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História Broken Strings - Não há porque se culpar


Escrita por: JuneEverden e SkyeJonhson

Notas do Autor


Boa leitura!

Capitulo sem revisão, erros revelem June acerta depois.

Capítulo 23 - Não há porque se culpar


Fanfic / Fanfiction Broken Strings - Não há porque se culpar

(Samurai – Djavan♪)

 

Emma e Regina estavam vivendo momentos tão felizes, que a morena havia se esquecido dos detalhes a respeito da sobrinha. Quando voltaram para Boston à loira fez questão de Regina ir com ela visitar sua mãe, e isso significava levar Charlotte. E alguns dias depois, Regina estava parada ao lado de Emma, aguardando o pior. Ela tinha se esquecido de completamente, da certidão de nascimento de Charlie.

E caso alguém pedisse algum documento, ela não saberia o que fazer. A sorte parecia estar ao seu lado, porque ninguém havia pedido nada. Ela e Emma foram liberadas como se fosse um casal comum que viajava com os filhos. Dessa vez Emma preferiu um avião particular para viajar, queria algo rápido para poder chegar logo a sua cidade natal. Embora o jatinho da empresária fosse seguro, não impediu que Regina se sentisse em pânico por ter que voar. Regina se sentou no assento luxuoso ao lado de Emma, enquanto a loira ajeitava Charlie ao seu lado, uma equipe oferecia assistência e perguntava se tudo estava ao gosto de ambas.

Quando o avião começou a se mover para taxiar, Regina fechou os olhos, o pânico começava a fazê-la suar. Logo ela sentiu a mão de Emma segurar uma das suas, o toque quente dos dedos macios e quente era incrivelmente tranquilizador. Regina abriu os olhos e encontrou o olhar terno de Emma. Ainda tímida com os gestos repentinos da loira, Regina preferiu olhar para as mãos.

 — Sei que meio piegas, mas não consigo evitar. — Emma apertou de leve os dedos dela. – Eu estou aqui Regina, nada vai acontecer. Apenas deite-se e tente dormir um pouco. Assim que acordar, já teremos chegado.

Ela fechou os olhos e se permitiu relaxar completamente, e embora exausta, era impossível ignorar o fato de Emma estar ali tão perto. Mills sentia a fragrância da namorada, e sempre que ela se mexia, o leve toque em seu braço a fazia se arrepiar. Regina notou que Emma parecia lhe observar, como se zelasse por seu sono, aquilo a deixou ainda mais leve. E a morena logo adormeceu, e único pensamento pairou em sua cabeça, quando voltarmos preciso contar a verdade a Emma.

 Storybrooke ficava a poucos quilômetros de Boston, e parecia ser uma cidadezinha calma. A casa dos Nolan ficava no alto de colina com vista para porto da cidade, aos arredores eram tomados por arvores de todos os tipos. A grande mansão dos pais de Emma parecia algo saído de filmes e Regina ficou deslumbrada com tudo.  Era tudo muito clássico, cercado por pátios pavimentados com pedras e belos jardins. A morena percebeu um toque italiano na arquitetura do lugar. Regina segurava Charlotte, enquanto Emma a segurava pela mão livre, indo em direção a grande porta da casa. Assim que entraram viram uma empregada conversando animadamente com Granny, que logo seguiu em frente quando as viu. Assim que a governanta entrou, a empregada cumprimentou Emma de forma respeitosa.

—Bom dia, Senhorita Swan. Sua mãe está a aguardando na sala de jantar principal.

— Obrigado, Ruby. — Emma agradeceu.

A empregada se virou para Regina, ela esperava uma recepção fria, mas ao invés disso a morena que tinha mechas vermelhas no cabelo, lhe sorriu de forma genuína.

— Seja bem vinda, Senhorita Mills. Espero que goste da cidade, conte comigo para que precisar.

— Você é muito gentil Ruby. — Regina respondeu. — Obrigado.

Ela se despediu de Ruby e seguiu com Emma para onde a mãe da loira as aguardava. Outro empregado esperava do lado de fora do salão e abriu a porta quando elas se aproximavam. Assim que entraram na grande sala, Regina se deparou com uma mulher sentada em uma cadeira de rodas próxima a um sofá.

— Mamãe. — Emma se inclinou para beijar a bochecha da mãe. — É bom vê-la acordada.

 As mãos de Mary Margaret Nolan se agarraram as laterais da cadeira de rodas quando Emma se trouxe Regina para mais perto.

— Mamãe, está aqui é Regina Mills minha namorada. E esta princesa aqui é Charlotte, filha de Neal e sua neta.

 Regina estendeu a mão amigavelmente para Mary, mas ela a ignorou completamente. Seu olhar estava focado no bebê em seu colo. Havia certo brilho em seus olhos que pareciam denunciar as lagrimas que viriam a seguir. Ela esticou a mão tremula para Charlie. A pequena exibiu um pequeno sorriso, mostrando os pequenos dentinhos de cima, e curiosa esticou as mãozinhas para segurar a da velha mulher. Regina teve que lutar ferozmente contra as lagrimas, pois embora fosse meio incomum aquela situação não deixava de ser tocante. Ela em um gesto automático colocou a menina no colo da avó e recuou, procurando limpar discretamente as lagrimas. Mills tonou o olhar espantando de Emma, e fingiu se interessar pela vista da janela mais próxima.

