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História Broken Stone Heart - Broken Stone Heart


Escrita por: LucyEnvy

Capítulo 1 - Broken Stone Heart



“Você não acha que deveria contar para ele?” – lhe perguntou sua mãe. – “Eu sei que é difícil, Katsuki, mas guardar esses sentimentos para si apenas vão esmagar você, meu filho.”

Mitsuki era como o filho, porém mais alegre. Gritava sorrindo, tentando animar a todos. E vez ou outra dava um ou dois tapas, mas era uma ótima mãe. Ela apoiava Katsuki em tudo o que ele decidisse fazer.

- EU QUERO VIAJAR PRA PARIS!

- Ok!

- EU QUERO UM PÔNEI!

- Ok!

- EU QUERO UM DRAGÃO GIGANTE!

- Isso não existe!

- MAS EU QUERO!

- Ok!

Katsuki sempre foi uma criança complicada de se lidar e isso não era segredo para ninguém. Apesar das constantes advertências da mãe sempre fora arruaceiro e briguento. Porém estava tentando mudar, principalmente depois que entrou para a U.A. e depois de não ter conseguido sua licença de herói por conta de sua personalidade explosiva e arrogante.

- KATSUKI!!! SE VOCÊ SE ATRASAR PARA A AULA VOCÊ...

- EU JÁ ESTOU DE PÉ, PARE DE GRITAR!!!

- EU PRECISO IR AÍ JOGAR UM BALDE DE ÁGUA FRIA NA SUA CARA?

- EU JÁ DISSE QUE ESTOU DE PÉ, MÃE! – ele ainda estava deitado, de pijama, encarando o teto. Estivera assim nos últimos exatos dezessete minutos.

Mas depois de bastante esforço, Katsuki tomou coragem e se levantou, tirando o pijama. O corpo, malhado pelos anos de treino e academia, estavam marcados pelas cicatrizes que recebera no primeiro, segundo e metade do terceiro ano da escola de heróis. Ele foi para o banheiro e entrou debaixo do chuveiro, ligando a água quente.

Era como se o calor limpasse as suas impurezas, para pouco tempo depois estar gritando e jogando pragas por aí. Katsuki queria acreditar nisso, que mudaria, mas mudar era difícil, mudar era uma tarefa árdua... principalmente se você estava se apaixonando pela pessoa que desprezou a vida inteira. Talvez fosse mais fácil continuar a ser como era e jamais deixar Izuku saber de seus sentimentos... talvez não. Como sua mãe já lhe dissera, guardar o sentimento estava apenas esmagando a si mesmo. Já não bastava ser difícil admitir que estava gostando de um rapaz quando a vida inteira pensou ser hétero, para então descobrir que era bissexual, era mais complicado ainda descobrir que estava gostando logo de... Deku.

Ele socou o vidro do box do banheiro, sem querer o explodindo. “Merda!” – pensou. Sua mente vagava em tantos pensamentos. Aquele seria o primeiro dia do último semestre dele na U.A.

- KATSUKI, QUE BARULHO FOI ESSE? – gritou Mitsuki, subindo as escadas.

A porta do banheiro não havia sido trancada, então a mulher entrou quase arrombando-a, mas parou ao ver o filho de cabeça baixa e com a mão queimada e sangrando.

- Katsu? – ela o chamou, se aproximando e abrindo o box com cuidado. Mitsuki desligou o chuveiro e cobriu o filho com uma toalha.

- Eu estou bem! Mãe, é sério. Estou bem! Eu preciso me trocar. – ele se afastou, retornando ao quarto enquanto se secava. Não queria mais pensar naquilo. Queria pensar apenas em como seria o retorno e em como iria encarar Midoriya. – “Deku, bom dia. Como foram suas férias?” – repetia consigo mesmo, aos sussurros, enquanto se trocava. – Não! Ele vai achar esquisito. “Izuku, como vai?”. Quê? Eu nunca chamei ele de Izuku. Ele vai suspeitar.

Terminando de se vestir pegou sua mochila, desceu ainda murmurando para a cozinha e pegou duas fatias de pão, dando um beijo rápido na mãe e saindo. Não era exatamente animação o que Katsuki sentia. Talvez fosse um alívio por finalmente estar tomando coragem para contar. Já tinha um tempo que se sentia daquele jeito. Logo faria dezoito anos e queria ao menos ter... uma lembrança boa daquele lugar. Uma em que não o odiassem pelo jeito que estava tentando deixar para trás.

Chegou correndo, por causa do atraso na hora de acordar. Suava e pensava consigo que aquela seria uma ótima hora para lutar, de tanta água que lhe escorria do corpo. Entrou apressado nos últimos segundos antes de o portão fechar, se espremendo para passar, mas respirou aliviado quando chegou a sala e o professor ainda não havia aparecido. Sentou no único lugar vago da sala, uma carteira ao lado da parede, no fundo da sala. Obviamente, não se surpreendeu com aquilo, e também não fez questão de cumprimentar ninguém enquanto passava pela fileira, assim como ninguém fez a ele, mas procurou por ele.

