Estava feito. Tom foi levado até uma das instalações da casa por um sensitivo. Agora ele compreendia o porquê das roupas que um deles utilizava no dia em que foi levado até Mary.
Durante a execução daquele alfa ele não pode ver os rostos através do vidro que os separava, mas não precisava. Ainda que manter-se oculto fosse sinônimo de proteção para eles, Tom já tinha visto todos aqueles rostos antes. Em Outros tempos, quando respirava o ar em outras vidas e isso estava cada vez mais claro em sua mente com as visões que tinha em meio ao sono. Cada uma delas abrindo-lhe para a compreensão.
Nu ele limpou-se de todo o sangue que espirrou em seu corpo durante o serviço. Sua mente não guardava uma cena sequer com pesar, estava mais concentrado no que acontecia fora daquelas paredes. Livre das machas vermelhas ele se vestiu recolhendo seus pertences e o restante de seu pagamento. Tom fechou os olhos e eu também, respirei fundo sentido que ele procurava algo em minha mente, e nossos passos eram dado conforme elas apareciam. Corredores, e escadas adentro. Seguimos todas as imagens como um mapa, e em poucos minutos estávamos lá.
Tom digitou o código de segurança, e em seguida a porta do cômodo foi aberta. As luzes estavam mais baixas, a claridade da sala menos intensa e amarelada entorno da incubadora. Pequenas gotas de água escorriam pelo vidro embaçado. O interior úmido mantinha a criatura segura, e os primeiros musgos que apareciam entorno de seu corpo, e bordas da máquina mostravam a aceleração em sua recuperação.
- Você está em meus sonhos e sinto sua falta por todas as constelações em que minha mente passou – murmurou Tom, procurando o rosto de B-III para além do vidro embaçado, que ofuscava sua visão.
Observou toda extensão do corpo da criatura e era como se ele, mesmo adormecido estivesse reagindo a presença de Tom, por que em seus sonhos e visões, seus corpos se encontravam. O toque de suas peles era suave e saciava a ambos. O maior fechou os olhos suspirando, deixando que sua mente mergulhasse naquelas imagens. Deixando que elas contassem para B- III que ele estava ali.
Em seus sonhos Bill puxava-o para as profundezas dos mares e não havia morte para eles. Seus corpos embrenhavam-se na escuridão onde podiam compartilhar seus segredos em segurança. Onde a alma de Tom preenchia todo o espaço daquele ser abominável. Uma força que ia além da existência de seus corpos, um sentimento tão forte que chamá-lo de amor parecia pouco para mim.
A ligação existente entre eles ia além do tempo, nas milhões de vezes em que seus corpos tinham outras formas e habitavam outros universos, um atraia o outro, até estarem juntos e recomeçarem outra vez. A benevolência de distintas criaturas não se perdia como o contar das estrelas no céu, e não era passageira como poeira no espaço.
Os batimentos cardíacos da criatura mostraram-se elevados, a presença de Tom tornando-se cada vez mais forte e real para si. As lembranças de tantas vidas passadas compartilhadas despertando-o. Seus olhos abriram-se completamente escuros. Ofegante, ele se fazia ouvir além dos finos vidros de contenção da incubadora. Como se atendesse a um pedido seu Tom caminhou até os painéis de controle, destravando-a. A capsula se abriu e numa respiração mais profunda Bill sentiu a diferença entre as atmosferas. Um corpo que se equilibrava entre humano e animal com mais perfeição do que costumava ser.
Tom voltou para junto dele e havia desejo em seus poros. B- III estendeu-lhe as mãos num convite, trazendo-o para dentro da capsula logo em seguida. O assassino despiu-se mais uma vez naquela noite. Ele deitou sobre seu corpo, sentindo-o em toda sua plenitude.
“Senti sua falta” a criatura deslizou suavemente os dedos sobre as costas de Tom para “dizer”. Enquanto suas pernas circulavam a cintura do moreno, a capsula tornou a se fechar.
As mãos de Tom tocavam com delicadeza o corpo de B- III, sentido as escamas ondularem em contato com sua palma. A criatura suspirou, fechando os olhos. Tom via o mover suas guelras e sentia a “agitação passiva” de seu corpo. Ele tocou o rosto dela, antes de deitar-se novamente. A cada toque a saudade inflada em seu peito era consumida pelo deleite de estarem juntos outra vez.
Tom se inclinou roçando os lábios nos de Bill, o ar quente entre eles. Lambeu-os como quem tinha fome, beijando lascivamente em seguida. Uma de suas mãos deslizou por entre seus corpos até o orifício da criatura, seus dedos sendo pressionados ali. E toda a atmosfera criada entorno deles tornando tudo mais intenso.
Ele se deitou novamente entre as pernas da criatura, ouvindo os sons que escapavam de seus lábios ao sentir os dedos do maior invadindo. O membro de Tom latejava, rígido entre suas pernas. O atrito contra a pele da criatura causava-lhe um alivio superficial, mas fazia tanto tempo que ele não poderia se importar menos. Apenas continuou e deixou que seus corpos os guiassem.
Os lábios voltaram a se tocar e havia tantos universos naquele toque. Havia constelações, oceanos e mistérios que homem algum poderia um dia desvendar. Eles eram como dois mundos a muitos quilômetros de distância, se encontrando outra vez. E isso meus caros, ciência alguma poderia compreender.
Tom guiou o membro entre as pernas de Bill, penetrando-o lentamente. Sentido seus músculos contraindo-se, ao ser acolhido pelo interior quente. Os corais cresciam, as algas e os musgos envolviam seus corpos levando-os para casa.
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