História Broken Strings - Negação

(Codinome beija flor — Cazuza♪)

O trajeto até em até a casa de Regina foi feito em silencio, mas Emma e Regina se comunicavam através de olhares expressivos e sorrisos bobos. O clima que começava a se instalar entre elas era leve, e tinha um que de mistério. Um mistério que Emma estava louca para desvendar, a loira queria saber por que a presença de Regina a perturbava tanto e porque cada dia a necessidade de ter aquela mulher por perto aumentava cada vez mais. Ela deveria odiar Regina Mills, deveria estar dando continuidade à vingança proposta por sua mãe, mas algo pelo caminho tinha mudado e mesmo sendo tudo tão desconhecido ela estava disposta a seguir em frente. Regina também tinha suas duvidas, e situação que estava vivendo com Emma parecia se complicar cada vez mais, ela se enroscava em suas próprias mentiras e não conseguia mais voltar atrás.

 A desculpa sempre fora por Charlie, e ainda era mais a verdade que a morena também ali por Emma. Mesmo que quisesse negar, lá no fundo do seu subconsciente ela sabia a resposta. Assim que chegaram, a casa da loira, continuaram sem trocar uma única palavra. Regina desceu do carro pegou Charlie e caminhou acompanhando Emma até a porta da grande mansão. Quando finalmente adentraram a casa foram recebidas por Granny.

— Senhorita Swan, Senhorita Mills. — A governanta cumprimentou ambas as mulheres. — Eu preparei tudo como pediu Emma e o pequeno Swan chegará daqui a pouco do colégio.

— Obrigado por tudo Nany. — Emma agradeceu. — Pode ir se quiser eu mesmo irei mostrar a casa a Regina.

 — Se precisarem de mim estarei na cozinha. — Granny pediu licença e deixou a grande sala.

Regina ainda estava um pouco insegura naquele ambiente e sem saber como agir. Emma pareceu sentiu a tensão no ar e tratou logo de agir, para dissipar qualquer medo que morena pudesse estar sentindo.

— Vamos subir Regina, vou te mostrar a parte de o andar de cima e onde você e a pequena vão ficar. — Swan disse apontando para a escada.

A morena estava sem malas, e na verdade quase não tinha mais nada, já que todos seus pertences tinham sido perdidos no acidente do seu apartamento.

— Não quero incomodar Emma, é só me mostrar o quarto e eu me ajeito com Charlotte. — Mills respondeu meio envergonhada.

— De modo algum, eu quero que você se sinta em casa o tempo que ficar aqui. Então vou lhe mostrar a casa toda, eu mesma Mills.

—Tudo bem, vamos então. — Regina assentiu com lançando a cabeça em concordância.

Emma lhe sorriu e fez um gesto com mão para que ela a acompanhasse. No andar de cima, a empresária mostrou a Mills todos os quartos, e onde ela e Charlie ficariam. Ainda analisando de certa forma o comportamento de Regina, Emma esperava que ela se deslumbrasse com grandes cômodos de sua mansão, mas ao contrario Mills apenas olhava uma coisa ou outra sem demonstrar grande interesse. E mais uma vez Swan viu que seguir o conselho de Paige tinha sido uma boa ideia, conhecer Regina aos poucos e por si mesma mostrava que ela era uma pessoa completamente diferente do que seu irmão lhe descrevera um dia.

— Esse é o quarto que pedi que preparassem para você e a pequena. — Emma disse e abriu a porta do quarto para que a morena pudesse entrar.

Regina olhou a sua volta e viu que tudo era bonito, mas simples e havia muito dela no local como se Emma a conhecesse um pouco de seus gostos.

— É grande demais Emma, não precisava... Quer dizer eu não estou acostumada a isso tudo. — Mills comentou enquanto analisava o restante do quarto.

— Não é um quarto luxuoso, Regina. Eu pedi que deixasse o mais simples possível, mas confortável. — A empresaria enfatizou. — E espero que goste do que mandei trazer para Charlie.

 Regina olhou na direção em que Emma olhava e viu um pequeno berço, perto da cama e uma poltrona ao lado. — Eu pedi que trouxesse mobília para um quarto de bebê, mas quis deixar tudo aqui. Acredito que a pequena se senti melhor estando mais próxima da mãe, em um ambiente novo.

— Sim, ela vai e caso chore a noite eu estarei por perto.

