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História Broken Marriage - She Needed To Know


Escrita por: jaureguiloverr

Notas do Autor


A ESPERA ACABOU!
Meu Deus, gafanhotos, quanto tempo! Não me matem, meu imploro. Não tenho nem o que dizer, foi vacilo mesmo, mas eu quero que saibam que não foi por querer. Eu simplesmente não estava conseguindo escrever NADA durante esse período. Nada saía, eu não tinha inspiração para absolutamente nada. Mas enfim chegou o dia. Saiu!
Então eu espero que vocês gostem. Não está lá essas coisas, eu particularmente não achei bom o suficiente, mas postei porque eu não podia deixar vocês esperando ainda mais.
Enfim, boa leitura, mores, Até lá em baixo.

Capítulo 20 - She Needed To Know


Anteriormente em Broken Marriage:

Você sempre se achou muito esperta, né? – Arqueei uma sobrancelha. Mas dessa vez você errou feio, errou rude...

Como é?

É isso aí mesmo que você entendeu, mas eu não vou repetir. Você é inteligente, vai saber do que eu estou falando. O que eu realmente não consigo entender é o porquê de tudo que aconteceu durante esse dia. Primeiro você me beija depois de chorar nos meus braços. – Ela deu um passo para frente, se aproximando. Depois você simplesmente me expulsa da sua casa. Aí, como se já não bastasse tudo para me confundir a cabeça, eu encontro você no restaurante jantando com o seu namorado, apenas pra te ver ter uma crise de choro no banheiro por ter me visto com a Isabella... – Ela se aproximou mais, me fazendo dar passos para trás até que minhas costas batessem contra a parede, me encurralando.

Eu não estava chorando por te ver com a Isabella, estúpida.

A cortei nervosa pela situação, mas Lauren não se abalou e continuou a falar.

Então eu te pergunto, Camila, qual é a sua? Porque eu realmente não estou conseguindo te entender.

Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo. Depois de tudo que ela fez, todas as atitudes controversas que me afetaram, ela tem a audácia de perguntar isso para mim?! Ela só podia estar de brincadeira com a minha cara, só podia.

Respirei fundo encarando as bilhas verdes que não desviavam de mim nem por um segundo e umedeci meus lábios, a respiração quente de Lauren batendo em meu rosto.

Eu não podia simplesmente falar; não podia contar a ela tudo o que eu estava sentindo, toda a confusão que estava a minha cabeça naquele momento. Não podia porque, além dela com certeza rir de mim e me julgar como imatura por não saber como definir minhas emoções, ela ainda jogaria na minha cara o quanto ela e sua “não-namorada” estavam felizes juntas e que ela nunca largaria seu tão querido e amado cargo no hospital apenas para ficar comigo.

Mas quem foi que disse que eu queria que ela largasse o cargo para voltar para mim?

Sacudi a cabeça mentalmente para dispersar os pensamentos que começavam a me confundir ainda mais e voltei a focar meu olhar nela, que agora me olhava confusa.

Talvez minha sacolejada de cabeça não tenha sido tão metal assim...

– Você está de sacanagem com a minha cara, não está? – Assisti uma de suas sobrancelhas arquear e sua boca abrir para me responder, mas não deixei que ela progredisse. – Não, porque, de verdade, quem não está te entendendo sou eu. – Ri sem humor, cruzando os braços embaixo de meus seios. – Você simplesmente aparece aqui, sem dar nenhuma explicação e...

– Não dei explicação porque você não me deixa falar!

– Eu não te deixo falar?! Em que mundo você vive, Lauren? – Encarei-a incrédula.

– Na porra do mundo em que eu venho até aqui saber como você está ao invés do seu namoradinho de merda!

– Não abra sua boca imunda pra falar mal dele, sua estúpida!

Descruzei os braços e apontei meu dedo indicador no seu rosto, assistindo seus olhos cerrarem.

