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História Broken Marriage - Where Is She?


Escrita por: jaureguiloverr

Notas do Autor


Oi, gente!
Sobre os dias de postagem: ainda não decidi, mas vou chegar lá!
Estou doente e minha tendinite atacou, então desculpem-me por não ter postado antes como eu gostaria.
Aqui vai mais um pra vocês.
Boa leitura, mores <3

Capítulo 4 - Where Is She?


Fanfic / Fanfiction Broken Marriage - Where Is She?

Camila POV

Aquele olhar me prendia. Sugava toda e qualquer atenção do meu corpo. Tons de verde perfuravam minha alma. Bochechas coradas insinuando vergonha entravam em contraste com a boca avermelhada. Um pescoço esguio ligando aquele rosto perfeito a um corpo incrível, tomado por curvas sinuosas naquele tom leitoso, cobiçado por qualquer mulher.

Um barulho irritante me tirou do transe, e percebi que era apenas meu celular vibrando no bolso da calça. Apenas o levei até a orelha, sem nem checar o chamador. Eu não conseguia tirar os olhos daquela pintura. Ainda mais porque ela me lembrava de uma certa morena…

— Oi, meu amor. - eu conhecia aquela voz rouca. Era Lauren. E estava doente.

Faziam duas semanas desde a nossa última briga, e de lá pra cá não tivemos nenhum contato, ela ligava e eu passava o celular para Valentina. Por isso sabia que aquele “meu amor” não era para mim, mas isso não impediu meu coração de sapatear.

— Alôoo? – ela cantarolou do outro lado da linha.

— Âhn… Desculpa, é a Camila. – soltei um suspiro e desviei os olhos do quadro, me recostando na parede.

— Ah, oi! Como você está? – sua voz ganhou um tom apreensivo.

— Bem. E você? Está doente? – perguntei.

— Só um pouco gripada.

— Percebi.

— Onde está Valentina?

Gelei. Eu sabia que chegaria esse momento.

— Camila, está aí?

— Ela está com a Sofia.

O celular ficou mudo.

— Relaxa, não se preocupe. Vai ficar tudo bem. Sofi cresceu, está mais madura….

— Camila, – ela me interrompeu. — Se alguma coisa acontecer com ela, vou te culpar eternamente.

— Nada vai acontecer e…

Meu celular vibrou, indicando outra chamada. Sofia.

— Só um minuto, ela está na outra linha.

Mudei a chamada e a voz desesperada de Sofi soou instantaneamente.

— Camila, por que não me disse que a Valentina era alérgica a camarão…?

Tudo girou a minha volta. Eu só conseguia pensar “AI MEU DEUS”.

 

Lauren POV

— COMO É QUE É? – gritei no meio do saguão do aeroporto de Miami.

— Lauren, se acalma… Ela disse que a Val estava brincando quietinha e não viu quando ela pegou um camarão na…

— Isso eu já entendi, Camila! – disse, andando de um lado para o outro, puxando minha mala comigo. — Porra, eu falei que a Valentina com a desmiolada da sua irmã ia dar merda.

Sentei em uma das cadeiras do saguão e passei a mão por meus cabelos.

— Eu liguei para me despedir porque eu estava embarcando para um Congresso no Canadá, mas agora eu tenho que mudar a merda do vôo, cancelar a merda do Congresso, e correr para a merda do Brasil para consertar a merda que você fez! Mas que merda, Camila! – gritei novamente, fazendo todos ao meu redor me olharem torto.

Escutei os soluços de minha ex-mulher do outro lado da linha e senti meus olhos marejarem também, mas eu não podia dar mole para ela agora.

— Engole esse choro e vai encontrar a filha da puta da sua irmã naquele hospital. Estou chegando para ficar com a minha filha. – desliguei e as lágrimas já escorriam pelo meu rosto.

Levantei e comecei a correr em direção à cabine da linha aérea responsável por meu vôo para o Canadá. Cheguei e exigi a troca de minha passagem para um vôo imediato para o Brasil. Depois de alguns minutos de estresse com a balconista, finalmente consegui um vôo que saía em cinco minutos.

Saí correndo para o portão de embarque, só que quando estava a alguns metros e totalmente descabelada, um ser entrou em meu caminho fazendo meu traseiro ir de encontro direto com o chão.

— Me desculpa! Ai, sério, desculpa mesmo. - ouvi uma voz me dizendo. Passei a mão em minha nuca, sentindo minha coluna doer pelo impacto. Levantei lentamente e passei as mãos por minha calça jeans clara, só aí olhando para a mulher a minha frente.