 — Acredite Mills eu sei como é. Henry na idade dela tinha o mesmo comportamento. — A loira comentou.

— Obrigado Emma. – Mills agradeceu. — Eu não sei como agradecer por tudo que está fazendo.

— Não precisa agradecer Regina, somos amigas lembra? E amigos se ajudam. Além do mais estou fazendo isso pela minha sobrinha também. Se quiser me agradecer, apenas fique a vontade e não hesite em pedir algo se precisar.

— Eu vou tentar Swan eu prometo.

— É um bom começo, agora vou deixar você e a pequena, sozinhas para que possa se instalar. Nós vemos no jantar – Emma disse indo em direção à porta. Já no corredor ela parou e gritou para que Regina pudesse ouvir. — Depois olhe no closet deixe algo lá para você.

Granny observava a cena do pé da escada e tinha certeza que a rotina daquela casa ia mudar. Já sozinha no quarto com a sobrinha Regina explorou os cantos do grande quarto e depois resolveu colocar Charlie no berço. — Um lugar quentinho e confortável para você meu amor. — A tia conversava com a pequena ainda dormindo. — Agora vou ver o que sua Tia Swan aprontou, e você se comporte aqui.

A morena caminhou até o closet e encontrou varias sacolas, algumas com roupas para bebês e outra com roupas adultas. Vasculhou os embrulhos e todas as roupas tinham seu tamanho e eram bem no estilo, nada extravagante tudo simples e discreto. Porém as peças tinha um toque de elegância, que Regina não costumava ter nas roupas que ela escolhia. As roupas de Charlotte eram simples, mas ainda sim também elegantes. Regina não tomou como ofensa, ela entendeu que Emma não queria mudar seu estilo, mas queria que ela se vestisse como uma mulher que carregaria seu nome em breve. Era assustador e ao mesmo tempo gentil. Assustador porque a fazia se lembrar do motivo que a levara até ali e gentil porque mostrava que Emma a queria ao seu lado, mas sem querer que ela mudasse sua essência. E como se aquilo fosse sua marca havia um cartão de Emma perto das sacolas maiores. Regina tratou logo de abrir e ler o seu conteúdo.

‘Esse é presente de boas vindas, e não quero que leve como ofensa. Achei que você e a pequena precisariam de roupas novas já que a maioria de suas coisas e dela se perderam no incidente em seu apartamento. Eu mesmo escolhi tudo pessoalmente, já que conheci um pouco do seu gosto, e caso não goste de algo podemos trocar depois. ’

Espero que estadia de vocês aqui seja agradável.

 Emma Swan.

Regina apenas fechou o cartão e suspirou, com a leve duvida se aquela mulher que lhe escrevera aquilo era a mesmo de alguns dias atrás. A mesma que ameaçou tantas vezes.

— Emma Swan você é mistério que me confunde cada dia mais. — Ela murmurou consigo mesma e depois voltou a olhar os tantos presentes que ganhara.

***

(Sonhos de um palhaço — Ricky Valle♪)

 Uma semana se passou desde que Regina se mudou para a casa de Emma, e uma nova rotina se estabeleceu na mansão Swan. O café da manhã era um ritual sagrado, ao qual Emma não faltava mais, para alegria de seu filho que passou a ter a mãe mais tempo em casa. A empresária mudou seus horários na empresa, para ficar mais tempo durante a manhã em casa. Regina e Henry se tornaram cada vez mais próximos, a morena passou a lhe contar historias para ele Charlie antes de dormir e depois o colocava na cama. Os serviços de Sebastian já não eram mais tão usados, já que Emma mesma fazia questão de levar todos aos seus destinos. Primeiro a loira deixa o filho na escola, depois levava Charlie a creche e por fim deixava Regina na biblioteca. Swan se despedir de Regina com um beijo singelo na testa e um “eu te vejo mais tarde” também fazia parte do pacote. Os problemas que ainda pairavam sobre elas tinham sido completamente esquecidos, pareciam viver numa realidade paralela criada só para elas.

— Olha só a futura Senhora Swan Nolan chegando. — Belle comentou quando viu a amiga entrar na biblioteca com um daqueles bobos no rosto.

— Pare de dizer bobeiras Belle. Emma só é gentil porque faz parte da educação dela. — Regina respondeu meio envergonhada.

