História Broken Strings - Apenas amor

 (Bruno Mars — When I Was Your Man♪)

Emma e Regina dedicaram ao resto da tarde ao descanso e a curtirem momentos com Charlie. A pequena havia acabado de completar cinco meses, e começava a avançar em seu desenvolvimento, ela já rolava na cama e levantava a cabecinha quando ficava de bruços. Regina era uma mãe coruja e cada coisa nova que menina fazia ela babava, e a enchia de elogios.

— Meu amorzinho você está ficando muito esperta. — Regina conversava com bebê, que se agitava na cama olhando para pequeno chocalho que a morena sacudia.

— Parece que começaram uma festa sem mim? — Emma perguntou enquanto a observava da porta. Quando Mills percebeu sua presença sorriu largamente.

— Claro que não Emma, ela acordou e vim checar daí uma coisa levou a outra. Ela está agitada hoje, e começou a rolar na cama então preciso ter um cuidado redobrado.

— Quer dizer então que essa moçinha já está aprontando? — Emma perguntou se aproximando e começou a brincar com Charlie, fazendo carinho em sua barriguinha. A pequena começou a sorrir e aquele momento derreteu o coração de Regina. — Quem é menina mais levada do mundo hein? É você né. — Emma continuava a falar voltava a fazer carinho em Charlie.

— Ela parece gostar bastante de você Swan. — Regina comentou.

Emma apenas sorriu com o comentário da morena, e voltou a brincar com a sobrinha. Foi mais um momento de descontração entre elas, onde se esqueceram do mundo e só aproveitaram a presença uma da outra com a pequena Charlie. Cerca de meia hora depois que Charlotte adormeceu, Regina aproveitou para checar seus e-mails enquanto Emma dava alguns telefonemas e para completar a alegria Granny e Henry chegaram alguns minutos depois. A morena ouviu a movimentação que vinha da sala, e se levantou da cama e olhou pela soleira da porta. Sorriu ao notar que se tratava da chegada da governanta de Emma e do pequeno Henry, certamente a casa ficaria mais alegre agora. Mills voltou à cama e para terminar de ler seus e-mails, mas não pode terminar, pois foi interrompida pelo som de seu celular tocando. Assim que pegou o aparelho e viu o nome na tele um sorriso se formou em seus lábios, era Belle.

 — Olá, French. — Regina cumprimentou a amiga assim que atendeu ao telefone.

— Eu vou matar você e sua namorada Regina Mills. — Belle esbravejou do outro lado da linha.

— French onde é o incêndio? E que namorada? Porque que saiba, não estou namorando ninguém Belle. — A morena respondeu ironicamente, pois ela já sabia o motivo de sua amiga estar furiosa.

— Você está ficando bem cara pau Regina. Eu não acredito que você, deu meu telefone para aquela ruiva maluca.

Mills não conseguiu segurar a gargalhada. E teve a plena certeza que Zelena, não tinha perdido tempo em partir para a conquista.

— O que foi que ela aprontou Belle?

— Você quer dizer o que ela não aprontou né. Como lotar a minha caixa postal de mensagens, e me mandar flores todos os dias. E pior com os cartões mais piegas do mundo. Eu vou enlouquecer Regina.

— Nossa ela está mesmo interessada. — Regina concluiu.

— Interessada não, ela é maluca.

— French se acalma, eu vou pedir a Emma que ligue para ela e converse sobre limites ok?

— Eu agradeceria bastante, ou eu vou a policia. — Belle parecia não estar brincando.

 — Não é para tanto Belle. E eu tenho certeza que Emma, dará um jeito na situação.

— Parece que você e a loira estão se dando bem.

Regina parou para pensar na frase da amiga, e se lembrou do momento quente que ela e Emma tiveram na cozinha. E com toda certeza, ela e Emma estavam se dando muito bem.

— Você não imagina o quanto. — Regina disse sem perceber. E só percebeu depois que já havia falado.

— Eu não acredito que vocês transaram. — Belle praticamente gritou.

Regina colocou a mão sobre a testa, em sinal de desespero. Belle a conhecia bem demais, e ela não iria conseguir mentir para a amiga ou fazê-la esquecer do assunto.

— Eu não sei do que está falando French. — Mills tentou disfarçar.

— Você está mesmo ficando cara de pau Regina Mills. Olha você pode enganar meio mundo, mas não a mim. Então pode despejando tudo, e vou ser legal e não querer os detalhes, porque isso você vai me contar pessoalmente.

