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História BROTHERs - O rosto que reconheci


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Sábado é dia de? Atualização isso ai! Boa Leituran, xoxo

Capítulo 10 - O rosto que reconheci


Ivan Alekseev estava em pé, ao lado do esplendoroso aquário, ele era responsável pelo estudo cientifico que deu vida ao experimento B-lll. Era também o atual presidente da Rússia, país onde a criatura nasceu. Anos atrás, depois de um acordo, ele o deixou sobre os cuidados de Mary. Finalmente a máquina estava pronta para novos testes.

A ruiva compreendia seus ideais, ao contrário de Ian Burke, com ideias ultrapassadas de dominação, enquanto as outras raças se espalhavam como pragas por todos os cantos da terra. Burke subestimava sua inteligência e o acusava pelo caos atual, por não serem a espécie mais forte existente. Ele o culpava por Mary e dizia que se as outras espécies descobrissem isso algum dia a culpa também seria dele. Aquele dia havia finalmente chegado. A segurança dos EUA começava a ruir e o alfa estava ali para provar que a solução para aquele problema não consistia em oprimir para garantir o poder e um futuro incerto, mas sim em extinguir o passado.

Os primeiros testes foram um fracasso, suas cobaias morriam antes de chegar ao destino, mas B-III tinha a genética perfeita para aquilo. Por isso Ivan tinha tanta afeição pela criatura. Um corpo desenvolvido para resistir a qualquer mudança de tempo e espaço. Belo e mortal, eu diria. Ainda que ele não tivesse herdado toda beleza de sua falecida esposa, e sim, todo o lado mais obscuro e cruel que reinava em sua alma.

Mary adentrou a sala acompanhada de Pandora. E do outro lado do vidro, nas profundezas do lago B-III sabia o que estava prestes a acontecer. Seu corpo e sua mente recordavam perfeitamente dos dias vividos em laboratório, onde nada lhe foi poupado. Ele foi alimentado com maldade, respirava e vivia dela. Tinha sangue inocente, não apenas em suas mãos, mas se banhou com cada gota. Não havia salvação para si, apesar da cruz que trazia no peito, presente de sua última vítima, um pobre e religioso beta, ele sabia que não havia redenção para si, nem perdão para os seus pecados.

Era um ser nascido do mal, e dos desejos mais perversos de Alekseev. O coração de Dasha, bobeava partido em seu peito. Ele tinha suas dores e era como vestir sua pele. Ele sabia para que o Alfa russo o queria. Um ser que nasce da morte, não pode trazer para o mundo nada além dela.

Quando ouviu o sonar recuou, mergulhando mais fundo, sentindo o limite das profundezas do lago tocarem suas nadadeiras. O som se repetiu como um aviso para sua teimosia. Nas margens do lago Alekseev esperava paciente.

- Prepare a máquina, ele virá, ao menos que ele esteja com saudades de Colossos – e lá estava ele, ou eles? Como deveriam ser tratados? Eu ainda me sentia confuso. Colossos eram na verdade dois homens fortes, alto e siameses ligados pela cintura, quadril e pélvis. Seu corpo se equilibrava perfeitamente sobre o par de pernas grossas e seus corações e pulmões lhes davam a energia em dobro para as mais terríveis tarefas. B-III se lembrava bem, como esqueceria a forma brutal com que foi tomado a primeira vez?

Como ele poderia não executar aquilo que foi criado para fazer? Não tinha outra escolha. Nadou até a superfície, sentindo a transformação de seu corpo acontecer, deixando que suas escamas e guelras desaparecessem, conforme a água fria escorria por sua pele.

Aos olhos de Alekseev B-III estava tão bem quanto podia se lembrar. Ele via os poros da criatura reagindo rapidamente a sua nova condição. Sua respiração era ofegante, inicialmente incomoda, ainda que o rosto da jovem besta não expressasse emoção alguma. O alfa se aproximou cuidadosamente, sem esconder a fascinação por sua obra.

