História Broken Roots - Malisaac - Broken end.

* 55 minutos antes •

Com o susto da fala repentina dos dois garotos, Deaton freou a van.

Lydia quase gritou para não saírem daquele carro.

- Não saiam! - Ela falou, com a plena certeza de algo iria acontecer.

- Lydia, precisamos. Nossos celulares ficaram. Precisamos buscá-los. - Scott tentou explicar a necessidade de voltar, mas Lydia parecia não se convencer.

- Mesmo assim. Vocês não estão entendendo. - Ela disse, virando-se também para Isaac. - Eu estou com um péssimo pressentimento desde que acordei. Sinto que cada hora que passa vai ficando mais forte. - A Banshee explicou, com lágrimas teimosas no canto dos olhos. - Por favor, não vão. - Ela implorou.

Malia segurou o pulso de Isaac, com o coração quase saindo peito afora.

- Isaac... - Ela balbuciou sem terminar a frase, mas ele entendeu exatamente o que ela quis dizer.

- Malia - Ele começou, segurando o rosto dela com as duas mãos. - Não se preocupe, vamos voltar bem rápido. - falou, tentando amenizar o receio que ela estava sentindo.

Malia olhou nos olhos dele. Não queria perdê-lo. Não assim. Se alguma coisa acontecesse ela não se perdoaria. Procurou pela mão de Isaac, que assim que a encontrou apertou-a contra si. Respirou fundo, com raiva de si mesma pelo o que iria dizer.

- Assim que achar o seu celular, mande uma mensagem dizendo como está e onde está. - Ela pediu para Isaac.

Isaac assentiu.

- Scott faça o mesmo pelo amor de Deus. - Stiles quase ordenou a Scott, balançando os ombros do alfa.

Scott sorriu e abraçou seu melhor amigo.

- Não se preocupe comigo. - Ele disse sussurrando para o amigo.

Stiles respirou fundo com as palavras. Como não vou me preocupar com você, seu besta? Pensou.

Malia levantou-se do banco e pulou nos braços de Isaac, sem a intenção de sair dali.

Isaac a apertou, fazendo pequenos carinhos em seu cabelo moreno e macio.

Malia afundiu-se no pescoço do garoto, sentindo seu aroma favorito do mundo. O dele.

- Eu sinto muito. - Isaac sussurrou perto do ouvido dela, arrancando um pequeno arrepio de Malia.

- Pelo o que? - Ela perguntou no mesmo tom, um pouco curiosa pela resposta.

Ela ouviu o coração dele aumentar as batidas, por razão do nervosismo.

- Por não ter me declarado antes. - Isaac respondeu, fazendo-a sorrir por dentro e por fora.

- Eu sinto muito também. Não devia ter deixado o orgulho falar mais alto. - Malia disse, desfazendo-se do abraço e ficando de frente com ele, com os braços enlaçados no pescoço de Isaac.

Ele sorriu de orelha a orelha.

- Posso fazer uma pergunta? - Perguntou, ainda sorrindo. Malia assentiu sorrindo também. - Quando você teve certeza dos sentimentos por mim?

Malia pensou por vários segundos. Procurou por suas memórias, mas nada veio à mente.

- Não tenho certeza. - Ela disse um pouco com vergonha.

Isaac riu.

- Eu tive certeza naquele dia na festa na antiga casa de Derek, quando você me consolou. Você ficou lá e me ajudou, e foi depois daquele dia que eu tive certeza. - Isaac falou com um lindo sorriso de canto de lábio e um brilho no olhar.

Apesar de, com quase toda certeza, Malia saber que todos naquele momento estavam prestando atenção na conversa dos dois, ela não se importou em juntar os seus lábios com os dele. Foi um beijo calmo, mas urgente.

Afastaram-se do beijo com as testas coladas, com a respiração ainda um pouco descompassada.

- Vamos Isaac. - Scott falou, abrindo a porta da van revelando uma noite escura e sem estrelas no céu. - Quanto mais rápido irmos, mais rápido voltamos.

Isaac e Malia desgrudaram as testas. Eles seguraram na mão um do outro.

Isaac deu três passos para trás, ainda segurando a mão de Malia. Olhou para trás e viu que estava quase saindo o automóvel.

