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História Broken Strings - As aparências enganam


Escrita por: JuneEverden

Notas do Autor


Olá queridos, estou de volta com uma nova historia, e dessa vez Skye vem comigo desde começo. O que posso dizer que teremos muito mistério e pitada de drama.Espero imensamente que apreciem e gostem da historia. É isso, boa leitura!

Capítulo 1 - As aparências enganam


Fanfic / Fanfiction Broken Strings - As aparências enganam

( Love Yourself – Justin Bieber ♫ )

Regina estava perplexa com a atitude de sua irmã Rhana. A outra Mills mais nova apenas por alguns minutos, sempre fora egoísta, mas Regina ainda acreditava que a maternidade poderia muda-la, doce ilusão, era assim que a morena se sentia quando ouviu o que a irmã gêmea pretendia.

– Eu não posso acreditar que você pretende mesmo fazer isso. Já pensou nas consequências Rhana?

Por trás dos cílios cobertos por uma grossa camada de rímel preto, o olhar de Rhana era desafiador. – Eu já pensei em tudo, e não tenho a menor duvida Regina. Além disso, não posso cuidar de um bebê. E eu nunca a quis, e você sabe bem disso.

– Mas Charlotte é sua filha. – Regina protestou. – Como pode abandona-la dessa forma?

– Essa é minha única chance. E se eu não agarra-la com as duas mãos, talvez nunca tenha outra oportunidade dessas na vida.

– Mais ela só tem quatro meses! – Regina exclamou. – Você deveria ter o mínimo de bom senso, talvez um pouco de amor no seu coração. Devia ensina-la coisas boas, ao menos em memória de Neal. Ele era o pai dela Rhana, por Deus não seja cruel dessa maneira.

– Eu não devo nada aquele bastardo! Você se esqueceu de que Neal se recusou a reconhecer a menina? Nem ao menos quis fazer um teste de DNA, sem duvidas porque não queria chatear a noivinha dele. – Rhana andava de lado para outro na sala, demonstrando sua raiva. – Eu deveria saber que nunca poderia confiar nele. Os Nolan são uma família famosa apenas por levar uma vida de luxos sem se importar com nada, é só olhar o jornal de ontem para saber. 

Regina se lembrou de ter visto a foto da família Nolan, num dos cadernos de fim de semana que circulavam em Boston. Era raro não haver algo durante a semana referente ao ritmo balado de uma das famílias mais ricas de Boston. E o que não passou despercebido por Regina, fora a bela loira de olhos verdes, que estampava a pagina do jornal junto aos demais membros da família Nolan.

 – E você já contou aos pais do Neal que pretende entregar a neta deles para adoção?

Rhana se virou para encarar a irmã. – Eu escrevi para o pai dele alguns meses atrás, mas ele foi direto quando disse que iria reconhecer Charlotte como neta dele. Eu até enviei uma foto dela. Sei bem que ele ficaria mexido quando percebesse o quanto ela se parece com Neal. E bem eu tive que agir rápido, já que minha vida está essa toda bagunça por causa do filho dele.

– Mas... – Regina tentou argumentar.

Rhana lançou um olhar irritado para a irmã. – Eu não quero nada com a família Nolan Regina. Eu dei a eles a chance de reclamarem a menina, mas eles a desperdiçaram. Então preciso dar continuidade ao meu plano B, por isso estou de partida.

– De partida? Como assim? – Regina olhava a irmã consternada. – De partida para onde Rhana? – Los Angeles.

– E Charlotte como fica? – A morena perguntou, com coração completamente aflito. – Não está pensando em... – Regina não conseguia terminar o resto da frase.

Rhana apenas deu os ombros. – Você pode cuidar dela por algum tempo. Afinal você tem feito isso desde que ela nasceu mesmo. E esta mais do que obvio que ela gosta mais de você do que de mim, então realmente não vejo porque não deixa-la com você até que ela seja adotada. Poderia fazer isso para mim?

O estomago de Regina se revirou. Era triste pensar que sua irmã não tinha a menor consideração pela pequena vida que dormia no carrinho de bebê perto da janela. Como Rhana podia ser tão insensível a ponto de abandonar a própria filha para caçar uma aventura? Mesmo sendo gêmeas idênticas Regina e Rhana tinham personalidades completamente distintas. Enquanto Regina era correta e leal, Rhana era traiçoeira e interesseira. Regina a vida toda lutou para conquistar as coisas, enquanto a irmã só pensava em se dar bem à custa dos outros. E nem mesmo a maternidade havia a mudado.

