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História Broken Wings - Versão antiga! - Aconteceu coisa demais nesse dia


Escrita por: Isazita

Notas do Autor


OIE MEU POVOOOOO
Desculpa o sumiço, quem viu meu bilhetinho sabe. Mas enfim, Cap novo, espero que gostem!!!!

Capítulo 7 - Aconteceu coisa demais nesse dia


.:Pedro:.

Eu não estou entendendo mais nada. Primeiro o Gael começa a agir estranho. Depois, a Laura surge. Na semana seguinte aparece uma coisa no porão dela e no mesmo dia eu descubro que ela não é humana e sim uma caçadora ou sei lá o quê.

Desisto de entender esse povo.

Isso sem falar que meu melhor amigo é um médico... Mecânico... Não, espera. Médium, não é? Ah, foda-se.

De qualquer forma já estava tarde quando saímos da casa da Mama. Gael ainda tossiu um pouco no começo do caminho, mas logo isso também parou. Outra coisa que parou fui eu.

- Gael. -o menor se virou e me encarou.- Você está bem mesmo? Tem certeza?

- Tenho, Pedro. Relaxa... Eu to le... Leg...

Gael agarrou meu braço, com uma força que eu não sabia que ele tinha.

- Gael? Gael! -chamei mas ele se limitou a se apoiar em mim com o outro braço também e colocar a cabeça em meu ombro. Seus joelhos amoleceram e ele estava sendo segurado por ambos nossos braços, os meus na cintura dele.

- Ok... Eu não to legal...

Fiquei feliz por ele ainda conseguir falar isso. Coloquei Gael no colo e passei o caminho todo com ele agarrado a meu pescoço, reclamando de sua "doença idiota" e "mediunidade filha da puta". Teria rido dos comentários se não estivesse mais ocupado em levá-lo para casa.

Abri a porta e me deparei com Kátia nos olhando com uma expressão irritada. Que automaticamente mudou para preocupada quando olhou minha expressão e o estado de seu filho. Ela nem sequer me perguntou o que ele estava fazendo do lado de fora. Tia Kátia abriu passagem e se limitou a pedir que eu o deixasse em sua cama, com ele recusando e querendo andar sozinho.

- Gael. -eu falei e ele apenas levantou os olhos para mim, calando instantaneamente.

Levei-o até seu quarto e o deixei em sua cama, mas ele não me soltou. "Obrigado, Pedro." foi tudo que ouvi ele murmurar antes de cair na cama de vez, já dormindo. Saí do quarto e minha tia insistiu em me levar de carona até em casa. Em seguida eu entrei e minha mãe me deu um abraço apertado, eu precisava dele.

- Filho... -ela disse ainda com os braços em volta do meu pescoço.- Eu sei que você não está bem. Trate de me contar o mais rápido possível, ok?

- Claro, Mamãe... Preciso dormir um pouco. -soltei-me do abraço e fui até meu quarto, sorrindo (ou tentando) para ela.- Até amanhã. -disse e tranquei a porta, me jogando na cama e apagando em seguida.

Eu não sabia porque aquilo me deixou tão para baixo. Eu não sabia nem o que eu estava sentindo. Não sabia se era tristeza, raiva, medo, preocupação; eu simplesmente não fazia ideia.

***

Fui para a escola meio zumbi, eu nem me lembro do caminho de tanto sono que eu ainda estava. Mesmo que tivesse dormido a noite toda e no horário certo, eu ainda esatava exausto. Talvez não fisicamente, mas acho que meu psicológico colapsou com tantas coisas que aconteceram ontem.

E sabe o que mais? EU CHEGO NA ESCOLA JÁ QUASE INFARTANDO POR CAUSA DAQUELE BAIXINHO TREVOSO FILHO DA PUTA (Te amo tá, Tia Kátia, mas seu filho...)

- Pedro.

- AAAAAAAAAH QUE SUSTO, SEU MOLEQUE!!! O que você tá fazendo aqui??? Vai pra casa dormir!!!

- Calma, escandaloso, parece até a Lah. -ele está mesmo dando um apelido para a Laura???????- Aquele negócio da Mama aparentemente funciona depois de dormir. Depois que você... Hum... -ele hesitou, seu constrangimento era nítido. Senti-me envergonhado ao lembrar de quando o deixei na cama ontem.-  Saiu, eu apaguei tão pesado que minha mãe teve que me balançar pra checar se eu estava vivo.

- Que bom que está!

- Quem garante? -ele "sorriu" de forma zoeira.

- Ora, seu idiota! -o abracei de lado, já esperando ser empurrado. O que aconteceu apenas muito de leve, só o suficiente para me fazer soltá-lo.

Subimos para nossa sala e nos sentamos em nossas cadeiras de sempre; Gael na última no canto da janela e eu do lado. Ficamos conversando por um tempo sobre assuntos aleatórios enquanto outros colegas nossos chegavam na sala. De todos os assuntos possíveis, nós apenas evitamos os que tinham a ver com o problema da Laura e os acontecimentos na Mama. Talvez ele estivesse tão receoso e preocupado quanto eu.

E eu estava muito de cada um. Nós deixamos nossa melhor amiga na casa de uma idosa que nem conhecíamos, so-zi-nha. Não é algo bom. Isso sem falar no monstro no porão da casa da rua 2.

As vezes eu queria que fosse possível guardar Laura num potinho e protegê-la. Nós nos conhecíamos à pouco mais de uma semana, mas ela sempre demonstrou muito carinho em relação a nós dois. Ela pode ser meio lerda, e ter ficado escandalosa depois de me conhecer, mas ela é uma pessoa boa. Ela é uma boa amiga, isso sem falar no tanto que é inteligente e está sempre disposta a ajudar.

