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História Broken Marriage - Cacos de Vidro


Escrita por: jaureguiloverr

Notas do Autor


Demorei mas voltei!
Não revisei, acabei de terminar e já tô postando aqui, mesmo morrendo de sono. Então relevem que um dia eu arrumo.
Espero que gostem.
Boa leitura, nuggets.

Capítulo 15 - Cacos de Vidro


Lauren POV

O dia tinha sido exaustivo. Durante meu turno no hospital, fui convocada a ajudar em uma cirurgia de emergência, em parceria com Zayn. O caso era grave, mas felizmente conseguimos salvar o paciente. Quatro horas depois de meu horário usual de escala já ter terminado, eu saía completamente exausta do DH. Precisava de uma massagem na nuca, um bom banho quente e minha cama macia.

Após minha conversa com Camila naquela manhã, saí de casa apenas para me enfiar no hospital, agradecendo aos deuses por ter algo que pudesse distrair minha mente conturbada. Isabella e Camila finalmente se conheceram, e pela reação da minha morena, esse "encontro" não foi nada bem-vindo.

Eu sabia bem o que passou pela mente de Camila no momento em que viu Isabella pela primeira vez, e também sabia que suposições ela tinha feito. Eu não queria que ela pensasse assim, muito menos agora que tudo o que queria era tê-la de volta. O problema é que por tanto conhecer a mulher que amo, sabia que sua primeira reação seria o silêncio, tanto o dela quanto exigir o meu. E não havia nada que poderia ser feito. Se Camila Cabello tem um defeito, esse é sua gigantesca teimosia.

O trânsito de Miami era, definitivamente, o pior do mundo, pelo menos na minha concepção. Já faziam bons minutos que estava parada em plena Ponce De Leon Boulevard, quando na verdade deveria estar pegando Isabella em sua casa para levá-la para a minha junto comigo. Depois do tenso momento mais cedo, ela se desculpou tantas vezes que fui incapaz de contar e disse que não sairia por nada do meu lado, caso eu resolvesse "dar a louca e encher a cara mais uma vez". Apenas dei de ombros e a abracei, prometendo pegá-la no trabalho mais tarde, o que claro tive que desmarcar via SMS por conta da cirurgia que apareceu.

Bufei pela quinta vez seguida e me debrucei no volante, ligando o rádio pelo controle do mesmo. Para minha sorte e momentânea felicidade, Medicine do The 1975 tocava na estação que escolhi. Suspirei e fechei os olhos, me recostando no banco de meu carro, esperando até que o veículo em minha frente resolvesse andar. A paz que som daquela banda me trazia era instantânea, e por um segundo eu pude visualizar meu antigo quarto, cheio de pôsteres e luzes coloridas, o cheiro de sexo impregnado no ar, o corpo nu de Camila deitado em minha cama...

O barulho irritante do toque de meu celular interrompeu meus devaneios, combinado as buzinas que soavam do lado de fora. Sacudi a cabeça e voltei a acelerar, fazendo movimentos de rotação com meus ombros procurando aliviar a tensão presente neles ao mesmo tempo em que atendia a ligação pelo sistema de chamadas de meu carro, sem nem ao menos me dar conta do nome que piscava no painel ao meu lado.

— Alô...

Aqui é o Gabriel. Precisamos conversar.

Cerrei o cenho, meus olhos instantaneamente procurando o remetente daquela ligação, franzindo ainda mais as sobrancelhas quando vi o nome de Camila ali.

Gabriel.

Gabriel me ligando do número de Camila.

Gabriel me ligando do número de Camila às onze horas da noite.

Fodeu.

— Aonde está Camila? - minha voz saiu um pouco estrangulada.

Um enorme bolo se fazia presente em minha garganta, me fazendo ter dificuldade em inspirar. As piores coisas passavam por minha cabeça, todas elas envolvendo Camila e Valentina numa cama de hospital. Tentei permanecer calma e prestando atenção ao trânsito, mas o ritmo acelerado de meus batimentos cardíacos não ajudavam muito.

Ela não pode falar no momento.

