certo? Então tecnicamente ele não deveria morrer por isso.

- Isso tudo é tão complicado - ela murmurou, sua voz abafada pela palma das próprias mãos. - Tão confuso. - Suspirou. - Me deixa doente e irritada, estou tão decepcionada com tudo, com a minha vida, levantar de manhã é um sacrifício porque eu sei que só vou conseguir encontrar mais e mais problemas, todos os dias e eles estão só acumulando e pesando nas minhas costas. Tenho lutado para me manter forte mas é tanta coisa, culpa e tristeza e tudo parece tão errado.

- Mande uma carta para sua mãe, ela deve saber mais sobre isso do que eu - Andy aconselhou, se aproximando e colocando a mão em seu ombro. - Qualquer coisa que precisar me procure, okay? Nós sempre podemos encontrar uma solução, mesmo no último segundo.


Notas Finais


Gostaram? :D
Beijooooooooos e muito obrigada por lerem até aqui!


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