— Belle! — Regina exclamou.

— Há não me venha dar uma de virgem imaculada Regina, porque isso não combina com você.  E me conte logo.

 — Não aconteceu nada demais, ok. Só uns beijos e uma mão boba aqui outra lá e fim.

É claro que Belle não acreditara em uma só palavra que amiga dissera e não iria desistir de lhe tirar a verdade.

— Se tivesse acontecido só uns beijos, você não estaria nesse bom humor todo Regina.

— Digamos que eu nunca imaginei que aquela loira tivesse tantas habilidades com as mãos, e que poderia me dar tanto prazer, sem chegar de fato ao ato. E é claro me deixar muito satisfeita.

— Ela masturbou você? Diz por favor, que ela lhe deu um orgasmo com aquelas belas mãos? — Belle começou a fazer mil perguntas, deixando Regina completamente envergonhada. 

— French você está muito safada pro meu gosto. — Mills repreendeu a amiga.

— E você uma careta Mills. Agora responde as minhas perguntas. — Belle rebateu.

— A resposta é sim e sim Belle. Satisfeita?

French não conseguiu esconder animação e felicidade pela amiga, ela melhor que ninguém sabia o quanto Regina merecia ser feliz. E Emma Swan parecia finalmente ser a pessoa certa para a morena. Belle não deixou passar nada e perguntou tudo a Regina, que mesmo envergonhada respondeu as inúmeras perguntas da amiga. Elas continuaram um papo animado, por mais alguns minutos, até Charlie acordar pedindo colo. Regina se despediu da amiga e foi cuidar da sobrinha.

— Oi, meu amor. — A morena disse enquanto pegava a pequena no colo. Charlie balbuciou algumas coisas incompreensíveis e fez um beicinho indicando choro. — Você deve está com fome, não é? Vamos descer e a mamãe vai preparar um, mama bem gostoso para você.

Regina ajeitou a garotinha sobre seu peito e saiu do quarto indo em direção à cozinha. Lá encontrou Granny animada mexendo nos armário e Henry sentado sobre a bancada à espera de algo.

— Tia Regina. – Garotinho gritou animado. Charlie se assustou no colo da morena, e fez um beicinho querendo chorar. Regina logo tratou de acalma a pequena que voltou a se deitar em seu peito enquanto chupava o dedinho.

— Oi, meu amor. — Ela cumprimentou Henry, se aproximou do garoto e lhe deu um beijo na bochecha.

— Eu a assustei Tia. — O menino disse preocupado.

— Só um pouquinho, mas foi sem quer meu amor. Ela se assusta facilmente por ser um bebezinho ainda. Só que ela já está calminha novamente.

— Posso dar um beijo nela? — O pequeno Swan, pediu meio tímido.

— Claro que sim. — Regina concordou e se aproximou novamente de Henry.

A morena colocou Charlie próximo ao garoto e ele deu beijo singelo sobre a cabecinha da pequena. Emma assistia o gesto de longe, e aquela cena aquece seu coração.  Ela parecia ter tudo que mais prezava dentro daquela cozinha, e os momentos simples que compartilharam lá nunca foi tão significativo para ela. À noite Emma preferiu aproveitar o sábado em casa, Granny cozinhou algo leve, e fizeram a refeição entre risos e conversas animadas. Até mesmo a governanta se permitiu se sentar a mesa, e desfrutar daquele momento.

***

No final da noite as crianças já dormiam, quando Emma finalmente tomou coragem e convidou Regina para tomar um drinque. Na sala o silencio reinava e o único som ao fundo era o crepitar do fogo na lareira, a noite apesar de fria estava agradável e um clima romântico criado por Emma parecia tomar conta do local.

— O que você quer beber? — Swan perguntou, quebrando o silencio entre elas.

— Eu lhe acompanho no que for beber. — Regina respondeu meio tímida.

Ela não tinha ideia do iria acontecer, o do que Emma pretendia com todo aquele clima entre elas. A empresária serviu um vinho tinto para ambas, conversaram sobre assuntos aleatórios sentadas no chão em frente à lareira. As historias de infância de Emma, fizeram Regina dar boas gargalhadas, enquanto as da morena não eram assim tão alegres.

— Eu admiro você Regina, ainda mais por confiar em mim. E me contar todas essas coisas. — Emma disse enquanto colocava a taça de vinho no móvel ao lado. — E tenho ainda mais certeza de que você é uma mulher extraordinária, pois passou por tantas coisas ruins e mesmo errando algumas vezes está tentando mudar.

