1. Spirit Fanfics >
  2. Broken Wonderland >
  3. A Porta do Começo

História Broken Wonderland - A Porta do Começo


Escrita por: darkfoxydemon

Notas do Autor


Aproveitem, qualquer erro ou sugestão, por favor comentar.
Espero que gostem. Foi postada tambem no Nyah!Fanfiction. Imagem da capa adquirida pelo google.

Capítulo 1 - A Porta do Começo


Os pês pálidos e gélidos tocavam levemente o chão sujo de cerâmica quadriculada, em uma dança guiada por uma melodia melancólica e cruel. O vestido claro balançava e pingava pintado com as mesmas cores que o falso céu ensolarado, que cobria o teto rachado e coberto de goteiras em um mundo quebrado e opaco como os fragmentos de uma realidade uma vez colorida.

    O cabelo loiro apagado balançava juntamente com o vestido, pingando em um rimo constantemente lento e enlouquecedor. A musica tocada pela pequena vitrola largada em um canto aumentou seu ritmo juntamente com a pequena menina, que sobrenatural dançava como uma em relação a musica cada vez mais rápida.

    Uma porta revelou-se minúscula, saindo dela um esplendido hibrido uma mistura de homem e coelho, grande demais para poder passar por essa. Era possível ver, reluzentes, as pequenas foices que o adornavam. Musica e menina pararam maravilhados com o magnifico ser a sua frente.

   A menina movimentou os lábios, porem sua fala, sem que esta o percebesse, saiu da vitrola fragmentada e repetida como um disco riscado:

-Ó, senhor coelho, sinto muito, sabe dizer onde estamos? Eu o segui ate aqui, porem não sei onde estamos poderia me dizer, por favor?

  O hibrido que a garota chamaria agora de coelho branco (por sua aparência no mais alvíssimo branco), a ignorou limitando-se a tirar um relógio de seu colete, e suspirar quase como resignado um triste “assim não terei tempo de fazer o jantar, tenho que me apreçar”.

  Ao guardar o relógio, uma pequena mesa de três pernas apareceu, ao lado da encharcada menina, que olhou como se uma mesa aparecer no ar fosse normal, e no instante seguinte o dito Coelho Branco voltou a desaparecer por detrás da pequena porta. A garota tentou atravessar a porta e espantou-se ao descobrir que esta se encontrava trancada.

 Com um suspiro de sua vitrola sentou-se na base da estranha mesa de três pernas e ao olhar para cima percebeu que uma chave simplesmente aparecera. Era minúscula, e como tudo naquele pedaço de mundo em que se encontrava, estava degastada e velha apenas um resquício de sua antiga beleza.

Sem conter o entusiasmo a garota engatinhou para poder chegar à porta (e ainda assim teve de se curvar) inserindo a chave na quebradiça porta. Ao gira-la um barulho de moeda se ouviu e assustada a garota se virou. Uma pequena caixa aparecera era uma bela peça, a única coisa naquele lugar que reluzia no auge de sua gloria.

Decidida a seguir o coelho o mais rápido possível ela ignorou a pequena caixa e empurrou com a pontinha do dedo a porta, que se abriu revelando um mundo inesperado e, como logo a menina percebeu inacessível para ela naquele tamanho. Ela voltou-se, dando novamente o trabalho para a vitrola suspirar. Novamente ela notou a caixinha, e levantou-se empurrando o cabelo molhado para trás e voltando a prendê-lo com a faixa preta.

Ela ergueu a caixa e percebeu pela primeira vez que a caixa tinha um pequeno buraco fazendo-a semelhante a um cofre, e em voz alta murmurou, ou melhor, a vitrola murmurou:

-Pra que serve essa caixa?

Respondendo a sua pergunta um pequeno papel apareceu: bem vindo ao País das Maravilhas para entrar, por favor, deposite uma moeda.

A garota apena encarou o bilhete e ardente de curiosidade tirou uma moeda reluzente que trazia pendurada em seu pescoço, torceu para aquela antiguidade funcionar.

O mundo girou em um vórtice de cores apagadas, e a garota viu a porta se abrir de relance arrastando tudo para dentro. Ela caiu na margem de um lago negro e pela primeira vez que entrou naquele mundo sujo e quebrado o pavor subiu fechando a garganta em um nó que impedia a respiração, mesmo longe do lago ela sentia como se afogasse.

Um homem alto de cabelos cinza escuros, Rato, afastou-se, incomodado a olhando como se a censurasse por arrasta-lo porta adentro e ainda ter a ousadia de incomoda-lo com seu pavor. A menina esqueceu-se do pavor por um momento, sentia-se indignada. Ela não o fizera de proposito como saberia que a porta sugaria tudo na sala quando a abrisse?

Por falar nisso, ela não o vira lá para começo de conversa. Já sobre o pavor que sentira ela não sabia, voltou-se receosa para o lago, nunca sentira medo de água ou lagos, pelo contrario adorava ir nadar e passear de barco com a irmã.

Impaciente Rato espalmou as mãos:

-Não tenho o dia todo- disse- Vais cruzar o lago ou não?

-Mas cruzar o lago como?- perguntou a pequena movida pela curiosidade- Não vejo barcos!

Rato suspirou descontente por isso odiava novatos, engolindo a raiva explicou:

-Pagaste a passagem, não é? Agora basta chamar o barqueiro-Com isso aproximou-se do lago cuidando cuidado para não molhar seus lustrosos sapatos com a água que mais lembrava piche, e uma única vez gritou um único nome: “Caronte!”.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...