História Broken Roots - Malisaac - Broken female.

 “Não, você não pode fingir amor

O amor não é um jogo que você joga.” Ella Henderson, Pieces.

Já fazia uma semana desde que tinham encontrado o corpo de Blade Crueses no ferro velho. Logo depois, a Polícia passava pela rua, onde Craig Hall foi assassinado e encontraram o corpo no mesmo lugar onde “A Coisa” havia deixado. Ele era humano. Sangue drenado. Malia estava indo á casa de Scott, pois Isaac estava morando lá, já que seu pai havia morrido nas mãos do Kanima e sua mãe... Bem, tinha morrido há muito tempo.

Estava um tempo chuvoso já há alguns dias. Malia sentia as gotas escorrendo desde o topo de sua cabeça, até a ponta dos fios do seu cabelo. Sua galocha, atropelando cada poça de água, com urgência. Sua situação com Stiles estava indo água a baixo. Cada vez que estavam no mesmo lugar, o clima era tenso. Quando ficavam sozinhos era pior ainda. Às vezes brigavam, mas sempre voltavam atrás. A única pessoa que estava fazendo bem para Malia ultimamente, era Isaac. Eles conversavam sobre tudo, Allison, Stiles e Lydia, e sobre suas teorias dos assassinatos misteriosos que estavam tomando conta de Beacon Hills. “A Coisa”, não havia matado ninguém já fazia uma semana. Sua última vítima tinha sido Craig. Na verdade, “A Coisa”, estava matando apenas humanos que a conheciam e ela/ele conhecia. Logo, logo eles iriam descobrir isso.

Melissa estava no hospital, de acordo com Isaac. Ela estava super focada em examinar os corpos de Sean, Blade e Craig. Mas, estavam sem nenhum ferimento sequer. Mais um mistério para a alcateia resolver.

Malia se aproximou, atropelando as poças d’água, da porta da casa do alfa. Bateu levemente na porta. Não deu um segundo de espera e Isaac abriu a porta, todo sorridente, como no dia de sua despedida. Malia sorriu, entrando na casa.

- O que devo a honra de sua visita? – Isaac falou, fechando a porta atrás de si.

- Estava entediada. – Disse Malia, dando de ombros.

Ele sorriu.

- Então devo ser muito importante na sua vida para você vir aqui – Ele apontou para o temporal que caía lá fora. – Nessas condições climáticas, só porque está entediada.

Ela tirou suas galochas, e colocou seus pés no puff do centro da sala de estar.

- Você tem que parar de ser convencido assim, senhor Lahey. – Ela disse, arqueando as duas sobrancelhas para ele.

Ele se arrepiou. Toda vez que ela falava seu sobrenome, era como se fosse chamado pelos anjos.

Você diz que está tudo bem

Enquanto estamos vivendo em pedaços

Mas pedaços estão desmoronando

Uma parte de você está faltando

Já chega desse pensamento

Acho que fomos longe demais...

Isaac se sentou ao lado de Malia, no sofá.

- Nenhuma morte ontem ou hoje? – Perguntou a Coyote.

Isaac balançou a cabeça negativamente.

- Não. Acho que o que ou quem está matando as pessoas, se cansou de nossa lerdeza para encontrar os corpos. – Disse ele.

Malia soltou uma risada.

- Você é muito cruel. – Afirmou ela.

Ele riu.

- Sou sincero. – Disse ele se defendendo.

- Eu sou honesta. – Ela comentou.

Os dois riram.

Scott adentrou a sala, sorrindo abertamente.

- Como vai meu futuro casal favorito? – Ele perguntou de braços abertos, se sentando na poltrona próxima ao sofá.

Isaac e Malia se olharam.

- Futuro casal? – Falaram em uníssono.

- Sim. – Scott disse, trocando de canal na televisão.

- Não vamos à escola hoje? – Perguntou Malia. Os dois a olharam surpresos.

- Não. As aulas estão suspensas por razão dos assassinatos. – Scott respondeu.

- Porque as aulas estão suspensas? – Perguntou ela.

- Por que... Todo mundo na escola, ou quase todo mundo, acredita que todos são humanos, e quem ou o que está matando as pessoas, só mata humanos. – Isaac respondeu.

- Por quanto tempo as aulas estão suspensas? – Perguntou Malia novamente.

