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História Broken Strings - Esse jogo duas podem jogar


Escrita por: JuneEverden

Notas do Autor


Boa leitura!



Link da playlist nas notas finais.

Capítulo 9 - Esse jogo duas podem jogar


Fanfic / Fanfiction Broken Strings - Esse jogo duas podem jogar

( What Goes Around...Comes Around - Justin Timberlake ♪)

 

Regina começou a olhar a sua volta, e percebeu como aquele lugar era grande. Na parede a sua frente havia duas estantes com fileiras de livros, os grossos e exibiam bem suas grandes variedades de assuntos. E Regina tinha certeza que aquela quantidade de enorme de livros não era apenas para decoração, o que significava que Emma era uma mulher que lia bastante, pois além de livros sobre economia e direito, havia muitos best-sellers e alguns clássicos que Regina amava. E riu porque definitivamente era estranho saber que ela e Emma tinham lido os mesmos livros. Era como se isso estabelecesse uma ligação que não sabia se gostaria de ter com a loira. Logo Regina foi tirada de suas distrações quando a porta se abriu e um homem de meia idade entrou trazendo uma pasta embaixo do braço. Emma veio logo atrás dele, e tinha no rosto uma de suas expressões indecifráveis.

 – Amor, esse é Robert Brandon. Robert, está é minha noiva, Regina Mills.

– Achei que fosse Rhana, o nome que me dissera Emma. – Robert comentou.

– Rhana é apenas um pseudônimo que usava festas de gala, meu nome é Regina Sr. Brandon. – Regina se adiantou na resposta.

Ela fez menção em se levantar, mas Robert logo fez um gesto para que continuasse onde estava por causa do bebê. Ele deu um sorriso ao olhar para menina adormecida, os olhos brilharam.

– Que pequeno milagre tem em seus braços senhorita Mills. Eu tenho duas filhas. São minha vida e minha tortura diária. – Robert sorriu para Regina.

 – Sei como criar um filho não é fácil Robert. – Emma disse.

– Não, mas tenha a certeza que todo trabalho vale pena Emma. Minha filha mais velha irá se casar em poucos dias. E parece que foi ontem que discutia com a mãe por causa de sua altura e da saia do uniforme que era grande demais.

 Regina conseguiu forçar um sorriso. Ela tinha lembranças de cenas parecidas entre Rhana e sua mãe, mas nenhuma delas eram agradáveis. Robert abriu a pasta sobre a escrivaninha e olhou para Emma.

– Eu redigi os documentos da maneira que você me pediu Emma, mas não seria melhor explicar tudo para Regina, primeiro?

– Se acha necessário, explique então. – O tom de Emma não demonstrava interesse algum.

Regina se sentiu um pouco envergonhada por não entender nada sobe termos legais e temia muito não ter ideia do que estava assinando.

– Como quiser. – Robert entregou o documento a Regina e começou a explicar. – Não precisa se preocupar com todos esses termos legais Regina. Isso só significa que em caso de divorcio você aceita um pagamento mensal ao invés de receber metade dos bens de Emma.

Regina até tentou ler os papeis, mas nada ali parecia fazer sentindo. Procurou nas letras menores o nome de Charlotte, caçou alguma clausula que Emma poderia ter colocado para lhe tomar a guarda da menina caso o casamento terminasse, mas não encontrou nada. 

– Esta outra parte aqui apenas diz que você recebera uma quantia mensal durante o casamento. – Robert Brandon apontou para o documento mostrando uma seção importante. E assim que Regina viu o valor estipulado engoliu em seco.

 – Isso me parece um pouco exagerado. – Assim que ergueu a cabeça viu que Emma a olhava de modo estranho.

 Voltou a se concentrar no documento novamente e seu coração disparou dentro do peito. Pensava que Emma não era boba, e se ela começasse a desconfiar de algo estaria em apuros.

 – Se puder assinar aqui. – Robert indicou a linha pontilha sobre o documento. – E aqui. – Ele virou a pagina para que Regina assinasse a segunda folha. – Pronto está feito e isso é tudo.