- Te vejo depois? - Perguntou ele, com a voz triste e um sorriso esperançoso.

Malia sorriu triste, com lágrimas ameaçando cair bochecha abaixo.

- Te vejo depois. - Ela confirmou, arrancando um sorriso de Isaac.

Isaac deu mais um passo para trás, soltando a mão de Malia lentamente. Assim que a mão dele desconectou-se da sua, Malia viu quase em câmera lenta ele afastar-se. Era como se o mundo inteiro tivesse ficado em silêncio e parado, apenas para aquilo acontecer. Scott fechou a porta da van, com Isaac dando um último olhar para ela antes de sair dali. Ainda com a mão pendendo no ar, Malia foi fazendo ela descer lentamente, como se estivesse sem forças para fazer qualquer coisa. Sua visão ficou turva, por conta das lágrimas.

Ver Isaac se afastar doeu demais.

[...]

* 40 minutos antes •

Scott e Isaac procuravam freneticamente por seus celulares pela casa do alfa. Já haviam procurado por todos os cantos possíveis daquele lugar, mas sem sucesso.

Tinham 1000000% de certeza de que haviam deixado o aparelho em cima da mesa da sala de jantar, mas eles não estavam lá. O que os deixou mais preocupados.

Isaac bufou, assim que, juntamente de Scott, cruzou a sala de jantar mais uma vez.

- Tem mais algum lugar para procurar? - O garoto de olhos azuis perguntou, com as mãos apoiadas na cintura, com uma irritação visível.

Scott olhou para os lados e negou com a cabeça.

- Acho que não. Procuramos em todos. - O alfa falou, olhando para baixo.

Isaac murmurou um droga e deu uma volta de 360 graus lê-lo cômodo.

- Vou conferir lá em cima mais uma vez, se quiser procure por aqui. - Isaac sugeriu, subindo as escadas de dois em dois.

- Tudo bem! - Scott gritou em resposta, já correndo em direção aos sofás.

Colocou os dedos no vão que continha entre os sofás. Procurou por ali, mas também não achou absolutamente nada.

Olhou rapidamente para todos os lados. Foi até o hack da televisão. Procurou por ali, olhando pelas brechas dos objetos.

Nada.

Decidiu ir até a cozinha. Olhou para o relógio. 21h58min.

Será que Allison já havia ressuscitado a uma hora dessas? Essa dúvida passeava no cérebro dele, fazendo voltas e mais voltas até parar no coração, fazendo-o ter batidas descompassadas pela possibilidade de ver ela viva novamente, depois de tanto tempo.

Tisc. Tisc. Tisc.

Scott ficou imóvel assim que ouviu um barulho atrás de si.

Virou-se lentamente, com medo do que poderia ser. Virou o tronco e logo depois a cabeça, dando de cara com o que ele mais estava ansioso para ver.

- Oi docinho. - Allison falou em um tom provocativo, fazendo a nuca de Scott arrepiar-se. - Quanto tempo não é mesmo? - Ela disse, começando a caminhar em direção a ele.

Scott engoliu em seco, dando um passo para trás. Infelizmente ai andar para trás chocou-se com a geladeira.

Allison parou assim que viu ele encurralado. Sorriu, daquele mesmo jeito que fazia ele sorrir também, mas com outro significado. Moveu a cabeça um pouco para o lado, para observá-lo com atenção. Scott em nenhum segundo desviou seu olhar do dela. Soltou uma risada seca.

- Já até sei o que deve estar pensando. E não, não sou Marie-Jeanne. - Disse sorrindo e revirando os olhos. Seu sorriso abriu-se mais ainda quando algo veio até sua mente. - E a besta da Kira? - Perguntou com uma maldade nítida.

Scott sentiu seu coração ser partido assim que ouviu o nome da ex-namorada ser pronunciado.

- Foi embora. - Sussurrou sem formas de aumentar o volume da voz. Estava chocado.

Allison riu.

- Finalmente. Mas é uma pena, estava louca para matá-la assim que chegasse aqui. - Falou com um pingo de decepção na voz.

Scott reprimiu a vontade de sair correndo dali e chorar.

Ficou nervoso quando viu que Allison estava se aproximando mais ainda.