Meus dedos e pernas inquietos denunciavam meu crescente estado de ansiedade, a necessidade de saber o que havia acontecido com minha família sendo maior do que a vontade de dar um soco na cara daquele infeliz por não desembuchar de uma vez. Não sei exatamente como, mas agora me encontrava em frente ao prédio de Isabella. Virei a cabeça no instante em que a loira passou pela portaria, sentando ao meu lado em poucos segundos, permanecendo calada. Nesse momento eu agradeci á alguma força maior por Isabella ter essa mania de me ignorar quando me atraso.

— Aonde está Camila?! - repeti, fazendo a mulher ao meu lado me olhar confusa. Apenas apontei para o visor onde dizia "chamada em andamento" e levei o indicador á meus lábios logo depois. Ela assentiu, virando seu corpo no banco para ficar de frente para mim.

Como eu disse, ela não pode alar agora, não há condições.- os olhos caramelo de Isabella arregalaram ao ouvir a voz masculina, fitando-me como se me perguntasse o que estava acontecendo. — Digamos que Camila esteja um tanto apagada no momento, se é que me entende. - trinquei a mandíbula, minhas mãos agarrando o volante com toda a força que tinha. Senti a mão da loira em meu joelho, apertando de leve. — Mas na verdade não importa, o assunto agora é entre eu e você, Lauren.

O tom de repulsa em sua voz ao dizer meu nome fez meu estômago embrulhar. Não que a opinião dele sobre mim me incomodasse, longe disso. Eu falava sobre ele do mesmo jeito, ou até pior. O que me preocupava era até aonde esse seu amor encubado por mim poderia prejudicar minha mulher e minha filha.

Ainda com o carro estacionado, soltei uma das mãos do volante e a passei por entre meus cabelos, agarrando um punhado deles em minha nuca. Agora, além de preocupada, eu estava começando a ficar puta.

— O que quer comigo á uma hora dessas? Não temos assunto nenhum a tratar.

É aí onde você se engana, Jauregui. A partir do momento que suas ações escrotas começam a atingir a minha mulher fisicamente, passa a ser assunto nosso.

Engoli a vontade de vomitar que tive ao ouvi-lo chamar Camila de "sua mulher" e respirei fundo, abaixando a mão para apertar a de Isabella que permanecia em meu joelho, me assegurando silenciosamente que estava ali para mim. Desviei meu olhar para a mulher e sua expressão confusa e preocupada fizeram meu coração já apertado se encolher ainda mais. Entrelacei nossos dedos e voltei a fitar a rua á minha frente.

— Não faço idéia do que você está falando. Se quer tanto discutir esse assunto sem fundamentos, vá direto ao ponto. Não tenho a noite toda.

Não faz idéia, não é? - sua risada sem humor soou pelo alto-falante, me fazendo arrepiar. — É claro que não faz. Você só se importa com você mesma, é por isso. Não te interessa o que suas palavras ou ações possam causar ás pessoas, se você estiver bem, está tudo certo. O fato é, Jauregui, que esta noite eu tive que presenciar a cena mais lamentável da minha vida. - ele riu mais uma vez, seu tom de voz denunciava toda a raiva que sentia. — Porra, eu tive que trazer uma Camila pra lá de bêbada no colo para casa porque ela mal se agüentava em pé por sua causa! Tive que escutar coisas que ninguém deveria escutar, também por sua causa! Passei pela preocupação de saber aonde a sua filha estava quando a mãe dela simplesmente decidiu sair de casa para encher a cara com a intenção de esquecer qualquer merda que você tenha feito dessa vez! Gostou de saber dessa? Huh? Fiz sua noite mais feliz, tenho certeza.

Eu estava em choque. Minha boca pendia aberta, meus olhos não conseguiam focar em um só lugar, eu podia senti-los marejando. Senti um aperto forte em meu joelho direito mas eu permanecia sem reação. Levei minhas mãos ao rosto e deitei a testa no volante, sem conseguir prender a vontade de chorar. Meu Deus, o que eu fiz? Além de ter afetado Camila ao ponto de fazê-la beber quando eu sabia que ela nunca o fazia, ainda a fiz ser negligente com nossa filha, deixando-a com Deus sabe quem. Apertei minhas pálpebras com força, mordendo o lábio inferior para parar um soluço.

Oh, meu Deus, Camila. Me perdoe, meu amor. Me perdoe.

Levantei-me, passando as mãos pelas bochechas para secar as lágrimas e inspirei com força, pedindo aos deuses para que minha voz saísse controlada.

