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História Broken Strings - Truce


Escrita por: loudestecho

Notas do Autor


Olááá, povo! Tudo certo? Queria dizer que se pá tem casal novo e inesperado a vista nesse capítulo, não sei se vcs vão gostar huahauhahua

Ps: o gif da capa do capítulo é a tia Ana maravilhosa, vulgo mulherão da porra que eu amo. <3

Capítulo 23 - Truce


Fanfic / Fanfiction Broken Strings - Truce

Presente.

O silêncio estabelecido no carro enquanto Leo, Nate e eu estamos indo para a pizzaria me deixa completamente constrangida. Sei o que Nate está pensando, mas não consigo entender os olhares enigmáticos que o Leonardo me lança cada vez que olho para ele também. Para ser honesta, não sei o que está acontecendo. Acabamos de ter uma discussão, que terminou comigo beijando-o sem ao menos lembrar que estou comprometida com outra pessoa e, ao pensar que ele estava puto comigo, me abraça daquele jeito como se... como se eu ainda fosse a sua pessoa favorita. Tenho certeza que não sou e, sinceramente, não mereço ser. Quando olho para trás e me lembro do que aconteceu, do que nos levou a chegar nesse ponto onde ele mal consegue cogitar a ideia de tentar de novo, sei que a minha parcela de culpa é grande. Sei que não foi inteiramente minha, mas eu tinha propósito naquela situação e a minha intenção era machucá-lo. Eu quis. E eu consegui. E, não, não faria de novo. Nunca teria pensado naquilo, por mais que ele tivesse me magoado também. Volta para o ponto em que temos formas diferentes de lidar com o coração partido e, bom, ele sofre muito mais. O desgasta de uma maneira inevitável e ele mal... mal conseguia olhar para mim. Lembro que doeu em mim também, ao saber que meu plano inicial tinha funcionado. Havia deixado de ser um plano, mas não tinha como eu voltar atrás. E ainda não tem.

— Quem mais está na pizzaria? — Nate pergunta, me distraindo dos pensamentos.

— Brooke e Leigh. — respondo. — A Brooke já conheceu a Ana e tinha certeza que a Leigh se daria bem com ela, então as convidei também.

Flagro o Leonardo me olhando pelo retrovisor novamente e desvio o olhar para minhas próprias mãos, me sentindo estranha. Ele quem está dirigindo o carro da Leigh e eu fui parar no banco de trás. Depois de estacionar o carro perto da pizzaria, entramos novamente e vejo a Leigh acenando para mim com um sorriso maior do que seu rosto. Solto uma risada e aceno de volta.

— Olha só! Você conseguiu trazê-lo! — Ana diz, encenando palmas sem omitir nenhum som.

Olho para Nate e vejo que ele está olhando para Ana com os olhos levemente surpresos.

— Que foi? — sussurro para ele, confusa.

— Quantos anos a mãe dele tem?! — sussurra de volta. Fico séria ao me dar conta do motivo da surpresa.

— Nate, não. Leonardo te mata se ao menos souber que você achou a mãe dele bonita!

— Caralho, eu tô de cara. Ela não parece estar na casa dos trinta nem fodendo.

Estreito os olhos para ele, sentindo um pouco de ciúme também. Ele é um moleque perto dela!

— Nate, quantos anos você tem? — pergunto, com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Vinte e três. Por que?

— Ela é doze anos mais velha que você. E mais madura também. Pode parar. — aponto para ele, que levanta os braços em força de rendição.

— Não vou fazer nada, mas eu estou... surpreso.

A Ana se apresenta para o amigo do Leo que cedeu a sua cama para ela dormir e o agradece. Pensei que Nate ficaria apenas encarando-o com cara de bobo apaixonado, mas ele tem coragem de flertar com ela. Olho para o Leonardo e ele revira os olhos, como se esperasse por essa. Entendi. Nate, claramente, gosta de mulheres mais velhas e o Leo sabe muito bem como a sua mãe é. A Ana me olha, como se estivesse perguntando se ele sempre faz isso e eu apenas solto uma risada, porque ela meio que corou. Claro, Nate é lindo de morrer e qualquer pessoa percebe isso.

