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História Brotherly Case - Another Holmes


Escrita por: Bloodstained

Notas do Autor


Apresento-lhes sua excelência, Olivier Holmes.

boa leitura!

Capítulo 2 - Another Holmes


— Irmão?! – John olhava de Sherlock para a pessoa sentada em sua poltrona repetidamente, ela era a cópia de Sherlock, mas obviamente não era ele, a semelhança espantosa e o fato de vestirem a mesma roupa não ajudava a formar uma explicação lógica e que não soasse ridícula, pelo que sabia só havia mais um irmão Holmes.

— Olá John, imaginei que tendo convivido tanto tempo com meu irmão não se surpreenderia tanto assim. – levantou-se da poltrona e pôs as mãos na cintura. – Não vai dar as boas vindas à sua queria irmã, Sherlie? – perguntou erguendo uma sobrancelha.

— Você não é bem vinda aqui! – Sherlock respondeu mal humorado.

— Esse humor azedo é porque me vesti igual a você, não é? Pelo amor de Deus Sherlock! Foi pelos velhos tempos, vou tirar essa peruca e depois volto aqui para tentarmos conversar, enquanto isso explique a história a John que continua com essa cara de embasbacado. – virou-se e foi em direção ao quarto de Sherlock, ao ouvir a porta bater o detetive soltou um resmungou e sentou-se em sua poltrona.

— E então? Qual a história? – John perguntou sentando-se na sua antiga poltrona.

— Olivier Marie Louise Scott Holmes é o terceiro irmão Holmes, ou melhor, a irmã.

John encarou o corredor na direção por onde Olivier saíra a pouco, agora a semelhança assombrosa estava explicada, mas a história por trás da identidade dela ainda era um mistério, antes que fizesse mais perguntas para saciar sua curiosidade em relação à irmã do amigo, ela voltou para sala e se esparramou no sofá onde muitos clientes já se sentaram, estava completamente a vontade, como se sua presença ali fosse algo corriqueiro.

Oliver era uma bela mulher, era esguia e seus olhos tinham a mesma cor que os de Sherlock, sem a peruca que usava seus cabelos eram ruivos levemente ondulados. A calça e a camisa que usava eram as mesmas com que a viu quando entrou no apartamento – da mesma cor das roupas de Sherlock, calça preta e camisa roxa.

— Está feliz agora Sherlock? Não sei como pude pensar que iriam desconfiar que eu era você, sinceramente seus amigos  me decepcionaram, pensei que fossem mais espertos, a Dra Hooper foi minha prova final. – gargalhou se lembrando dos encontro-teste que fizera. — Lestrade, Sra Hudson, até mesmo a Donavan e o Anderson! A propósito, devo avisar que esses dois últimos devem estar maquinando teorias malucas sobre você, mas a cara de John foi impagável! – soltou uma nova risada e bateu palmas comemorando o feito. — Pensei que não teria tempo de coloca-lo a prova.

— Isso não tem graça Olivier.

— Ah, faça-me o favor, né? Pensa que só você pode ter disfarces? Modéstia a parte, meu melhor disfarce é de você irmãozinho.

— Se fosse pra conversar com um reflexo meu, eu usaria o espelho que é menos irritante.

John estava absorto observando os dois irmãos, eles tinham suas semelhanças físicas e até nos gestos como foi reparando aos poucos, mas de cara se notava que suas personalidades eram opostas, e se adicionasse Mycroft na comparação... Definitivamente Olivier só podia ser uma Holmes, mas ao mesmo tempo era como se não fosse de tão gritante que era algumas de suas diferenças se comparada aos irmãos.

 — Vai explicar história para John ou eu faço? – Oliver ergueu uma sobrancelha em desafio.

— Eu estava contando quando você voltou a nos honrar com sua ilustre presença. – a irmã revirou os olhos para deixar claro que o sarcasmo não passou despercebido. — Quando Mycroft começou a trabalhar para o Serviço Secreto e depois eu comecei a trabalhar como detetive consultor, existia o risco de algum inimigo tentar usar nossa família contra nós, nossos pais não seria um grande problema e mais fáceis de manter longe dos inimigos potenciais, já uma irmã... Então juntos decidimos transformar Olivier em ‘o’ terceiro Holmes, o irmão mais velho problemático que foi exilado do país.

— Esqueceu uma parte importante da história Sherlock. – o detetive estreitou os olhos, claro que ela faria questão de mencionar esse fato, sabia o que ela diria antes mesmo que abrisse a boca. — A parte em que dividimos o útero de mamãe, meu caro gêmeo.

— Isso explica minha confusão. – o tom de John ainda tinha um toque de descrença.

— Mycroft já sabe que está aqui?

— Ainda não, pensei em fazer o mesmo com ele, mas eu não ficaria tão bem vestida dele e nem teria tanta graça.

— Depois de todo o trabalho que tivemos para apagar e modificar os arquivos... – o alerta de mensagens do celular do detetive soou, ele pegou o aparelho no bolso para lê-la. — Parece que logo ele estará aqui.

