1. Spirit Fanfics >
  2. Broken Marriage >
  3. We Are All Mad Here, Alice

História Broken Marriage - We Are All Mad Here, Alice


Escrita por: jaureguiloverr

Notas do Autor


Oi, mores!
Primeiro de tudo: muito obrigada pelos favoritos! Vocês são maravilhosos.
Segundo: eu realmente apreciaria se vocês me dissessem o que vocês estão achando. Eu fico pensando que não estou agradando e isso acaba me desmotivando. Então, por favor, me digam, okay?
Terceiro: eu não tenho exatamente muito tempo disponível. Estou me formando esse ano, então estou quase sempre estudando. Não posso prometer atualizações regradas, mas vou fazer o meu máximo. Isso eu prometo.
Okay, falei demais. Espero que gostem, e espalhem pros amiguinhos, no twitter, ou qualquer outra rede social que vocês usem. E se houver algum erro, me digam que depois eu conserto.
Beijinhos, amores, boa leitura <3

Capítulo 2 - We Are All Mad Here, Alice


Fanfic / Fanfiction Broken Marriage - We Are All Mad Here, Alice

Lauren POV

Juro que não aguento mais essas ligações intermináveis de Camila. Um ano se passou desde que nos separamos, e mesmo assim quase todo santo dia essa mulher arruma um motivo pra me ligar, e na maioria das vezes, nem tem algo errado com Valentina. Porque, se fosse pra realmente falar da minha filha, estava tudo bem, mas…

— O que que foi, Camila? Estou ocupada…

— Mama? – a voz da minha pequena soou pelo celular e eu instantaneamente quis me esbofetear por ter falado desse jeito com ela.

— Oi, princesa… Ãhn, a mama não pode falar agora, estou ocupada. Posso te ligar daqui a pouquinho? Ou é importante? – odiava ter que dizer não a ela, mas eu realmente estava no meio de uma revisão de um projeto importante do hospital.

— Tudo bem, mama. Tchau! – minha filha disse animadamente antes de encerrar a ligação.

Eu sempre amava quando Val me ligava assim do nada. Na primeira vez que ela ligou, aquela maluca que ela chama de mãe me ligou primeiro, dizendo as seguintes palavras: "É melhor você falar direito com a sua filha quando ela te ligar, ou eu vou até esse Caribe fajuto que você mora e mato você.". É amigos, esse é o preço a se pagar por ter casado com uma artista, drama em toda e qualquer situação.

De qualquer forma, não posso perder tempo. Tenho que terminar de revisar esse relatório e ir me encontrar com os acionistas do hospital, e se tudo der certo, abriremos outra filial em algum lugar do Canadá.

***

Que máximo! Tudo foi como eu planejei na reunião. Sou assim, se eu quero, eu consigo.

Voltei à minha sala apenas para pegar minhas coisas e partir para casa, mas uma coisa no computador me chamou a atenção. Meu monitor mostrava a data de hoje em números grandes e largos, fazendo questão de quebrar os já quebrados pedaços do meu falecido coração em mais alguns. Dia 18 de Junho, mais precisamente a data do meu casamento com Camila. Pois é, seriam 4 anos que…

— I don't mind spending everyday, out on your corner in the pouring rain, look for the girl with the– Keana, minha secretária, entrou cantando em minha sala, e eu mais do que nunca quis enfiar aqueles pauzinhos que ela usa no cabelo na garganta dela.

— O que você está fazendo? – disse rude, olhando em sua direção com a expressão fechada.

— Ai, Lauren, que susto! Eu não sabia que você ainda estava aqui. Eu só-

— “Você só” nada. Por favor, certifique-se primeiro de que não estou antes de começar sua cantoria. Sua voz me deu dor de cabeça. – disse, massageando minha têmpora esquerda.

— Sim, ãhn, tudo bem Laur, nã- arqueei uma sobrancelha em direção a mulher e ela automaticamente percebeu que não era um dia para gracinhas e se corrigiu. — Srta. Jauregui, farei isso.

— Ótimo! E ah, antes que eu me esqueça. - fui andando até Keana num passo bem lento, olhando dentro de seus olhos cor de mel. — Está terminantemente proibida a reprodução desta música na minha presença. Fui clara? – disse quando já estava com meu corpo praticamente colado ao da mulher, sussurrando bem perto de seus lábios, segurando seu queixo para que ela não se movesse.

— Si-Sim, Srta. - gaguejou, me fazendo soltar um pequeno riso de satisfação.

— Perfeito! Está dispensada, Srta. Issartel. - dei um passo atrás apenas para checar seu corpo divino mais uma vez. A meia calça da cor pastel, a saia social grafite e a blusa social salmão realmente a faziam bem. — Nos vemos segunda, linda. - mordi meu lábio inferior, piscando para ela enquanto saía pela porta de meu escritório.

Francamente, será que tudo hoje vai me fazer lembrar do dia que eu mais queria esquecer? Como se já não bastasse a data gigantesca no meu monitor, o fato de ser sexta-feira (que já é quase um sinônimo para dor de cabeça por motivos de Camilite Aguda), a gostosa porém burra da Keana  me entra cantando justamente a música do meu casamento. Olha, tem horas que eu realmente não sei porque ainda não a demiti, mas aí eu me lembro dos momentos divertidos que tivemos em minha sala, na sala de reunião, no banheiro feminino do sexto andar… É, já sei o porquê.

