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História Broken Strings - Todos tem dois lados.


Escrita por: JuneEverden

Notas do Autor


Sorry pela demora. Boa leitura!

Capítulo 11 - Todos tem dois lados.


(So Easy - Marjorie Estiano♪)

Quando finalmente percebeu que Charlie não tinha mais nenhum machucado em seu corpinho, Regina decidiu voltar ao trabalho. Mas ela não imagina o quanto seria difícil deixar Charlotte na creche no dia seguinte, sua pequena chorava desconsoladamente no colo da funcionaria, com os bracinhos esticados em sua direção.

— Não se preocupe Sr Mills ela ficara bem. — A mulher lhe assegurou. — Assim que for embora ela irá se acalmar. É sempre assim no primeiro dia. Regina mordeu o lábio, indecisa se ia embora ou não. O rostinho de Charlie estava vermelho, o choro cada vez mais alto e os olhinhos cheios de lagrimas.

— Talvez eu devesse ficar um pouco com ela, assim ela pode se acostumar ao ambiente. Posso ligar para meu trabalho e dizer que chegarei um pouco mais tarde.

— Nada disso. — Disse a mulher. — Ela ficara bem. Eu vou leva-la para os brinquedos enquanto você sai. Você poderá ligar para ter noticias dela, assim que chegar em seu trabalho, mas lhe garanto que tudo ficara bem e não há razão para preocupação. Vamos Charlie. — A funcionaria disse para Charlotte com um sorriso. — Vamos lá conhecer aqueles lindos ursinhos.

Regina ainda podia ouvir o choro alto da sobrinha enquanto deixava o prédio, seu coração se apertava ao ver o desespero da sobrinha não queria que pequena achasse que estava sendo abandonada. E assim percebeu novamente o quanto amava aquela garotinha e o quanto queria protegê-la, pois era obvio que a Charlotte a considerava como sua mãe. E se Emma descobrisse toda verdade, Charlotte sofreria muito, pois Regina tinha total certeza de que a loira a impediria de ver Charlie.

 Regina tinha escolhido uma creche que ficava perto da biblioteca onde trabalha, mas nem assim a morena conseguia ficar mais tranquila. A morena pensava como todas as mães do mundo conseguiam lidar com fato de deixar seus filhos aos cuidados de outros. Regina amava seu trabalho, mas seu amor por sua sobrinha era muito maior.

E ponderando tudo, ela sabia que se precisasse deixar o trabalho e aceitar a mesada que Emma tinha proposto, ela aceitaria sem pensar. Afinal Charlie era muito mais importante.

— Oi, Regina. — Belle French, uma das outras bibliotecárias, a cumprimentou assim que viu Regina. — Ingrid me disse que você tinha pedido licença por estar doente. Como está? Já se sente apta para voltar ao trabalho?

Regina não respondeu as perguntas, apenas foi até o armário guardar suas coisas, queria evitar o olhar indagador da amiga.

— Eu precisei de uns dias em casa para descansar. E sim eu estou melhor, apenas um pouco preocupada. Minha semana foi uma daquelas.

— Não me diga que sua irmã voltou a aprontar novamente? Eu não sei por que você ainda não a mandou embora. Ela se aproveita demais de você, não é a toa que ficou doente. — Belle contraiu os lábios. Fechou a porta da sala e estendeu para Regina a nova edição de uma famosa revista de fofocas. —Você já viu isso?

Regina engoliu em seco ao olhar o artigo da revista. Havia uma foto de Rhana em frente a um dos hotéis mais conhecidos de Los Angeles vestida com um vestido que deixava pouco para imaginação, agarrada a dois famosos jogadores de futebol, ambos de péssima reputação quando assunto era tratar mulheres. A legenda em letras garrafais dizia que de acordo com fontes confiáveis do hotel, Rhana e seus dois companheiros tinham feito uma festa nada discreta na ultima sexta feira à noite.

 — Oh, meu Deus! — Regina devolveu a revista à amiga enquanto se sentava.

— Era justamente isso que eu não precisava no momento.

— Sente-se Regina, você está bem? — Belle perguntava com preocupação.

 — Eu preciso desabafar com alguém Belle, mas tem que me prometer que não contara nada a ninguém. Belle fez um gesto com as mãos como se passasse um zíper na boca.

