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História Broken Strings - Quando não há mais volta


Escrita por: JuneEverden

Notas do Autor


Ei queridos desculpem a demora, mas estou sem internet em casa e isso me atrapalhou com as atualizações essa semana. Tentarei postar mais um amanhã a noite para não ficar devendo.



Link da playlist nas notas finais.

Capítulo 8 - Quando não há mais volta


( I Turn To You - Christina Aguilera ♪ )

A campanhia tocou pontualmente às nove e meia, no dia seguinte. Emma tinha sido pontual com seus horários como havia dito que seria. Charlotte ainda não tinha parado de chorar, e aquilo já se estendia desde cinco da manhã. Regina estava completamente desesperada. Tentava acalma a sobrinha, afagava as costas da pequena assim que atendeu a porta, os cabelos curtos estavam bagunçados e olhos fundos por ter dormindo pouco. Quando Regina viu que figura a sua frente era Emma Swan, Regina teve vontade de chorar, assim como sua sobrinha que chorava em seus braços.

 – O que ela tem? Está doente? – Emma perguntou nervosa enquanto adentrava a pequeno apartamento.

– Eu não sei. Ela está assim desde quando acordou. Emma foi até Regina e colocou a mão sobre a testa da menina, para verificar a temperatura.

– Ela não está quente. Ela já comeu hoje? Regina negou com a cabeça.

 – Eu já tentei dar algo a ela umas três vezes, mas ela rejeitou.

 – Talvez seja melhor levarmos ela a um medico. – Emma sugeriu. – Você tem algum medico que a acompanha? Regina não disse nada. Não tinha ideia de onde Rhana levava Charlotte para fazer check-ups mensais, e considerava se a irmã de fato fazia tal coisa.

– Bem eu... Emma a olhou como se acusasse de negligencia.

– Você a levo alguma vez a algum pediatra?

 – Eu... – Regina gaguejava tentando achar uma resposta. Emma bufou furiosa.

 – Ela é uma criança pequena Regina, por Deus. – A loira a repreendeu. – Ela precisa ter um acompanhamento diário com algum medico, precisa verificar o peso, tomar as vacinas. Tudo isso é importante para crescimento adequado e saudável para ela.

– Ela é uma criança muito saudável. – Regina disse, e acabou ficando mais nervosa ao ver Charlie chorar ainda mais. Emma ergueu uma sobrancelha. Regina mordeu o lábio.

– Talvez sejam os dentes.

– Qual a idade dela? Quatro meses? Não é um pouco cedo demais para isso?

 – Não tenho... Nunca. – Regina logo de deteve antes de terminar a frase.

Quase tinha dito que não sabia muitas coisas sobre bebês. Mais se dissesse algo do gênero o que Emma pensaria dela? Certamente se complicaria mais do que já estava. Emma começou a afagar as costas de Charlie, e cantarolar algo. E depois de um tempo o choro virou um soluçar e, em seguida garotinha se deitou no peito da tia e seus olhinhos foram se fechar. O bebê acabou dormindo, Regina ficou admirada com a habilidade de Emma. Ela tinha ficado horas tentando acalmar Charlie sem nenhum sucesso, e Emma conseguiu isso rapidamente. Uma parte dela se ressentia e a outra passou a admirar a loira.

 – Vá se arrumar Mills. – Emma disse baixinho para não acordar Charlie. – Ainda temos um tempo, mas não podemos contar muito. O transito  a esta hora se torna um caos a essa hora da manhã em Boston.

Regina foi para quarto calmamente e fechou a porta. Assim que abriu a porta do guarda roupa se frustrou na hora. A maior parte de suas roupas eram conservadoras demais ou velhas demais. Ela nunca se preocupou com roupas atraentes ou da moda porque seu trabalho como bibliotecária não exigia nada sofisticado, e como sempre pagava as dividas de Rhana, não comprava nada novo para si mesma há bastante tempo. Possuía muitos jeans, que na maioria eram os que sua irmã não usava mais, e uma coleção de blusas, também de Rhana, e eram do tipo que não combinavam nada com Regina. Mais como a ocasião era diferente do ela estava acostumada, acabou optando por uma roupa de Rhana.