— Âhn, você está legal? Sério, me perdoa, eu estava distraída e….

— Tudo bem. – a cortei com a voz baixa, ainda meio grogue com o tanto de informações adquiridas.

A mulher olhava para os lados e se mexia muito enquanto falava, mas quando eu a interrompi, ela me olhou com aqueles olhos cor de mel hipnotizantes.

— Eu te machuquei? Por que você está chorando? – só aí eu me liguei que continuava chorando, e comecei a chorar ainda mais. Eu não podia acreditar que minha filha estava mal e tão longe de mim.

— Não, você… eu… – tentava explicar, mas com tantos soluços e pelo nervosismo momentâneo que a loira estava me causando, eu não conseguia formar uma frase coerente.

— Ei, calma, respira. Está tudo bem. – a loira colocou suas mãos ao redor de meu rosto e limpou minhas lágrimas com os dedões, olhando no fundo dos meus olhos marejados.

Respirei fundo em uma tentativa de me acalmar.

— A minha filha, ela… Ela está com uma reação alérgica e… – comecei a soluçar de novo e segurei as mãos da mulher, as apertando fortemente.

— Olha, fica calma. Eu tenho certeza de que está tudo bem com ela. Aonde ela está agora?

Última chamada para o vôo 7B40A com destino ao Brasil. Embarque pelo portão três.”, soou a voz mecânica pelo aeroporto.

— Brasil. – eu disse, soltando as mãos da estranha.

— Então corre. Vai lá e vê que a sua menina está bem, e depois me diga que eu estava certa. – a loira me disse, me dando um sorriso amigável ao mesmo tempo que secava mais algumas de minhas lágrimas.

— Sim, eu vou. Obrigada… – fiz uma careta confusa, o que a fez soltar uma risada.

— Isabella. – ela disse com um sorriso que mostrava suas covinhas, me soltando logo em seguida.

— Obrigada, Isabella. – abri um pequeno sorriso.

Peguei mina mala do chão e a olhei mais uma vez, indo em direção ao portão de embarque. Entreguei meu bilhete ao atendente, e antes de entrar, ainda consegui escutar aquela voz suave soar por trás de mim.

— Boa viajem, menina do aeroporto!

 

Camila POV

Escancarei todas as portas pelas quais passei em busca de minha filha naquele hospital. Avistei Sofia numa das poltronas do corredor a minha esquerda e apressei o passo com o coração na boca.

— Cadê ela? – falei entre soluços.

— Eles entraram com ela. Kaki, desculpa, eu… – ela se afogava em lágrimas.

A abracei, com o aperto no peito crescendo.

— Está tudo bem, você não tem culpa. – tentei acalmá-la.

— Responsável por Valentina Cabello Jauregui, favor comparecer à sala sete. – soou pelos alto-falantes do hospital.

Olhei para minha irmã e ela assentiu apressadamente, me dizendo silenciosamente que estava tudo bem. Corri até a tal sala e vi minha bebêzinha deitada na maca com um aparelho nebulizador em seu rostinho. Meus olhos se encheram de lágrimas mais uma vez ao ver seu corpinho todo cheio de marcas vermelhas por causa da reação alérgica.

— A senhora deve ser a mãe. – uma voz soou por trás de mim, me fazendo virar e encontrar um homem alto vestindo um jaleco me encarando.

— Sim, sou a mãe, Camila Cabello. – disse, me virando novamente e indo em direção à minha filha, fazendo um carinho em seus cabelos dourados. — Minha filha está bem, não está?

— Bom, agora sim. A pequena chegou aqui com uma forte crise alérgica, mal conseguia respirar. Demos a ela um coquetel para que a reação fosse interrompida, e como pode ver, já está bem melhor. – o médico explicava enquanto eu não tirava os olhos de minha princesinha, que se distraía inocentemente brincando com meus dedos.

Soltei um suspiro aliviado ao ouvir suas palavras e então me virei de encontro a ele, que estava consideravelmente perto. Depois do susto de saber se minha filha estava realmente bem, pude olhá-lo direito. Era um homem alto, com os ombros largos e corpo aparentemente definido. Seu rosto era bonito e bem marcado pelo maxilar forte, com lábios rosados e olhos escuros que combinavam perfeitamente com o formato de seu nariz e suas sobrancelhas grossas.

Parei minha inspeção no homem a minha frente e limpei minha garganta, negando com a cabeça reprovando meus atos totalmente foras de hora.

— Então já posso levá-la para casa? – perguntei.