— Me conta, Mari. Como está o seu irmão? E os seus pais? — Ana me pergunta, desviando de qualquer outra coisa.

— Meu irmão está bem. Quer dizer, mais ou menos. Você se lembra da situação dele antes de eu ir embora, certo?

— Lembro... — ela balança a cabeça. — Não sei por que vocês complicam tanto. — diz, com duplo sentido. Olho para o Leo, que está apenas olhando para a mãe.

— E não sei muito bem como meus pais estão. — dou de ombros. — A última vez que os vi e falei com eles foi quando eles vieram me trazer aqui. Até tentei fingir que estava tudo certo e tudo mais, mas... ainda me sinto traída.

— Por que? O que eles fizeram? — Nate pergunta, me olhando confuso.

Olho para o Leonardo novamente, lembrando que a situação que me fez sentir tanta raiva dos meus pais esteja ligado ao meu término com ele. Ele também me encara, certamente pedindo desculpas pela milésima vez apenas com os olhos.

— Quer dizer a ele, Leo? — pergunto, em uma alfinetada.

— Não. — responde, curto e grosso. — Não pergunta isso, cara. Se você quiser libertar uma Mariana puta e raivosa, é melhor não perguntar.

— Mas agora eu fiquei curioso.

— Um dia eu te conto, Nate. — digo, mesmo sabendo que é mentira. Não tenho a intenção de falar sobre isso nunca mais.

Outros assuntos desenrolaram-se na mesa, para a minha sorte. Fico com raiva o suficiente para não querer mais olhar na cara do Leonardo durante o resto da noite, mas não faço isso.

***

Acordo mais tarde que o usual na manhã seguinte e Leigh não está mais na cama. Como meus amigos vão tomar café juntos no Starbucks na maioria dos finais de semana, me arrumo para ir também. No entanto, ao chegar, não encontro nenhum deles. E, para piorar um pouco mais a situação, encontro o Leonardo. Estranho a forma que ele suspira quando me vê, como se soubesse que eu estaria ali e precisasse me dizer algo. Caminho em direção a fila enorme e fico atrás dele, pela ordem.

— Vai levar café da manhã para a sua mãe também? — pergunto e ele assente, virando-se completamente em minha direção. Droga. — Quer me dizer alguma coisa?

— Quero fazer uma trégua com você.

Levanto as sobrancelhas, cética. — Ah, é? — cruzo os braços. — Que tipo de trégua?

— Você disse ontem sobre a gente tentar ser amigos. Certo? — assinto, mesmo sem entender. — Não sei se consigo ser seu amigo, mas... o que você acha de começarmos do zero?

— Começar do zero?

Ele me dá as costas e franzo o cenho, sem entender. Antes que eu questione qualquer coisa, ele vem em minha direção novamente sem me olhar e esbarra em um dos meus ombros, segurando-os logo depois.

— Foi mal.

Seguro o riso quando percebo o que ele está fazendo.

— Foi minha culpa. — respondo, ainda sorrindo.

— É nova por aqui?

— Sim. Caloura. — assinto, comprimindo os lábios. — E você?

— Segundo ano de engenharia. — ele responde, sério, como se isso fosse mesmo real.

— E qual o seu nome? — entro na brincadeira.

— Leonardo. E o seu?

— Mariana. — sorrio.

— Prazer em te conhecer, Mariana. — sinto uma agitação no estômago ao ouvir a forma que diz meu nome e, principalmente, quando seus lábios tocam a minha bochecha.

— O prazer é meu, Leonardo.

— Quer tomar um café comigo?

— Só para você saber, Leonardo, eu sou comprometida.

