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História Broken promise - Mal-entendido


Escrita por: himaria

Notas do Autor


Muito amor!!
<3 <3
Espero que gostem!!
(sempre falo a mesma coisa por não saber o que falar. desculpa)

Capítulo 13 - Mal-entendido


 

Seungcheol

 

Olhei para Jeonghan e vi que ele estava dormindo. Também depois de ter bebido tanto. Afastei uma parte do cabelo de seu rosto e coloquei sua cabeça apoiada em meu ombro. Não era bem o que eu imaginava que iria acontecer depois de eu ter saído do jantar. Queria ter tempo para conhecer melhor Jeonghan e conversar com ele sobre coisas aleatórias como eu sabia que ele fazia com meus irmãos.

- Vocês não precisam ficar agarrados – Jisoo disse do banco da frente. – Não é como se eu fosse roubar ele de você. Não a esse ponto.

Sorri um pouco – Não tem nada a ver com você Jisoo.

Wonwoo virou para a janela rindo. Era assim que nossas brigas começavam e dessa vez não havia sido diferente. Eu e Jisoo começamos a discutir até chegar em casa. Quando saímos do carro já estava tudo aparentemente bem. Ele entrou sem olhar para trás e Wonwoo fez o mesmo.

Coloquei Jeonghan nas minhas costas e subi as escadas até o meu quarto. Joguei ele na cama e tirei seus sapatos. Ele murmurou algo e virou para o lado. Esse garoto.

Tirei meu terno e afrouxei a gravata. Não queria trocar de roupa. Estava muito cansado para isso. Tirei meu sapato e deitei na cama ao seu lado. Ele cheirava a álcool mas mesmo assim era bom estar perto dele. Eu devia ser um pouco louco. Queria dormir todas as noites ao seu lado.

 

 Minghao

 

A semana estava sendo muito ocupada. Eu tinha que ajudar com a organização de um festival da comunidade. Todos os anos nós tínhamos uma comemoração pela chegada do inverno e dessa vez eu havia sido o encarregado da família para ajudar.

Sai de casa com duas sacolas cheias de tecido azul que iriam ser usados para confeccionar os flocos de neve. Desci a colina até a casa do representante do festival e cumprimentei todos. Faltavam algumas pessoas de algumas casas para serem escolhidos e provavelmente elas viriam hoje.

Deixei as sacolas na mesa da sala e me juntei ao grupo que estava discutindo aonde seria colocado o palco dessa vez. Pelos menos duas pessoas novas haviam se juntado a nós e sorri ao ver que uma delas era Hansol. Não éramos vizinhos mas ainda assim morávamos na mesma área.

- Não acredito que eu fui o escolhido – ele disse se sentando na cadeira ao meu lado e sorrindo. Ele adorava se fazer de durão.

- É muito previsível como você é filho único.

- Mesmo assim – ele disse suspirando. – Eu nem participo desse festival idiota.

- Você está me envergonhando com a sua infantilidade. – disse sorrindo e o fazendo sorrir também.

Enquanto conversávamos o representante chamou nossa atenção e me virei para ele imediatamente.

- Nosso último membro finalmente chegou – ele disse e fez sinal para que ele entrasse. Como estávamos no fundo não consegui ver quem era até que ele estivesse no centro do lugar.

- Sou Wen Junhui. Prazer – prendi minha respiração quando o vi. Comecei a me sentir nervoso mesmo estando pelo menos 5 fileiras longe dele. Eu sempre ficava nervoso na sua presença, não conseguia me controlar.

Hansol acenou para Junhui que viu e veio em nossa direção. Me virei para o lado contrário evitando olhar para ele, apesar de estar morrendo de vontade de o fazer.

- Jun – Hansol disse para o menino e me cutucou para que eu virasse para eles.

- Oi – ele cumprimentou Hansol pelo que eu imaginei. – Minghao? – ele me chamou e me virei para ele casualmente. Fingindo pelo menos.

- O-oi Junhui. Eu não havia te visto – forcei um sorriso e passei minha mão na calça por saber que estava suando.

Ele sorriu – Eu imaginei. Você não é do tipo de ignorar.

Sorri um pouco sem graça – É.

- E pode me chamar pelo meu apelido. Não tem problema já que é você Minghao.

- Certo – sorri envergonhado e encarei o chão. Mesmo ele me tratando como irmão mais novo do amigo dele, meu coração ainda acelerava. Só por ele olhar para mim por cinco segundos meu corpo já reagia com nervosismo.

Hansol revirou os olhos e puxou assunto com Junhui que iniciou uma conversa animada. Por eu ter uma família muito grande e sociável, todos os nossos amigos se conheciam e eram amigos também. Antes que a reunião terminasse pedi licença e fui ao banheiro. Precisava de uma pausa antes que meu coração parasse de bater de tanta emoção.

