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História Broken Marriage - The Most Beautiful Princess In The World


Escrita por: jaureguiloverr

Notas do Autor


Oi, mores!
Voltei rápido, nem demorei tanto assim, viram?
Esse capítulo está num tamanho médio, mas não era pra ser assim. Tinham mais coisas para fazer parte dele, mas eu decidi cortar em duas partes, porque aí não fica tão grande e tão cansativo de ler. A próxima parte não vai demorar a sair, prometo.
Bom, mores, espero que gostem, e se divirtam.
Qualquer erro, me avisem que depois eu conserto.
Boa leitura! @jaureguiloverr e @caninodapetrova

Capítulo 9 - The Most Beautiful Princess In The World


Fanfic / Fanfiction Broken Marriage - The Most Beautiful Princess In The World

Camila POV

Sabe aquela sensação estranha de colegial quando se é observada por todos os olhos de sua classe lotada? Quando você faz uma pergunta super patética para o professor, ou quando você responde àquela questão que ninguém parecia saber a resposta? Pois é, é exatamente assim que me sinto agora, mesmo depois de anos sem entrar em uma sala de aula.

O cômodo permanece em silêncio, onde posso sentir os olhares de Dinah, Normani e Valentina sobre mim, enquanto ainda encaro sem desviar o olhar aquelas órbes verdes hipnotizantes que me fitam com uma expressão que não consigo desvendar.

Lauren tem os lábios parcialmente partidos e as sobrancelhas um pouco erguidas, mas seu olhar não me transmite nenhum sentimento, ou falta dele. Está vazio, frio, como se minhas últimas palavras não a tivessem afetado, o que pode ser adversamente concluído quando vejo suas expressões faciais. Ela me confunde.

“Ótimo, faça boa viajem.”

O que eu diria? Eu deveria me ajoelhar aos seus pés e implorar para que ela não partisse? Pedir que ela não me deixasse de novo e impedir que fosse embora mais uma vez? Não, eu não me humilharia dessa forma, até porque não quero que ela fique. Sua pequena estadia me deu mais dores do que o próprio parto de Valentina, e olha que foram três horas contínuas de contrações.

Tenho vontade de matar Lauren toda vez que lembro desse dia. Minha bolsa estourou e nós corremos para o hospital naquela tarde de primavera ensolarada, dia 7 de Outubro para ser mais exata. Comecei a sentir as primeiras contrações ainda no carro, e praticamente implorei por morfina em minhas veias. Nunca gostei – se é que alguém gosta – de sentir dores, e as contrações são como unhas dilacerando seu útero de dentro para fora.

Já havia conversado com Lauren sobre o parto de nossa filha. Pedi de todos os jeitos, até tentei uma chantagem emocional, uma promessa de greve de sexo, mas não rolou. Lauren fazia questão que o parto de Valentina fosse normal, pois dizia – com toda sua pompa de médica super-inteligente – que o parto normal tinha menos riscos para a mãe assim como para o bebê. É claro, não era ela que sentiria as dores, né?!

A pequena monstrinha demorou exaustivas e dolorosas três horas para nascer, fazendo a mamãe aqui se contorcer de dor naquela sala de operações. Por sorte, como o parto foi feito na maternidade do hospital que Lauren trabalhava, todos os médicos companheiros dela foram extremamente cuidadosos e carinhosos comigo, deixando até Lauren ficar sentada em minha cama, enquanto enxugava minha testa suada e acariciava minha cabeça, sussurrando palavras de incentivo, enquanto eu xingava Deus e o mundo.

Sacudi minha cabeça, libertando minha mente dessas lembranças. Apesar de amar lembrar coisas assim sobre minha filha, não estava no momento mais adequado. Respirei fundo e fitei minha pequena florzinha, que estava sentada no balcão da cozinha ao lado da morena de olhos verdes, balançando suas perninhas.

— Vem, amor. Vamos lá tomar um banho e tirar esse cloro do corpinho.

A chamei, dando alguns passos até parar em sua frente, sendo acompanhada pelos olhares das mulheres ali presentes. Peguei Val no colo e me virei, logo saindo daquele ambiente que, por algum motivo, estava me deixando meio tonta.

