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História BROTHERs - Um cigarro sujo de batom vermelho


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Na madruga boladona sentada na minha cama, esperando o sono chegar por motivo de eu trampo amanhã O leleo o leleo Sério, eu vou me arrepender tanto de não ter conseguido dormir cedo hoje :(

Boa Leitura, xo

Capítulo 17 - Um cigarro sujo de batom vermelho


A casa estava cheia, como de costume naquela época do ano. O ar seco e abafado dava lugar ao frio estagnado, primícias de que o inverno estava chegando. A procura por blears aumentava consideravelmente, não saberia dizer exatamente o porquê, mas imaginava que fosse algo relacionado a estação. De alguma forma os Alfas se tornavam mais sedentos e nem sempre os ômegas ou betas conseguiam suprir suas necessidades. Eram mais agressivos e possessivos. O que não era incomodo para o blears era para as outras espécies.

Estava sentando no bar bebendo uma pequena dose de cachaça, pronto para iniciar o segundo turno da noite. Tinha atendido alguns clientes há algumas horas e aproveitado meu horário de descanso para tomar um banho e me alimentar, assim poderia prosseguir com o serviço, enquanto fosse necessário. Terminei minha bebida e meu cigarro, seguindo para fora do estabelecimento. Senti que era observado, no entanto era algo comum. Muitos alfas entravam e saiam daquele local e olhar as carnes disponíveis era um processo de escolha.

No breu que dava mais conforto aos grandes que nos procurava, ele pegou meu corpo lambendo a borda onde minutos atrás meus lábios estiveram a bituca do cigarro jazia no cinzeiro, manchada de batom vermelho. O alfa a observou como se aquilo fosse uma pista que lhe mostraria para onde eu tinha ido. Não muito longe dali, apenas algumas quadras, próximo a um beco ele me abordou. Uma abordagem nada sutil. Agarrado pelo braço foi empurrado para um beco e a escuridão não me impediu de reconhecer que me empurrava contra a parede naquela noite.

Ele estava de volta à Nova York, e imaginei que não o faria tão cedo. Mas seu cheiro era inconfundível, tanto quanto o meu era para ele. Ainda tinha calafrios durante a noite desde que estivera com aquele alfa a primeira vez. Uma parte de Steve ainda estava dentro de minha cabeça e era um custo irreparável conviver com seus pesadelos ou o que fosse aquelas visões.

Seu hálito quente soprou em minha face, e ele era como um predador encurralando sua presa. Não havia vestígios do que fora a primeira vez. Ele parecia ainda mais animal que antes, talvez eu tenha lhe despertado algo. Talvez ele só estive sucumbindo as suas perturbações.

- Parece ainda melhor do que a ultima vez que estive aqui – sussurrou, os lábios roçando próximo aos meus.

Suas mãos me apertavam firme. O casaco que usava me impedia de sentir a parede de tijolos em minhas costas, caso contrário, outras marcas além das que suas mãos faziam estariam em minha pele. Steve estava mais quente naquela noite. Encarei seus olhos e era como encarar um animal, não havia nada que não fosse selvagem ali.

- Criança, não pode me procurar sempre que tiver um pesadelo – ele riu com muito mais deboche do que o proferido em minhas palavras. Não parecia incomodado com meu tom zombeiro, mas aquilo pareceu excitá-lo.

- Tem razão, mas... – expirou, esfregando sua ereção em minha coxa –preciso descobrir o motivo de imaginar que apenas você pode me ajudar a manter esses pesadelos longe, ainda que por um curto período de tempo – o encarei silenciosamente. Não tinha um motivo para não atende-lo naquela noite e ainda que tenha sido o cliente mais perturbador que já conheci, dizer não naquele momento não pareceu-me correto.

Algo tinha acontecido com Steve e eu estava reclinado a ajuda-lo, no fim de tudo nos dois sairíamos ganhando.