— Não tem nada demais. É só um café. — diz e eu assinto, abrindo um sorriso. — Você é tão clichê, Leo. Esbarrar, sério? Me senti em A culpa é das estrelas. Ou no piloto de The Vampire Diaries.

— Você já me fez assistir os dois. — ele me olha de relance.

— Te diz assistir? Mas acabamos de nos conhecer.

— Ah, é. Claro. — ele assente, segurando um sorriso.

— Podemos mesmo esquecer todo o passado, Leo? Não nos conhecemos agora. Não sei quem você está se tornando e você não sabe quem eu estou me tornando. — digo, seriamente. — Fizemos tudo errado, nem demos espaços para que as coisas boas dominassem o relacionamento.

— Vamos só lembrar das partes boas de quando estávamos apaixonados. Você consegue fazer isso? — ele estende a mão, com a palma virada para cima.

— Tudo bem. — seguro sua mão e ele me puxa para encostar em seu peito. Me sinto estranhamente familiarizada ao sentir um beijo no topo da minha cabeça. — Então, sem falar sobre o passado. Certo?

— Certo. — ele assente, afastando-se para poder fazer o seu pedido.

Solto um suspiro de alívio quando ele fica de costas. Alívio por ele ter me soltado. Mal consigo respirar quando ele fica por perto e, sinceramente, não sei como vou conseguir conter meus próprios sentimentos nessa história de começar do zero. O pior de tudo era Aiden, para ser honesta. Olho as últimas mensagens e leio a única dele que diz:

“Estou na casa da Tori."

Deveria me sentir enciumada. Deveria perguntar que porra era aquela, mas eu não tinha esse direito. Enquanto eu poderia estar me preocupando pelo fato de ter beijado o Leonardo ontem, sei que Aiden está fazendo o mesmo com a Victoria. Aiden e eu estávamos nos tornando a reserva um do outro e não tem como negar isso. Entretanto, por mais que nós dois pudéssemos cogitar um término definitivo, é estranho pensar nisso. Sei que ambos estamos confusos, sei que ambos estamos sendo dominados por sentimentos antigos e malucos novamente, mas era uma aventura. Apenas uma aventura. Uma aventura para descobrir o que sentimos de verdade e, no fundo, sabemos que eu não voltarei com o Leonardo e que ele não voltará com a Victoria. Não tem mais espaço para isso depois de todas as merdas que aconteceram em ambos os relacionamentos. Victoria desperta lados no Aiden que eu nunca havia conhecido antes e, bom, sei que ele não é dessa maneira. Pelo menos nunca mostrou ser.

— Quer ir lá em casa? Leigh e Brooke estão lá. — o Leo diz, após eu fazer meu pedido.

— Pode ser. Queria saber onde elas estavam mesmo.

Vamos em silêncio em direção ao seu carro, pelo fato de eu estar comendo um muffin como se fosse a coisa mais deliciosa do mundo.

— Você quer? — estendo para ele, que entreabre a boca, sem desviar os olhos da rua. Solto uma risada e aproximo de sua boca, que dá uma mordida enorme. — Nossa! Você quase acabou com ele! Sua mordida pode matar, Leo.

Ele me olha com uma das sobrancelhas arqueadas, vendo malícia em minha frase.

— Idiota. — reviro os olhos. — Quanto tempo a sua mãe vai ficar? — pergunto.

— Ela ia ficar apenas o final de semana, mas ela conseguiu férias e vai passar duas semanas. Ou até mais.

— Sério?! Maravilha! Você deveria estar com saudade dela, não é? Até eu estava sentindo falta dela.

— Pra caralho. Fico só pensando que ela está morando sozinha lá em Weston.

— Bom, pelo menos ela tem alguns amigos do hospital. — respondo. — Ela não pensa em tentar alguma coisa em Kentucky? Não exatamente em Bowling Green, mas talvez em Louisville?

