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História BROTHERs - Você vai me tonar um crente


Escrita por: _Melpomene

Notas do Autor


Gent (se tiver alguém ai claro) não sei se comentei, mas o limite para cada capítulo é de 1200 palavras e como vocês sabem eu escolhi desenvolver os temas como uma capitulada. Enfim, o foda de escrever com tão poucas palavras é que complica nas descrição dos detalhes. por isso que na histórias os personagens vão aparecendo and sendo descritos com o andar dos capítulos. É isso.
Boa leitura, não esqueçam as notas finais, xoxo

Capítulo 4 - Você vai me tonar um crente


Fanfic / Fanfiction BROTHERs - Você vai me tonar um crente

 

O copo de uísque estava vazio sobre a bancada do bar. Uma dose que Tom havia pedido antes de checar o relógio em seu pulso. Ele trabalhava com horas, como a maioria de nós. Tempo era dinheiro, era ter certeza de que seus trabalhos seriam bem executados.

35 anos, um rosto de beleza inigualável e um corpo perfeito. O tempo parecia correr para todos, mas talvez a obsessão do Kaulitz pelo mesmo fosse a formula da juventude. Suas feições rudes e as cicatrizes estavam ali para nos lembrar que ele era um matador. Mais do que todos Tom alimentou e aperfeiçoou os “dons” de nossa genética assassina.

Oito horas em ponto o rapaz alto, vestindo roupas discretas deixou o bar e se dirigiu até o veiculo estacionado próximo a calçada. Suas botas rangiam a cada passo sobre o asfalto. Era uma noite quente, as ruas estavam silenciosas e desertas. Não havia brisa, apenas a fumaça saindo dos bueiros e as luzes neon dançando através das placas de cada puteiro e bar. Entre as risadas estridentes das garotas que trabalhavam por lá e as garrafas tilintando, ele tinha ouvido os burburios. Os velhos bêbados estavam certos, algo tinha acontecido.

Meia hora depois ele foi deixado diante de uma grande mansão que me lembravam dos registros de imagens das mansões hollywoodianas destruídas nas guerras. Ele já esteve ali. Ainda que uma única vez, á muito tempo atrás, ele seria capaz de refazer todo o percurso até aquela casa vendado. Havia cheiros demais, e muitos caminhos para chegar até lá.  Os exatos cinquenta alfas presentes no local não seriam capazes de torná-lo seguro. Mas ele não estava sendo pago para informar aquela situação.

Uma bela jovem albina de cabelos raspados e lábios carnudos o recebeu na entrada. Ela estava sobre saltos altos e finos, vestia uma saia justa que se moldava á suas curvas até abaixo dos joelhos e um terno que deixa seus seios sutilmente a mostra. Ela lhe deu um sorriso ensaiado e pediu-lhe que a acompanhasse. Ele foi levado à outra sala de reunião, bem diferente da primeira, na qual tratou de negócios com o alfa senhor Burke.

Esta era iluminada por uma fileira de lâmpadas claras fixadas na parede, apenas um trecho estava ligado, mas por sua percepção ele via um extenso corredor ligado à sala. Na extremidade oposta estava o que ele identificou como um gigante aquário. No centro da sala uma mesa feita de madeira balso, e apenas duas cadeiras. O piso escuro era polido de tal maneira que refletia sua face tão bem quanto um espelho. Havia algo de peculiar no ambiente, além do aquário, talvez fosse o fato de toda casa cheirar o alfa, mas aquela sala não. Havia um único cheiro predominante naquela sala e não era da alfa escondida nas sombras.

Percebendo que tinha sido notada, Mary se aproximou. Ela sabia que Tom havia prestado atenção em todos os detalhes, desde que entrou no carro. E não apenas prestado atenção como gravado cada um em sua mente. Ela sabia, e ele sabia que ela tinha conhecimento sobre isso, afinal, esse era o risco e motivo pelo qual tinha sido chamado.

- É bom vê-lo Tom – disse aproximando-se na extremidade oposta, de frente para Tom. Ela sorria largamente com sua presença. Estava diferente de sua apresentação para a sociedade. Usava um vertido simples e curto, mas para o moreno sua beleza e sensualidade ainda lembrava a de um demônio faminto. Ela pediu a ele que se sentasse e fez o mesmo.

