História Broken Strings - Vendo com outros olhos.

(Medo Bobo - Maiara e Maraisa ♪)

Dois dias antes...

Emma estava confusa, a Regina que seu irmão havia lhe descreverá e a Regina conhecera eram pessoas completamente diferentes. Neal pintara uma mulher sem escrúpulos e disposta a tudo para alcançar seus objetivos. Consequentemente quando a loira soubera da sobrinha, imaginava que Regina Mills não teria o menor amor a criança, ela apenas usaria a filha para arrancar dinheiro de sua família. Só que tudo parecia acontecer ao contrario, a morena se mostrava uma mãe dedicada e amorosa, disposta a tudo para não perder a filha. Até mesmo assinar um contrato, porque era isso que Emma havia lhe proposto, um contrato com alguns benefícios financeiros e que prendia Regina de inúmeras formas. Confusa a empresaria decidiu ir conversar com a melhor amiga, Lily Paige sempre fora sua luz nos momentos, mas difíceis e esperava que agora a ajudasse a tomar a melhor decisão.

— Emma eu não entendo o motivo de toda sua confusão. — Lily dizendo, tentando entender tudo que Emma havia lhe contado desde que chegara a sua casa.

— Como não entende Paige, eu lhe expliquei tudo detalhadamente.

— E é justamente por isso que não estou lhe entendendo. Emma, você está julgando a mulher pelo que lhe contaram e não pelo que realmente viu. Como sempre está tão focada nas ordens de sua mãe que se esqueceu de pensar por você mesma Emma.

— Não é bem assim Lily. — A loira se justificou. — Regina tem histórico duvidoso, a fama dela no nosso meio social não é lá das melhores.

 — Posso concordar com essa parte Swan, mas sabemos bem como as dondocas adoram uma fofoca e aumentam bem as coisas. E vamos combinar Regina ou Rhana como ela quiser ser chamada é linda, sexy e muitos homens e pelo que sei mulheres babam por ela. Ela é uma mulher solteira e não se prende a dogmas sociais, só isso já é motivo para ser falada.

— Eu não estou julgando ela querer aproveitar a vida Lily e transar sem compromisso por ai. O que está em julgamento é ela usar uma gravidez para arrancar dinheiro do meu irmão.

— E por acaso você já parou para pensar que ela pode ter mudado Swan, mulheres quando se tornam mãe mudam. E o mesmo pode ter acontecido com a Regina.

 —Talvez você tenha razão Paige. — Emma admitiu.

— Talvez não loira, eu tenho razão. E você é um grande exemplo disso. Quando Henry nasceu você mudou Emma, e não foi pouco não. Você devia parar de dar ouvidos a Mary Margaret e tirar suas próprias conclusões. Antes de embarcar nesse casamento maluco, conviva com a morena. A conheça de verdade no dia a dia. Daí assim você poderá saber quem é Regina Mills de verdade e não ficará nessa confusão.

 Emma parou para ponderar tudo por alguns minutos, e tudo que sua amiga tinha lhe dito começou a fazer sentido em sua cabeça.

 — Talvez seja uma ótima ideia Paige.

— É uma ótima ideia Swan não precisa agradecer. Só não vá se apaixonar por ela. — Lily brincou.

 Emma deu um sorriso sem graça, e sentiu seu coração parar dentro do peito por uns segundos. Se apaixonar por Regina Mills era algo que não poderia nem ao menos ser cogitado por ela. Mesmo que a vida tivesse outros planos para elas.

Atualmente...

Quando adentraram a porta da grande casa, foram recebidas por uma senhora, que aparentava uns sessenta anos e era de origem hispânica. A senhora cumprimentou Emma e analisou Regina de cima a baixo.

— Seja bem vinda Senhorita Nolan.

— Olá Nany. — Emma respondeu cumprimentou a idosa. — Como está tudo por aqui?

— Bem Senhorita Nolan. O jovenzinho Swan ficou eufórico quando lhe contei que Senhorita viria almoçar em casa.

— E onde está esse jovenzinho?

— Ele está no banho, descerá em alguns minutos. Vejo que trouxe visitas, devo colocar pratos a mais na mesa?

— Sim Nany, mas antes de deixe te apresentar Regina Mills. — Emma disse fazendo menção em apresentar Regina e Nany. — Regina essa é Granny Lucas governante de minha família há anos.