Quando sai do banheiro vi Junhui de costas um pouco a frente. Minha timidez sempre atacava em momentos como esse me impedindo de ir até ele. Depois percebi que ele estava no telefone. Andei dois passos na sua direção.

- Sim, tudo bem. – ele disse no telefone. – Certo. Eu te busco ai mais tarde. – Paralisei. Aquela conversa estava com um rumo diferente do que eu esperava. – Também te amo. Até amor.

Senti meu coração se despedaçando em mil pedaços. Todas as minas fantasias haviam sido destruídas. A realidade caiu em cima de mim quase esmagadoramente. Eu queria chorar. Eu realmente queria chorar.

Junhui se virou para mim e sorriu. Aquele sorriso estava me destruindo ainda mais – Minghao. Já está voltando? – Ele me perguntou e eu fiz uma grande força para segurar as lágrimas. Hansol veio caminhando na nossa direção.

- Já acabou. – Hansol disse me olhando. – Você está bem?

- Es-estou – disse e não consegui me forçar a sorrir – Eu tenho que ir. – comecei a me afastar.

- Se esqueceu do que a gente tinha combinado? Você vem comigo hoje. – Hansol disse passando o braço pelo meu pescoço. Não olhei para cima para ver a reação de Junhui. Não tinha força para isso.

- Vocês vão juntos? – Junhui perguntou com um tom um pouco sério.

- Sim. Eu fico sempre atrás do Minghao – Hansol disse me puxando para mais perto.

Depois de algum tempo Hansol falou novamente. – Estamos indo. Até Junhui.

- Tchau Minghao – Junhui disse e senti meus olhos encherem d’água. Não ia mais conseguir. Hansol aproveitou a deixa de eu não estar respondendo e me puxou para fora da casa.

- Me fala. O que foi? – Hansol disse me soltando.

- Nada – olhei para o lado contrário que ele estava. Não queria que ninguém me visse.

- O que ele falou que te deixou assim? Você está chorando.

- Não estou chorando! – disse e senti minha bochecha molhada pelas malditas lágrimas.

- Agora está. – Hansol disse.

Chegamos na casa dele e sentamos nas escadas. – Ele... disse que amava alguém pelo telefone. - limpei meu rosto e olhei para cima tentando evitar chorar mais.

- Existem tantas pessoas. Não necessariamente foi no sentido que você está imaginando.

- Claramente era. Ele disse ‘’ amor’’ no final– as lágrimas estavam bloqueando minha visão, ameaçando caírem.

- Se realmente for, siga em frente Minghao. Nunca foi algo concreto. Nada a se apegar.

- Como se fosse tão simples – sorri um pouco. Hansol saiu do meu lado e se abaixou na minha frente ficando com o rosto na frente do meu.

- É simples. – ele passou a manga da sua camisa em meu rosto limpando as lágrimas. – Você só não percebe – ele sorriu e eu sorri de volta. Eu realmente não percebia.

 

Jeonghan

 

Abri o closet e peguei um terno preto que um dos empregados havia me entregado para usar no jantar hoje à noite. Seungcheol tinha convidado os governantes reais para suavizar o clima entre eles e ver se conseguia arrancar alguma coisa útil.

Essa vida de política não era para mim, mas tinha que me esforçar por Seungcheol. Era minha função como noivo dele. Terminei de vestir o terno e peguei a gravata. Seungcheol entrou no quarto e me viu. Olhei para ele e sorri.

- Deixa eu te ajudar – ele pegou a gravata da minha mão e colocou ela no meu pescoço. Fiquei encarando Seungcheol. Ele estava incrivelmente bonito de terno.

- Eu não sirvo para isso. – disse baixo.

- Só seja você – eu neguei com a cabeça - e se não quiser falar – ele sorriu e terminou de amarrar a gravata -  não precisa. Eles não vão ousar falar nada na minha frente.

– Tudo bem.

- Vamos – ele pegou na minha mão e para nós aquilo era novo, já que não havíamos seguido os passos certos de um relacionamento ainda tinham muitas coisas básicas que não tínhamos feito.

Apertei nossas mãos e começamos a descer as escadas. Todos os governantes estavam nos esperando juntamente aos reis, Wonwoo e Jisoo. Pelo menos eu conhecia algumas pessoas.

Os governantes se curvaram para Seungcheol. – Boa noite Senhor – O que parecia o líder disse com uma cara um pouco arrogante. Nenhum deles havia olhado para mim ainda, não sabia se era algo bom ou ruim.

- Boa noite. – Seungcheol disse somente.

- Meu sobrinho – o governante puxou um garoto que estava no meio para ir para a frente. – Jihoon. O senhor não deve lembrar dele.