— Ainda não, a pequenininha vai precisar passar o resto da noite para que possamos observá-la e ver se vai reagir bem aos remédios. Além de que um bom repouso não é nem um pouco mal recomendado. – o médico disse, soltando uma pequena risada contida no final de sua frase, enquanto brincava com as mãozinhas de Val. Não pude deixar de rir junto, pois de fato eu não esperava uma frase um tanto irônica vindo de um homem que aparentava ser tão sério.

— Tudo bem. – disse, sorrindo ao ver minha pequena soltar uma risada alta com as brincadeiras do homem.

— Aqui está a receita de Valentina com os remédios necessários para controlar os efeitos dessa alergia. – o homem me entregou o pequeno papel enquanto falava. — Se precisar de algo mais pode mandar me chamarem na recepção, sou o Dr. Gabriel Cardozo. – se despediu de Val e saiu me dando um último sorriso.

Sentei na maca ao lado de minha menina e fiquei fazendo carinhos em seu corpinho, vendo que não demoraria muito para que se entregasse ao sono. Pensei em ligar para Lauren para dar notícias de Valentina, mas ela já deveria estar dentro do avião vindo para cá, não adiantaria nada.

Me permiti chorar mais uma vez olhando minha princesa já adormecida. Cheguei a pensar mil besteiras antes de ver que ela estava bem. Valentina é o bem mais precioso que tenho, não sei o que seria de mim se perdesse minha florzinha. Deitei ao seu lado e aninhei seu pequeno corpo ao meu, tentando por meio desse contato convencer o meu coração de que já estava tudo bem.

Eu só queria que Lauren chegasse logo para pode vê-la também. Conheço bem o temperamento de minha ex-mulher, ainda mais quando o assunto envolvia nossa filha. Devia estar louca dentro daquele avião contando os segundos até aqui, sem deixar sua mente pessimista parar de pensar um minuto que tudo estava errado, e eu sabia o quanto ficar nervosa e agitada assim não fazia bem a ela. Bem que esse avião podia vir mais rápido, não podia?

 

Lauren POV

Onze horas depois de uma das piores ligações que já tinha recebido em minha vida, finalmente desembarquei no Rio de Janeiro. Peguei o primeiro táxi que vi na minha frente e parti para o hospital que Camila e eu levávamos Valentina desde pequenininha.

Chegando lá, logo corri até a recepção e perguntei sobre minha filha.

— Bom dia. Pode me informar aonde se encontra Valentina Cabello Jauregui? – falei apressada, batucando meus dedos no balcão.

— Não está na hora das visitas, senhora. – a recepcionista disse, me olhando com uma expressão de tédio.

— Eu não perguntei isso, eu quero saber em que quarto minha filha está. – disse grosseiramente, já me estressando com a tal mulher.

A recepcionista digitou de muito mal gosto algo em seu computador e voltou a me encarar com a mesma expressão.

— A paciente citada já tem um acompanhante, então não é permitida a entrada até a hora da visita. – eu já estava quase pulando aquele balcão para ir dar um tapa bem-dado naquela cara de cínica daquela recepcionista quando ouvi meu nome ser chamado.

— Lauren!

Me virei e avistei Camila vindo rápido em minha direção. Fui em sua direção e me assustei quando senti seu corpo colidir com o meu. Depois de alguns segundos, me recuperei e a abracei de volta, sentindo-a apertar seus braços ao redor de meu pescoço. Senti meu ombro molhar e só aí me liguei nos seus soluços de choro. A apertei mais contra mim tentando a confortar.

— Ei, calma. Shhhh, calma… – eu dizia, acariciando suas costas com uma mão, enquanto a outra ainda a puxava para perto. — Me diz o que aconteceu, por favor.

— E-Eu fiquei com tanto medo, Lo… – ela dizia entre soluços, agarrando com força a parte superior de minha blusa. — E-Eu achei que a V-Val…

— Não, não fala isso. – disse, a separando um pouco de mim pela cintura para olhar seu rosto. Parecia abatida, como se não tivesse dormido nem um minuto aquela noite. — Me fala, Camz? Como ela está? – implorei, segurando seu rosto com uma das mãos.

Camila ainda demorou um pouco para conseguir falar sem gaguejar. Respirou fundo e olhou dentro dos meus olhos.

— Ela está bem. – ela disse, não me convencendo.

— Não me engane, ela está bem mesmo? – perguntei, apreensiva.

— Sim, Lo, ela está bem. – soltei a respiração que segurava, abrindo um sorriso aliviado involuntário ao ouvir tais palavras.