— Eu... Aonde minha filha está?

Está com a madrinha, para a sua sorte. Camila nunca deixaria Valentina desamparada, se é isso o que está pensando... - suspirei, um lado de minha preocupação se esvaindo. — Eu juro, Jauregui, juro como queria saber o que Camila viu em você em primeiro lugar. Você é egoísta, hipócrita... Não vê nada além de seu próprio umbigo. Considero um milagre você se preocupar tanto com sua filha, mas até que faz sentindo, afinal, ela tem o seu sangue. Mas, calma. Você sequer se importa com sua família? Eles são sangue do seu sangue, infelizmente para eles... Eu não consigo acreditar como você um dia conseguiu conquistar uma mulher como Camila e formar uma família com ela. Juro que tento entender, mas não dá. Talvez o seu eu de alguns anos atrás não fosse tão idiota quanto o de hoje em dia, talvez seja isso. Não, não, com toda certeza é isso! Por que, caralho, não é possível que uma mulher como Camila tenha te escolhido você sendo do jeito que é. E o pior é que vocês ainda tiveram uma filha! A criança mais esperta e doce que eu já conheci. Como pode Valentina ser sua filha? A sorte dela é ter Camila como mãe, que não deixou que toda a sua imundície passasse para ela. Tenho pena das duas por terem convivido contigo todo esse tempo. Mas sabe o que eu realmente não entendo, Lauren? - sua voz se elevou, toda sua paciência se desfazendo naquele momento. — Eu realmente não consigo entender como... Porra! Como, depois de todos esses anos convivendo com você e sabendo quem você é, Camila ainda consegue amar você? Como?! - o som de vidro quebrando se fez presente, aumentando ainda mais o meu choque.

Eu estava paralisada, mas não por causa de todos os insultos que Gabriel me fez. Eu praticamente não os ouvi, não tinham importância. Eu só não estava o entendendo, aonde ele queria chegar dizendo todas aquelas coisas? Ele achou que me atingiria falando tudo aquilo? Pouco me importa o que ele pensa ou deixa de pensar sobre mim. Mas agora eu sei... Eu entendi o porquê de tudo isso. Ele não fez com a intenção de me machucar. Fez porque o machucaram. Camila o machucou. O feriu quando o disse que...

Oh, meu Deus!

— Camila me ama! - sussurrei para mim mesma. Eu não podia acreditar. Minha respiração começava a desregular, minha freqüência cardíaca aumentando em noventa por cento. Meus olhos arregalados viajaram até Isabella e percorreram todo o seu rosto surpreso, onde um sorriso ameaçava nascer. Eu sabia que nada estava certo, nada daquilo estava bem. Sabia que o fato de ter feito Camila beber demais e acabar dizendo coisas que sóbria não gostaria de dizer não era certo, mas... Aquelas três palavras não paravam de martelar em minha cabeça, fazendo um grande, feliz e aliviado sorriso tomasse conta de meus lábios, assim como as lágrimas voltavam a tomar conta de minhas bochechas. — E-Ela me ama!

Braços agarraram meu pescoço com força, me embalando em um abraço quente. Enlacei a cintura fina e deitei minha cabeça na curva de seu ombro, permitindo-me chorar em seu colo. Isabella passava as mãos por meus cabelos, sussurrando pequenas frases em meu ouvido, que eu sinceramente não estava prestando atenção. Tudo que eu conseguia pensar era em como eu precisava me desculpar com minha mulher, fazê-la ver o quanto eu também a amo e implorá-la para me aceitar de volta. Tudo o que eu mais queria era ter minha pequena família de volta para mim, do jeito como era antes. Mesmo que eu tivesse que deixar tudo o que tenho hoje para trás, eu faria sem pensar duas vezes se isso me desse a certeza de que eu teria minha Camila de volta em meus braços. Pouco me importava cargo no hospital, carro, apartamento... Eu daria tudo apenas para voltar a viver na casa onde os dois amores da minha vida viviam.

Aos poucos, fui me desvencilhando de seus braços, sentando corretamente no banco do carro. Não me importei em limpar as lágrimas, sabia que ainda tinham muitas por vir. Respirei fundo e apenas sorri, dando novamente vida ao veículo ao acelerá-lo, só aí percebendo que a chamada já havia sido terminada, dando lugar a uma música qualquer que estivesse tocando na rádio naquele momento. A mão pequena de Isabella tocou meu rosto, acariciando minha bochecha.