Mas se bem que, já há algum tempo que não venho querendo saber de Keana para o meu lado. Falando nisso, nossa! Já faz muito tempo que eu não venho querendo saber de ninguém. Será que estou doente?

Saí do elevador quando o mesmo parou no subsolo, o som de meus saltos ecoando pela garagem vazia. Meu carro é literalmente o meu segundo maior amor, só perde para minha filha, é claro. Andei até meu bebê e alisei seu capô, vendo meu reflexo na lataria preta lustrada da Ferrari F12 estacionada a minha frente. Desativei o alarme e entrei, sentindo o couro fofo do estofado sob mim. O liguei e apreciei o delicioso ronco de seu motor, suspirando apaixonada.

***

Quando já estava a alguns minutos de meu apartamento no centro de Miami, meu celular começa a tocar. Decido ignorar pensando ser Vero me chamando para curtir a sexta em sua boate e deixo tocar. Não estou com cabeça para isso hoje.

Depois de alguns segundos de paz, o toque irritante soa novamente e eu decido olhar quem era o chato que não sabia esperar até que eu estivesse com paciência para retornar. Olho o celular e vejo o nome “We Are All Mad Here Alice” piscando na tela. Reviro os olhos e bufo já sem saco, apertando o botão para atender a chamada em meu volante. E que a tradição de sexta-feira comece… infelizmente.

 

Camila POV

Sétimo toque e nada da monstra me atender. Eu já estava quase desistindo quando aquela voz seca me atendeu.

— Fala, Alice… – sua voz soava cansada e meio sem paciência.

— Posso saber por quê você não retornou para sua filha? – então me liguei de que ela tinha me chamado. — Espera aí… Você está com alguém? Meu Deus, Lauren! Você ainda atende o celular no meio disso?! – aumentei meu tom de voz. — Me desculpe, Alice! – soltei uma risadinha constrangida.

O silêncio se estabeleceu do outro lado da linha. Imaginei a mulher corando. Até que a voz de minha ex-mulher soou pelo aparelho pausadamente.

Sinceramente, Camila. Qual. É. A. Porra. Do. Seu. Problema? – respirou fundo. — A Alice é você, mas isso não vem ao caso. E sobre a minha filha…- aquela ênfase no “minha” me irritou. — Ainda não retornei porque acabei de entrar em casa, estava resolvendo uns problemas no hosp-

— Como sempre o trabalho vindo antes da família. – minha voz saiu fraca e ficou evidente a mágoa em meu tom.

— Camila, por favor... Não quero discutir.

— Valentina quer falar com você. Pode atendê-la? – disse o mais firme possível.

— É óbvio, Camzi. – senti a ironia em sua voz. Mas eu não deixaria ela me afetar. Pus o telefone no viva voz e o entreguei a Valentina que esperava ansiosa ao meu lado.

— Oi, mama! – ela disse cantando.

Me levantei e fui escovar os dentes, dando um pouco de privacidade para as duas.

— Oi, Estrelinha! Como você está? – Lauren usava aquela voz doce, quase aveludada.

— Estou com saudade, mama… – senti meu coração doer um pouco e acrescentei mentalmente um “eu também”.

— Eu também estou morrendo de saudade, meu amor. – sabia que ela havia começado a chorar. Meus olhos também marejaram. Enxaguei a boca e encostei no batente da porta, olhando minha pequena.

— Mama, fiz um desenho nosso beeeeem lindão na escolinha hoje.

— Ah, é? Conta pra mama o que você desenhou, Estrelinha.

— Você e a mamãe de mãos dadas, e a mamãe tava esperando um irmãozinho, e eu tava abraçando vocês duas.

Parei de respirar. Um nó se formou em minha garganta. Pensei ter ouvido Lauren suspirar.

— Que lindo, filha. Depois pede pra sua mãe me enviar uma foto, está bem? Não esqueça. – havia um sentimento em sua voz que não consegui identificar. Como se estivesse medindo suas palavras.

— Uhum! – Val cantarolava enquanto eu lutava com as lágrimas que queriam vir a tona.

— Agora, está na hora da mama e da Estrelinha dormir, não é? – como sempre Lauren preferia mudar de assunto a encarar a situação.

— Mama? – ouvi Valentina sussurrar. Quando a monstrinha falava assim é porque vinha uma pergunta daquelas.

— Oi, meu amor. – Lo sussurrou também. Elas estavam tentando me matar de curiosidade?

— Hoje é um dia triste? Mamãe tava chorando muito ouvindo uma música hoje.

— Ah… – foi a única coisa que ela disse.

Senti meu coração apertar. Respirei fundo e saí do banheiro.

— Val, meu anjinho, está na hora de dormir. – tentei não transparecer nada em minha voz, mas falhei terrivelmente. — Dê boa noite para sua mama.

— Boa noite, mama! – Valentina jogou um beijo para o telefone.

— Boa noite, minha estrelinha. A mama ama você. – ouvi ela dizer antes de desligar a chamada.

— Então, vamos dormir, monstrinha.

Valentina saiu correndo para a cama e eu deitei de conchinha com ela em sua cama. Dei um beijo em sua bochecha gordinha e fiquei lhe fazendo carinho até que nós duas adormecêssemos. 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...