História Broken promise - Volta

Jeonghan

Com as férias acabando, hoje foi o primeiro dia de aula novamente, apenas um pouco diferente dos outros, já que um dos meus melhores amigos/cunhado agora estava grávido, mudando um pouco toda a situação, tornando as coisas mais estressantes para todo mundo.

Após correr para os computadores havia conseguido a maioria das matérias junto com Junhui e Wonwoo, garantindo pelo menos os trabalhos em grupo dali em diante. Sentamos em uma das últimas mesas, consequentemente mais longe do professor, consequentemente sendo mais fácil dormir ou conversar sem preocupações.

A sala era em níveis então era possível ver todo mundo dos nossos lugares. Um aluno por vez adentrou a sala recebendo comentários nossos sobre alguma coisa, roupa, cabelo, aparência.

- Será que vai ter aula hoje? – Junhui apoiou o queixo na mesa entediado. – O professor já está atrasado 30 minutos.

- Será que a gente deveria fazer um boicote? – Wonwoo sugeriu um pouco animado. Sorri um pouco e encostei minha cabeça na mão.

- Se não tiver aula eu vou dormir por aqui mesmo – disse bocejando.

Um burburinho começou em baixo da sala e várias pessoas se amontoaram na porta. Olhei para Junhui e Wonwoo e recebi o mesmo olhar de confusão em resposta. Parecia ser algo grande, já que até câmeras de celular estavam sendo utilizadas.

- Vou ver o que é – Wonwoo se levantou e desceu as escadas em direção a porta. Após alguns minutos voltou boquiaberto para o lugar.

- O que foi? – eu disse agoniado por ele permanecer em silêncio. Junhui tentou visualizar dos nosso lugares e pareceu ver algo se sentando em choque.

- Quem é? O que é? – disse ansioso. – Eu realmente quero saber. A curiosidade está me matando.

- Você não vai acreditar quem está aqui.

- Quem é? – disse mais umas vez enquanto lançava um olhar suplicante para os dois.

- Jeonghan – ouvi uma voz atrás de mim. Senti um arrepio descendo pela minha espinha. Aquela voz familiar. Extremamente familiar.

Me virei vendo Seungcheol em pé sorrindo. O olhei surpreso e me levantei de pressa sem saber como reagir ainda. Apenas estudantes podiam entrar nas salas de aula, será que ele tinha visto me ver ou algo assim? Só podia.

- Somos colegas de classe agora – ele disse sorrindo abertamente. – Não é legal? – Seu olhar analisou meu rosto e me forcei a sorrir.

- Como assim? – disse confuso. – Você...?

- Posso sentar? – ele perguntou e percebi que todos estavam amontoados e encarando. Assenti e me virei em sua direção pronto para fazer mais mil perguntas. Ele nunca havia me falado sobre nada de universidade, para mim o negócio dele era trabalho apenas.

- Exigência dos meus pais – ele disse antes mesmo que eu perguntasse mais alguma coisa. Ele estava me fitando com um olhar estranho e mordi meu lábio pela leve surpresa.

- Pronto! Vamos lá, eu já cheguei. – uma voz grave chamou lá de baixo e olhei vendo o provável professor. – Vou anotar o plano das aulas.

- Conversamos mais tarde – Seungcheol disse com um meio sorriso e se virou para frente. Fiz o mesmo um pouco relutante e juntei todas as minhas forças para aguentar até o mais tarde.

* * *

- Estamos indo – Junhui disse enquanto se afastava com Wonwoo. Acenei para eles e me virei para o armário enfiando mais alguns livros e trancando. Já fazia pelo menos uma semana desde o início das aulas.

- Vamos? – Vi meu marido encostado no armário ao lado. A semana inteira havia sido estranha e eu achava que era porque esse era o único lugar em que eu não pensava que tinha marido, era casado. Ter ele aqui era um pouco desconfortável e tinha a leve impressão que ele havia percebido.

Comecei a caminhar logo sendo seguido pelo garoto que alcançou minha mão e entrelaçou nossos dedos. Ao mesmo tempo que estava com raiva, me sentia culpado por saber que não era a intenção dele ou algo assim. Sentimentos as vezes eram cansativos.

- Quer comer algo? – ele perguntou me fazendo perceber que já estávamos no portão. – Você estava imerso nos pensamentos novamente. – um sorriso surgiu no canto de sua boca me fazendo sorrir levemente.