— Mais calma? - a fitei por alguns segundos e assenti. — Que bom...

***

— Você tem que se acalmar, Lauren!  Não pode sair querendo resolver as coisas assim de uma vez só! - a voz de Isabella soava por trás de mim enquanto eu caminhava determinada até meu quarto, procurando o saco plástico transparente onde minha mala estava em meu closet.

— Essa é a questão, não há nada para acalmar. Eu estou calma! Estou apenas ansiosa, é isso. - joguei a grande mala cor de vinho em cima da cama, voltando ao closet para pegar minhas roupas e jogá-las lá dentro ainda no cabide. — Quero que tudo esteja resolvido o mais rápido possível, porque assim eu estarei voltando também o mais rápido possível. - sorri para ela, que havia desistido de brincar de sombra e agora permanecia sentada na cama, suas pernas cruzadas em estilo indiozinho. Ouvi-a bufar, enquanto largava seu corpo no colchão, seus braços indo para o topo de sua cabeça.

— Tudo bem! Eu desisto. Morra de ataque cardíaco e dê tchau á chance de ter Camila de volta.

Paralisei no meio de meu trajeto de volta ao closet e me virei lentamente em meus calcanhares, encarando seu corpo espalhado na grande cama. Fiz um pequeno bico e arqueei uma sobrancelha, correndo em sua direção logo depois, me jogando ao seu lado. Ela soltou um pequeno grito por conta do susto e depois riu, fitando-me. Neguei com a cabeça e passei um braço por trás da mesma, encarando o teto branco.

— Ok, você venceu. Eu acho que posso esperar até amanhã, certo? Não quero morrer logo agora que descobri que minha mulher me ama. - virei meu rosto para a loira que sorria para mim e cerrei o cenho, fazendo uma falsa cara de dúvida. — Você sabia que ela me ama? Porque ela ama mesmo.

Sua risada se fez presente mais uma vez, e eu a acompanhei, me jogando em cima do corpo magro, ouvindo-a soltar um resmungo por causa de meu peso. Agarrei sua cintura e deitei minha cabeça em seu peito, sentindo seus dedos começarem um suave carinho entre meus cabelos, me acalmando. A verdade era que, não, eu não estava nem um pouco calma. Mas eu precisava ficar, e uma das pessoas que mais conseguia me acalmar - depois de Camila e Valentina - era Isabella, além de Verônica e Zayn. Eu ainda tinha que atualizar os dois com as novidades, e dizê-los trezentas vezes que Camila me amava, assim como fiz com a loira deitava em baixo de mim. Eu sabia que Verônica pularia comigo, tentaria me embebedar para comemorar e tudo mais, mas também sabia que com Zayn as coisas seriam mais difíceis, porém não impossíveis. Ele como meu amigo, assim como as outras duas, sabia o quanto eu queria Camila de volta, e o quanto isso me faria feliz, por isso tinha certeza de seu apoio quando o contasse a coisa toda. Agora eu só precisava que ele concordasse com um pequeno plano meu que demandava um certo empurrãozinho de sua parte.

***

— Isso é loucura, Michelle! - meu amigo disse, sentando-se em sua poltrona. — Eu não posso simplesmente te demitir assim!

— Não estou pedindo isso, Zayn, me escute! - puxei uma das cadeiras localizadas em frente á grande mesa de madeira e me sentei, fitando o homem. — Eu só preciso que me expulse da unidade. - os olhos castanhos se arregalaram, me fazendo repensar minhas palavras. — Não, não, não, não! Me trocar de unidade, isso! É isso o que eu quis dizer. - abri um sorriso sem graça quando o vi me repreender com o olhar.

— Mesmo assim, Michelle. Para eu poder te transferir, seria preciso ter um motivo, me entende? Um motivo plausível para demissão, só que não tão ruim ao ponto de perder uma médica tão boa quanto você. Não é tão simples assim. - ele recostou, abrindo o único botão de seu paletó e passando as mãos por seus cabelos curtos acinzentados em seguida.

— Mas eu preciso que tente, Zayn! Por favor. Eu preciso voltar para o Brasil. - fiz biquinho, apelando de verdade. Vi o momento em que seus olhos rolaram e ele suspirou, esfregando as mãos no rosto.