Robert voltou a colocar o documento dentro da pasta e se virou para Emma, que estava apoiando arquivo atrás da escrivaninha, com os olhos fixos em Regina.

– Será que posso oferecer meus sinceros parabéns pelo casamento? – Robert disse. – Sei que é uma situação difícil e incomum, mas muitas alegrias podem vir dão. – Ele limpou a garganta discretamente e acrescentou. – Como está sua mãe Emma? A loira se afastou do arquivo antes de responder.

– Ela está suportando um dia de cada vez. Robert ofereceu sua simpatia.

– É um golpe terrível perder um filho.

 – Sim.

 Para Regina aquela resposta monossilábica era algo significativo. Mesmo com toda frieza que Emma havia demonstrado desde primeiro encontro delas, algo na voz de dela sugeria que estava sofrendo muito pela perda do irmão.  E isso fazia Regina olhar Emma por outra perspectiva.

Não como uma empresaria que queria conquistar o mundo, mas como uma mulher que só queria proteger seus entes queridos.  E foi ali que percebeu que Emma era mãe maravilhosa, e com toda certeza seria boa para Charlie também. Aquele pensamento se infiltrou em sua cabeça, e por lá ficou não deixando que Regina pensasse em mais nada. Já conseguia imaginar Emma com Charlotte em seu primeiro natal, seu primeiro dente, seus primeiros passos, seu primeiro dia na escola e seu primeiro namorado...

 – O que acha Regina? – Regina encarou Emma confusa.

– O que?

 – Robert está sugerindo que façamos um documento que nomeie Charlotte herdeira dos bens de Neal, já que de qualquer forma pertencem a ela, mas até ela completar a maioridade... Regina não deixou que Emma terminasse aquela frase e se levantou agitada, segurando Charlotte contra o peito para não acorda-la.

 – Eu já lhe disse mil vezes Emma, eu não estou interessada nos bens de Neal. Quando Charlotte tiver idade suficiente ela mesma ira decidir isso.

Emma olhou para Regina com um olhar de advertência, mas já era tarde para voltar atrás. Robert assim percebeu a troca de olhares entre elas, tomou a liberdade de tirar suas próprias conclusões.

– Bem acho que isso é tudo, irei cuidar dos documentos necessários. – Informou Robert a Emma em um tom reservado enquanto já se direcionava a porta. – Mais uma vez eu quero desejar felicidades ao casal.

– Obrigado Robert. – Emma disse, e voltando-se para Regina com a sobrancelha erguida, disse.

– Regina?

A morena exigiu um sorriso pálido. – Obrigado Sr. Brandon por me explica tudo.

 – Não há de que Senhorita Mills. – Robert estendeu a mão e apertou a mão de Regina com firmeza. – Você não me parece nada com que as pessoas pintam por ai Regina, se me permite dizer.

– Não? – O estomago de Regina se revirava. Será que Rhana também tinha conhecido o advogado de Emma?

– Não. – Robert disse. – Mas sabe como são as pessoas e a impressa, inventam qualquer coisa para vender revistas.

O coração de Regina pulava no peito. Ela se sentia completamente desconfortável, e se torturava com as imagens que viam em sua cabeça, sua irmã se exibindo pelas boates de Boate para conseguir uma foto em alguma pagina de revista. Regina baixou o olhar e fixou na pequena criatura que tinha em seus braços, e logo assumiu uma postura mais séria.

– Isso tudo ficou para trás Sr. Brandon. Sou uma nova mulher, a maternidade me mudou muito.

– E eu a parabenizo por isso Senhorita Mills. – Robert respondeu. – Criar uma criança é uma experiência incrível que a leva ao amadurecimento. Você tem mais alguém? Digo mais algum familiar? Regina meneou a cabeça, evitando os olhos dele.

– Não sou apenas eu e Charlotte. Meu pai morreu quando eu era bebê, e minha mãe morreu há cinco anos.