***

Já estava escuro quando desci com Valentina. A mesma descia as escadas saltitante por estar com seu vestido de princesa. Não era exatamente um vestido. Era uma camisola, mas tinha o desenho de uma princesa do gelo na frente, e vários babados azuis caindo por ele. Ela ficava linda vestida daquele jeito. É a minha princesinha.

Cheguei à sala e notei que Dinah e Normani não estavam mais presentes. O que será que houve? Deve ter sido a monstra que fez algo e expulsou minhas amigas daqui.

— Mama! Mama! Olha meu vestido!

Valentina saiu em disparada até Lauren, que estava deitada no sofá, olhando algo em seu celular com um pequeno sorriso no rosto.

Deve estar falando com alguma das piranhas dela de Miami.

A morena bloqueou o aparelho e se sentou rapidamente, abrindo os braços para minha filha. Val pulou em seu colo e juntou seus bracinhos em volta de seu pescoço pálido, um sorriso enorme no rosto de ambas.

— Nossa, Estrelinha! Você está linda! É a princesa mais linda desse reino.

Lauren disse, enchendo as bochechas de Val de beijos estalados. Minha filha gargalhou, jogando a cabecinha para trás, se segurando com força na mãe. Até que ela parou de rir e fitou a morena séria, uma ruguinha nascendo entre suas finas sobrancelhas.

— Mas mama, a senhora disse uma vez que eu era a princesa mais linda do mundo, e não só do reino. – fez um bico e cruzou os braços em sua barriguinha.

Arqueei minhas sobrancelhas, assistindo à interação. Valentina não deixava nada escapar. Impossível negar que aquela ali tem o sangue Jauregui mesmo. Todos da família são assim, e Lauren não é nem um pouco diferente. Muito pelo contrário, Lauren é uma das mais observadoras e questionadoras. Haja jeito para lidar com essas duas, viu.

Vi a confusão e o desespero nascer nas feições de minha ex-mulher e conti minha risada, sentando no outro sofá que ficava de frente para a televisão. Saquei meu celular de meu bolso e vi que haviam duas mensagens não lidas.

“Walz, desculpa ter saído sem falar contigo. Dona Milika me ligou e disse que precisava de mim com Regina e Seth. Os dois estão a deixando louca, hahahaha. Depois nos falamos, e vê se aproveita a última noite com essa tua mulher aí. A Jauregui está mais gostosa que nunca! Me conta tudo depois, beijo. ;)”

Bufei, sentindo vontade de mandar uma resposta bem malcriada para essa que se diz minha melhor amiga. Dinah me sai com cada uma…

— E-eu sei, Estrelinha. A mama se confundiu. Você é a princesa mais linda do mundo todinho! – escutei Lauren dizer, gaguejando um pouco por conta do nervosismo.

Aonde já se viu? Uma mulher de quase 30 anos com medo de uma menininha de apenas 4?

Neguei com a cabeça, soltando uma risada nasal. Rolei a tela de mensagens e vi o nome do remetente no visor: Gabriel. Um pequeno sorriso nasceu em meus lábios. Abri sua mensagem e respirei fundo antes de começar a ler.

“Oi, Mila. Como está? Espero que tenha melhorado de seu mal estar de ontem. Bom, se já estiver se sentindo melhor, o que acha que sairmos amanhã à tarde? Vamos àquela sorveteria nova que abriu aqui perto do hospital, podemos levar a pequenininha também. Eles tem um espaço especial para crianças com vários brinquedos, acho que ela vai gostar. O que acha? Espero ansioso sua resposta. Beijos, Mila. Tenha uma boa noite.”

Um sorriso enorme se apossou de meu rosto, e senti minhas bochechas corarem. Ele queria sair comigo e com a Val, e ainda pensou em um lugar onde ela se sentiria feliz. Tem como ele ser mais galante?

— Mamãe!

Pulei no sofá com o grito de minha Val. Ela tinha um pequeno bico nos lábios e me fitava triste.

— Oi, amorzinho. Por que essa carinha?

Valentina ainda estava no colo de Lauren, mas agora virada de frente para mim. A ridícula da minha ex estava me encarando com uma sobrancelha arqueada, como se perguntasse o porquê de eu estar tão aérea. Como se eu devesse explicações para você, Jauregui.