— É um prazer conhecê-la Granny.

— O prazer é meu, Senhorita Mills. Espero que aprecie o almoço, agora peço que me deem licença, eu preciso verificar algumas coisas na cozinha. —Nanny se despediu e deixou a sala.

Emma conduziu Regina até a sala de estar, onde se sentaram e o clima entre elas pareceu mais ameno.

— Emma será que poderia me dizer o porquê me trouxe aqui? — A morena questionou Emma.

— Abaixe as armas Regina, eu lhe trouxe aqui em paz. Eu quero lhe propor algo.

— Achei que já tinha proposto algo antes. —Regina debochou.

— Não precisar ser sarcástica Regina Mills. Deixe me ser mais direta então, eu quero que você conheça meu filho e eu dia a dia, assim como desejo conhecer o seu. Não quero que embarquemos em casamento mesmo que seja apenas no papel sem ao menos termos uma relação amigável. Eu quero me retratar, pois eu tenho visto uma mulher diferente da que me descreveram esse tempo todo. Você é uma boa mãe, e está na cara que Charlie te adora, não quero ser injusta ou te julgar sem que mesmo tenha certeza do seu caráter. — Emma despejou tudo de uma vez.

E depois que o fez se sentiu mais leve, mas sua confissão pegou Regina se surpresa, a morena não sabia o que responder.

— Eu não sei o que dizer... — Mills gaguejou. — Você tem sido bem difícil em nossas ultimas conversas Emma.

— Então vamos recomeçar. — Swan se adiantou. — Eu quero que passemos um tempo juntas, digo que você venha morar aqui.

— Morar aqui? — Regina repetiu a frase, mas como uma pergunta do que uma afirmação. Ela olhou para lado e constatou que Charlie ainda dormia no bebê confortou, enquanto as palavras de Emma ainda ecoavam em sua cabeça. Morar com ela sem ter a obrigação de um casamento, era o que Regina menos esperava, ainda mais assim do nada.

— Eu não sei o que responder Emma, você me pegou de surpresa.

— Você tem todo tempo do mundo para decidir Mills, sem pressão ou pressa.

Antes que Regina pudesse dizer mais qualquer coisa, um pequeno furacão invadiu a sala.

— Mamãe, mamãe você veio. — Henry gritava pulando nos braços de Emma. A loira recebeu o filho com mesmo entusiasmo e alegria.

— Ei meu pequeno furacãozinho devagar, ou assim ira derrubar a mamãe. — Emma dizia enquanto enchia o filho de beijos.

 — Me desculpa é que eu estava com muitas saudades. — O garotinho se justificou. — E era muita mesma mamãe, era assim oh. — Henry gesticulava com as mãozinhas tentando demonstrar o tamanho de sua saudade.

— Oh filho, me desculpa. A mamãe esteve meio enrolada com trabalho, mas agora poderei vir almoçar sempre em casa com você.

— Oba! — Henry comemorou sorrindo.

 Regina acabou contagiada pela alegria do pequeno. Mills estava extasiada, com aquele momento e impressionada em conhecer um lado de Emma Nolan Swan que ela desconhecia. A mulher doce, amorosa e atenciosa a sua frente era completamente diferente da que batera em sua porta dias atrás. Ela foi tirada de seus pensamentos pela voz suave de Emma. 

— Filho eu quero que conheça alguém. — Emma finalmente resolveu se pronunciar a respeito da presença de Regina ali.

— Quem é ela mamãe? — Garotinho perguntou confuso assim que viu Regina sentada no sofá a frente deles.

— Ela é uma amiga muito querida da mamãe, e veio aqui especialmente conhecer você.

 — Sério mamãe?

 — Seriíssimo filho.

 Regina sorriu e Henry lhe sorriu de volta. Emma colocou o filho no chão e ele foi até Regina, pegou sua mão e a beijou como um perfeito cavalheiro.

— Muito prazer moça bonita, meu nome é Henry Swan Nolan. E você como se chama?

Swan gargalhou pela atitude do filho, Henry adorava filmes de príncipes e princesas e desde um ano de idade, era somente isso que acalmava. E depois de tanto assistir tinha passado a vivia imitar os gestos que assistia nos filmes e arrancava sorrisos e impressiona a todos que conheciam o garotinho.