Emma franziu a testa ao ouvir aquela confissão de sua futura esposa ao seu advogado. A empresária percebeu que não sabia nada sobre Regina e suas origens. Ela entendia Regina porque sabia como era perder um familiar, por isso algo dela se abrandou um pouco. Todos haviam lhe dito que aquela mulher era um oportunista, mas ela via como Regina amava Charlotte, fato que a surpreendia. Logo Robert deixou a sala, e Charlie começou a choramingar. Regina a tirou do canguru e, pegou a sacola de fraldas, olhou para Emma, que estava parada em silencio na escrivaninha.

– Eu acho que ela precisa ser trocada. – Regina disse.

– Quer que eu a troque. – Emma se ofereceu.

 Regina a olhou, apavorada. Não podia deixar que Emma visse as marcas no corpo de Charlotte.

– Não. Eu mesmo vou troca-la.

Emma demonstrou um olhar ofendido. Ela queria participar da vida de Charlotte, ela seria sua segunda mãe. E uma mãe deveria ser participativa, deveria alimentar o bebê, trocar fraldas sem sentir nojo e todo resto que envolvia ser mãe. Regina não queria agir daquela forma, mas enquanto as marcas não sumissem do corpinho de Charlie a única escolha era manter Emma longe da garotinha.

– Tudo bem, o banheiro é na segunda porta a direita. – Emma disse, saindo de trás da escrivaninha.

 – Tem tudo que precisa ai? – Regina a encarou de forma surpresa.

– Eu já fiz isso varias vezes Emma. E sim tenho tudo aqui.

Emma não respondeu nada, apenas segurou a porta enquanto Regina passava de cabeça erguida. A loira a observou caminhar pelo corredor, com Charlie apoiada em seu quadril, a menina tinha as mãozinhas enterradas nos fios curtos dos cabelos de Regina. Parecia algo divertido para a pequena e Emma sorriu assistindo aquele momento.

Por um instante se imaginou fazendo algo do tipo com a arrogante Regina Mills queria mesmo saber se aqueles cabelos eram sedosos tanto quanto pareciam. Logo praguejou silenciosamente e começou a se repreender, não podia e nem queria de maneira alguma desejar aquela mulher. Emma enfiou as mãos nos bolsos das calças que usava e voltou para sua escrivaninha. Ignorou a cadeira a sua frente, e ficou olhando pela janela, como já fizera antes por milhares de vezes, mas dessa vez não via o porto de Boston. Só conseguia ver um par de olhos castanhos. Regina se demorou o quanto pode com Charlotte no banheiro.

Ela precisava pensar. Tantas coisas estavam acontecendo ao mesmo tempo, e tão rápido, que mal conseguia por seus pensamentos em ordem. Sentia-se uma verdadeira idiota por não ter pensado alguma pessoa como a recepcionista de Emma já poderia ter conhecido Rhana.

E sem duvidas encontraria outros. E o pequeno deslize, que deixara escapar enquanto falavam sobre a mesada que Emma lhe daria. Regina sentia pavor só em pensar em ser desmascarada. Não conseguia nem imaginar a reação de Emma caso tudo viesse à tona. Emma deixou a janela quando Regina retornou ao escritório. E apesar de Regina tentar se manter calma, a morena ainda sentia um frio na barriga na presença da loira.

 – Bem só agora me toquei que Charlotte deve estar precisando de algumas coisas novas, como roupas e brinquedos. – Emma disse pegando a garotinha de forma delicada em seus braços. – Eu cancelei meus compromissos e tenho o resto do dia de folga, então podemos fazer comprar se quiser.

Regina não tinha ideia do que responder. Charlie com toda certeza estava precisando de roupas novas, afinal ela estava crescendo rápido demais, mas só de pensar em fazer comprar com Emma Swan Nolan como um casal normal faia sua cabeça girar. Ela fingiu arrumar a sacola de fraldas para evitar olhar Emma nos olhos. Ela queria pensar em alguma desculpa que fizesse sair daquela situação.

– Já que você possui inúmeras roupas de grife, não acha que sua filha merece o mesmo? – Havia um tom de acusação na voz de Emma. Regina estava muito tensa ao fechar a bolsa. Ela tinha escolhido o que havia de mais conservador no armário de Rhana, nunca imaginaria que fosse algo de grife.

