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História Brotherly Case - Last Tango


Escrita por: Bloodstained

Notas do Autor


Eu sei que fiquei muito tempo sem escrever essa história (praticamente abandonada), mas sempre pensei em voltar a escrevê-la.
Aconteceu que eu tinha planejado fazer uma coisa, porém decidi mudar o rumo para um que acho que ficará melhor (e espero que vos agrade).
Explicações dadas, fiquem com esse capítulo que serve de ligação para como as coisas irão acontecer.
Boa leitura!

Capítulo 4 - Last Tango


Naquela manhã quando Molly subiu ao 221B quase tudo estava como costume na Baker Street, exceto pela presença de Olivier. Sentada na poltrona de Sherlock jogando Jenga sozinha, a ruiva desviou sua atenção para saldar a recém-chegada.

— Finalmente você veio! – levantou-se e foi até a porta onde a legista ainda estava parada tentando entender quem era a figura, as possibilidades que imaginou não lhe agradaram em nada. — Estava ansiosa para conhecê-la oficialmente Molly!

— Eu deveria conhecê-la? – Molly perguntou no meio do abraço que recebia.

— Ah! Desculpe-me, eu sou...

— Olivier! – Sherlock surgiu saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cintura e outra nas mãos secando o cabelo. — Devolva meu roupão! – notou então a outra ao lado da irmã.  — Ah, como vai Molly? Vejo que já conheceu Olivier.

— Bem, vim trazer os vidros que me pediu e bom... – deixou a frase no ar, sem conseguir se conter seus olhos rapidamente se prenderam na figura de Sherlock só de toalha.

Olivier achou divertido assistir as bochechas de Molly corando na frente do irmão, pensou no que aconteceria se arrancasse a toalha de Sherlock e saísse correndo – provavelmente seria o máximo e renderia ótimas risadas a ela, e também praticamente a mesma coisa que encomendar uma lápide com seu nome.

— Adorei conhecer oficialmente sua namorada Sherlie, já mencionei que ela é bonita?

— Olivier... – a voz baixa de Sherlock tinha um tom de ameaça.

— Eu não estou com seu roupão, a Sra Hudson deve ter pegado para lavar! – Sherlock lançou o melhor olhar ameaçador que conseguiu para a irmã. — Okay, entendi o recado, preciso mesmo me trocar.

Sherlock soltou o ar com força ao ouvir a porta do banheiro sendo fechada e foi até o quarto se vestir, deixando Molly sem entender nada na sala. A legista deixou os vidros em cima da mesa da cozinha, ponderou se saia sem dizer nada ou se ficava para saber mais sobre a tal Olivier, não que fosse da conta dela.

— É a primeira pessoa a demonstrar certo desinteresse por Olivier. – Sherlock se fez ouvir voltando na sala terminando de abotoar o terno.  — Já que a conheceu, prefiro que fique sabendo por mim. Resumindo Olivier é minha irmã, você deve ter ouvido em algum momento um boato sobre o terceiro Holmes, Mycroft e eu preferimos esconder e alterar a identidade dela para evitar que fosse usada contra nós, o que estava dando certo até agora.

— O que aconteceu?

— Moriarty.

Molly absorveu as informações em silêncio, tinha sido usada pelo gênio do crime no passado, tentou em vão ignorar o arrepio de mau pressentimento que sentiu ao ouvir aquele nome. O que quer que fosse sabia que Sherlock daria um jeito de resolver e se fosse preciso ajudaria incondicionalmente.

— Finalmente! – Olivier comentou voltando para sala indo em direção à janela. — Mike o mandou! – pela janela viu um jaguar preto estacionado em frente ao apartamento. – Alguém aceita uma carona?  

. . . . . . .

Sherlock entrou como um furacão na sala de Lestrade, Olivier estava sentada em uma cadeira na frente do detetive inspetor emburrada, encostada em um canto Sally Donavan emitiu um som de desagrado assim que ele abriu a porta.

— Chegou quem faltava! – Sally proferiu com um sorriso de desagrado.

— Olá sargento, vejo que arrumou um novo namorado... Pelo menos por enquanto, você não ajudou esse com a limpeza do chão... Como Anderson se sentiu ao ser trocado? – Sherlock questionou fingindo falso interesse recebendo em resposta um olhar de desprezo. Virou-se para encarar a irmã — É tão impossível assim ficar vinte e quatro horas sem arrumar problemas? Até eu consigo!