- Não sentiu saudade? - Ela perguntou.

Scott iria responder um não, até que sentiu os dedos da garota em seu peitoral, passeando por ali. Scott estremeceu.

- Não vai falar nada Scott? - Insistiu mais uma vez, com a voz manhosa.

Scott poderia negar inúmeras vezes, mas sentiu uma saudade de um tamanho incomparável se Allison, e ela sabia. Respirou fundo internamente, juntando forças para falar o que iria.

- O que você quer? - Ele perguntou, afastando os dedos ágeis dela de si.

Ela apenas riu. Caminhou de volta para o meio da cozinha, ficando de costas para ele.

- Muitas coisas bebê. - Allison falou em um tom insinuativo.

Scott suou quando ouviu ela o chamar de bebê. Reprimiu a vontade de rir feito bobo.

Scott viu Allison colocar a mão no bolso da jaqueta de couro que usava.

- De um exemplo de uma. - Ele pediu inocentemente, esperando pelo momento em que Isaac iria aparecer naquela cozinha e ajudá-lo. Por falar em Isaac, subitamente Scott sentiu falta do amigo, que já deveria ter aparecido.

- Pode apostar que darei. - Ela sussurrou, tirando finalmente a mão do bolso.

Scott não teve tempo de raciocinar o que faria em seguida, pois só viu Allison arremessando uma seringa em sua direção. Quando o objeto entrou em contato com a pele de seu pescoço soube imediatamente o que continha ali.

Mata-lobos.

Aos poucos ele foi sentindo o corpo desabando, amolecendo, sentindo um sono fora do normal.

Sua visão ficou turva, mas foi o suficiente para ele ver Allison se aproximar e dizer;

- Sinto muito.

[...]

* 15 minutos •

Já haviam se passado quase meia-hora que Isaac e Scott haviam voltado para buscar seus telefones. Deaton e os outros esperavam próximo a casa do alfa.

Malia estava em um dos bancos mais para o fundo, com o olhar focado no vazio, esperando a tão almejada mensagem de Isaac.

Se tivesse alguma palavra para defini-la naquele momento, com certeza seria cagada. Ela estava cagada. Quase literalmente.

Estava quase voltando a sua visão para o aparelho, assim que ouviu Lydia gritar. Ela gritou tão alto que sentiu seus tímpanos quase estourarem.

Assim que o grito cessou, Malia correu para perto da amiga, sabendo exatamente do que se tratava.

- Onde eles estão? - Malia perguntou, segurando os ombros de Lydia, que estavam encolhidos.

Lydia olhou para o lado direito e logo voltou a olhá-la.

- No mesmo lugar em que Allison foi morta. - Ela sussurrou, mas foi o suficiente para Malia ouvir.

Malia quebrou o contato físico com Lydia, logo indo para a porta da van para abri-la.

Stiles quase pulou no braço dela.

- Malia! O que está fazendo? - Ele perguntou preocupado ao extremo com ela e o que poderia acontecer.

Finalmente a lágrima que ela estava segurando caiu em sua bochecha.

- O que eu preciso fazer. - Disse e não esperou resposta. Saiu correndo mais rápido do que nunca em direção ao local onde ouviu Scott falar tão poucas vezes sobre.

[...]

* 5 minutos antes •

Primeiro, Isaac abriu os olhos sem saber exatamente onde estava. Forçou a visão e olhou em volta. Não. Não. Não! Pedia mentalmente para aquilo ser alguma ilusão de ótica ou apenas uma alucinação.

Se estava naquele lugar, significava que Allison já havia voltado. Droga!

Ele queria se socar até perceber o quão besta foi de ter voltado apenas pela merda daquele maldito celular.

Queria nesse exato momento, sentindo o toque de Malia ou estar apenas a olhando de longe, mas ali não.

Tentou levantar-se, mas foi em vão. Estava com uma dor insuportável na nuca.

Olhou para o outro lado e quase assustou-se com Scott desacordado no chão com Allison alisando sua cabeça.

Meu deus!

Isaac queria correr dali!

Allison viu o garoto acordado e caminhou até ele.

- Isaac! Vejo que acordou. - Ela saudou, com Isaac desviando o olhar do dela.