— O prazer é meu rapazinho. Meu nome é Regina Mills.

— Você tem um nenezinho? — Henry perguntou se referindo a Charlie assim que a viu.

— Sim eu tenho Henry.

 — E menino ou menina?

— E uma menina, ela se chama Charlie. O garotinho olhou a bebê por mais uns segundos e sorriu.

 — Ela é bonita também, como você Regina. — Obrigado pelo elogio Henry, você é um amor de menino e muito gentil.

 Emma observou a interação entre o filho e Regina, e viu que tinha acertado em trazer a morena para conhecer o garoto. Henry era uma criança incrível e não havia um que não gostasse dele, e com Regina não fora diferente.

— Vejo que se deram bem. — Emma entrou na conversa.

— Sua amiga é bonita mamãe, e eu gostei dela.

 — Eu também gostei de você Henry. — Regina respondeu passando a mão pelos cabelos do garotinho.

 Um elo começava a se tecido entre eles, algo sutil e delicado que nem mesmo os três perceberam, mas existem sentimentos que nascem e florescem sem esforço algum. Emma não se permitiu fazer questionamentos, apenas se deixou levar pelo momento que viviam naquele instante. Durante a tarde que passaram juntos, Henry teve inúmeros gestos de carinho com Charlie, conversando com pequena e lhe tirando sorrisos, o que para Emma fora perfeito.

 A aceitação do filho com garotinha era extremante importante, para que convivessem no futuro.  Almoçaram entre conversas despreocupadas, e algumas experiências maternas trocadas. E Emma teve certeza que tomara a melhor decisão, ela iria conhecer Regina por ela mesma, o que as pessoas lhe dissessem sobre ela de agora em diante não farei mais diferença.

 Depois do almoço, Emma sugeriu que as crianças tirassem uma soneca. E Regina se ofereceu para ler algo para Henry e Charlie. O pequeno pediu para Charlie dormisse em sua cama, ela era uma boa companhia segundo ele. No final, ambas estavam de pé a porta observando os pequenos dormirem um sono tranquilo.

— Seu filho é um amor Emma. — Regina comentou.

 — Acho que ele puxou meu pai. Porque é sempre tão galanteador.

 — Você sabe ser gentil quando quer Swan.

— E você sabe ficar relaxada e apreciar o momento Mills. Claro isso quando você quer. — Emma rebateu.

 E quando perceberam estavam próximas demais, rostos próximos, e respirações misturadas. O ar estava pesado e as vontades exalavam pela pele. Emma queria Regina, e Regina queria Emma era um fato que não conseguiam negar mais, pois seus corpos diziam isso.

 — Eu, eu... — Regina se perdeu nas palavras e tentou se afastar.

— Não espera Regina. — Emma pediu a segurando pelo pulso. Em um impulso ela trouxe a morena para seus braços. — Eu sei que está tudo de cabeça para baixo, e nossas vidas se colidiram da pior forma. Mais eu tenho certeza que você assim como eu sentiu algo assim que apareci na sua porta. Regina olhou aqueles olhos verdes e viu lagrimas lá.

— Isso tudo é uma loucura Emma, eu não sei se posso... — Mills lamentou. — Têm tantas coisas envolvidas, Charlie eu não posso perder minha filha.

— E você não vai perder ela Regina. — Swan garantiu.

— Não foi o que você disse nas ultimas semanas. Ao contrario me fez ameaças de tira-la de mim.

— Esqueça o que eu disse nas ultimas semanas. Eu quero um recomeço. Lembra foi isso que lhe propus te trazendo aqui.

— Esse é o problema Emma, você é imprevisível e não tenho ideia do tudo isso significa. Como posso confiar em você? Ou saber que tipo de recomeço você quer?

 Emma parou de raciocinar e se deixou levar pelo que sentia tendo aquela mulher em seus braços.

— Talvez isso lhe mostre que estou disposta a recomeçar. — A empresária confessou e fechou a distancia entre seus lábios e os de Regina.

O beijo começou lento e suave, e ganhou intensidade quando suas línguas se encontraram. Não houve resistência por parte de Regina, ela se deixou ser levada por Emma Swan em um beijo que parecia não ter fim. O depois há depois não importava, só importava aquele beijo e nada mais.