— Porque a senhora não dá atenção pra mim e nem pra mama, só pra esse celular feioso.

Disse com uma voz triste, enquanto cruzava seus pequenos bracinhos. Abri minha boca em surpresa, logo sentindo uma pequena parcela de culpa se expandir dentro de mim.

Levantei e fui até elas, me ajoelhando na frente de Val, apoiando minhas mãos em seus joelhos. Os olhos verdes me acompanhavam o tempo todo.

— Desculpe, florzinha. A mamãe se distraiu.

Dei um beijo em seu nariz, vendo seu bico dar lugar a um brilhante sorriso. Sorri junto dela, apertando suas perninhas.

— Tudo bem, mamãe. A gente pode brincar de reino agora? Por favor, mãezinha! Eu estou até de roupa de princesa! Deixa, por favor?

O bico voltou, só que dessa vez não era por tristeza, e sim por manha. Junto dele, suas pequenas mãozinhas se juntaram na frente de seu corpo, como se estivesse rezando. Suspirei, abaixando a cabeça. Essa brincadeira não costuma dar certo, pelo menos não mais.

— Filha…

— Deixa, mãe, por favoooooooor?

Suas mãos se apossaram de meu rosto, onde ela dava beijinhos em minha bochecha enquanto praticamente implorava. Como dizer não a ela? Sem mais conseguir achar uma desculpa, decidi apelar para um dos melhores métodos de distorção de deveres.

— Pergunta pra sua mama, Val.

Por minha visão periférica, pude ver Lauren desviar o olhar e sorrir, provavelmente sufocando uma risada. Mordeu seu lábio inferior e negou com a cabeça, logo depois voltando a me olhar.

— Ela já deixou, mamãe. Ela disse que se você deixasse, ela ia brincar com a gente. Vamos, mãe! Vem, mama!

Val rapidamente pulou do colo de Lauren e agarrou minha mão, me puxando para o meio da sala. Dei de ombros, sem mais ter como negar. Sentamos no chão, esperando Lauren levantar do sofá. A morena não desviava o olhar de mim. Isso já estava começando a me dar nos nervos.

Depois de alguns segundos, ela sacudiu a cabeça como que para se livrar de seus devaneios e se levantou, sentando-se à minha frente. Me encarou e sorriu, seus lábios formando uma pequena linha reta. Não devolvi o sorriso.

— Tá bom, mamães. Eu sou a Princesa, a mama é a boba da corte, – não contive o riso vendo a expressão de Lauren, que tinha a boca aberta e as sobrancelhas erguidas. — E a mamãe é a outra Princesa, que a mama tem que dançar pra casar com ela.

Val disse, batendo palminhas e sorrindo com a língua entre os dentes depois de terminar. Encarei Lauren, que já havia se desfeito da falsa cara de surpresa, e me fitava séria, seus olhos perfurando os meus.

— Ãhn, filha… A mamãe não precisa dan-

— Não, mãe! Tem que ser assim, senão não dá certo a história.

Disse minha filha, fazendo uma carinha pidona.

Mordi meu lábio, olhando novamente para Lauren. Eu não queria ter que fazer isso e ser obrigada a lembrar de todas as vezes que brincamos assim. Era sempre a mesma história: a boba da corte que tira a Princesa, vulgo eu, para dançar. Elas se beijam, se casam e vivem felizes para sempre.

— Ei, Estrelinha. Olha pra mama. – Lauren disse, puxando seu queixo para virar seu rosto. — A história não precisa ser assim. A gente pode criar outra mais legal, o que acha?

Quase me taquei em seus braços e a sufoquei com um beijo quando a ouvi falar, mas me contive.

Que tipo de pensamento é esse, Karla Camila?

— Não, mama. Depois a gente faz do seu jeito, vamos fazer do meu hoje? Você já vai embora amanhã e… A gente nem brincou de reino do jeito que eu gosto.

Val disse, abaixando a cabeça com um ar magoado. Meu coração se apertou vendo aquela cena. É óbvio que Valentina sentia falta da mãe, mas eu não fazia ideia que isso a machucava tanto assim.