— Você demorou! Seus amigos da Scoland Yard são entediantes! Podemos ir embora? Já disse que é só colocar a multa na conta de Mike e tudo se resolve. – Olivier perguntou ignorando o que o irmão lhe dizia.

— Então é verdade? A aberração tem um parente ‘normal’? – Donavan desencostou-se da parede e parou ao lado de Lestrade

— Essa é a última categoria onde eu me encaixaria. – Olivier disse sorrindo ameaçadoramente, como se estivesse diante de uma presa a ser abatida. Lestrade pigarreou tentando evitar que começassem uma discussão, Donavan fuzilava Olivier com seu olhar.

— O que aconteceu, Lestrade? – Sherlock perguntou com um suspiro.

— Olivier foi abordada por Donavan por estar bem acima da velocidade permitida após avançar um sinal vermelho, elas tiveram um pequeno atrito, por assim dizer, e Olivier acabou desacatando a sargento.

— Foram dois sinais, pelo menos os que eu vi. – Donavan disse cruzando os braços, Olivier encarou com indiferença a sargento, como se a posição dela não intimidasse nenhum pouco.

— Proponho um acordo, Lestrade... Preciso manter Olivier o mais perto possível, então vocês ficam com o carro apreendido aqui e eu levo ela sob custódia, a multa coloquem na conta de Mycroft Holmes.

— Ah não! Eu acabei de ter meu querido de volta! – Olivier reclamou.

— A senhorita Holmes, devia passar pelo menos uma noite na cadeia pelo desacato. – Donavan manifestou-se.

— Isso é um impasse... – Lestrade reclamou passando a mão nos cabelos. O celular de Sherlock tocou, ele conferiu quem era no visor e entregou o telefone nas mãos do inspetor. — Detetive Inspetor Lestrade falando. – A ligação durou menos de dois minutos, quando terminou devolveu o celular. — Senhorita Holmes, sua situação já foi resolvida, pode ir com seu irmão.

— Até que enfim! – Olivier se levantou da cadeira se espreguiçando teatralmente e contendo o impulso infantil de mostrar a língua para Donavan. — Onde estão minhas chaves? – estendeu a mão na direção do inspetor esperando.

— Infelizmente o carro terá que ficar, desculpe por isso. – Lestrade disse se levantando. — Foi um prazer conhece-la, senhorita. – segurou na mão da Holmes e depositou um beijo.

— Podíamos juntar os outros e marcar algo depois do expediente, o que acha? – sugeriu.

— Vamos Olivier. – Sherlock começou a arrastar a irmã para fora da sala.

— Eu mando uma mensagem avisando! – gritou por cima do ombro.

Do lado de fora da Scotland Yard Sherlock chamou um taxi, Olivier ficou emburrada durante todo o trajeto de volta à Baker Street, resmungando sobre ‘chegariam mais rápido se estivessem de carro’ e ‘Mycroft nem para usar suas influencias direito’. Sherlock apenas a observava com a visão periférica, a irmã adorava se gabar por ser a mais velha, mas adorava agir como uma criança quando contrariada.

— Lestrade hein? – perguntou, a irmã se virou para encará-lo. — Sua nova presa fácil?

— Oh não.

— Então não devia dar esperanças ao pobre homem, e não negue porque vi você flertando com ele.

— Eu estou sempre flertando com alguém, – sorriu olhando o taxista pelo retrovisor do carro, o homem sorriu de volta. — Aliás, desde quando você sabe o que é um flerte?

— Deixo você com suas deduções, cara irmã. – insinuou encerrando a conversa.

. . . . . . .

O restaurante onde se reuniram estava lotado, com direito a decoração latina, música ao vivo e na entrada um letreiro chamativo com o nome do local: Los Hermanos. Olivier quem escolheu o lugar e recrutou os Watson, Lestrade e Molly, Sherlock era o menos disposto a estar ali, mas concordou após ser vencido pela pertinência infinita da irmã.

Depois de algumas bebidas e uns shots de tequila, todos estavam mais soltos. John e Mary dançavam na pista de dança e depois de um tempo sumiram das vistas dos amigos, Lestrade e Molly riam das histórias de Olivier sobre a infância dela e do irmão, Sherlock apenas observava tudo quieto no seu canto desfrutando sua bebida.