- Vamos aos negócios, afinal você está aqui para isso – Tom sabia que estava sendo tão analisado quanto ela, mas diferente da jovem alfa, ele não tinha problema com aquilo – Deve ter ouvido os comentários pela cidade, sobre a invasão do nosso sistema. A situação está sobre controle.

“Claro” Tom pensou com escárnio.

- Mas para amenizar os impactos de maneira geral, é preciso remover algo que vem atrapalhando nosso progresso – ela precisava, era a única herdeira, não aceitaria ser vista apenas como bela.

- Sabe como trabalho – diante da voz do blear Mary se recompôs rapidamente. Mas não poderia negar aquele tom grave e de certa forma vulgar, mergulharia seus sonhos durante a noite.

A ruiva se levantou mantendo-se ausente tempo suficiente para que o moreno notasse uma movimentação no aquário. Imediatamente sua curiosidade foi desperta. Ele sabia sobre as “lendas” que rondavam os laboratórios Russos. “Se nós surgimos de um tubo de ensaio, acredite outras coisas também podem”. Ele já tinha ouvido falar sobre as “raridades” ou, “diamantes” como os alfas costumavam chamá-los.

Ela retornou com uma maleta antes que ele pudesse analisar melhor a escuridão daquelas águas. Ele sabia que algo estava ali, e aquilo estava olhando diretamente para ele.

- Metade agora – disse abrindo a mala mostrando-lhe os cinquenta mil dólares – a outra parte quando o serviço for realizado - informou colocando a foto de seu alvo sobre a mesa. Tom reconheceu o rosto imediatamente, não era uma surpresa afinal – temos um acordo?

- Sim – respondeu friamente.

- Certo. Acredito que tenha conhecido Pandora. Ela virá te acompanhar até a saída – se levantando, seguindo até a porta. Tom via seu caminhar. Lindas curvas e estava próxima do cio, mas o moreno não fazia aquele tipo de trabalho – Até breve – não ouve resposta, ela se retirou e deixando-o só.

- Saia para onde eu possa vê-lo – disse, ainda sentado com as mãos cruzadas sobre a mesa. “Que tipo de espécie era aquela? Estava pingando por todo lugar”.

Assustado ele pôs-se a correr corredor adentro, e em segundos Tom estava fazendo o mesmo. A dificuldade do outro ser em respirar era perceptível, traços da sua obsoleta transformação, mas o blear não saberia. Ele quase o alcançou até sentir o declive do piso e escorregar sobre o rastro de água, parando a beira de um imenso lago. Vendo uma pequena erupção onde algo tinha graciosamente mergulhado.

- Se esconder não é uma opção. E de todas as outras opções, me fazer descer até você não é a melhor – seu tom de voz era ameaçador. Fazia-se ouvir debaixo das águas. Fazia a raridade nas profundezas se angustiar por não poder ir mais fundo. Ela não queria que ele mergulhasse, não queria um estranho em suas águas, pois ele não era como seus alimentos. Não precisou observá-lo muito do aquário para chegar àquela conclusão. Sua pele não parecia saudável e sua face ainda que bela, não era de uma presa que se deixava seduzir.  

Ele saiu. Deixou seu corpo submergir aos poucos se expondo até a altura dos ombros. Era certamente algo que Tom não esperava encontrar naquela noite. Sua pele cintilava em tons perolas por toda local e nem mesmo os olhos assustadores o fazia intimidador. Ele não via a cauda ondulando nas profundezas, mantendo-o seguro, mas imaginou algo tão belo quanto às escamas diante de seus olhos.

- O que você é? – foi o primeiro sussurro de sua vida.

Ele sorriu, um belo sorriso com dentes de tubarões. Da maneira mais inusitada ele teve a resposta, gesticulando sobre o rosto palavras de uma língua que o moreno pensou ter sido enterrada.

Na linguagem de sinais ele se apresentou “eu sou um monstro”.

 


Notas Finais


TEMA: Uma fanfic na qual o protagonista seja surdo e/ou mudo.
Eu sei que a maioria das pessoas associa o crente, com crente de evangélico, cristãos etc. Nesse capitulo é crente de crer em algo. Tom acreditando nas lendas, a partir do que viu.

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xo


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