 – Rhana por Deus... – Regina tentava trazer a irmã de volta a razão.

– Eu sei que você está abalada ainda com tudo que aconteceu, e só faz alguns meses que Neal se foi.

Rhana se virou para a irmã com fúria. – Porque todo esse eufemismo agora Regina? Neal não foi a lugar nenhum, ele está morto.

Regina engoliu em seco. – Eu sei caramba. Mais ele te deu uma filha, e isso devia contar em algo.

 – E quer saber eu estou feliz que tenha levado a noiva estúpida junto com ele. – Rhana acrescentou com tom de deboche.

– Você não quis dizer isso, quis?

O semblante de Rhana se fechou em raiva e amargura. – Claro que quis. Eu odeio aquela família esnobe e todos que estão ligados a eles. – Jogou os cabelos negros para trás e encarou a irmã. – Eu tenho a chance de começar uma vida nova, com Bruce Lake em Los Angeles. Ele está completamente apaixonado por mim e me prometeu um papel de destaque e dos seus filmes. É minha grande chance no cinema Regina. E só uma completa idiota iria deixar essa chance passar. E bem se eu usar as táticas certas, eu acho que consigo me tornar a senhora Lake. – E você contou a ele que tem uma filha? – Rhana revirou os olhos.

– Você está louca?

–É obvio que não. Bruce acha que Charlotte é sua filha e assim continuara.

Regina se assustou com confissão da irmã. – E como você pode pensar em se casar sem contar ao homem sobre o seu passado?

 Rhana lançou um olhar mordaz à irmã. – Regina eu estou sendo pratica, Bruce não pensaria em se envolver comigo se eu tivesse dito a ele que tive um caso com homem noivo e isso resultou em uma criança. Ele pensa que sou "inocente como uma criança" e continuara pensando assim, mesmo que eu precise mentir todos os dias para conseguir o que quero.

– Mas você acabou de dizer que ele te ama...

– Regina coloque algo na sua cabeça, eu não quero ter a mesma vida de nossa mãe, que trocava de um homem ruim por outro e nós despachava para um lar de adoção quando as coisas ficavam ruins. Eu quero ter dinheiro e instabilidade financeira, mas jamais irei conseguir isso com uma criança a tiracolo.

– Mas você poderia tentar.

– Não Regina! – Rhana interrompeu a irmã impaciente. – Será que você não entendeu? Eu não quero esse bebê, eu nunca quis. – Ela largou a sacola de Charlotte perto do carrinho. – E já que foi você que me convenceu a levar a gravidez até o final, nada mais justo do que você cuidar dela ate que eu encontre alguém que queria adota-la.

– Você? – Regina ficou tensa no mesmo instante. Rhana exibiu aquele olhar típico de quem sabia das coisas.

 – Existem pessoas que pagariam um bom dinheiro por belo bebezinho. E eu quero garantir um bom negocio. Usarei minha ligação com Bruce, e talvez consiga encontrar uma atriz em Hollywood que queria adotar Charlotte. Pense no quanto uma mulher que não pode gerar filhos pagaria por ela! Os olhos de Regina brilharam de completo espanto, e seu coração bateu descompassado dentro do peito.

– Como pode pensar em fazer algo tão baixo com sua própria filha?

– Não é da sua conta Regina, o que eu faço ou deixo de fazer. A filha é minha, e não sua.

– Já que quer tanto se livrar de Charlotte, deixe que eu mesma a adote. – Regina implorou. – Eu sou parente de sangue e isso torna as coisas mais fáceis.

Rhana meneou com a cabeça. – Não Regina, esqueça isso. Irei aproveitar essa oportunidade ao máximo. – Os olhos dela brilharam em cobiça. – E pensando pelo lado positivo, darei uma boa família a ela, e ainda lucrarei com isso.

– Você é uma mercenária Rhana.