— Boca fechada! Daqui não sai nada.

Regina começou a contar e enquanto ouvia Belle fechava o semblante com espanto.

 — Regina você enlouqueceu? — Belle se levantou agitada. — No que estava pensando quando se meteu com família Nolan? E já parou para pensar que se Emma Swan descobrir a verdade ela vai te comer viva? Você pode ir para na cadeia!

— E o que mais eu poderia fazer? Charlotte precisa de mim. Rhana quer entrega-la para adoção, e assim eu posso ficar com ela e oferecer o amor que ela merece. É um preço pequeno a se pagar, aturar Emma Swan.

— Um preço pequeno? Você só pode estar brincando Regina. — Belle estava atônita. — Você tem ideia de quem é Emma Swan Nolan?

 Regina não pode esconder o pequeno sorriso que apareceu em seus lábios. — Sei que ela adora Charlotte, e ela parece gostar dela também.

— E você? – Belle lhe lançou outro olhar indagador. – O que ela sente á seu respeito? Ela também adora você?

— Não — Regina abaixou a cabeça. Houve um silencio gigante. Regina ergueu a cabeça e viu a amiga que a olhava intensamente.

 — Acho que entendi o que está acontecendo. Regina Mills você está caidinha pela Emma, não é?

— Não Belle, não fale bobagens. Como eu poderia me apaixonar por uma mulher, não que eu tenha problemas por ela se uma mulher. Eu ficaria com uma mulher sem problemas algum se me apaixonasse de verdade, mas não por Emma Swan Nolan. — Regina desviou o olhar. — Eu mal a conheço.

 — Não acredito em nada no que acabou de me dizer morena, ainda mais te conhecendo como eu conheço. Sei que nunca ia concordar com esses termos doidos se ao menos não sentisse uma admiração por essa mulher.

Regina refletiu um pouco. Sim ela admirava Emma. Na verdade, se as circunstâncias fossem diferentes, ela era exatamente o tipo de pessoa pela qual Regina se apaixonaria. Emma tinha qualidades em baixo de toda aquela braveza, e tinha um forte senso pela família.

— Vamos lá Regina. — Belle continuou. — Mas pelos seus olhos, da ver que está caída pelo demônio de saias.

— Você está imaginando coisas Belle.

— Talvez, mas no seu lugar eu tomaria certo cuidado. — Belle aconselhou. — Você não é durona como Rhana. E essa historia pode acabar mal. Você pode acabar se magoado se não tomar cuidado.

— Eu sei o que estou fazendo. E de qualquer forma eu não tinha escolha. Eu amo Charlotte e faria qualquer coisa para protegê-la.

— Parece que você, e sua futura mulher têm muito em comum, não acha? — Belle comentou abrindo a porta em seguida. — As duas querem a mesma coisa e ambas estão dispostas a fazer sacrifícios.

Regina não respondeu. Começava a achar que revelar toda a verdade para Belle, tinha sido um erro. Belle conhecia Regina tão bem que percebia coisas que ela mesma se negava a ver. Tentando esquecer aquele assunto, a morena pegou o celular e ligou para a creche de Charlie, queria saber como a pequena estava, e ficou aliviada em descobrir que a menina finalmente tinha pegado no sono. Finalizou a ligação e foi em direção ao balcão, estava calma porque finalmente podia fazer algo que não fosse pensar em Emma Swan.

 

 (...)

 Regina entrou apressada em casa, tentando atender ao telefone que tocava sem parar.

— Regina. – A voz de Rhana soou do outro lado da linha. — É você mesmo?

— E quem mais seria Rhana? — Regina retrucou. Rhana riu.

— Por um minuto pensei que fosse eu mesma.

Regina rangeu os dentes. — Isso não é engraçado Rhana. Por sua causa me meti em uma confusão e irei me casar com a irmã de Neal em poucos dias, será que se lembra disso?

Pare de reclamar Regina, deveria estar feliz. Será muito bem recompensada. Vai casar com uma mulher linda e rica e poderá chama-la de sua.

— O dinheiro dela não me interessa Rhana.

 — Ótimo. Então você não fará nenhuma oposição em enviar tudo que ela der a você para mim.

— O que? — Regina ficou tensa.