– Agora falar a verdade é falar mal? E tira esse dedo da minha cara antes que eu tire por você, Karla. – Praticamente gritou, me encarando nervosa.

Abri a boca no mesmo segundo em que meu primeiro nome passou por seus lábios e quase não percebi que minha mão aberta já voava em direção ao rosto de Lauren, até que em um movimento rápido ela tinha meus pulsos presos em minhas costas e seu rosto muito perto do meu.

– Me solta, sua babaca! Tira as mãos de mim agora e nunca mais ouse me chamar desse jeito outra vez!

A estúpida riu e desceu seu olhar até meus lábios, fazendo minha respiração acelerar. Eu me remexia para tentar soltar minhas mãos de seu aperto, mas Lauren sempre foi mais forte que eu, meu esforço estava sendo em vão.

– Eu posso te chamar do jeito que eu quiser. – Ela sussurrava e se aproximava cada vez mais. – Posso te chamar de Camila, de Karla, de Camz... – Continuou a se aproximar. Eu estava quase abrindo minha boca para cortá-la quando ela voltou a falar. – De qualquer coisa, minha Estrela.

Antes que eu pudesse realmente computar o que ela tinha falado, seus lábios estavam colados aos meus.

 

Lauren POV

Era como beber água depois de dias no deserto. Era como voltar a respirar após um longo mergulho. Era como 4 de Julho na América. Era como o Réveillon em Copacabana. Era como ter a bateria da Beija-Flor dentro de meu peito.

Era assim que eu me sentia toda vez que os lábios de Camila se juntavam aos meus.

Eu não sabia realmente o que estava fazendo quando a beijei. Estávamos no meio de uma discussão onde Camila estava dizendo absurdos sobre eu estar namorando Isabella e eu precisei pará-la. De onde diabos ela tinha tirado isso?! Será que havia esquecido sobre minha promessa de 10 anos atrás? Nada havia mudado. Pelo menos não para mim.

Movi meus lábios contra os seus, sentindo-a tensa. Camila ainda não tinha correspondido meu beijo e aquilo estava começando a me incomodar. Suguei seu lábio inferior e o chupei, ouvindo claramente um pequeno e tímido gemido sair dela. Sorri, aproveitando a chance para introduzir minha língua em sua boca, mas fui surpreendida ao sentir uma repentina ardência no lado esquerdo de meu rosto e meu corpo ser empurrado para trás.

Cerrei o cenho e abri os olhos, vendo uma Camila visivelmente puta da vida me encarando com o maxilar trincado.

Oh, ela tinha me dado um tapa.

Rolei os olhos.

Novidade.

– Nunca mas faça isso, ouviu bem?! Nunca mais, Lauren!

Respirei fundo e desviei meu olhar para o espelho, fitando a maçã de meu rosto que agora tinha uma coloração avermelhada. Entortei minha boca e voltei a fitá-la, podendo ver em seus olhos o mesmo sentimento que eu tinha nos meus.

Mágoa.

Assenti vagarosamente, assistindo-a arrumar seus cabelos e passar os dedos sob os lábios, limpando as marcas borradas de seu batom. Ela não voltou a me encarar, apenas respirou fundo e saiu, deixando-me sozinha com as lágrimas que escorriam por meu rosto.

Eu não conseguia a entender. Em um momento ela estava toda sentimental, beijando-me sem mais nem menos. No outro, estava chorando no meio de um banheiro de um restaurante logo depois de me ver na companhia de Dinah, Normani e Isabella, gritando horrores comigo enquanto seu namorado e nossa filha a esperavam.

Você é o meu eterno mistério, Camila Cabello.

 

Camila POV

Assim que saí pela porta de madeira escura, dei de cara com Dinah. Ela parecia preocupada, mas eu não estava com paciência para isso agora. Ainda mais quando lembrava que ela sabia de tudo, sabia sobre Lauren e Isabella e, ao invés de ser minha melhor amiga e me contar, ela me escondeu aquilo e ainda por cima ficava me dando esperanças para voltar com Lauren.