A peguei no colo, sentando-a de frente para mim. Levantei sua cabecinha e beijei sua testa, fazendo um carinho em suas costas. Fitei Lauren, que estava com a mesma expressão que Valentina. Os ombros caídos para frente, a cabeça baixa e um pequeno bico nos lábios. Chega me assusta a semelhança das duas.

— Florzinha, não fica assim não. A sua mama só deu uma sugestão, não precisa ficar triste. A gente vai brincar do jeitinho que você gosta, tá bom?

Disse, olhando em seus olhinhos lacrimejados. Ela assentiu e sorriu, limpando os olhos com as costas das mãos. Correu de meu colo e abraçou Lauren, que imediatamente a acolheu em seus braços.

— Vem, mama. Você tem que dançar com a Princesa. – Val disse, e logo depois se aproximou mais de Lauren, com a boca perto de seu ouvido. — E depois tem que beijar ela, tá bom? – tentou sussurrar, mas sua tentativa foi falha devido à sua alegria.

Lauren gargalhou, tombando a cabeça para trás.

— Tá bom, filha. Vamos começar, então.

Se levantou, colocou Val sentada no sofá e fingiu colocar uma coroa em sua cabeça. Me levantei e sentei ao lado de minha florzinha, imitando sua postura. Lauren esperou que nós nos acomodássemos e fez uma reverência a ambas.

— Princesa Valentina, Princesa Camila. É com grande prazer e respeito que venho aqui hoje pedir a permissão da Princesa Valentina para dançar com sua…

Lauren pausou, uma expressão de dúvida em seu rosto.

— Filha, a Princesa Camila é sua filha? – ela sussurrou.

Não aguentei e gargalhei, mas logo tampando minha boca com medo do olhar que a pequena monstrinha estava me lançando.

— Não, mama. É minha irmã. – Val sussurrou de volta.

Lauren assentiu e continuou com seu discurso.

— É com grande prazer e respeito que venho aqui hoje pedir a permissão da Princesa Valentina para dançar com sua belíssima irmã, a Princesa Camila. – a fitei, olhando diretamente em seus olhos que brilhavam em minha direção. — Me dá a honra de dançar com vossa senhoria, Princesa?

Estendeu sua mão direita para mim, se curvando em minha direção, seus olhos nunca deixando os meus. Suspirei e assenti, pegando em sua mão. Levantei-me e ela me conduziu até no meio da sala. Valentina nos olhava com um sorriso escancarado, e os olhos brilhando.

Lauren me puxou para perto de si pela cintura. Sua mão esquerda estava na base de minhas costas, e a direita segurava minha mão no ar.

Não havia música alguma, mas começamos a nos mover. Lauren nos guiava, dando um passo atrás e um para o lado, nos rodando vagarosamente. Continuávamos a nos encarar. Acho que nunca vi os olhos dela num tom de verde como estão agora. Estão claros, muito claros, praticamente azuis.

O que será que ela está pensando?

Depois de algumas voltas, ela foi diminuindo seus movimentos, e eu sabia o que isso significava. Ajeitei meu cabelo, jogando as mechas para o lado esquerdo, que tampava minha visão de onde Valentina estava sentada, sentindo meu coração sambar dentro de meu peito.

Lauren parou de se mexer e continuou a me fitar, seus olhos ainda brilhavam. Ela continuou a me olhar fundo nos olhos e depois desviou, olhando diretamente em meus lábios. Instintivamente os molhei, seus olhos seguindo o movimento de minha língua. Meu olhar também caiu para seus lábios, vendo-os se partirem alguns milímetros.

Ela se aproximou devagar, suas mãos se apossando de minha cintura, seu olhar alternando entre meus lábios e meus olhos. Sua respiração estava desregulada, apesar de saber que havia uma briga dentro dela para que isso se controlasse. Assim que senti seu hálito quente bater em meu rosto, fechei os olhos.

Não faça isso comigo, Lauren…

Virei meu rosto rapidamente, ainda assim podendo sentir seus lábios baterem no canto dos meus quando eles se fecharam em minha bochecha esquerda. Soltei minha respiração – que eu sabia muito bem que estava prendendo – e abri meus olhos. Senti Lauren também soltar seu fôlego rapidamente em minha pele, e suas mãos apertarem minha carne. Ela depositou um pequeno beijo em minha bochecha e se afastou, seu olhar duro e frio novamente.

