...............................................................
Olhei meio incrédulo para o garoto.
Desculpe eu ter vindo assim. É que disseram que você recebeu a carta e não consegui me conter. Precisava te ver – Ele sorriu inocentemente.
É meio rápido demais – olhei para ele tentando me manter firme para demonstrar meu ponto.
Ah sim – seu sorriso diminuiu – Desculpe. – Ele olhou para os lados – É meio perigoso a noite. Você não deveria andar sozinho.
Olhei para ele um pouco irritado pela ironia. Acho que ele percebeu porque desviou o olhar.
- Vou te levar até sua casa.
Eu ia negar mas percebi que não adiantaria o contradizer. Essa era a maravilha de ser alfa, suspirei.
É após esse campo – disse somente e quando dei um passo percebi que tinha ralado o joelho. Mas como estava de calça não era aparente então apenas continuei caminhando. Não queria causar uma cena principalmente na frente dele.
Ele começou a andar atrás de mim sem falar nada apenas podia sentir um par de olhos nas minhas costas.
Seu irmão... – comecei a falar mas me interrompi.
O que tem ele? – sua voz tinha possuia um leve interesse.
- Ele sabe sobre o acordo?
Sabe que alguém foi prometido para mim, mas não exatamente quem é – Ele disse apenas.
Entendo – caminhamos em silêncio por quase três minutos e parei um pouco antes da minha casa. – As crianças ainda não sabem – disse olhando para o chão.
- Claro, eu espero você entrar.
Fiz uma rápida reverência, afinal ele era o segundo herdeiro ao trono, e entrei pelo portão de casa.
Estava silencioso como sempre era naquele horário. As crianças dormiam cedo. Coloquei minhas coisas no chão com cuidado e fui no banheiro pegar algumas coisas para colocar no machucado.
Terminei de colocar o curativo e fui para meu quarto. Realmente precisava dormir.
------
Senti alguém em cima de mim e abri os olhos.
ACORDA HYUNG – Seungkwan gritava enquanto cantava uma música sobre despertar.
Sentei na cama depois de algum tempo. – Barulhento – Disse enquanto esfregava os olhos.
Bom dia Jeonghan hyung, já são 9:00 horas – ele disse sorrindo.
Demorei um tempo para raciocinar. A aula deles começa às 8:00 horas, a essa hora a aula deles já tinha começado. O que quer dizer não vão para a aula.
Suas pestes. Porque não me acordaram mais cedo? – Disse levantando apressadamente.
Não adianta mais Hyung agora só a aula da tarde que a gente pode ir. – Ele disse descaradamente.
Suspirei, tinha acabado de acordar mas já estava cansado. A escola dos mais velhos tinha dois turnos. Pela manhã eles tinham aula e a tarde clubes, oficinas, esportes. Que claro era o que eles mais gostavam.
Chan estudava o dia inteiro mas as vezes faltava de manhã pela péssima influência dos outros. O principal problema era ir para a escola. Agora não adiantava que eu me preocupasse mais.
Tenho que ir para a faculdade – Entrei no banheiro para me arrumar. - Como vocês são ótimos em se virar fiquem a vontade. Deem um jeito com o almoço que tenho que estudar para algumas provas hoje então só volto as 22:00.
Seungkwan saiu do quarto – Fala com os hyungs.
As vezes ele me tira do sério. Escrevi uma nota e coloquei na geladeira. Se tivesse sorte ainda conseguiria pegar o ônibus das 9:15.
Sai de casa e vi na porta de casa um carro preto estacionado na frente. Andei lentamente até o portão e pude ver um homem com um terno preto.
Senhor Jeonghan – ele abriu a porta para mim.
Olhei para ele sem intenção de entrar no carro. Jisoo deve ter enviado, já previa a fala do homem.
O senhor Seungcheol ordenou que o levássemos para a faculdade senhor Jeonghan. – o homem disse.
Por essa eu não esperava. Porque ele faria isso? Não fazia sentido.
Seokmin saiu de casa e veio até o portão. – Está tudo bem hyung? O que é isso tudo?
Olhei para ele forçando um sorriso – Eu chamei um motorista – entrei no carro - O ônibus já passou e ia demorar para o próximo passar. Hoje teve promoção.
Ele me olhou confuso mas sorriu depois - Essas coisas só acontecem com você. Sortudo – Ele sorriu e entrou em casa novamente.
O motorista deu a volta e entrou no carro começando a dirigir. Depois de algum tempo de viagem chegamos perto da faculdade e me preparei para sair mas ele não parou. – É aqui – disse rapidamente olhando pela janela a faculdade passar.
Estamos indo para a residência do senhor Seungcheol, senhor Jeonghan. – o motorista disse simplesmente.
Isso pode ser considerado sequestro – comentei me encostando no banco do carro novamente. Não ia adiantar fazer nada. Quando eu chegasse lá protestava.
Pude ver pelo retrovisor que ele sorriu. – Ele é a autoridade senhor Jeonghan.
Isso era um fato.
-----
Depois de algum tempo de viagem acabei dormindo. Não fazia por querer. Era minha natureza, até mais que ser um lobisomem.
Chegamos na casa dos herdeiros e acordei com o som da porta do motorista se fechando. Peguei minha mochila e sai do carro. A residência era realmente enorme. Nada se comparava.
A casa principal ocupava um grande espaço, parecia ter no mínimo três andares e tinha muitas árvores a cercando. Pelo que eu pude perceber eram árvores de cerejeira e me vi imaginando como deveria ser bonito quando elas florescessem.
O motorista indicou o caminho e segui ele até a porta do lugar. Passamos por vários empregados e fomos para o segundo andar, no final do corredor tinha uma sala.
Pensei comigo mesmo que era uma mania essa última sala. Adentrei o corredor e parei na frente da sala final onde a porta estava aberta.
Jeonghan – Seungcheol levantou de sua cadeira e caminhou até a porta onde eu estava parado. Seu olhar era penetrante e seu cheiro muito forte e viciante. Era estranho como eu apenas reparava nas coisas sobre ele.
Eu tenho aula Seungcheol – disse o olhando nos olhos. Minha coragem surgia em certos momentos.
Tinha – Ele segurou meu braço me fazendo sentar na cadeira a frente da sua – Precisamos conversar – ele disse sério me encarando.
Sobre o que? – Disse sentindo o poder de seus olhos.
- A carta de seus pais
O que tem ela? – disse somente. Essa conversa estava criando um potencial para me irritar.
Tinha algo sobre a minha família? – Ele olhou exigente.
É particular – desafiei.
Responda – ele disse firmemente e usando sua voz de alfa.
Tinha – havia sido submetido a responder.
Fale – seus olhos me penetravam.
- Há um acordo de casamento em relação a mim e a Choi Jisoo.
Ele olhou irritado para mim quase me perfurando - Você e Jisoo? Vocês nem se conhecem – ele disse com a voz alterada pela raiva e deu um soco na mesa deixando uma marca na madeira.
Não respondi por não confiar em minha própria boca. Apenas esperei um pouco para ver se ele se acalmava e explicava o porquê daquilo tudo.
A sua próxima fala me pegou desprevenido.
Vou quebrar essa promessa – ele disse quase em um rugido.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.