— Nunca conversamos sobre isso, na verdade. Mas não acho que seja justo com ela ficar construindo sua vida em torno de mim. Ela gosta de Weston e gosta de trabalhar lá. — ele dá de ombros.

— Entendo. Mas a saudade deve ser complicada.

— E você? Está com saudade dos seus pais? — ele me olha de relance e evito fechar a cara.

— Não, na verdade. Cara... você sabe como a nossa situação era complicada e piorou ainda mais depois de... você sabe. — não termino de falar e ele assente. — Só queria ver meu irmão. Ele virá no começo de novembro.

— Não vai demorar, então. Falta algumas semanas.

— Sim. — suspiro.

— E como está a situação dele com Clara?

— Péssima. Estão afastados, obviamente. Você tem falado com ela? — pergunto e ele balança a cabeça. — Ela também não tem falado comigo. Me disse que não se sente muito confortável desde que ouviu aquelas merdas dos meus pais.

— Cara... por que os seus pais se metem tanto nos relacionamentos? No nosso foi de menos, na verdade.

— Eu sei. Eles são terríveis. — balanço a cabeça, frustrada. — Entendo a Clara não querer falar comigo, mesmo que não tenha sido diretamente sobre mim.

— Ela fugiu.

— É. — suspiro. — Eu também fugiria.

Ao entrarmos na casa dos meninos, encontro Brooke e a Ana no meio de uma partida de FIFA. Solto uma risada e olho para o Leo, que balança a cabeça.

— A sua mãe é demais. — digo, ainda rindo da animação dela. E logo depois brava porque a Brooke fez um gol.

— Ela só deveria ser um pouco mais feia.

— Impossível. — dou duas batidinhas em seu ombro. — Eu também teria ciúmes, então te entendo.

— É complicado. Escutei piadinhas ridículas a minha vida toda.

— Lembra que você brigou com aquele Paul quando ele deu em cima dela? — dou risada ao lembrar. — Nossa, você acabou com o cara.

— Cara folgado.

— Ele era mesmo. Mas você já pensou que talvez ela não fique sozinha para sempre, certo?

— Claro que sim, mas, cara, vai ser difícil eu aceitar. Tem algum cara no mundo bom o suficiente pra ela?

— Aposto que não. — balanço a cabeça.

— Mari! Vem aqui jogar comigo. — Ana diz, me chamando com as duas mãos. Vou até o sofá e, propositalmente, me sento entre Nate e ela. — Me ensina mais truques, Nate.

Olho para ele com os olhos estreitados, que faz o mesmo para mim.

— Me passa o controle, Leigh. — Nate diz e Leigh entrega a ele. Encosto totalmente no sofá enquanto o Nate ensina algo que não estou prestando atenção para a Ana.

Penso que Leonardo está prestando atenção, mas quando olho para me certificar, ele está me olhando. De novo. Os olhos dizendo algo que eu não sabia decifrar, como sempre, e um quase imperceptível sorriso nos lábios.

Merda, estou sendo infiel. Preciso falar com Aiden, apesar do nosso acordo de alguns dias atrás. 

“Mariana: Preciso falar com vc. Rolou recaída.”

“Aiden: Era pra vc me dizer algo só se decidisse voltar com ele, cacete. Eu sei que terá recaídas.”

“Mariana: Pq? Você teve?”

“Aiden: Combinamos de não falar das recaídas e, sim de quando decidíssemos algo. Certo?”

“Mariana: Sim."

“Aiden: Então pronto. Beijo."

Reviro os olhos e guardo o celular para poder começar a jogar com a Ana. 


Notas Finais


E aiii gente, pegaram no ar??? Tiveram informações novas nesse capítulo hein e quero saber as teorias de vocêssss, me contem!

Ps: Esse é o Nate: http://68.media.tumblr.com/61fe40df1b96c5ce6c11e884544f43fc/tumblr_inline_mpl7xqNJGx1qz4rgp.gif
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