- Claro – disse e seguimos caminhando em silêncio até uma pizzaria. Sentamos no lugar perto da janela sendo possível observar o movimento das pessoas.

- Jeonghan – Seungcheol falou me despertando de mais um provável devaneio. – Você está bem? Com o fato de eu estar na mesma universidade que você? – seu tom era claramente preocupado me levando a achar um pouco de graça.

- E se eu não estiver? – disse de forma provocante. – O que você vai fazer?

- O que você achar melhor – ele disse sinceramente me pegando desprevenido.

- Eu estava só brincando – disse apressadamente. – Não tem problema. Não é como se nós fossemos ficar grudados o tempo todo lá, não é mesmo?

- Acho que sim – ele disse sorrindo um pouco. – Mas poderíamos.

- Até parece. Nós já moramos e dormimos juntos.

- Você está falando como se fosse algo ruim.

- Não! Não é isso. – suspirei – Só acho que eu preciso do meu espaço um pouco.

- Está tudo bem mesmo?

- Esses dias... eu sinto a pressão do casamento. Muitas reuniões do governo que eu tenho a obrigação de comparecer junto com você, jantares em que vamos juntos e o assunto é família. Acho que agora que convivemos em um espaço livre de tudo isso, apenas vai acarretar mais coisas. Todos já sabem de nós dois...

- Está tudo bem – Seungcheol disse me olhando nos olhos e senti uma vontade de chorar. Agora me sentia culpado por descarregar tudo nele.

- Eu já volto – me levantei e segui até o banheiro. – Droga – murmurei baixo e liguei a torneira lavando meu rosto.

A porta se abriu e me virei para a parede evitando contato visual com outra pessoa. Senti mãos pesadas em meus ombros me virando e logo braços me rodearam. Era familiar.

- Seung – disse baixo e fui mais apertado contra seu corpo.

– Eu vou cuidar melhor de você. – sua voz era suave. Ele me puxou para dentro de uma cabine e fechou a tampa do vazo me sentando ali com força. – Você deve estar frustrado já que todos esses dias não foi possível fazer nada.

Suas mãos alcançaram minha calça e pressionaram minha região me fazendo arfar. – Não era bem isso que eu havia entendido por cuidar – disse em um sussurro.

- Era esse o sentido que eu queria dar – ele disse se aproximando de meu rosto e me beijando. Seus lábios eram velozes e violentos, mordendo e lambendo minha boca eroticamente. Senti a necessidade sendo emanada por nossos corpos e entrelacei minhas pernas em sua cintura.

- Aqui você vai precisar ser baixo – ele disse entre beijos me fazendo gemer baixo. Suas mãos ágeis alcançaram minha blusa a tirando rapidamente e se concentrando logo na parte inferior, que logo foi retirada também com tudo que vinha junto.

Seu rosto se aproximou do meu peito e sua respiração quente me causava mais arrepios. Sua língua fez todo o caminho de meu pescoço até minha área inferior, que recebeu algumas lambidas provocantes me fazendo gemer. Joguei minha cabeça para trás assim que sua boca adentrou meu membro.

Era muito quente e bom, tendo que me segurar para não me liberar naquele primeiro momento. Seungcheol com sua boca fazia movimentos de vai e vem junto com suas mãos que percorriam minhas costas. A sensação estava me queimando, eu precisava me liberar logo.

Seungcheol se afastou e buscou minha boca enquanto passava o trabalho para sua mão. Correspondi o beijo de forma desesperada enquanto a excitação apenas aumentava. Ele tapou minha boca com a mão livre e lambeu minha orelha enquanto mordia de forma delicada.

- Vem para mim – sua voz rouca foi o gatilho para que eu alcançasse o ápice. Me liberei com tudo enquanto agarrava suas costas com força.

- Você fez bem – senti sua mão pesada em minha cabeça e aos poucos voltei aos meus sentidos e percebi o que havia acabado de fazer e aonde havia feito.

- Você realmente é pervertido. – disse em um arfado.

- Eu não sou o único – ele disse sorrindo e me ajudou a levantar.

Saímos do restaurante como se nada houvesse acontecido e aproveitamos para continuar tudo no carro assim que voltássemos para a universidade.