– Essa roupa que estou usando é algo velho. – Resmungou, olhando para o que vestia com desdém.  E Emma apenas sorriu.

– Você deve ser do tipo que vesti a roupa apenas uma vez e depois simplesmente a descarta.

Regina quase gargalhou pensando na verdade contida naquelas palavras. Ela poderia ter comprado um guarda roupa inteiro de grife um dólar por cada peça de roupa que recolhia do chão depois das noitadas de Rhana. Apenas jogou os cabelos para lado e sorriu maliciosamente.

– Não é minha culpa se enjoo de tudo rápido.

 – Pois quer saber de uma coisa Regina Mills? – Emma lhe lançou um olhar incisivo. – Eu estou cada vez mais ansiosa para me casar com você, só para lhe ensinar nada cai do céu. Você é a mulher mais fútil que já conheci, deveria aprender o valor do dinheiro quando se trabalha para ganhar. Será um prazer lhe ensinar essa lição que já deveria ter aprendido há muito tempo.

– Oh! Estou ficando realmente assustada, senhorita Swan. Os olhos de Emma a olharam com raiva.

– Se eu não estivesse com Charlotte no colo, começaria a lhe dar uma lição agora mesmo Mills. Os olhos de Emma faiscaram presunçosos.

– Se você ousar encostar um dedo em mim, vai se arrepender.

– Vale a pena correr o risco. – Emma retrucou.

 – Acha mesmo senhorita Swan? – Regina ergueu o queixo. – Seu irmão pensava da mesma forma.

A forma como Emma a olhava parecia que a queria devorar e Regina se sentia tentada com isso, e sabia bem que só se salvara pelo fato de Charlotte estar nos braços da loira. As pequenas mãozinhas agarravam a camisa branca, o rostinho concentrado em Emma, como se estivesse fascinada pela loira. E a expressão no rosto da empresaria revelava o quanto ela lutava para manter a calma. E antes que a situação saísse do controle entre elas o interfone sobre a escrivaninha tocou.

– Sr Swan? – A voz agradável de Kate invadiu a sala. – Sua mãe está na linha dois.

 – Com licença. – Emma disse se virando para atender ao telefone.

Regina pegou o canguru quando ouviu as primeiras palavras da conversa de Emma com a mãe. E mesmo que Emma e a mãe falassem francês, Regina conseguia entender o suficiente para saber qual era o ponto principal da conversa.

 – Sim mamãe. – Emma dizia com seu melhor sotaque francês. – Encontrarei uma solução viável. Já dei entrada nos papeis e nos casaremos no dia 15.

Regina não conseguia ouvir as respostas da mãe de Emma, mas a partir das respostas da loira pode imaginar o resto. 

– Não mãe ela não pediu nada, apenas disse que não quer o dinheiro de nossa família ou qualquer bem de Neal... Talvez ela esteja fingindo que mudou. Sim mãe eu providencie uma quantia que será dada a ela todo mês, mas duvido que ela fique satisfeita. Sim mamãe ela tudo que Neal dizia sobre ela... Eu sei, eu sei... Ela é uma mulherzinha sem princípios mãe eu não vou me esquecer disso.

 Foi difícil para Regina esconder sua reação. Ela exalava raiva e, enquanto acomodava Charlotte no canguru, prometeu se vingar daquele insulto. Se Emma Swan queria brincar, a morena estava disposta a entrar naquele jogo. 

– Sim mamãe... Eu sei tomarei cuidado para não me envolver com ela.

Emma encerrou a ligação com sua mãe e não percebeu que Regina estava atrás dela. A morena colocou seu sorriso mais inocente ante de dizer algo.

– Então meu amor, onde faremos compras? 


Notas Finais


Então será o que Regina irá aprontar nesse passeio de compras? hahahaha... Não esqueçam de nós dizer suas teorias e sugestões nos comentários. Até!

Playlist: https://open.spotify.com/user/nickfasb/playlist/4P0r5lYdiXX74PGmJH5K5O


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