– Mercenária não maninha, sou realista. Podemos ser irmãs gêmeas, mas eu nunca serei como você Regina. E já passou da hora de você aceitar isso. Eu quero viajar, quero uma vida confortável, privilégios e luxos. E você pode ficar com suas longas horas no seu emprego chato naquela biblioteca tediosa. Eu quero mais para minha vida.

Regina se endireitou, ergueu os ombros e o queixo com orgulho. – Eu amo meu trabalho.

 – Ótimo para você, mas eu quero fazer compras, jantar fora e frequentar festas com pessoas da alta sociedade. E farei isso assim que chegar à Los Angeles com Bruce, e mal posso esperar por isso.

– Não consigo acreditar que você simplesmente vai fugir de suas responsabilidades e largar sua filha como se fosse algo descartável, para se aventurar com homem qualquer. Charlotte não é um brinquedo, que quando você enjoa deixa de lado. Ela é um bebê. Isso não significa nada para você?

– Não. – Os olhos castanhos frios de Rhanna encontram com os da irmã. – Não significa nada, eu já lhe disse. Eu não a quero, e nem quero ser mãe. – Rhana pegou a bolsa de bebê que estava ao lado da cama, procurou algo lá dentro, e em seguida tirou uma pasta e entregou a Regina. – A certidão de nascimento dela, e o passaporte estão aqui, guarde tudo em segurança ate que consiga a adoção. – Pendurou a bolsa no ombro de Regina e se virou indo em direção à porta.

– Rhana espera! – Regina chamou a irmã em desespero olhando para carrinho da sobrinha. – Você não vai nem se despedir da sua filha?

( My Girl – Tiago Iorc ♫ )

E como esperava Rhana não demonstrou nenhuma emoção, abriu a porta, e com olhar determinado, fechou-a com firmeza ao sair sem olhar para trás. E Regina sabia que seria inútil correr atrás da irmã. Na maior parte de seus 25 anos, de nada adiantava implorar para que Rhana parasse e pensasse nas consequências de seus atos. A irmã gêmea era geniosa e teimosa, e sua personalidade a levava de desastre em desastre, causando prejuízos imensuráveis e no fim ela não demonstrava nenhum remorso. E essa certamente para Regina era a pior parte. Logo um, choramingo vindo do carrinho, chamou atenção de Regina. A morena atravessou a pequena sala, e ergueu o pequeno pacote rosa.

– Ei, minha princesa. – Regina disse enquanto aninhava o bebê em seu peito, maravilhando-se novamente com os traços delicados da sobrinha.

 – Você está com fome, meu amor? Minha, Charlie. – Aquele era um nome carinhoso que Regina chamava a menina.

A pequena se aninhou mais ainda nos braço de Regina, e a morena sentiu um amor enorme dentro de si. E Mills teve certeza que jamais suportaria a ideia de sua sobrinha ser entregue aos cuidados de estranhos. Tinha medo de que as coisas não saíssem bem. E se infância de Charlotte terminasse sendo como a dela e de Rhana? Regina se lembrava de bem da época que passaram em lares adotivos e todos tinham sido fora traumatizantes.

Alguns eram bem piores que negligência pela qual ela e irmã viviam quando estavam com sua mãe. Regina se perguntava se poderia deixar isso acontecer sua pequena Charlie. E a resposta era uma só, lutaria com todas as forças para que futuro de sua pequena fosse diferente. Regina sabia bem como funcionava o sistema legal de adoção, mas a pratica de adoção consentida à deixa nervosa e apreensiva. Ela tinha medo do tipo de louco que poderia oferecer uma boa quantia a sua irmã, para adotar Charlie.

Ela não tinha ideia, se algum tipo de triagem era feita com pais que pretendiam adotar, se acontecia seria algo confiável? As duvidas deixam Regina ainda mais preocupada. Logo a morena foi tirada de seus pensamentos, quando sentiu a leve umidade na roupinha de Charlie, e carregou para quarto, como já tinha feito inúmeras vezes antes. Por baixo da manta a menina usava um macacão amarelado e em péssimo estado. Regina retirou a roupinha pela cabeçinha da criança com maior cuidado possível, sempre falando de forma amorosa com a sobrinha, mas suas palavras doces morreram em sua garganta quando viu o que roupa da menina escondia. Seus olhos se encheram de lagrimas pelo horror que era se deparar com marcas roxas ao longo do pequeno corpinho de Charlie. As marcas tinham o tamanho exato de seus dedos, e pensou como sua irmã podia ter sido tão cruel, em causar mal a bebê indefeso.