Traíra.

– Walz...

– Não.

Continuei andando, mas o toque de sua mão em meu pulso me fez parar.

– Camila, você precisa me escutar, por favor.

Respirei fundo e fechei os olhos por um momento, reunindo todas as minhas forças para não deixar que as lágrimas descessem por minhas bochechas. Eu tinha que ser forte. Não, eu precisava ser forte.

Virei-me para a loira lentamente, podendo ver Normani me encarar triste sobre seu ombro, e atrás dela, Isabella, que também me encarava, mas não era tristeza o sentimento que inundava suas feições. Rapidamente desviei o olhar e fitei Dinah, olhando no fundo de seus olhos.

– Não. O que eu preciso, Dinah, é voltar para a minha família. –Disse, com a voz dura, a rouquidão devida à enorme bola presente em minha garganta.

Não estava sendo fácil falar daquele jeito com ela, assim como eu sabia que estava difícil para ela me escutar assim. Dinah era como uma irmã para mim. Nós estávamos juntas desde que me entendo por gente. E, quanto mais ela tentasse me impedir de sair dali, mais doloroso seria, para nós duas.

Com os olhos marejados, ela assentiu e soltou-me devagar. Trinquei meu maxilar e assenti uma única vez antes de dar-lhe as costas e seguir em direção à mesa onde Gabriel e Valentina me esperavam, essa de pé na cadeirinha, com os braços abertos para mim.

– Mamãe, é a dinda! Podemos ir falar com ela?

Peguei-a no colo e abracei seu pequeno corpo com uma força maneirada, forte o suficiente para me satisfazer de tê-la próximo e sentir a calma que só ela era capaz de me transmitir, mas também para não machucá-la.

– Não, amor, agora não. – Falei, meu coração batendo frenético dentro de meu peito. Fitei Gabriel, que me encarava confuso e preocupado, e movi meus lábios para ele, formando as palavras “vamos embora”. Ele rapidamente assentiu e se levantou, chamando o garçom que passava por nós para pedir-lhe a conta.

– Ah, por que não, mamãe? Eu queria tanto falar com... mama!

O grito de Valentina me fez fechar o os olhos com força, tudo o que eu estava rezando para que não acontecesse, acontecendo. Minha filha começou a se agitar em meu colo, tentando se libertar, o que acabou por chamar a atenção do homem à minha frente.

Gabriel virou-se para mim, mas seus olhos focaram em um ponto sobre minha cabeça, todo seu rosto endurecendo numa expressão de raiva.

Oh, Deus...

– O que a Lauren está fazendo aqui? – Sua voz enraivecida perguntou-me, seu enfitar pesado agora sobre mim. – Você sabia que ela estava aqui?

– Não, eu...

– Mamãe, me deixa ir com a mama! – Valentina me cortou, suas perninhas balançando de um lado para o outro no ar. – Deixa, por favor! Mama!

A pequena agora tinha seus braços abertos para a mulher que eu julgava estar alguns metros atrás de mim apenas por ser capaz de sentir seu olhar sobre minhas costas, ainda sacudindo-se para se soltar de meus braços.

Tudo estava demais. Sufocante demais. Pesado demais. Escuro demais. O ritmo enlouquecido de meu coração, os movimentos de minha filha em meu colo, o olhar pesado de ambos Gabriel e Lauren sobre mim... Eu podia sentir minhas pernas tremendo enquanto todas as luzes do enorme salão pareciam sair de foco.

Abaixei-me e soltei Valentina, apenas para no momento seguinte sentir minha cabeça girar e de repente o chão sumir sob meus pés.

 

Lauren POV

– CAMILA!