Todas essas características me fizeram desenvolver um carinho especial por ela. Mesmo nesse curto espaço de tempo.

Por isso minha preocupação exagerada.

A aula começou e fomos forçados a parar com os assuntos. Eu reparei que ele estava mesmo prestando atenção, dessa vez fazendo anotações ao invés de rabiscar ou escrever textos aleatórios.

Ok, estou 10× mais preocupado agora.

Na hora do intervalo, saímos correndo (coisa que o Gael só faz quando está muito desesperado) em direção a biblioteca.

- É proibido correr nos corredores da escola. -Laura estava parada na porta da biblioteca, sorrindo quando nos viu.

- LAURA!!! -eu gritei.

- Laura!!! -Gael se limitou a falar de uma forma animada.

- Meninos!!! -ela respondeu nos agarrando num abraço de urso. Eu podia jurar que ouvi um osso quebrando.

Nós entramos com ela que avisou que depois que nós saímos da casa ela apenas dormiu e que de manhã teve um café da manhã maravilhoso e que o café que Mama fazia era tão bom que ela tinha trago um pouco para nós dois.

Eu não sou o maior fã de café (prefiro chocolate porque sou uma criança que cresceu demais), mas abri uma excessão. Era bom mesmo. Gael ficou com os olhos brilhando enquanto/depois de tomar. Laura de limitou a dar um sorriso brilhante com nossa reação.

- Não falei que era maravilhoso? Hahahahaha!

- Você só fala verdades, Garota propaganda da Colgate! -nós rimos.- Mas nós temos um assunto mais importante para tratar. -nosso semblante passou para sério instantaneamente. Sabíamos exatamente do que se tratava.- O que vocês querem fazer pra resolver o problema da Laurita?

- Eu vou ser honesta, eu to morrendo de medo. Mas, eu tenho dois motivos para ir até lá e enfrentar aquela coisa. O primeiro é que eu tenho vocês do meu lado. O segundo foi que a Mama falou para eu abrir aquela porta.

- Essa é a nossa garota!! -disse abraçando-a.- Tô com ela!

- Eu não saio do seu lado por nada cosplay de poste! -Gael também se pronunciou se aprocimando e segurando a mão dela.

- Também amo vocês, meus tampinhas!

Depois desse lindo momento de amizade, o ar descontraído de antes voltou e ficamos falando sobre séries, e até alguns animes (que Laura não teve chance de assistir mas se interessou muito).

Então nosso intervalo acabou e tivemos que voltar para a sala e assistir mais algumas aulas chatas para caralho.

***

Depois que nossa aula acabou, fomos almoçar na minha casa. Eu e Gael permanecemos lá pensando no que fazer para pelo menos tirar aquela coisa de perto de nossa amiga enquanto ela seguia seu turno lá na escola.

Pegamos umas coisas que estavam na caixa de jardinagem da minha mãe, metade das quais eu nem sabia da existência ou para que servia. Colocamos tudo em uma mochila velha que tinha no meu quarto e ficamos na sala, esperando nossa Caçadora.

- Ainda vai demorar muito? -perguntei.

- Vai. São 17:30 agora. -Gael me respondeu, a cabeça apoiada nos antebraços que repousavam em seus joelhos. Ele ficava fofo fazendo aquele bico... PEDRO PARA, AGORA. JÁ ENTENDEMOS QUE VOCÊ ACHA TUDO FOFO.

Depois disso não falamos mais nada até Laura chegar em casa e descansar um pouco, para finalmente irmos (com uma munição botânica) até a casa da Lah. Adorei esse apelido.

Laura entrou na casa primeiro, seguida de nós dois que carregávamos algumas ferramentas. Ela se aproximou da porta e a abriu, fazendo um feixe de luz entrar no cômodo e acordar aquela coisa. Esse ser que eu ainda não conseguia ver tinha uma respiração pesada e sofrida, me lembrava brinquedos de borracha estragados. 

Ela levou sua mão esquerda até o interruptor que ficava do lado de fora do sótão, apertando o botão em seguida e fazendo as luzes se acenderem.

Ôh troço feio da porra. Não vou nem descrever porque a esse ponto o Gael já fez isso.

A coisa nos olhou com suas orbes amarelas e brilhantes e então soltou um berro, começando a correr em nossa direção. Nós corremos, claro.

Mas Laura, ao invés de tentar sair da casa, subiu as escadas até a metade e...

Espera um pouco, aquilo eram asas???

E outra, ela tinha um arco em mãos, com a corda puxada até o limite mas sem nenhuma flecha.

Ela abriu suas asas de penas brancas e pretas na ponta um pouco mais e soltou a corda.

Um buraco foi aberto na cabeça da coisa. O sangue começou a escorrer e a casa foi tomada pelo cheiro de enxôfre.

Então a coisa simplesmente pegou fogo e tudo sumiu.

Menos um de seus dentes, que ficou brilhando no chão.

Quando voltei meus olhos para Laura novamente, ela tinha voltado ao normal e nos olhava confusa.

- M-mas eu não estava na frente da porta? -indagou.- O que aconteceu? Como vim parar aqui?

Ela continuava perguntando enquanto descia as escadas. Gael andava em sua direção mas parou e pegou o dente do chão, analisando-o. Eu simplesmente fui até ela e segurei seu ombro de forma consoladora.

- Laura. -Gael se pronunciou, tirando seus olhos do dente e encarando a mais alta.- Temos umas coisinhas pra te contar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, até o próximo! ❤


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