— Ah, que ótimo! Então vamos lá porque eu quero ver…

— Calma aí. – Camila me interrompeu, puxando meu braço já que eu já estava começando a andar.

— O que foi? Alguma coisa errada? – perguntei novamente nervosa, vendo a expressão fechada de minha ex-mulher.

Camila abaixou a cabeça e respirou fundo mais uma vez, e recomeçou a chorar, me puxando em um abraço de novo.

— É só que… Eu fiquei realmente assustada. – ela disse, sua voz embargada. Fechei os olhos em compreensão, acariciando seus cabelos. — Fiquei com tanto medo. Quando cheguei aqui, a vi tão fraquinha e toda pintada de vermelho por causa da alergia e… Eu sabia que se acontecesse alguma coisa com ela eu nunca iria me perdoar e nem você, porque ela estava com a Sofia e…

— Camila, se calma, por favor. Já passou, nossa menina está bem. – eu disse, usando aquelas palavras para me convencer disso também.

Fui percebendo que ela se acalmava, então a soltei e limpei seu rosto.

— Olha, senta aqui que eu vou pegar alguma coisa pra você beber, ok? – disse, puxando-a para perto dos bancos. Camila apenas assentiu e eu a dei um sorriso antes de sair em busca de algo que a faria se acalmar.

Encontrei uma lanchonete no corredor ao lado da recepção e pedi uma garrafa de água. Não julgo Camila por estar desse jeito, tenho certeza de que se fosse comigo, eu estaria igual, ou até pior. Paguei pela garrafa d'água e fiz meu caminho de volta a ela, mas me surpreendi com a cena que via.

Camila estava de pé ao lado de um homem, que deduzi ser um médico pelo seu jaleco branco comprido, rindo quando observava o tal homem brincar com minha filha no colo. Logo fechei a cara e arqueei uma de minhas sobrancelhas, andando rápido em direção ao grupo, parando por trás do médico alto.

— Eu sabia que você era bipolar, mas não sabia que suas emoções mudavam tão rápido assim. – disse ironicamente, trazendo a atenção de todos ali presentes para mim, inclusive de minha pequena Estrelinha.

— MAMA! – Valentina gritou, pulando rapidamente para o meu colo, me fazendo soltar um sorriso irônico para o tal médico.

— Estrelinha! A mama ficou tão preocupada com você! – disse, desviando toda a minha atenção para o serzinho localizado entre meus braços. A apertei, dando beijos em seu rostinho, aproveitando para inalar seu cheirinho que me fazia tão bem e que eu sentia tanta falta. — Você está bem, meu amor?

— Sim, mama. O tio Gabriel me deu remedinho e aí eu fiquei boa. – meu anjinho falou, fazendo meu corpo vibrar em felicidade de ouvir sua vozinha tão de perto outra vez.

Comecei a andar com Valentina em meu colo para a saída do hospital, esquecendo completamente de Camila e seu amigo médico atraente para as mulheres héteros. Escutei Camila se despedindo do tal Gabriel e chamando por mim, me fazendo virar para olhá-la.

— Ué?! Já terminou o namoro? – disse, com uma expressão falsa de confusão.

Vi o maxilar de Camila apertar e ela respirar fundo, fechando a expressão para mim.

— Para de show. Aonde você vai? – ela disse, com as sobrancelhas apertadas.

— Levar minha filha para casa, oras. Para onde eu iria, Camzi? – disse, usando o apelido que ela mais odiava só para provocar.

— Você vai ficar na minha casa, mama?! – Val perguntou eufórica, se remexendo em meu colo.

— Eu não sei, Estrelinha. Se a sua mamãe deixar, eu fico. – disse, olhando de Camila para Valentina, e para Camila de novo.

— Deeeeeeeixa, mamãe. Por favozinho. – minha filha disse, juntando as pequenas mãozinhas olhando para sua mãe.

Camila me olhou pensativa e desviou o olhar para nossa menina, suavizando a expressão, já me dando certeza de sua resposta. Abriu um meio sorriso e suspirou, assentindo.

— Claro, meu amor. Sua mama pode ficar na nossa casa.

— EEEEEBAAAA! Mama, a gente pode jogar aquele joguinho que você me deu de natal? E aquele que… – Valentina desatou a falar animadamente, já arquitetando vários planos para nós.

Olhei para Camila e a ofereci um sorriso sincero, agradecendo por deixar que eu ficasse com minha filha. Ela apenas assentiu e nos guiou até o estacionamento, onde o carro dela estava parado.


Notas Finais


Até o próximo, amores! <3


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