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História Broken Stone Heart - Alone


Escrita por: LucyEnvy

Notas do Autor


Olá, pessoal!!! Esta aí o novo capítulo. Eu espero que gostem! Quem sabe agora as coisas não começam a melhorar pro nosso loirinho explosivo???

Capítulo 3 - Alone


Duas semanas! Tinham se passado duas semanas desde o incidente de Katsuki na U.A. e ele não havia retornado durante todo aquele tempo ao colégio. Era o dia inteiro em casa comendo, bebendo, dormindo e jogando videogame. Vez ou outra olhava o celular esperando por uma mensagem ou ligação que jamais viria. Foi naquele tempo que percebeu que realmente ninguém se importava com ele.

Duas semanas fora e ninguém fora a sua casa perguntar dele ou ligara perguntando se estava bem. Aquilo apenas piorou a mancha negra que carregava dentro de si. Nem mesmo Deku ou Kirishima ligaram. Foi naquele tempo que percebeu como era realmente um merda, alguém que não merecia nada, que não merecia ser um herói. Mesmo que sua individualidade fosse tão poderosa, quem precisava de um herói egoísta, arrogante, orgulhoso e grosso? Talvez devesse seguir a vida como administrador. Não! Sairia gritando com os funcionários. Com demolições? Tinha uma habilidade ótima para isso...

- MERDA!!! – gritou quando recebeu um game over.

Katsuki levantou irritado da cama, largando o controle, e saiu do quarto, descendo até a cozinha. Seu pai estava lá, lavando a louça, mas não lhe deu tanta atenção. Abriu a geladeira e pegou uma garrafa de suco, tirando a tampa e bebendo do bico.

- A escola ligou perguntando de você. – disse-lhe o pai.

- Ao menos alguém se importa.

- É seu último semestre. Não pode continuar faltando.

- Não estou interessado mais na licença.

- Já falei com sua mãe sobre isso. Se não pretendo retornar, ao menos entre em uma escola comum para terminar os estudos. Ou arrume um emprego, sei lá, mas saia daquele quarto.

- Não tenho interesse nem em um nem...

- Escute aqui! Eu não vou deixar você se auto destruir. Entendo pelo o que está passando, mas ficar o dia inteiro trancado dentro de casa não vai resolver o seu problema. Conversei com um amigo e ele conseguiu um emprego em uma creche para você.

- O QUÊ? Quer que eu mate as crianças?

- Ao menos tente, Katsuki!

- ESTOU TENTANDO!

- NÃO ESTÁ! – o grito do mais velho fora como uma facada. Katsuki nunca vira o pai gritar antes. Era esse o nível da preocupação ao qual tinha chegado? Mas ele era pai. Fazia o que achava ser melhor. – Você começa amanhã. Deixei o endereço preso no imã da geladeira, junto ao horário. E tente não gritar nem usar sua individualidade.

- Tsc... logo uma creche. – ele arrancou o papel na porta do freezer e subiu, resmungando.

Ao se jogar na cama deu, novamente, uma olhada no celular. Nada!

- UMA CRECHE???


Era o pior lugar onde poderiam colocá-lo! Tinha crianças. Muitas crianças! Elas corriam para todos os lados. E elas gritavam. Já não bastava ter acordado cedo, precisava aturar gritaria para todos os lados.

“São vários pedacinhos de mim...” – pensou.

A coordenadora do local o havia instruído do que deveria fazer. Ficaria com uma turma de crianças de dois e três anos e seria assistente da cuidadora.

Era uma turma pequena, de apenas oito alunos, e aquilo o aliviou um pouco. Ao menos não teria de lidar com um rebanho de projetos de humanos. A professora deles ainda não havia chegado, então quem acabou os recebendo foi ele... além de ter sido abandonado com as crianças na sala.

“Auto controle! Auto controle! Não mate as crianças!” – um garotinho puxou a barra da camisa dele. Katsuki olhou para baixo e o ficou encarando com aquele típico olhar irritado, o que fez a criança chorar e sair correndo.

- Não! Não, espera! Eu não queria te assustar! – mas então todas as crianças começaram a chorar. – QUAL O PROBLEMA DE VOCÊS? – eles choraram mais alto. – EU NÃO VOU MATAR NINGUÉM! – elas começaram a gritar “vilão”. – EU NÃO SOU VILÃO! OLHA, TEM BALA! QUEM QUER BALA? – ele viu o pote de balas em uma prateleira fora do alcance dos menores e o pegou, abrindo a tampa. – Quem parar de chorar vai ganhar uma bala! PAREM DE CHORAR!

- Gritar não vai resolver o problema! – a jovem entrou na sala rindo.

- QUÊ...? – o semblante do loiro se suavizou assim que a viu.

- Você deve ser o novo assistente! – ela colocou a enorme bolsa e a grossa pasta sobre a mesa e, quase instantaneamente, foi agarrada pelos quatro cantos pelas crianças. – Tudo bem, não precisam chorar. Eu não vou deixar o moço mau machucar vocês!

- EI!!!

Ela riu, pedindo às crianças que fossem se sentar.

- Não damos balas às crianças oito horas da manhã. – ela tomou o pote de Katsuki e o colocou de volta no lugar. – Meu nome é Inori Yuu, qual o seu?