— Que ótimo! Os três Holmes novamente reunidos! Pense pelo lado bom irmãozinho, você tem mais um cérebro para ajuda-lo.

— Pare de me chamar de irmãozinho! E até parece que vou deixá-la sair desse apartamento.

— Primeiro: aceite de uma vez por todas que apesar de termos sido gerados juntos, eu saí do útero primeiro, logo sou a mais velha, supere isso. Segundo: não sairei porque eu não quero, até parece que se essa fosse minha intenção uma ordem sua ia me segurar aqui.

— Você continua insuportável Olivier.

— O mesmo vale pra você Sherlock. Eu gostaria de ter vindo aqui apenas para dar uma sacudida no seu mundinho irmão, mas infelizmente o querido Mike e você têm problemas maiores que nossa velha rixa de irmãos.

Quando mais observava, mais John se sentia intrigado. Compreendia os motivos do amigo e seu irmão terem escondido a irmã, imaginava que apesar da personalidade ela tinha juízo suficiente para colaborar e não causar problemas, mas pela sua expressão agora séria, ela não estava ali só por pura impertinência.

— Oras, mas se não é uma visão que eu desejava ser uma miragem. – Mycroft entrou pela porta sem se dar ao trabalho de bater.

— Como vai Mike? Você parece mais magro.

— Vamos acabar logo com isso. – disse se sentando na cadeira próxima ao sofá onde Olivier estava. Sherlock se levantou e foi sentar-se no sofá com a irmã.  Essa era a deixa para John dar privacidade aos irmãos, apesar de querer muito saber o desenrolar daquele encontro tinha que voltar ao trabalho.

— Já que vai ficar e observar, porque não pega o jogo operação, John? Aposto que meus irmãos querem uma revanche. – Olivier pediu antes que se levantasse para sair.

— Na verdade eu preciso voltar ao consultório. – se levantou e olhou ao redor da sala procurando, encontrou a caixa embaixo de uma pilha de livros. Colocou-a em cima da mesinha na frente dos irmãos. — Imagino que terei uma oportunidade de poder conversar melhor com você Olivier.

— Pode apostar que sim.

— Me conte quem venceu depois. Até depois Holmes. – se despediu dos três ao mesmo tempo antes de fechar a porta atrás de si.

Durante cinco minutos ninguém disse nada, até que Mycroft na sua vez mexendo no nariz do paciente fez com que acendesse e apitasse.

— Chega disso, o que faz aqui Olivier? – disse largando a pinça.

— A única pessoa além de mim capaz de causar confusão no mundinho dos Holmes... Moriarty.

— O que você fez dessa vez?

— Nada. Quinze dias atrás recebi uma correspondência sem remetente, dentro tinha um bilhete perguntando se eu sentia sua falta, eu sabia o que se passava aqui em Londres para entender o recado e que estava o implícito ali rapidamente. O pós-escrito era para não deixar dúvidas, dizia ‘’estou ansioso para conhecer a ‘predadora’ da família’’.

— Parece que Moriarty lhe conhece bem demais irmãzinha. – Sherlock comentou.

— Com ciúmes? Ou isso é porque o modo como ele se refere a mim é mais legal? O homem de gelo. – apontou na direção de Mycroft e depois na de Sherlock. — E o virgem... – encarou o irmão alguns segundos o analisando a maneira Holmes. — Acho que o seu poderia ser trocado.

— Como não sabemos o paradeiro de Moriarty, o melhor é você tentar não chamar muita atenção Olivier, vamos esperar que ele dê o próximo passo e imagino que não deve demorar, vou colocar alguns especialistas a procura de qualquer rastro dele... – Mycroft disse ignorando o último comentário da irmã e se levantou. — Preciso voltar aos meus afazeres, até lá tentem não se matar. – saiu pela porta antes que um novo drama de irmãos começasse.

— Desde que ela não interfira em meus negócios. – Sherlock gritou para o irmão que descia as escadas, se levantou e foi na cozinha em busca de um adesivo de nicotina. Não os encontrava em lugar nenhum, mandou uma mensagem para John pedindo que o amigo comprasse para ele, tinha certeza que ele apareceria para saber mais sobre sua irmã.

— Sherlie... – ouviu a voz de Olivier atrás de si, virou-se e a irmã o encarava com um cigarro em mãos e lhe oferecendo outro. — Não conte à mamãe.

O detetive inspirou e expirou audivelmente, era inegável que achava a irmã insuportável na maioria das vezes, apesar de – e a isso atribuía o fato de serem gêmeos (admitir sentimentalismo mesmo que o mínimo, ainda mais para Olivier, jamais!) – no fundo gostar tê-la como irmã.

— Só se você contar primeiro, minha cara Marilou. – pegou o cigarro das mãos dela e o acendeu – ela sorria, afinal fazia tempo que não ouvia o velho apelido – ao que parecia às coisas iriam ficar agitadas dali em diante.


Notas Finais


O que acharam? Me digam suas opiniões sobre a histórias x3


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