— Isso, mama! Agora você tem que pedir a Princesa em casamento.

Valentina festejava, batendo palmas com um grande sorriso no rosto.

Ainda bem que o truque do cabelo jogado ainda funciona.

Lauren voltou a me olhar, me puxando pela mão de forma bruta, fazendo meu corpo colidir com o seu. Segurei um arfar, e fitei seus olhos.

— Casa comigo? – ela disse, direta.

Mordi o lábio e, sem forças para falar, apenas assenti.

— Eba! Minhas mamães casaram de novo!

Ainda nos encarávamos, e levei um susto quando Lauren me puxou para ainda mais perto e me abraçou. Seus braços rodeavam minha cintura, o que me fez a segurar pelo pescoço. Seu rosto estava afundado na curva entre meu ombro e meu pescoço. A senti aspirar o cheiro de meu cabelo e suspirar, apertando mais seus braços em meu corpo.

Senti um corpinho colidir em minhas pernas, e nós duas olhamos para baixo, vendo uma Valentina sorridente pedir colo.

Lauren desfez nosso abraço e abaixou, pegando-a no colo, dando um beijo em sua bochecha.

— Abraço de tigre, mamães?

Val pediu, e foi impossível negar. Nos abraçamos e permanecemos assim por alguns segundos. Lauren logo saiu e deu um beijo na testa de Val, a passando para o meu colo, silenciosamente se afastando e saindo da sala, limpando algo em seu rosto.

Espera aí, Lauren estava… Chorando?

***

Abri os olhos com o sol batendo em meu rosto. Rapidamente me levantei, e fui para o banheiro. Apesar de nunca conseguir acordar e levantar rápido, hoje foi diferente. Eu já estava acordada há bastante tempo.

Depois de completar minha higiene, saí do quarto e me encaminhei à escada. Mas antes de descer, pude ver a porta do quarto de Valentina aberta, e Lauren, já arrumada, abaixada ao lado da cama, fazendo um carinho na cabeça de nossa filha ainda adormecida.

Não consegui vencer minha curiosidade e continuei assistindo a pequena interação. Lauren pareceu suspirar e dizer algo, e logo depois depositou um beijo na testa de Valentina, se levantando em seguida.

Temendo ser pega, desci as escadas rapidamente e fui até a sala, onde encontrei alguns brinquedos de Val espalhados no tapete. Neguei com a cabeça e comecei a catá-los, quando ouvi o som dos coturnos de Lauren descendo as escadas. Suspirei e me virei para ela, vendo-a largar sua mala ao lado da porta e olhar em minha direção.

— Não vai acordá-la?

Perguntei com a voz baixa, um nó se formando em minha garganta.

— Não, é melhor assim. Valentina sempre chora nessas horas e, bem… Não gosto de vê-la chorar.

Não gosta de chorar na minha frente também, completei em minha mente.

Assenti, olhando para o chão.

— Já comeu alguma coisa? – perguntei, a olhando por um segundo.

— Não, mas não tem problema, eu como no aeroporto. Já estou atrasada. – ela disse, coçando sua nuca.

Assenti novamente, mordendo meu lábio inferior, voltando a fitar o chão. Continuei assim, até que senti o cheiro de seu perfume ficar mais forte e suas mãos prenderem meu rosto, o puxando para cima, seus lábios tocando minha testa gentilmente.

Suspirei com os olhos fechados, a sentindo fazer o mesmo. Ela continuou com os lábios selados em minha testa por alguns segundos e depois me soltou, andando silenciosamente para perto da porta. Pegou sua mala e sem dizer mais nada, abriu a porta e saiu, a fechando atrás de si.

Suspirei mais uma vez, sentindo meu nariz começar a arder e meus lábios tremerem, e me joguei no sofá atrás de mim.

— Tchau, Laur.


Notas Finais


Alguém sabe me dizer quem é a princesa linda na capa desse capítulo? HAHAHAHAHA. Apresento à vocês Valentina Cabello-Jauregui, a princesa mais linda de todo o mundo!
Até o próximo, mores. <3


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