- Meu nome? Ah... Katsuki Bakugou. – nem mesmo Katsuki sabia o porque, mas não conseguia tirar os olhos daquela jovem estranha. Inori Yuu usava uma jardineira jeans rasgada nos joelhos e toda manchada de tinta de várias cores. Seus cabelos eram longos, estavam presos em um rabo de cavalo, batendo nas coxas, e eram pretos, porém com várias mechas coloridas, como se também estivessem manchados. – Todos os professores aqui são esquisitos como você ou- AI AI AI. – ela pegou na orelha dele e a puxou com força pra baixo, enquanto mantinha um caloroso sorriso no rosto.

- Quem quer desenhar? – as crianças levantaram as mãozinhas, agora animadas. Inori tirou alguns papéis de sua pasta e entregou quatro a Katsuki. – Ajude aqueles quatro ali. O potinho na mesa tem giz de cera.

Ele pegou as folhas enquanto massageava a orelha e se sentou no chão ao lado da pequena mesinha com as quatro crianças, distribuindo os papéis.

- Inori-nee-chan, a gente não quer o moço mau.

- EU NÃO SOU MAU!!! – Inori riu, mas convenceu as crianças de que se ele fizesse algo ruim iria bater nele.


Ao final da tarde, morto de cansaço por correr atrás de umas praguinhas e por ter que trocar fraldas, Katsuki agradeceu a todos os deuses por ter acabado. Quando estava saindo na porta da escolinha lembrou pela primeira vez no dia do celular. O tirou do bolso e o olhou. Sua mãe havia ligado umas dez vezes, mas apenas ela. Enviou uma mensagem a Mitsuki pedindo desculpas e dizendo que estava indo para casa.

- KATSUKI!!! – Inori deu um tapa nas costas dele, sorrindo.

- Que liberdade é essa pra me chamar pelo primeiro nome?

- Sou sua senpai, ora. Você foi bem para o seu primeiro dia.

- As crianças me odiaram.

- Odiaram? Elas amaram você. Até me disseram que gostaram quando você estourou a pipoca de microondas na mão. E você tem pique pra correr com eles. Eu já desisti. Vai voltar amanhã?

- ...talvez. – ele pegou a pasta dela e a ajudou a carregar suas coisas. – Vou ter que te chamar de Inori-senpai? – ela riu.

- Pode me chamar de Inori-nee-chan.

- Por que nee-chan? Quantos anos tem?

- Delicado como coice de mula.

- Isso sempre! – suspirou o loiro.

- Tenho dezenove. E você?

- Dezoito!

- QUE BEBÊ!

- COMO ASSIM BEBÊ? É SÓ UM ANO DE DIFERENÇA! – ela caiu na gargalhada.

- Bebê! Bebê!

- INORIIIIII...


O som do canudo sugando o nada dentro do copo fazia a perna de Katsuki balançar freneticamente. Ele deveria ter ido para casa, mas acabou acompanhando Inori até uma lanchonete, onde ela pediu um milkshake e tomou até sobrar só o vento.

- Então você deixou a escola deheróis por causa de uma briga?

- Foi um acidente! E eles já queriam me expulsar há um bom tempo, então... juntei o útil ao agradável.

- Não entendo porque. Digo, eu assisti a todos os torneios esportivos da U.A. e vi você neles. Realmente, parece uma bomba atômica, mas é só saber lidar contigo.

- Puxar minha orelha não é lidar comigo.

- Funcionou!

- Doeu!

- Mas funcionou! – ela sorriu.

- Você é uma péssima pessoa.

- Só eu?

- Minha personalidade não vem ao caso.

- Óbvio que vem, mas você me pagou milkshake, então eu já te amo!

- Só me chamou aqui pra ganhar milkshake?

- E pelas crianças! – ela colocou o copo na mesa e logo em seguida a enorme pasta. – Temos que pensar no que faremos com elas amanhã. O que acha de um jogo da memória?

- Tem tanta certeza de que vou voltar?

- Deixa de ser bobo. Você se divertiu com as crianças.

- Elas são irritantes. Gritam demais!

- Só elas?

Inori sorriu, tirando alguns papéis e começando a desenhar neles com canetinhas. Katsuki apenas ficou observando. Não queria admitir, mas se divertiu sim. Correr o dia inteiro, ler um livro de histórias infantis, dar banho nas praga, aquilo, de alguma forma bem esquisita, preencheu o esquentadinho. Ele não havia pensado na U.A. durante o dia inteiro, muito menos em Deku.

“Já são nove horas. Mitsuki vai me esfolar.” – pensou, olhando as horas no celular.

- Preciso ir! – disse ele, se lavantando e deixando algumas notas na mesa. – E vê se não chega atrasada amanhã.

- Okaaaay!

“Até que... foi divertido!” – pensou consigo mesmo, saindo da lanchonete.


Notas Finais


QUEM GOSTOU DA INORI-NEE-CHAN LEVANTA A MÃO? *Levanto as mãos*
Ela virou minha bebê desde que a criei. Espero que tenham gostado dela e do capitulo! E muuuito Obrigada por lerem e terem paciência com minha falta de organização pra postar. Amo todos vocês! <3


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