 – Oh, meu Deus! Como pode Rhana? – Regina soluçou tentando conter as lágrimas, ela se sentia inútil por não ter sido capaz de evitar que sua pequena sofresse a violência que fora um dia tão comum em sua infância.

E naquele instante decidiu que faria o possível e o impossível para manter Charlie segura, mesmo que para isso precisasse ficar contra sua irmã. Mais pensaria em maneira de convencer Rhana primeiro a lhe entregar a menina de forma definitiva. Ela teria que encontrar uma maneira. Ela tinha exemplos de varias mães solteiras que conseguiam enfrentar as dificuldades sem desistir, então ela iria conseguir também.

Regina mordicava os lábios enquanto pensava nas opções. Não seria nada fácil, o salário de bibliotecária mal pagava a creche de Charlie, e Regina teve certeza que teria que se apertar. Olhou para sua pequena que agora dormia tranquilamente em seus braços, e seu peito se apertou dolorosamente ao pensar que poderia jamais ver Charlotte novamente. E soube que simplesmente não podia permitir que Rhana levasse aquela ideia louca adiante. Ela iria ser a mãe de Charlotte, e ninguém lhe tomaria sua pequena. E quando ela dizia ninguém era ninguém mesmo.

 

( You Give Me Something – James Morrison ♫ )

 

Três meses antes...

 Emma segurava a mão do filho enquanto caminhavam pelo cemitério. Olhava seus pais inconsoláveis, chorando a morte do filho mais novo, e ela nada podia fazer para amenizar a dor de ambos.

– Mamãe tio Neal virou estrelinha agora? – Henry perguntou enquanto caminhavam.

Emma sentiu um nó na garganta, como explicar ao filho quatro anos sobre a morte? Talvez a historia que Mary tinha contado sobre as estrelinhas, fosse uma boa explicação.

– Sim filho, seu tio virou uma estrelinha, e vai cuidar de nós lá de céu.

– Eu vou sentir saudades dele.

– Mas sempre poderá conversar com ele antes de dormir pequeno. – David interveio, e Emma sentiu certo, alivio.

Seu a olhou com olhar cúmplice, a dor era sentida por todos. Henry pareceu ficar satisfeito com ideia, e seu avô o pegou no colo, o resto do trajeto foi em silêncio pela família Nolan. O enterro de Neal fora nostálgico, palavras bonitas tinham sido ditas por todos que lhe foram importantes. E quando o ultimo punhado de terra foi jogado sobre o caixão, Emma Swan fez uma promessa ao seu irmão.

 – Eu juro por nossos pais Neal, quem fez isso com você irá pagar caro. – Depois de dizer adeus a seu modo a seu irmão caçula, Emma ouviu uma voz atrás dela.

 – Eu tenho as informações que você pediu senhorita Swan.

 – Então me diga logo James.

– A mulher com quem seu irmão mantinha um caso, se chama Rhana Mills. – Emma fechou o semblante, agora ela já sabia o nome da mulher que tinha desgraçado sua família.

 – Tem mais uma coisa.

 – Então fale de uma vez, sabe como detesto que enrole com assuntos importante James.  – Emma respondeu sem paciência. 

– A senhorita Tâmara estava grávida, quando faleceu no acidente com seu irmão.

 As palavras pesaram ainda mais, Emma sabia que Neal sonhava em ser pai. E agora ele e sua família estavam mortos, e a única coisa que consolava Emma naquele momento era sua sede de vingar a morte de seu irmão. Fosse quem fosse Rhana Mills ela iria sofrer até o ultimo dia de sua vida, porque Emma Swan iria garantir isso.

 


Notas Finais


Bem agora é com vocês, nos digam o que acharam, e se devemos prosseguir com historia ou não. Uma observação: Rhana Mills aqui possui a personalidade cruel e sem escrúpulos da Evil Queen então não se espantem com as atitudes dela. Já Regina tem a essência da Regina que conhecemos após sua redenção, forte, determinada e com grande coração. Logo teremos, um link com a playlist disponível, para ouvirem a trilha sonora da historia. Até breve!

Me encontrem também no twitter: @JuneEverden


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