— Você está mesmo certa disso? Digo, tem mesmo certeza de que quando chegar lá Camila vai te receber de braços abertos? - me distraí, pensando em como eu queria ser recebida por uma Camila não só de braços abertos, mas também de per... — Não foi você quem disse que ela estava namorando o engomadinho?

Zayn cortou meus pensamentos da pior forma possível, falando do namoro de Camila. Rolei os olhos e joguei a cabeça para trás, bufando.

— É, ela está. Mas não por muito tempo, isso eu te garanto. - voltei a fitá-lo, que me encarava com uma sobrancelha arqueada. Me sentei corretamente outra vez, agora me curvando para apoiar os antebraços em sua mesa. — É sério! Ela me ama, Zayn, e não ele. É comigo que ela quer ficar, e não com ele.

— Como pode estar tão certa disso?

— Eu simplesmente sei...

Ele arqueou a sobrancelha de novo.

— Eu simplesmente sei e recebi uma mensagem de Dinah hoje mais cedo. - completei, abrindo um sorriso sem graça.

Ele riu polido e fez um gesto com a mão, pedindo silenciosamente o meu celular. Tirei o aparelho do bolso da calça e o desbloqueei, abrindo a conversa com Dinah no aplicativo de mensagens e o entregando em seguida. Zayn respirou fundo e se concentrou na tela do celular, apenas para rolar os olhos de novo quando viu que era uma mensagem de áudio.

"Ok, olha só, ôh branquela. Se a bunduda descobrir que eu estou te contando isso, é capaz dela arrancar todos os meus dedos e os comer depois por causa desse mau humor dos infernos que ela está por causa da ressaca fodida que ela acordou hoje. Enfim, resumindo a história, porque eu não tenho muito tempo para enrolar a Mani e a Mila lá na sala fingindo que esqueci minha carteira no quarto, foi o seguinte. A Mila passou aqui em casa ontem de noite e deixou a Val comigo. Depois disso, o que eu sei foi só o que ela me contou que lembrava, que também não foi muita coisa. Disse que o doutorzinho encontrou ela no bar e ficou enchendo o saco dela com perguntas. Aí ela disse que falou umas verdades pra ele e que deixou escapar que - aí, porra! Bati meu dedinho! Porra, porra, porra! Voltando, ela deixou escapar pra ele que ainda é totalmente gamadona em você. E que acha que ele não recebeu muito bem a notícia porque hoje quando acordou viu a cozinha repleta de cacos de vidro. Bem, foi isso que ela veio contar aqui hoje de manhã quando veio pegar a Val. Agora eu tenho que ir, Snow. Se eu ficar sabendo de mais alguma coisa que interesse, eu te digo. Tô na torcida aqui! TEAM CAMREN!"

O áudio terminou, e a voz de Zayn leu a mensagem de texto que seguia logo em baixo.

— "Merda, Snow, eu acabei de gritar isso e levei um tapa de Camila. Mas ainda sou Team Camren. Tô contigo, branquela." - ele riu, negando com a cabeça antes de me entregar o aparelho já bloqueado. — Essa sua amiga é uma que eu realmente preciso conhecer.

— Fique logo sabendo que ela é lésbica. - ele arqueou as sobrancelhas e eu dei de ombros, levantando as mãos em rendição. — Foi só um lembrete.

Zayn riu com vontade dessa vez, fazendo com que suas adoráveis covinhas aparecessem e seus olhos quase se fecharem. Eu apenas continuei o fitando, pensando no quanto eu já sentia falta de tê-lo ao meu lado todos os dias. O quanto eu sentiria falta das nossas conversas, desde as mais sérias até as mais banais. Nossas saídas em conjunto com Verônica. Nossos abraços. Nossos conselhos de irmão. Nossa proteção. Mas eu sabia que nunca o perderia. Tinha certeza que nossa amizade duraria até depois do fim.

— Ok, Jauregui. - ele se recompôs, ajeitando seu paletó e sentando com a coluna ereta na grande poltrona, me fitando com uma expressão séria que me denunciava que um bom plano estava sendo bolado em sua mente. — Já sei o que fazer para te ajudar.

— E o que é?

— Você vai me bater.


Notas Finais


E então?
Até a próxima!
Gabs, xx


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