O grito simplesmente escapou inconsciente de meus lábios enquanto a cena a minha frente se passava em câmera lenta. Eu podia ver claramente o bambear das pernas de Camila e logo depois seu leve corpo ser projetado para trás. Senti meu estômago embrulhar e meu coração acelerar, minhas pernas já trabalhando em correr em direção à ela.

Envolvi sua cintura com força, sentindo seu corpo pesar sobre meus braços. Dobrei meus joelhos e a deitei em meu peito, sua cabeça pendida para trás encostada em meu ombro. Minha respiração irregular fazia com que meus pulmões doessem, mas nada conseguia se comparar à dor presente em meu coração naquele momento. Ver Camila daquele jeito…

– Veja só o que você fez! Solte-a, agora!

– Meu Deus, Mila!

– Walz!

Eu podia ouvir a voz grossa e rude de Gabriel, o choro de Normani, o grito de Dinah e o burburinho no salão do restaurante causado pelo desmaio ao longe, mas eu não estava realmente ligando para nada naquele momento. Eu sentia-me sangrar por dentro. Assistir o rosto pálido de Camila em uma expressão serena nunca me deixou tão amedrontada.

De repente, todos os anos trabalhando na área de saúde não me serviram de nada. Eu estava paralisada, incapaz de reagir, de tentar fazer alguma coisa para ajudá-la. A única coisa que eu queria naquele momento era segurar o corpo de Camila contra meu peito até que aquilo tudo passasse e eu pudesse me desculpar por todo o mal que eu a fiz durante esse tempo. Mas além disso, eu precisava dizer a ela o quanto eu a amava.

Ela precisava saber.

E eu precisava que ela soubesse.

– Mamãe!

Como um clique, o grito choroso de minha filha me tirou do transe que me encontrava e meus olhos marejados a procuraram, achando-a não muito longe de mim. Respirei fundo para tentar me controlar e dar exemplo de calma para ela, fitando suas bochechinhas avermelhadas receberem mais e mais lágrimas a cada segundo.

– Calma, meu amor. – Minha voz não tão trêmula soou, surpreendendo a mim mesma. – Tá tudo bem, a mamãe só está cansada e precisa dormir um pouquinho, está bem? Nã-não precisa ficar nervosa.

Assisti-a assentir rapidamente e logo depois ser levantada pelos braços de Normani, deixando-me um pouco menos preocupada. A morena me fitou e sorriu fraco, dando-me a certeza que eu precisava: eu podia dar à Camila minha toda e completa atenção porque Valentina ficaria sob seus cuidados.

– Me dê ela, Jauregui!

Virei meu rosto para o homem que agora se encontrava agachado à minha frente, tentando soltar Camila de meus braços. Trinquei minha mandíbula e o fitei com ódio, pronta para dizer a ele que eu não a soltaria nunca mais, mas a voz de Dinah me parou.

– Cale a boca e faça algo de útil, seu imbecil. É a minha melhor amiga que está desmaiada!

Ele a encarou como se estivesse vendo o próprio demônio em sua frente mas sacou o celular do bolso, mas uma terceira voz o impediu.

– Eu já chamei a ambulância, eles estão vindo. – Isabella se fez presente ao meu lado e esfregou meu ombro, fazendo-me assentir rapidamente em sua direção antes de voltar a fitar o rosto de Camila. Deus, como eu me arrependia de um dia tê-la deixado. Era tudo culpa minha. – Vai ficar tudo bem, Laur.

O sussurro próximo ao meu ouvido me fez fechar os olhos e, pela primeira vez em muito tempo, pedir por intervenção divina.

Deus, por favor, proteja o meu amor. Eu prometo nunca mais deixá-la, mas por favor, não deixe que nada de ruim aconteça com ela.


Notas Finais


E então? Vocês estão muito chateados comigo? O que acharam do capítulo? Falem comigo, ok? Podem me chamar no twitter também (@kccabelloj).
Amo vocês, nenéns, e até o próximo.
xx - Gabs


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