— Ela é muito parecida com Neal... E com seu pai Emma. — Mary falou com a voz embargada. Regina percebeu como Emma parecia tentar não demonstrar emoção pelo comentário da mãe, mas parecia impossível. — Finalmente fez algo certo em toda sua vida Emma. — Mary continuou falando. — Sei que as circunstâncias são péssimas, mas está fazendo o melhor para a criança. E caso cheguemos ao extremo podemos pagar o que ela pede. — Mary disse a ultima parte baixinho para que só a filha escutasse. Regina se esforçou para fingir que não tinha ouvido nada, mas aquilo a magoara profundamente.

— Mamãe, precisamos discutir certas coisas, mas não agora. — Emma comentou baixinho, mas seu olhar permaneceu em na namorada, próxima à janela.

— Ela está distraída e não nos ouve Emma. E eu lembro bem o que seu irmão me disse sobre essa mulher. Ela só pensa em dinheiro. Duvida? E não vá me dizer que se apaixonou por ela Emma.

A morena percebeu que Emma cerrava o queixo, o rubor tomando suas faces, mas Regina não tinha escolha, tinha que fingir que não ouvia nada que era dito toda vez que Emma a olhava rapidamente. Mais logo as coisas perderiam o controle, e Mary seria a principal afetada pela situação.

— Não se esqueça do ela fez ao seu irmão! — Mary gritou furiosa.

— Eu não me esqueci, mamãe. — Emma respondeu pegando Charlie de seu colo. A pequena acabou se assustando com a gritaria e fez um beiçinho querendo chorar. — Está assustando a menina. E é melhor leva-la para dormir, foi uma viagem longa. E é melhor a senhora descansar também nós vemos no jantar. — A loira a olhou para Regina novamente, e foi até ela. — Vamos amor. Precisamos colocar a pequena para dormir e nos trocarmos para o jantar.

 Regina apenas sorriu de forma educada para Mary, e estendeu a mão novamente para a mulher. E pela segunda vez ela ignorou Regina.

— Mamãe? — Emma disse, olhando de forma extremamente zangada para a mãe.  A mulher resmungou alguma coisa incompreensível, e finalmente apertou a mão de Regina.

 — Obrigado por cuidar de minha neta, e por trazê-la aqui para que pudesse conheça-la. Eu não tenho muito tempo. E ela é tudo que me restou de meu filho.

Embora chateada pela atitude da mãe de Emma, Regina não conseguiu conter as lagrimas.

— Eu sinto muito por tudo que aconteceu. Mary recuou com a cadeira, dispensando qualquer tipo de contato com Regina.

— Você não sabe nada de nada. Não tem ideia do que passei. — Mary finalizou e começou a empurrar as rodas da cadeira deixando a sala.

Emma foi até Regina e abraçou, não queria que ela passasse por esse tipo de situação, mas infelizmente na presença de sua mãe tudo era possível.

— Me perdoe pela indelicadeza de minha mãe. — Disse Emma, enquanto levava Regina e a sobrinha para fora da sala. — Ela ainda está sofrendo pela morte de Neal. — Por um minuto ela hesitou em acrescentar o que queria confessar, mas acabou por dizer. — Eu nem preciso lhe dizer que Neal era o filho favorito dela.

— Está tudo bem Emma. Eu entendo que foi um momento difícil para vocês duas.

— Às vezes eu penso que ela preferia que eu nunca tivesse existido apenas ele.

— Não diga isso meu amor. Eu tenho certeza que ela te ama Emma, do jeito dela, mas ama.

— Eu não tenho tanta certeza assim. — Emma respondeu com olhar triste. Já subindo as escadas Regina admirou as pinturas pintura ao longo das paredes.

— É você e Neal?

— Sim, estávamos felizes nesse dia. Era o aniversário de três anos dele.

— É uma bela pintura. E tenho certeza que tem boas lembranças desse dia. — O tom de voz de Regina era manso.

— Minha mãe me culpa pela morte dele. Regia ficou atônita pela confissão de Emma. A loira a encarava por cima da cabecinha de Charlie, que se apoiava em seu colo, e as mãozinhas segurando sua blusa. — Nos íamos nos encontrar no dia que ele morreu, mas estava atrasada. Eu liguei para ele e lhe disse que poderia ir sem mim frente, enquanto eu não terminava alguns relatórios pendentes.

 Regina sentiu o ar preso no peito. Ela pressentia o que estava por vir, a culpa que pesava na consciência de Emma...

— Ele não foi na frente e teve toda confusão e o acidente. — Emma se virou para a pintura e suspirou. — Se eu tivesse largado o trabalho e ido com ele...

 — Não! — Regina lhe agarrou e abraçou. —Não deve pensar assim. Não foi sua culpa, não foi culpa de ninguém.

 Emma se deixou ser levada pelos carinhos da namorada, era bom ter alguém com quem poder contar.