 Já que estava fingindo ser a irmã, então deveria se vestir como ela, mesmo que se repugnasse por ter que exibir seu corpo, especialmente tendo Emma Swan por perto. Tudo naquela mulher mexia com Regina e perturbava. Seus modos tinham um ar femininamente perturbador. Mesmo sabendo que, no fundo, Emma fosse movida pelos mesmos motivos que ela, não podia deixar de ficar agitada na presença da loira. Regina concluía que aquilo tudo era por sua falta de experiência com relacionamentos, não sabia bem lida com pessoas fortes, que assumiam o controle, e tão obstinadas. E definitivamente aquela era a perfeita descrição de Emma Swan Nolan. Suspirou profundamente enquanto alisava o vestido justo. Pensou quem dera se passar por Rhana fosse mais fácil, quanto vestir aquele vestido que ela achava extremamente vulgar. Pegou um cardigã de caxemira, colocou-o casualmente sobre os ombros e voltou para onde Emma a esperava. A loira ainda estava de pé com Charlotte em seus braços, as linhas do rosto suavizadas enquanto olhava para sobrinha adormecida. Regina respirou fundo ao ver aquela cena. Era obvio que a loira já adorava aquela criança e faria qualquer coisa para protegê-la, mesmo que para isso precisasse se casar com uma mulher que odiava. Seguiram até o escritório de Emma em silencio, e Regina sentia-se imensamente grata por isso.

Seguiram até o escritório de Emma em silencio e Regina sentia-se imensamente agradecida por isso Charlotte finalmente ter tomado uma mamadeira e estar dormindo tranquilamente na cadeirinha infantil do carro. Emma estava concentrada no transito daquela manhã. Regina olhava para mãos e suas unhas roídas, demonstravam o seu nervosismo porque ela sabia o que estava por vir. E tentava imaginar o que Emma tinha tido a seu advogado sobre aquele casamento. Será que ela deveria fingir que era um casal, como qualquer outro? A verdade era que ela não tinha a menor ideia. Então as cinco palavras lhe vieram à mente. Cinco palavras e tudo aquilo estaria acabado. Mais antes que pudesse pensar em mais alguma solução para sair daquela situação, haviam chegado ao estacionamento abaixo do escritório, e Regina saia do carro conforme as instruções de Emma e ajustava o canguru de bebê ao peito, os dedos tremiam para lidar com a fivela. Emma lhe entregou Charlie, a ajudando no processo e colocando as perninhas da pequena no devido lugar. Regina sentiu a mão de Emma lhe roçar seu seio esquerdo e quase pulou como se tivesse sido tocada por ferro em brasa.

 Os olhos das duas mulheres se encontraram, e o olhar de Emma demonstrava toda sua antipatia naquela instante.

 – E melhor você não agir assim caso eu a toque novamente na frente do meu advogado. Ele acha que somos um casal e que esse casamento é como qualquer outro, e prefiro que ele continue a pensar dessa forma. Os olhos de Regina queimavam enquanto ela arrumava as tiras do canguru sobre os ombros.

 – Não é algo normal ser forçada a se casar com alguém senhorita Swan. Emma ativou o alarme do carro e começou a caminhar antes de respondê-la.

 – Não aja como se fosse um martírio Regina, você será muito bem paga por isso.

– E o fato de estarmos assinando um pacto pré-nupcial não acha que causara suspeitas? 

– Não é para tanto, acordos como esse são comuns hoje em dia. E, além disso, estou protegendo os acionistas e investidores da minha empresa, inclusive a minha família que começou esse negocio do nada. E não deixarei que mulher do seu tipo fique com metade de tudo que conquistamos caso esse casamento chegue ao fim.

E mesmo sabendo que Emma tinha todo direito de pensar aquilo sobre Rhana, mas Regina se sentia magoada por naquele momento tal pensamento estivesse sendo direcionado a ela. Ela queria que Emma pudesse enxergar a pessoa por baixo daquele disfarce, uma mulher que se importava de forma verdadeira com a sobrinha, e que a amava tanto que estava disposta a se casar com uma completa estranha. Mais não disse mais nada, apenas acompanhou Emma para dentro do elevador. Sentia um aperto no peito, suas pernas ficando moles. Sua mente estava uma tremenda confusão e seus pensamentos completamente desordenados. Queria fugir dali ou contar a verdade, mas não sabia como.

 E sabia se o fizesse perderia tudo perderia Charlotte e ainda não estava disposta a abrir mão da sua pequena. Regina tivera grande sorte até aquele momento afinal Emma ainda não tinha pedido a certidão de nascimento de Charlotte, mas ela tinha certeza que isso aconteceria em breve, principalmente por Emma querer dar entrada no pedido de adoção da menina. Emma queria que sua mãe conhecesse a única filha de seu amado Neal, o que significava que precisariam viajar para fora de Boston. E para isso era necessário à autorização da mãe da criança, que Emma julgava ser ela. Percebendo que Emma a olhava Regina tentou disfarçar seu nervosismo e colocou um sorriso falso nos lábios.

– Do que esta rindo Regina? – Emma a encarava com certa curiosidade. – Está pensando em como gastara o dinheiro que passara a ganhar?