Ele olhou para ela, com medo de suas ações. O que ela queria com ele ali?

- Então você está viva mesmo. - Ele falou, sem saber muito o que dizer.

- Estou. - Ela disse sorrindo. - É uma pena o que irei ter que fazer.

Isaac controlou a respiração quando ouviu aquela frase saindo da boca dela.

- Fazer? Fazer o que? - Perguntou confuso.

Allison abaixou-se até ficar próxima ao ouvido dele.

- Sinto muito. - Sussurrou mórbida.

Isaac franziu o cenho, ainda confuso. Confusão e dúvida que permaneceu até certas coisas aparecerem em sua frente, acompanhados da típica névoa preta.

Os Onis.

- Allison... - Ele chamou com os olhos arregalados.

Ela apenas riu.

Um deles aproximou-se dele, com a espada em mãos. Isaac quase gritou.

A figura levantou Isaac no ar, causando uma forte dor na cabeça dele, logo cravando a espada nele.

Depois de sentir algo perfurando sua barriga, ele caiu de joelhos no chão, com a visão um pouco embaçada por razão da perda de sangue. Olhou nos olhos do responsável e entendeu o porquê de Marie-Jeanne estar tão preocupada em avisá-los sobre as terríveis reações que a volta de Allison traria. A sua barriga perfurada havia sido uma dessas malditas reações. Por um momento sentiu a esperança de alguém aparecer para salvá-lo, mas soube que era só a sua mente não aceitando os fatos. Não poderia negar, um grito de desespero estava crescendo dentro de si. Não queria morrer, não estava pronto para morrer. Pois embora sua vida fosse detestável, ela dava esperanças á ele.

Sentiu um sentimento de egoísmo dentro de seu peito, quase como um grito desesperado. Estava gritando pela vida, pois sabia que não iria sobreviver. Passou por tanta coisa em sua vida para morrer assim, com uma mera perfuração na barriga. O engraçado é que não estava curando. Uma das coisas que passava em sua mente era o quanto que o destino/vida são filhos da puta. Pois pense só: você nasce, cresce, começa a estudar, entra na adolescência, se apaixona, sofre, crises existenciais, depressão, estresse, tristeza, solidão, se forma, sai da escola vai para a faculdade, escolhe a carreira na qual quer seguir, trabalha até se aposentar e morre, morre, perde para uma estúpida doença, para uma estúpida falha no seu organismo ou no seu sistema imunológico. Viu sua maldita vida passar diante de seus olhos, seus momentos favoritos, seus piores momentos, viu quando deu seu primeiro beijo, quando fez coisas além de apenas beijar, quando conseguiu sua carteira de motorista, quando foi mordido e virou lobisomem... E quando a conheceu. Queria poder pelo menos ter um soltado um eu te amo. A dor maior que estava sentindo, não era a do ferimento, mas sim a de nunca mais vê-la. Afinal, a dor psicológica é pior do que a física. Oh, se é.

Lágrimas era a última coisa que pensou que iria derramar naquele momento, mas aconteceu. Chorou, sem esperança. Pois, a morte ninguém teme, o que temem é como ela será. Dolorosa ou rápida?

Sentiu seus joelhos pesarem pelo esforço de todo o corpo apoiado sobre os mesmos. Finalmente viu o último momento passar pela sua mente. Caiu no chão, ainda vivo.

Malia corria desesperadamente para chegar ao lugar. Tão rapidamente que inúmeras vezes quase perdeu o equilíbrio.

Viu o portão aproximar-se de sua visão. Correu até lá e parou na frente, raciocinando o que fazer em seguida.

Seus olhos correram pelo lugar, até ver Isaac caído no chão, com o ferimento causado pela espada em sua barriga.

Correu até ele, sem nem um pingo de medo sequer. Viu Allison próximo a ele, com Scott desmaiado por perto, mas não ligou. Sua única preocupação no momento era Isaac ali, perdendo o sangue de seu corpo.

Chegou até ele, pegou a cabeça de seu amado e a deitou em seu colo, alisando os lindos cabelos dele.

Isaac quis sorrir com a visão, mas não tinha forças.

Malia não se permitiu chorar na frente dele, não naquele momento.