Mills sorriu e se derreteu com as palavras de Emma, mas no fundo uma pontada de culpa a incomodava. Afinal todas as coisas ruins de sua infância que tinha confidenciado a Emma eram verdades, mas a loira ainda a julgava pelas atitudes de Rhana.

— Você está bem? —Emma perguntou Regina a tirando de seus pensamentos.

— Sim, eu estou ótima Emma. É impossível não ficar bem na sua presença, você também é uma mulher extraordinária, e acima de tudo forte. As coisas que me contou sobre sua mãe, são complicadas e ainda sim você se manteve forte. Eu a admiro muito Emma Swan Nolan. — A morena confidenciou. Em seguida levou à mão direta a bochecha de Emma e fez um leve carinho por lá.

—Eu amo você. — A empresária disse. E foi algo que pegou Regina de surpresa, assim como o pedido viria depois. — Dança comigo Regina.

— Aqui Swan? — A morena a questionou.

— Sim aqui Mills.

Regina apenas acenou com a cabeça concordando com ideia. Emma se levantou e foi até escrivaninha pegando seu celular e colocou uma musica aleatória, mas que lhe caiu bem com momento. Bruno Mars When I Was Your Man. Dançaram agarradinhas e alheias a tudo, em um mundo só delas. Sentiam tudo ao mesmo tempo excitação, desejo, carinho e acima de tudo amor. E o que Mills viria a fazer depois lhe pareceu o certo.

Ela olhou Emma diretamente em seus olhos, lhe deu um belo sorriso, e diminuiu a distancia entre elas unindo seus lábios. O beijo tinha gosto de vinho, misturado à excitação do momento, e o que tinha começado lento ganhou proporções maiores. Quando Regina se deu conta, Emma a tinha puxado para seu colo e as mãos estavam em todos os lugares. Elas se largaram quando respirar se fez necessário, lábios inchados e respirações ofegantes. O desejo saia pelos poros, e não havia mais como adiar, Regina uniu suas testas e deu a resposta que Emma também ansiava ouvir.

— Eu também amo você.

Swan queria chorar, seu coração batia desenfreadamente dentro do peito e ela achou que fosse morrer. Só que morrer de amor, porque as inúmeras poesias clichês que tinha lido ou ouvido diziam: “que não havia nada melhor do que morrer de amor, e continuar vivendo.” Porque era exatamente assim que sentia naquele momento, morrendo de amor por Regina Mills.

—Faz amor comigo Emma. — Regina pediu deixando a loira surpresa.

 — Você tem certeza disso, Regina? — Ela perguntou receosa.

— Eu nunca tive tanta certeza em toda minha vida, Swan.

Não houve mais palavras e Emma achou que um beijo seria a melhor resposta. E elas se perderam finalmente uma nos braços da outra, sem medos ou restrições. Os problemas tinham ficado lá fora. As roupas se perderam pelo tapete, assim como seus corpos que se perdiam um no outro. Emma pode finalmente explorar cada pedacinho daquele corpo moreno, ela jurou que aquilo era como tocar o céu. Seios, barriga e bumbum.

— Você é tão linda. — Swan elogiou Regina que estava deitada sobre o tapete. Ela lhe deu um sorriso tímido e se levantou para capturar os lábios de Emma em beijo que a fez o cérebro de Emma entrar em curto.

 Ela voltou a deitar Regina sobre o tapete macio, e se deitou sobre a morena apoiando seu peso sobre um braço, para não jogar todo seu peso sobre Mills. Seus corpos se encontraram, se encaixando perfeitamente e quando o sexo molhada de Emma encontrou o Regina em uma leve roçar suas respirações falharam com contato. Mills clamou por mais e a loira lhe atendeu, começando um leve vai e vem sobre ela. À medida que o contato aumentava, os gemidos aumentavam junto. Elas se perderam no emaranhado de sensações que aquele ato tão íntimo causava.

 Quando tudo se tornou insuportável demais, seus corpos tremeram juntos seguidos espasmos contínuos, enquanto gemidos e palavras desconexas eram ditas. Elas tinham se rendido a um clímax forte e intenso. Emma abraçou forte Regina, e a morena se aconchegou sobre seu peito, trocaram mais alguns beijos, agora sem fome, eram lentos e carregados de carinho. E quando o cansaço foi mais forte, elas se renderam ao sono. Ambas dormiram em paz, não havia o que temer, pois estavam seguras, uma nos braços da outra.