– Isso depende de quanto generosa você será Emma. A loira apenas revirou os olhos e apertou o botão do elevador.

 – Ainda não assinamos nada, então melhor não fazer planos com um dinheiro que ainda não pode contar.  – Emma resmungou.

As portas do elevador se abriram e Regina seguiu Emma até um de seus escritórios. Ela adorava saber que irritava a loira, aquilo lhe dava uma estranha sensação de poder. E já que precisava atura-la, ao menos não perderia a chance de ver aquela cara irritada toda vez que dizia algo que não a agradava. A grandiosidade do escritório de Emma não deixava duvida  do quanto sua família era rica. Regina arregalou os olhos quando viu a pintura na parede e pode ver que era um autentico Renoir.

– Sra. Swan. – A recepcionista cumprimentou a chefe. – O Sr. Brandon está a sua espera na ante-sala do seu escritório.

 – Me siga. – Emma disse para Regina por cima dos ombros.

E algo dentro dela gritou naquele momento decidiu que não ficaria recebendo ordens de Emma na frente dos funcionários. Ainda mais na frente de uma bela recepcionista que a encarava com desdém desde que chegaram.

– Olá. – Regina estendeu a mão por cima do balcão. – Eu sou Regina Mills noiva da Emma. E essa coisa linda aqui é Charlotte. Ela é sobrinha de Emma, você sabia? Ela filha de Neal.

A recepcionista evitou o contato com a mão de Regina como se qualquer contato fosse queima-la.

– Bem... Eu pensei que seu nome fosse Rhana. – A jovem finalmente conseguiu falar algo. – Você não se lembra? – A jovem olhava para Regina com olhar acusador. – Já nos vimos antes.

 E de repente Regina pensou que o que tinha feito tinha sido uma tremenda burrada. Porque desconsiderou o fato de que sua irmã já podia ter visitado aquele lugar antes. A morena ficou levemente corada, enquanto pensava numa desculpa que justificasse não ter reconhecido a recepcionista, mas seu cérebro parecia não funcionar mais.

 – Foi quando Emma estava em Milão, em setembro eu acho. – A recepcionista continuou a contar. – Neal estava em uma reunião importante e você insistiu em vê-lo.

Regina sabia bem que Emma a observava, e por isso precisava encontrar uma solução que não denunciasse que tudo aquilo era uma farsa. Fez as contas e concluiu que os meses a que Rhana viera procurar Neal em estado avançado de gravidez numa de suas ultimas tentativas de convencê-lo a assumir a criança. Abaixou a cabeça em sinal de total arrependimento, acariciou a cabeçinha de Charlotte e depois depositou um beijo na testa da menina.

– Bem eu me lembro... E eu estava fora de mim... Hormônios você sabe, final da gravidez. A recepcionista olhou para o bebê, a expressão severa foi suavizando rapidamente.

– Ela se parece bastante com Neal? Regina apenas assentiu com a cabeça.

– Não irei atender ligações nas próximas duas horas Kate. – Emma se pronunciou com seu tom autoritário interrompendo aquela conversa. – Vamos meu amor. Temos assuntos a tratar.

Amor? Regina tentou disfarçar seu espanto bem a tempo. Não sabia lhe dar com o jeito carinhoso de Emma. Era como se estivesse passando para outro nível, um nível com qual não tinha a menor experiência. Deixou seu nervosismo de lado e seguiu Emma pelo espaçoso saguão onde outras caríssimas obras de artes estavam expostas, cada dia uma delas lembrando-a da quantidade de dinheiro que Emma tinha para tomar a guarda de Charlotte caso desejasse.

– Aqui, entre. – Emma abriu a porta para ela. – Sente-se. Irei chamar Robert.

Regina puxou a cadeira de veludo para senta-se, e acomodou Charlie em uma posição que a garotinha pudesse ficar mais confortável, começou a olhar ao redor.

– Parece que nossa vida vai mudar pequena. – Regina conversa com a sobrinha que dormia sobre seu peito tranquilamente. – Eu não tenho ideia de como serão as coisas meu amorzinho, mas prometo que nunca irei te abandonar. Lutarei por você até meu ultimo suspiro. Em resposta o bebê apenas sorriu ainda adormecido e Regina se lembrou de porque estava fazendo tudo aquilo. Charlie só a tinha no mundo, já que sua mãe nunca se importara com ela. E ela só tinha Charlotte, eram tudo que restavam uma para como família. E família nunca abandona.


Notas Finais


Teorias, sugestões nos digam nos comentários. Até breve!

Playlist: https://open.spotify.com/user/nickfasb/playlist/4P0r5lYdiXX74PGmJH5K5O


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