— O que acha de aumentarmos o seu ego um pouco, Sherlock? – Olivier perguntou se levantando. Um tango começou a tocar no ambiente, ela estendeu a mão na direção do irmão. — Daria a honra de uma dança para sua irmã?

— Anda Sherlock, nos mostre seu gingado. – Molly incentivou rindo, já estava corada por conta da bebida, sentiu o rosto esquentar mais quando o detetive lhe encarou.

— A próxima você dança comigo. – apontou o dedo para a legista, segurou na mão de Olivier e seguiu com ela para a pista de dança.

— Eu até lhe convidaria para uma dança, Molly, mas eu tenho dois pés esquerdos. – Lestrade explicou.

— De jeito nenhum piso na mesma pista de dança que aqueles dois. – Molly gesticulou na direção dos irmãos Holmes.

Observaram o show de dança que os dois davam na pista, ambos dançavam muito bem e tinham sincronia perfeita nos movimentos. As pessoas em volta deram espaço para que eles dançassem no centro, quando terminaram foram aplaudidos por todos.

— Lestrade! Sua vez... – Olivier disse quando voltou à mesa.

— De jeito nenhum! Depois do showzinho dos Holmes eu quero apenas apreciar o lugar e suas ótimas bebidas.

— Nesse caso, me acompanhe até o bar para vermos o que Los Hermanos podem nos oferecer. – ofereceu o braço a Lestrade que o aceitou e seguiram em direção ao bar.

— E você me deve uma dança, Hooper. – estendeu a mão na direção de Molly, esperou ela aceitar e a conduziu para a pista de dança.

— Isso é uma péssima ideia, Sherlock. – a legista soltou enquanto ele encaixava seus corpos. Tinha medo de não resistir à proximidade e acabar fazendo algo que se arrependeria depois.

— Relaxe Molly, é só me acompanhar... Só vamos dançar. – Sherlock se divertia com as reações dela, desde que passou uns dias escondido em seu apartamento tinham se tornado mais próximos. — Não irei te morder. – acrescentou com um sorriso.

— Ou, eu posso te morder. – sugeriu maliciosamente.

Sherlock deixou escapar uma risada, algumas vezes sentia-se tentado e se deixar levar por situações como essa para ver até onde iria dar – na verdade sabia perfeitamente onde tudo terminaria e não queria acabar magoando Molly por lhe dar esperanças de algo que ele não sabia lidar. Aparentemente isso bastava para Molly, então para Sherlock também, com isso ele conseguia lidar.

Em determinado momento cada dupla estava em um canto do bar, o casal Watson tinha voltado para mesa e provavam da culinária latina, Olivier e Lestrade estavam sentados no bar jogando ‘eu nunca’, Molly e Sherlock continuaram dançando – não passou despercebido para legista que acabou dando mais que uma dança ao detetive.

. . . . . . .

Na manhã seguinte Molly acordou foi checar seus e-mails enquanto tomava café, estranhou quando viu a quantidade de arquivos que tinha na caixa de entrada, tinha certeza de ter esvaziado dois dias atrás. Talvez deva ter dado algum problema, pensou, ia abrir algum para ler quando seu telefone tocou.

— Molly minha querida! Quanto tempo! – reconheceu a voz de imediato, ia responder, mas não teve tempo. — Imagino que você deva ter mantido alguns hábitos matinais, como checar sua caixa de email, por exemplo. Deve ter estranhado sua caixa estar lotada, mas a culpa é minha. Infelizmente é provável que você não tenha tempo de ler alguns para saber de que se trata, enfim, preciso desligar só queria lhe alertar, nos veremos em breve.

Molly não teve tempo de abrir algum email ou pensar no que tinha acabado de ouvir, alguém batia insistentemente na porta de seu apartamento, abriu a porta e Sherlock entrou sem pedir licença com cara de poucos amigos – seu olhar estava transtornado.— Pode me explicar o que significa isso? – o detetive entregou o celular para que ela lesse uma mensagem.

“A partir de agora sua irmã ficará sob meus cuidados

Agradeça a Molly por mim pela ajuda.  – T”

Molly não sabia nem fazia ideia do que dizer.


Notas Finais


mereço alguma review? xD


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