Midoriya estava do outro lado. Conversava com Ochako algo do qual os dois riam. “Tudo bem, Katsuki. Você pode esperar até o intervalo.” – pensou enquanto jogava a mochila no chão e se sentava. – “É só uma coisa boba. Nem deveria estar pensando nisso.” Mas mesmo assim sua mente vagou por aqueles pensamentos até a hora do intervalo.

Quando o sinal tocou pemaneceu sentado, observando os colegas de classe se retirarem em grupos, até ficar apenas ele e o professor, que pareceu não notá-lo nos fundos. Katsuki suspirou, retirou a carteira da mochila e se levantou, saindo.

“Eu não quero que os outros saibam. Tenho que falar com ele a sós. Mas... se ele não corresponder ainda tem a chance de contar aos outros. Não! Deku não é assim.”

Andava distraído pelos corredores. Na verdade, mal sabia mais para onde estava andando. Cumprimentou Neito quando este lhe deu oi no caminho – e este foi o primeiro e último cumprimento que recebeu naquele dia. Estava decidido a encontrar Izuku e contar a verdade para ele, mesmo que isso significasse perdê-lo para sempre. Mitsuki sempre lhe dizia que o não ele já tinha, agora que corresse atrás do sim.

“Tudo bem, Katsuki. Não é tão difícil abrir a boca e dizer ‘Gosto de você’. Ainda mais vindo de você. Nunca teve medo de falar o que pensava.” – dizia uma vozinha em sua cabeça. – “Por que está tão nervoso agora? É o Deku, ele jamais zombaria de você ou qual... quer... outra coi... sa?” – ele parou assim que virou a esquina de um corredor. A voz em sua mente desapareceu como em um passe de mágica. Tudo desapareceu ao ver aquela cena. Era como se sua mente tivesse ficado em branco e o aperto que sentia no peito tivesse desaparecido. Os sons nos corredores nada mais eram do que como o som dos carros em uma avenida. Você os ouvia, mas não prestava atenção neles.

- De... ku... – sussurrou, sem conseguir tirar os olhos de Midoriya e Uraraka. Ele segurava o rosto da garota entre as mãos, a beijando. Ele parecia... feliz. Muito feliz.

Seu transe foi interrompido apenas quando os dois seguiram andando na direção oposta, de mãos dadas. Katsuki, que desviou o olhar deles para o chão, saiu correndo de volta a sala. Entrou quase arrebentando a porta, ofegante, e não se deu ao trabalho de responder ao professor quando este lhe perguntou se estava tudo bem.

“No que você estava pensando, Katsuki? Achou mesmo que ele iria ficar com alguém como você? Achou mesmo que seria você?” – ele riu mentalmente de si mesmo, pegando a mochila no fundo da sala e colocando nas costas. Então começou a doer. Foi como se mil explosões tivessem atingido seu peito ao mesmo tempo e destruído tudo o que havia dentro dele. Seu grito soou como o lamento dos mortos e os olhos não suportaram a dor de ter que segurar as lágrimas, derramando-as.

O professor tentou se aproximar, chamando por ele, mas Bakugou se virou, estendendo um dos braços e gerando uma explosão que destruiu metade da sala de aula, jogando o herói profissional contra a parede do outro lado.

- Não... – sussurrou o loiro ao ver o que fez. – Não!

Katsuki saiu correndo, mas foi barrado na porta por alunos que ouviram a explosão e foram averiguar o ocorrido. Olhou para todos assustado. Eles sabiam que fora culpa dele. “Eu não queria. Não queria fazer isso.” – tentava dizer, mas por que não saía? – “Não foi de propósito.” – mas de que importava? Todos já pensavam que era um delinquente mesmo.

Se enfiando no meio da multidão, Katsuki se espremeu até a saída da escola. O portão estava trancado, mas isso não o impediu de usar sua individualidade para se propulsionar para cima e depois descer. Se bem que, a parte do descer não foi um de seus melhores pousos. Estava tão nervoso que usou seu poder de forma falha e caiu direto de cara no chão, se ralando todo.

Por um momento ficou deitado, com a bochecha direita sangrando contra o asfalto, antes de levantar e ir correndo para casa.


Notas Finais


Ah, minha primeira fanfic de Boku no Hero!
Gente, não me crucifiquem pelo que eu fiz com o Kacchan -eu mesma já estou me crucificando. Mas espero que gostem da fanfic e que acompanhem. Eu prometo tentar manter as atualizações semanais OU de 15 em 15 dias, no máximo!


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