- Senti saudades, meu querido – sussurrou, tocando-lhe carinhosamente o rosto. Tendo como resposta apenas a imensidão dos olhos negros a encará-lo. Colossos se aproximou cobrindo-lhe com uma capa preta, apesar de sua nudez não ser um constrangimento para eles.  

- Senhores – Mary sorriu, chamando a atenção de todos para si. Sem evitar olhar para a criatura. Ela raramente a via, e apesar de não demostrar nenhum temor, sua alma estava inquieta, alertando-a de que ele podia ver o que ninguém mais podia, no mesmo instante em que ele a fitou – por aqui, por favor – disse, mostrando-lhes o caminho para o laboratório. Pandora seguia ao seu lado, como Colossos na retaguarda da criatura.

Seguiram por um extenso corredor branco, de paredes foscas, adentrando uma das portas a esquerda. O ambiente interno era igualmente claro. E em meio ao piso extremamente polido, um aquário. Sua abertura era exatamente um quadrado de 4 x 4 e sua profundidade equivalente a 70 palmos abaixo da terra, monitorado por câmeras internas. B-III parou abruptamente olhado para o alfa, também o olhei, a semelhança entre ele e Steve era mais nítida agora.

- Não precisa ter medo. Você faz parte de algo maior – Alekseev lhe estendeu a mão, trazendo-o para mais perto. Acima dele uma “gaiola” pendia, projetada para abrigar sua estrutura corporal, tanto humana, quanto animal. B-III segurou a mão de seu progenitor sentindo imediatamente a diferença de temperatura entre eles. Sua natureza sempre tão gelada, só reconheciam o calor vindo do sangue de suas vítimas, e era tão passageio quanto o prazer em mata-los.

Pandora ativou o painel de controle para que a jaula descesse, o suficiente para que ele pudesse subir. Ainda que hesitante ele o fez.

- É para sua segurança – Ivan manteve contato visual, estudando as reações da criatura. Ele acenou para a jovem albina, dando-lhe permissão para continuar.

Toda a estrutura de B-III agora era monitorada. Os traços cerebrais começaram a se alterar assim que seus pés entraram em contato com a água. Ao ser completamente submergido todos tiveram a visão mais deslumbrante de sua transformação. Sua pele parecia se abri e dela todo o ser marinho brotava. As escamas afloravam como espinho em rosas e enquanto sua pele tomava um tom acinzentado, e seus pulmões reclamavam por ar, as guelras rasgavam-lhe a pele abafando a sensação de sufoco. A fina camada de pele unindo seus dedos, e as nadadeiras abrindo caminho entre sua coluna dorsal, desenhando-se até o final de sua longa calda.

Em seguida dez compartimentos se abriram, cinco de cada lado das paredes do aquário e delas maquinas, portando seringas com aceleradores de moléculas. B-III foi perfurado na altura do cerebelo, costelas, quadris e por três alturas de sua calda. A dor que lhe invadia a carne e os osso, causava o descontrole de suas ações. Seu corpo se agitava de tal forma que as cintas de segurança lhe feriam a pele.

Sua mente perdia-se entre a realidade e a escuridão. Entre os olhos do alfa e do Blear que invadiu seu habitat em outra ocasião.

A potência do grito que fluiu de sua garganta em meio a agitação trincou alguns pontos do espesso vidro e seus batimentos continuaram subindo até levar seu corpo ao limite da exaustão física. Por cerca de 15 minutos os monitores relatavam sua morte cerebral, mas Ivan permanecia atento as imagens transmitidas do interior do aquário. O corpo inerte e o olhar vazio.

- Observe Mary, pois este é o maior acontecimento que esse mundo já testemunhou.

 


Notas Finais


TEMA: Uma fanfic com sereias/ tritões ou que tenha a ver com o fundo do mar;

O que vocês acham dessa acelerada? Estou me focando um pouco mais, para vocês terem um acontecimento atrás do outros e criarem suas teorias sobre a história com mais facilidade.

E ai o que estão achando?

xoxo


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