— Pare de fingir espanto Regina, em breve ficara cheia da grana. E já falamos disso outro dia, se lembra? Quero apenas que compartilhe de sua sorte comigo. Somos irmãs no final das contas, irmãs gêmeas.

 Regina respirou fundo. — Eu não vou aceitar um centavo dela.

 Não seja idiota, ela esta oferecendo o dinheiro para conseguir o casamento. E você precisa aceitar.

— Eu não tenho a menor pretensão de aceitar.

— Ouça bem Regina. — A voz de Rhana tornou-se firme. — Se você não aceitar o dinheiro, eu irei até Emma e contarei a verdade.

 Regina ficou quieta e o pânico tomou conta dela. Os dedos ficaram brancos de tanto apertar o aparelho. — Você não pode fazer isso. Se você contar a verdade, ela vai me tirar Charlotte.

 — E acha mesmo que me importo com isso?

— Como você pode ter tão insensível Rhana? — Regina perdeu a paciência e quando viu estava aos berros. — Você é a mãe dela sua infeliz!

— Se você não aceitar o dinheiro e depositar tudo na minha conta pessoal, irei contar como você a enganou. E acho que a Swan não gostara nada da noticia.

 Regina não queria acreditar nisso, mas a única coisa que importava naquele momento não era ela mesma. A questão era Charlotte. Amava tanto a garotinha e não suportaria se separar dela para sempre. Cogitou a ideia de contar tudo para Emma antes que Rhana fizesse, mas sabia que seria inútil. Emma simplesmente iria tomar a guarda de Charlotte e sem duvidas iria ficar aliviado por ter não ter que se casar com ela. E não teria a menor consideração por seus sentimentos como tia da menina, mesmo que ela implorasse para continuar fazendo parte da vida de Charlotte.

— Eu ainda não recebi nada Rhana. — Disse Regina. — O casamento será em alguns dias. E Emma fez questão de dizer que só me dará a mesada que prometeu quando assinarmos os papéis do casamento.

— Então assim que isso acontecer, eu quero que me mande todo o dinheiro que ela te der. Vou te passar o numero da minha conta.

Regina desligou o telefone minutos depois, estava se sentindo enjoada com os números já anotados em pedaço de papel. Rhana tinha conseguido ser o mais baixa possível, sua irmã tinha acabado de vender a própria filha.

  

(I Did With You - Lady Antebellum♪)

 Emma estava sentada em sua cadeira lembrando-se de seu passado, e como sempre fora difícil carregar o nome de sua mãe.

— Eu estou grávida, David. — Mary comunicou ao marido.

— Isso é ótimo meu amor. — David comemorou.

— Eu espero que seja um menino, assim poderia levar o nome da família adiante.

— Não me importa Mary, se for outra menina eu mimar e amar tanto quanto faço com Emma.

— David toda família de sobrenome precisa de um filho varão que regerá os negócios.

Emma tinha apenas cinco anos na época e não entedia bem as palavras de sua mãe. O que recordava era de ter ficado alegre, por saber que teria um irmão ou irmã, e que o amor de seu pai a amava independente de qualquer coisa. Os meses que vieram depois foram confusos, David e Mary passaram por uma crise grave no casamento. Mary acabou se tornando ainda mais amarga nessa época e se afastou da filha, enquanto Emma e o pai se aproximaram ainda mais.

— Papai porque a mamãe está sempre brava? — Emma perguntava ao pai. — Ela só está cansada por causa do bebê filha, mas logo tudo ficara bem. — David respondeu da forma simples que podia a filha.

Ele não queria admitir para si mesmo, que sua esposa tinha ficado completamente omissa com relação à filha. Ele resolveu suprir essa falta e tentava compensar Emma de todas as formas possíveis.

 — Senhorita Swan? — A secretaria chamou atenção de Emma lhe chamando a atenção, e lhe tirando de suas lembranças amargas de sua infância. Era hora de voltar à realidade e resolver os problemas a sua volta.


Notas Finais


Com os flash backs da Emma você vão entender o porque ela é como é, e porque a relação dela com a mãe é complicada. Sobre a Rhana ela não presta e não vai mudar, não ao menos até a hora certa. Esperamos todos nos comentários, com opiniões, criticas e afins. Até!


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