- Tempo indeterminado. – Stiles disse se aproximando e se sentando ao lado de Malia.

Você brincou comigo desde o inicio

Isso começa a acabar hoje

Hoje eu tive o suficiente

O suficiente para desistir de você

Estou neste lugar

Um lugar onde você não pode me pegar...

- Desde quando está aqui? – Malia o perguntou.

Stiles pegou o controle de Scott e colocou em um canal de variedades.

- O suficiente para responder a sua pergunta. – Ele disse, sem ironia ou sarcasmo.

- Canal insuportável esse... – Comentou Isaac, depois de 30 minutos assistindo o canal de variedades.

- Esse é o melhor canal! – Gritou Stiles animado.

- Sua cara mesmo. – Falou Malia, revirando os olhos.

Stiles a olhou.

- Isso é um elogio ou uma ofensa? – Ele perguntou.

- Decida você. – Respondeu Malia, dando de ombros.

Ela pegou o controle e colocou em um canal de clipes. O clipe de Influence da Tove Lo estava começando.

 - First in line, take mine, I'm fine as fuck Love myself tonight and I think you can feel the same Moonshine, good time, babe, you're in luck 'Cause I will do whatever comes to mind You'll go insane… - Malia e Isaac cantavam junto, e Scott ria da cena. Stiles estava com os braços cuzados, querendo assistir ao canal de variedades. - Things I say don't usually come easily There's one thing I need you now to know 'bout me… You know I'm under the influence So don't trust every word I say, I say When I'm under the influence It's a blur, but I want my way, my way…

O celular de Stiles tocou no mesmo instante, interrompendo a cantoria dos dois. Ele pediu para abaixarem o volume e Malia mutou a televisão.

- Lydia, o que aconteceu? – Ele perguntou. Depois de alguns segundos ele desligou a chamada se despedindo de Lydia.

- O que aconteceu? – Perguntou Scott.

Stiles respirou fundo animado.

- Encontraram um corpo de uma nova vítima... – Todos baixaram a cabeça. – Mas ele sobreviveu! – Ele gritou.

My days end best when this sunset gets itself behind

That little lady sitting on the passenger side

It's much less picturesque without her catching the light

The horizon tries, but it's just not as kind on the eyes

As Arabella, oh

As Arabella...

[...]

Droga. Droga. Droga. Droga. Era tudo que passava na cabeça da “Coisa” naquele momento. Ela/ele tinha deixado uma vítima sua escapar, mas tinha sido sem querer. Tudo por causa de Lydia, ela havia pressentido. Tinha ligado para A polícia quando encontrou o corpo. “A Coisa” observou tudo. Não poderia usar a pílula com Lydia, pois ela é Banshee. A pílula só funciona com humanos.

A polícia chegou e vasculhou a área, mas se esqueceu de olhar para cima. “A Coisa” estava em uma árvore, no último galho. Não emitia um barulho sequer, era ágil e sagaz. Não tinha medo de altura.

Ela/ele estava morando temporariamente na antiga casa de Theo Raeken. Mas não era Theo.

“A Coisa” se levantou do grande sofá, onde estava sentada e foi em direção ao espelho de seu quarto. Tirou o capuz, a capa, a máscara e começou a observar seu delicado rosto.

Ainda bem, que dessa vez, que não tinha decidido mostrar seu rosto antes de matar sua vítima. Tinha mostrado apenas para Craig, pois o conhecia e amava.

Passou a mão sobre seu rosto. Seu feminino rosto. Ela pensava sobre como as investigações estavam. Os policiais procurando suspeitos, homens claro. Sem passar pela cabeça deles que quem estava fazendo isso era uma mulher. Uma mulher!

 “A Coisa” amava Craig, muito. Ele se surpreendeu quando ela tirou sua máscara porque a conhecia. Mas, o real motivo não foi esse. O real motivo... Doía o seu coração só de pensar nisso, mas relembrar é a consequência da vida. O real motivo, era que... “A Coisa” era a ex-namorada que Craig queria tanto reatar. Que morreu querendo beijá-la pela última vez.

 “A Coisa”, agora com sexo definido, já tinha decidido e achado sua próxima vítima. O conhecia muito bem. E ele o conhecia muito bem.

A próxima vítima, a próxima pessoa a engolir a pílula, seria... Stiles Stilinski. E ninguém entraria em seu caminho.