Olhei surpreso reconhecendo Jihoon. Não nos falávamos muito a ponto de saber sobre sua família então era uma grande surpresa para mim e aparentemente para Seungcheol que ficou um pouco tenso e soltou minha mão. Virei imediatamente para ele confuso e vi ele olhando para Jihoon.

- Claro que eu lembro. - Seungcheol disse sorrindo.

- Seungcheol – Jihoon se curvou para ele e se virou para mim sorrindo. – Jeonghan. – Assenti e sorri um pouco.

- Vamos comer – Namjoon chamou e todos acataram sua ordem e se dirigiram para a sala de jantar. Fiquei um pouco para trás por estar observando Seungcheol conversando com Jihoon.

Sentei ao lado de Seokjin e Wonwoo e mordi meu lábio nervoso.

- Eles são o que? – Perguntei sem conseguir me segurar mais.

- Amigos de infância. Eu sempre era forçado a brincar com Jihoon por termos a idade similar, mas Seungcheol sempre ajudava Jihoon e cuidava dele. – Wonwoo disse olhando para seu prato vazio.

Bufei. Eu gostava de Jihoon, éramos amigos, mas estava odiando ver os dois juntos. Conversando, rindo, se encostando.

- Ciúmes – Seokjin disse me olhando e sorrindo.

Seungcheol sussurrou algo no ouvido de Jihoon e eu sem perceber bati em Wonwoo.

- Ya! Porque você me bateu? – ele disse nervoso.

- Não sei. Odeio isso – não conseguia tirar os olhos dos dois.

- Eu também odeio você me bater – ele murmurou e deitou a cabeça na mesa.

Jisoo se aproximou de nós e se sentou do lado de Seokjin e na minha frente já que Seokjin estava na ponta da mesa. Senti seus olhos em mim e olhei para ele. Mordia meus lábios por estar chateado e nervoso. Jisoo percebeu e fez sinal para que eu o seguisse.

Me levantei e segui ele até o jardim lateral. Ele se aproximou de mim - Seus lábios estão sangrando – seu olhar era preocupado.

Parei de morder meu lábio e finalmente notei o gosto metálico que estava sentindo na boca. Estava muito focado em Seungcheol e Jihoon. Suspirei e me sentei na grama. Jisoo se sentou ao me lado.

- Pode me falar – ele disse me olhando.

- Não é nada demais. Eu deveria aguentar – sorri e olhei para a grama. – Só parece que eu precisava de um ar. Obrigada por ter percebido antes de mim mesmo.

Ele assentiu – Quando você me der o sinal eu te resgato – ele sorriu e eu sorri também.

Me encostei na parede e olhei para cima. O céu estava bonito. Ficamos sentados lado a lado e depois de algum tempo decidimos entrar. Se eu tivesse sorte já estaria acabando.

Entramos na sala juntos e Seungcheol nos encarou. Olhei para ele com raiva e ele me olhou de volta quase da mesma forma. Me sentei ao lado de Wonwoo novamente e Seokjin puxou assunto. Me foquei na nossa conversa e o tempo passou incrivelmente rápido.

Logo a sala de jantar estava vazia e Seungcheol me olhava do outo lado da mesa. Me levantei e dei as costas para ele subindo as escadas. Senti sua mão em meu braço. Me virei para ele.

- Aonde você foi com Jisoo? – ele me perguntou sério.

- Qual a sua relação com Jihoon? – o perguntei no mesmo tom. Eu não havia feito nada de errado diferentemente dele.

- Somos amigos de infância e não o via a muito tempo. Estava com saudades apenas.

- Fomos até o jardim conversar.

Mordi meu lábio enquanto o encarava. Ele se aproximou de meu rosto e me beijou. – Seus lábios estão machucados.

Me afastei um pouco pela surpresa. – Não terminamos de conversar. – disse tentando me manter calmo.

- Não tem o que conversar. Já está tudo esclarecido não é mesmo? – ele perguntou.

Suspirei – Está. – mexi no meu cabelo - Estou cansado e só quero dormir – disse voltando a subir as escadas.

- Não estou com vontade de te deixar dormir.

- Do que você está com vontade?

- De te fazer gemer meu nome. – ele me olhou maliciosamente e sorri um pouco sem acreditar. Que mudança radical de assunto.

- Eu quero te ver gemer o meu. – o provoquei.

- Quem será que vai ganhar?

- Estou excitado para descobrir.

No final da noite eu havia ganhado.


Notas Finais


Vou fazer capítulos maiores mesmo.
Já que eu vou demorar uns 3 dias para postar, vou escrever direito kkkk
Obrigada por ler!!
<3 <3 amo vocês


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