- Prometo que não serei tão rude quanto da ultima vez - porém aquilo não me incomodava. Era até um tanto irônico ouvir de um alfa a palavra gentileza sendo expressa no sentido mais puro e simples dela.

Aquilo me fazia pensar até que ponto tudo não passava de uma mera diversão para Steve. Um alfa não podia fugir de seus instintos. Ri da situação, pois ele não seria gentil nem que fizesse um esforço "sobre-humano" para que isso acontecesse. Ele não sobreviveria a dor física e mental de ir contra sua natureza. Como no século XX e muito antes dele animais selvagens eram animais selvagens, e ainda que fossem adestrados sua natureza estaria sempre lá. Uma hora ou outra ela viria à tona.

Sem sutileza alguma ele empurrou as mãos para dentro das minhas calças, apertando e arranhando minhas nádegas. Suspirou recostando o rosto na curva de meu pescoço, o senti inalar meu cheiro, raspando os dentes sobre minha pele, enquanto esfregava os dedos em meu orifício. Sua voz rouca era soprada em meus ouvidos, mas dei importância a suas palavras. Sentia meu corpo aquecido pelo seu calor, meu membro desperto pulsava desconfortável apertado de minhas calças.

Apesar de toda tensão que nós envolvia, não pude deixar de observa-lo. A fina camada de suor sobre sua pele, e como ele sussurrava em meus ouvidos. Seus lábios e sua língua em meu rosto, suas mãos apertando-me sem cuidado. E seus sempre fechados. Me dei conta de que minha mente o via como um alfa, mas ele nunca havia dito que era um. E que se não pudesse diferencia-los o tomaria como um beta atrás de uma companhia para a noite.

Meu corpo foi virado contra a parede, e suas mãos eram ágeis em me despir. Minhas calças foram abaixadas apenas o suficiente para deixar minhas nádegas expostas. Eu ainda tinha marca de quando ficamos a primeira vez, e muitas outras de outros alfas, outros caras. Meu corpo sempre as tinha, não era incomodo, mas ele as tocava como se soubesse quem havia feito.

Minha cintura foi puxada em sua direção, seu membro húmido sendo esfregado contra minha pele nua. Agarrou-me o pescoço, enquanto o sentia invadindo-me duro. Meu peito era empurrado contra a parede á medida que ele ia e vinha em meu interior. Espesso preenchendo-me como nem um outro naquela noite. Era rude e doloroso, mas a dor nunca me incomodou. O que me perturbava era a reação de nossos corpos, como se fossemos amantes de longa data. Era poder ver além de toda brutalidade com que ele fodia. Sua força revelando-o para mim. Foi ter fechado os olhos deixando-o fazer o que quisesse como se fosse um direito dele e seu dinheiro não me interessasse.

Por que sua mente era uma bagunça e ele era turvo. E eu não queria compreende-lo, minha empatia não queria acolhe-lo, mas ele se empurrava contra mim imponto todas as suas vontades e desejos. Eles estavam por toda parte, por todo seu corpo, em seus gemidos e em cada molécula que o fazia.

Meus cabelos foram puxados enquanto seu gozo quente se espalhava em meu interior, sentia-o tremer contra meu corpo. Retirou-se sem demora e da mesma forma se afastou, vestindo-se. Virei-me para encarara-lo, ele me olhava como se aquele não fosse nossa última vez e era perturbador. Steve queria algo de mim, algo que não podia dar-lhe, blear algum poderia.

O silêncio perdurou até o alfa estender a mão, nela o meu pagamento. Vendo que continuei imóvel, ele caminhou para perto, colocando o maço de notas no bolso do meu casaco.

- Obrigado pelo presente – disse, partindo em seguida.

Manter-me distante já não era uma opção, Steve havia entrado em minha cabeça. Ele estava em minha mente.


Notas Finais


TEMA: Sobre alguma data comemorativa escolhida aleatoriamente; - Data de nascimento (Na fanfic Aniversario do Steve).

Estamos bem perto de uma contagem regressiva, amo sou.


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