 — Eu sei que não posso mudar o passado, Regina. Ninguém pode, mas minha mãe não pensa assim. Todos já fizemos coisas nos arrependemos mais tarde. Eu só quero recomeçar.

 Regina queria lhe dar uma resposta que lhe desse conforto, mas ela sabia que aquelas palavras ditas por Emma eram verdadeiras. Já que ela mesma estava vivendo algo assim, suas atitudes impensadas e impulsivas a tinham a colocada em situação complicada. E ela se arrependia amargamente de não ter feito o certo. Se ela tivesse contado naquele primeiro dia o que estava acontecendo, talvez não tivesse vivendo aquela situação. Ela sabia que Emma era uma mulher de princípios e sensata. Se ela tivesse lhe falado sobre seus temores quanto à segurança de Charlotte... Talvez Emma não a tivesse tirado da vida da pequena sem pensar no impacto que causaria na menina.

— Emma? A loira se virou, com Charlie já adormecido em seus braços. — Sei que é pedir de mais, mas essa é a ultima chance de sua mãe ter um pouco de paz. Sei que é difícil lhe pedir isso...

— Não é difícil. — Emma respondeu com sorriso tímido.

— Eu devo isso à memória de Neal. Em outra vida, e sobre outras circunstâncias, talvez ele tivesse aceitado a paternidade. E teria sido um bom pai para Charlie.

— Você está representado bem ele Emma, mesmo não sendo uma figura paterna sei que será uma mãe maravilhosa para Charlie.

— Segunda mãe morena, porque você é a mãe dela. Regina olhou sua pequena aninhada no peito de Emma, e sentiu seu coração se enchendo de amor.

— Eu posso conviver perfeitamente com isso. — Regina suspirou e buscou pelos olhos da namorada.

— Eu também Mills.

 Um silêncio as envolveu. Regina não conseguia tirar os olhos de Emma, ainda havia certa dor lá. Voltar para casa da mãe afetara profundamente a loira, e as lembranças sem duvidas evocara a culpa que ela sentia pela morte do irmão. Era horrível para a morena pensar que sua irmã tinha uma parcela de culpa naquilo tudo. E ela sentia culpa de alguma forma. De um jeito diferente, mas sentia, ela precisava conversar logo com Emma, e dar um resultado diferente aquela historia.

 — Vamos. — A voz de Emma quebrou o silencio. — Vamos descansar e nos preparar para o jantar. Minha mãe não gosta de atrasos.

Elas continuaram a subir as escadas, incertas do que viria daquela jantar com matriarca dos Nolan. Afinal Mary Margaret Nolan era alguém completamente difícil de lidar.

 

Los Angeles

O homem lia a manchete de jornal animado com as noticias. A sorte parecia lhe sorrir novamente.

— Porque está rindo tanto Greg. — Rhana disse enquanto se aproximava dele. — Ganhou na loteria?

— Eu não sei Mills, mas depende de como você recebe as noticias. — Ele respondeu mostrando a ela a capa do jornal de Nova York.

A empresária e herdeira dos Nolan Emma Swan parece mesmo ter assumido o posto do irmão falecido na vida de sua ex-amante. Segundo fontes próximas afirmam que coisa é seria, Emma e Regina estão namorando firme e a loira pretende assumir a sobrinha como filha. Vamos torcer para esse final feliz dar certo.

Rhana ferveu de raiva, pois na foto de capa, Emma abraçava Regina e tinha Charlotte nos braços. As três sorriam felizes e por um momento ela quis aquilo. E já não tinha mais tanta certeza se deixar a sobrinha com irmã fora uma boa ideia.

— Não faça essa cara benzinho, pense nas possibilidades. — Greg chamou sua atenção.

— Que possibilidades Greg? Minha irmã está desfrutando da melhor parte, e eu estou aqui sem dinheiro e frustrada.

 — As possibilidades de aproveitar o que ela está vivendo Rhana. E tudo que precisamos fazer é voltar e você assumir o lugar dela. E eu nem vou sentir ciúmes se quiser dormir com Swan, caso se interesse, sou um cara sem preconceitos.

— Você é um descarado, isso sim. — Rhana afirmou.

— Não benzinho, sou um homem que sabe reconhecer a chance de se dar bem. E isso aqui é sua melhor chance. — Ele concluiu apontando para o jornal.

Rhana parou para pensar por um minuto e algo fez sentido. Estar com Emma lhe renderia tudo que sempre desejara dinheiro, estabilidade financeira, posição social e porque não dizer prazer físico. Ela sorriu e se sentou ao lado de Greg.

— Me diga então o que tem em mente baby.

 O homem lhe deu um olhar vitorioso de volta sabendo que tinha atiçando a curiosidade da Rhana, e agora ele só precisava lhe apontar o caminho mais fácil. 


Notas Finais


Mary é osso duro de roer, Rhana está para voltar lá vem tretaa.Teorias, sugestões do que stá por vir? Nos digam nos comentarios. A historia já está chegando ao fim. Até!

O Greg para quem não se recorda na serie, é o Owen já adulto. O garotinho que Regina queria prender em Storybrooke na segunda temporada.

Duvidas twitter: VulgoSkye


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