Colocou a mão na barriga dele, tentando tirar um pouco da dor dele, mas foi em vão, não funcionou. Era tarde demais

- NÃO, NÃO. POR FAVOR NÃO! - Ela gritou, desesperada, quase sem chão, sem consolo, desesperançosa.

- Está... T-tudo b-bee-m. - Isaac murmurou, quase se afogando no próprio sangue, imagem que fez o coração de Malia despedaçar mais ainda.

Ela aproximou os lábios do dele e o beijou, ignorando o maldito sangue que escorria de lá.

Isaac relaxou assim que sentiu o toque.

Malia, assim que se afastou, alisou a testa dele e o cabelo, sabendo que aquele era o fim, a porra do fim.

Ela sorriu.

- Sabe aquela hora que você me perguntou quando eu tive certeza dos meus sentimentos por você? - Ela perguntou, chorando, tentando controlar as lágrimas que atrapalhavam sua visão. Isaac conseguiu ao menos assentir. - Eu respondi que não tinha certeza. - Ela falou, deixando uma lágrima cair próxima à bochecha de Isaac. - Agora eu tenho. - Disse, rindo. - Foi naquele dia na floresta, em que eu desabei e você me reergueu. Meu coração estava partido, eu estava sentindo que iria morrer de tanto chorar, mas você me deu forças. Me deu forças com aquele beijo. - Ela sorriu, soluçando. - Foi aquele beijo que me deu a certeza. Eu já sentia algo por você, mas depois daquilo ficou nítido dentro de mim. - Malia falou, segurando a mão de Isaac. - Eu sinto muito por ter deixado o orgulho falar mais alto. Me...Me desculpe.

Isaac a olhou, também com lágrimas nos olhos. Allison assistia a cena, revirando os olhos.

- Não sinta. Você foi a melhor coisa que me aconteceu, eu agradeço por tudo, por tudo mesmo. Pelas brigas, pelas risadas, pelas palavras e principalmente pelos beijos. - Malia sorriu ao ouvir essas palavras. - Eu estava morto por dentro antes de te conhecer, então... Muito obrigado. - Ele disse, tossindo. - Eu amo você Malia Tate, amo demais. - Isaac falou, sentindo as lágrimas escorrerem sem controle.

Malia chorou mais ainda, sentindo a cabeça a ponto de explodir.

- Eu amo você mais. Pode apostar. - Ela disse, olhando para os seus olhos azuis favoritos do mundo todo. Sorriu. - Nunca falei, mas eu amo seus olhos.

Isaac riu, com dificuldade.

- Eu amo os seus também. São meus preferidos. - Ele disse, levando a mão até a bochecha de Malia, fazendo um carinho por ali. - São lindos. - Disse, olhado nos olhos dela, vendo as lágrimas escorrerem. Levou os dedos até lá, limpando. Afastou a mão dali, sentindo-a murchar, perder a força. - Obrigado...

Isaac assim que terminou de falar, parou de respirar. Fazendo com que seu corpo amolecesse totalmente, já sem vida, com os olhos azuis lindos ainda abertos.

Naquele momento Malia viu a Alcateia chegar pelo seu lado, indo ajudar Scott. Allison não esperou mais nenhum segundo e sumiu, juntamente de seu exército.

Malia gritou, gritou tanto que sentiu sua garganta arder. Chorou até não poder mais. Stiles viu a cena e simplesmente chorou também. Ver Malia de coração partido, daquele jeito era a última coisa que ele queria.

Aproximou-se dela, tocando em seu ombro. Como ele queria arrancar a dor que ela estava sentindo.

Malia o olhou, soluçando e gritando. Stiles abriu os braços. Malia imediatamente foi ao encontro dele, sendo abraçada fortemente por Stiles. O restante da alcateia foi ver como Scott estava. Ele estava bem, desmaiado, mas bem. Logo Deaton levou ele para a clínica, para resolver tudo de errado.

Lydia aproximou-se de Malia e Stiles abraçados, com uma cara triste, quase chorando também. Stiles e Malia choravam quando viram Lydia próxima a eles. Ela entrou no abraço dos dois.

Malia era a que mais sofria ali.

Aquele dia, era apenas o começo do que estava por vir.

O terrível futuro.

- Fim -