— Mills vocês já agem como um casal. Estão morando juntas. E Emma pode se educada demais, mas está na cara que ela te trata como uma Rainha. E se acrescentarmos as crianças já são uma família só falta oficializar.  

A morena suspirou pensando naquela possibilidade por alguns segundos, e não lhe parecia uma má ideia. — Viu o que eu disse você suspira quando pare pensar sobre isso Regina. — French insistiu.

— Chega Belle vamos trabalhar. — A morena se rendeu, e foi em direção ao balcão para começar a trabalhar.

***

 (Justin Timberlake — SexyBack♪)

Após o jantar, Emma e Regina fizeram o ritual de sempre iam a biblioteca escolher um livro para ler para os pequenos. Swan apontou para o sofá para que Regina se sentasse, e acomodasse Charlotte nas pernas, que já começava adormecer.

 — Regina eu queria lhe fazer um pedido. — A empresaria arriscou pedir algo que queria pedir a dias a morena.

— Me diga e se eu puder ajudar considere feito. — Regina garantiu.

 — Eu vou à Nova York a negócios... E bem gostaria que você fosse comigo. Claro que se quiser levar as crianças também pode ser uma boa ideia, Henry ia adorar.

 Regina não pensou muito nas consequências, e respondeu rapidamente.

— Eu preciso pedir alguns dias na biblioteca, e me organizar melhor e...

— Mills é um final de semana, e que saiba a biblioteca publica não abre durante aos fins de semana.

— Se é assim, é claro que vou sem problemas Emma. É o mínimo que posso fazer por amiga que tem me ajudado tanto.

 Emma se animou por Regina aceitar seu convite, mas no fundo sentiu uma pontinha de tristeza. Regina a chamou de amiga deixando claro que estava fazendo aquilo pela amizade que tinham. Não que fosse ruim, mas Emma começava a perceber que queria mais com Regina e amizade já não era mais suficiente para ela.

Depois de mais um tempo conversando, acabaram de escolher o livro e subiram com Charlie que já estava adormecida nos braços de Regina. Encontraram Henry brigando com o sono, esperando pela historinha da noite.

— Achei que tinham se esquecido de mim. — O menino reclamou esfregando os olhinhos.

— Jamais filho. Só estamos conversando e demoramos em escolher o livro. — Emma justificou.

— Isso mesmo pequeno jamais iria esquecer o nosso pequeno príncipe. —Regina completou. E Emma não deixou passa despercebido o “NOSSO” dito pela morena. — Inclusive foi esse o livro que escolhemos.

—Qual tia Regina? — Henry a questionou confuso.

— O pequeno príncipe meu amor.

 O pequeno se animou e se sentou na cama esperando ouvir a historia. Alguns minutos depois Henry já estava dormindo e ambas as mulheres satisfeitas com o momento. Emma deu em Henry um beijo de boa noite e Regina repetiu o gesto e depois deixaram o quarto. O dia tinha sido cansativo e as mulheres apenas seguiram para seus quartos sem trocar mais nenhuma palavra, apenas alguns sorrisos e olhares intensos.

 Sozinha em seu quarto, Regina pensava no que aquela viagem poderia acarretar, o fantasma de sua irmã voltava a lhe assombrar. Se Rhana voltasse a aquela altura sua vida viria um pesadelo, tudo teria sido em vão. Quando o pânico se fez presente Regina se viu na porta do quarto de Emma, tentando voltar atrás na resposta que tinha lhe dado. Quando abriu a porta se deparou com algo que a deixou sem palavras, Emma Swan completamente nua. Regina parecia hipnotizada, e não conseguia tirar os olhos do corpo de da loira. Emma parecia que tinha acabado de sair do banho, os cabelos loiros levemente molhados caiam sobre os ombros, o abdômen, e os braços completamente definidos e seios empinados e firmes. Pensamentos nada puros começaram a passa por sua cabeça. Regina salivou e sentiu seu sexo pulsa, e ela conhecia aquela sensação. Era desejo nu e cru ou sendo mais clara puro tesão que estava sentindo por Emma Swan naquele momento. Perdida com olhos fixos no corpo da loira, Mills acabou dando um passo para trás fazendo um leve barulho sobre o piso de madeira o que chamou atenção de Emma.

— Tem alguém ai? Nany é você? — A empresária perguntou. E Regina se viu desesperada não sabia se corria dali ou se respondia algo.